22

A dificil arte

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A dificil arte
Page 2: A dificil arte

A difícil arte das mulheres usarem um

banheiro público

Page 3: A dificil arte

Minha mãe ficava histérica com os banheiros públicos.

Quando pequena, me levava ao banheiro, me ensinava a limpar

a tampa do vaso com papel higiênico e a cobrir

cuidadosamente, com tiras de papel, toda a borda.

Page 4: A dificil arte

Finalmente me instruía: "Nunca, NUNCA se sente em

um banheiro público".  

Logo me mostrava “a posição", que consiste em

se equilibrar sobre o sanitário em uma posição de sentar sem que o corpo

entre em contato com o vaso.

Page 5: A dificil arte

Isso foi há muito tempo mas, ainda hoje, em nossa idade

adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter

quando a bexiga está quase estourando.

 Quando você "tem que ir" a um

banheiro público, sempre encontra uma fila de mulheres

que te faz pensar que as cuecas do Brad Pitt estão à venda pela

metade do preço.

Page 6: A dificil arte

E, assim, espera pacientemente e sorri amavelmente às outras mulheres que também estão, discretamente, cruzando as

pernas.  

Finalmente é a sua vez. Você olha cada cubículo por baixo da porta pra ver se não há pernas.

Page 7: A dificil arte

Todos estão ocupados mas, finalmente, uma porta se abre e

você entra quase jogando a pessoa que está saindo.

Page 8: A dificil arte

Você entra e percebe que o trinco não funciona mas... não

importa... Você pendura a bolsa no gancho que tem atrás da porta e, se não tem gancho, você a pendura no pescoço mesmo, enquanto se

equilibra, sem contar que a alça da bolsa quase corta a sua nuca, porque está cheia de porcarias

que você foi jogando dentro, das quais não usa a maioria, mas as tem aí para o caso de "e se eu

precisar?"

Page 9: A dificil arte

Mas, voltando à porta... Como não tem trinco, só lhe

resta a opção de segurá-la com uma mão enquanto, com a

outra, você abaixa a calcinha e fica "em posição"...

Page 10: A dificil arte

Alívio... Ahhhhhh... Mais alívio...

Aí é quando suas pernas começam a relaxar e você

adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o vaso e nem cobrir com papel. Nessa hora

você quase tem um treco de tão aliviada... aí dá uma

desequilibrada e erra a mira.

Page 11: A dificil arte

Pronto!!!! O suficiente pra ficar molhada até as meias, e é obvio

que dá pra notar.  

Para afastar o pensamento dessa desgraça, você procura o

rolo de papel higiênico... maaaas.. hehehe... O rolo tá

vazio...!  

E as suas pernas continuam querendo relaxar.

Page 12: A dificil arte

Aí você lembra de um pedacinho de papel que tá na

bolsa, meio usado porque você já limpou o nariz nele, mas vai ter que servir... Você o amassa

pra absorver o máximo possível, mas ele é muito

pequeno e ainda tá sujo de meleca.

 Nisso alguém tenta entrar e, como o trinco não funciona,

você recebe uma baita portada na cabeça.

Page 13: A dificil arte

Aí você grita "tem genteeeeee" enquanto

continua empurrando a porta com a mão livre, e o pedacinho

de papel que você tinha na mão cai exatamente em uma pequena poça que tinha no chão e você não sabe se é água ou xixi... Hehehe... aí

você vai de costas e desequilibra, caindo sentada

no vaso.

Page 14: A dificil arte

Você se levanta rapidamente mas já é tarde... seu traseiro

já entrou em contato com todos os germes e formas de

vida do vaso porque VOCÊ não o cobriu com papel higiênico

que, de qualquer maneira, não havia, mesmo se você tivesse

tido tempo de fazer isso.

Page 15: A dificil arte

Sem contar o golpe na cabeça, o quase corte na nuca pela

alça da bolsa, a espirrada de xixi nas pernas e nas meias,

que ainda estão molhadas... a lembrança de sua mãe, que

estaria terrivelmente envergonhada de você, porque o traseiro dela nunca sequer

tocou o assento de um banheiro público porque,

francamente, "você não sabe que tipo de doença poderia

pegar".

Page 16: A dificil arte

Mas a aventura não termina aí... Agora a descarga do banheiro,

que tá tão desregulada que jorra água como se fosse uma fonte, e manda tudo pro esgoto com tanta força que você tem que se segurar no porta-papel (quando tem) com medo de que aquele negócio te

leve junto e te mande pra China.

Page 17: A dificil arte

Aí é, finalmente, quando você se rende... Está ensopada pela água

que saiu da privada como uma fonte.

 Você está exausta!!!

 Tenta se limpar com uns

papéizinhos de chiclete Trident que estavam na bolsa e, depois, sai discretamente em direção à

pia.

Page 18: A dificil arte

Você não sabe muito bem como funcionam as torneiras

automáticas também e então sai aquele jato de água que dura um

segundo e voce tem que ficar dançando com as mãos em frente da torneira p/ conseguir tirar todo o sabão (quando tem) das mãos.

Page 19: A dificil arte

Enxugar as mãos é impossível quando se depara com aqueles ventiladores. Depois de alguns soprinhos e muito barulho (sem

encostar no aparelho por que você já leu na internet que pode ser

eletrocutada), voce acaba enxugando as mãos na própria roupa mesmo, enquanto passa pela fila de mulheres que ainda estão esperando com as pernas

cruzadas e, nesse momento, você é incapaz de sorrir cortesmente.

Page 20: A dificil arte

Uma alma caridosa, no fim da fila, te diz que você tá com um pedaço de papel higiênico do tamanho do rio Amazonas grudado no sapato!

Você puxa o papel do sapato e joga na mão da mulher que disse

que tava grudado e lhe diz, suavemente: "Toma! Você vai

precisar!“... e sai.

Page 21: A dificil arte

Enquanto isso seu namorado ou marido, que entrou, usou e saiu do banheiro masculino, e teve

tempo de sobra pra ler "Guerra e Paz" enquanto esperava, te pergunta: "Porque demorou

tanto?"  

É nessa hora que você dá um pontapé nele e o manda se

catar!!!!

Page 22: A dificil arte

Isto é dedicado a todas as mulheres, de todas as partes do mundo, que já tiveram que usar

um banheiro público.  

E, finalmente, explicar a vocês, homens, porque nós demoramos

tanto.

Dica importante:

Homens, nunca perguntem por que

demorarmos tanto num banheiro público!

www.mensagensvirtuais.com.br