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A DISTINÇÃO PELO ESPAÇO E A AFIRMAÇÃO CULTURAL DA JUVENTUDE
NA PERIFERIA
Adriana Santiago Rosa Dantas
Faculdade de Educação – Universidade de São Paulo
I. Introdução
A dicotomia centro-periferia tem sido discutida por diversos vieses nas Ciências
Humanas. Neste texto, busca-se discutir essa dicotomia a partir do espaço geográfico como
espaço de distinção (BOURDIEU, 2004; 2008a). Em outras palavras, busca compreender
melhor a periferia de São Paulo do século XXI, com suas clivagens sociais, entendendo os
processos históricos e sociais do passado que resultaram nessa espécie de “muro” social, que
separa as partes ricas e pobres da cidade, tentando explicar que essa dicotomia pode ser
também entendida pelos aspectos culturais e simbólicos.
Buscamos, assim, compreender como se dá esta distinção pelo espaço a partir de
processos históricos da formação da periferia leste da cidade de São Paulo1. A capital
paulistana é dividida em cinco zonas: Centro, Zona Norte, Zona Sul, Zona Leste e Zona
Oeste, as quais contêm 32 subprefeituras, conforme o mapa do anexo 1. Cada subprefeitura
tem de 1 a 8 distritos. Neste texto, trata-se de discutir a Zona Leste de São Paulo2.
Para tanto, resgataremos brevemente os processos históricos de formação desta
periferia, que tem como base a migração interna de nordestinos, assim como grande parte da
população negra da capital para buscar uma explicação de construção simbólica deste espaço.
Esta discussão é importante para explicar a posição dominada, social e simbolicamente, da
Zona Leste em relação à cidade de São Paulo. A partir desta posição, é possível pensar no
valor simbólico da Zona Leste construído na metrópole paulistana. Valendo-se desta
metáfora, o muro é construído por diversos tijolos que se sobrepõem, como se diversas
clivagens sociais, como classe, etnia, dentre outras, o constituísse. Não desconsiderando que
esta segregação social está assentada sobre o capital econômico, assim como a distribuição da
1 Este trabalho rediscute parte da dissertação de mestrado de Dantas (2013a) defendida na Escola de Artes,
Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). A pesquisa esteve inserida no programa
de mestrado em Estudos Culturais na linha Cultura, Saúde e Educação sob orientação de Graziela Serroni Perosa
e foi financiada pela Capes. 2 A Zona Leste de São Paulo está colorida no mapa do anexo 1. Ela composta pelos distritos de 21 a 32 do mapa.
riqueza, afirmamos que há outros elementos, de valor simbólico, como o espaço em que se
mora. Na metáfora do muro, incluímos a distinção simbólica do espaço como mais um dos
elementos da clivagem social. Isso ocorre porque o espaço da cidade é uma transfiguração da
divisão e da hierarquia social. Como periferia, este espaço é valorado de forma depreciada.
Como resposta, nas últimas décadas, há um aumento de manifestações culturais da juventude
na periferia, como afirmação do “orgulho periférico” (D´ANDREA, 2013) como espaço
produtor de cultura.
Este trabalho está dividido em quatro partes, contendo esta introdução primeiramente.
Em seguida, discute-se brevemente a formação da Zona Leste de São Paulo. No terceiro
tópico, haverá uma breve discussão da afirmação cultural da juventude dialogando com o
trabalho de D´Andrea (2013). O texto se encerra com as considerações finais.
II. A Zona Leste de São Paulo
A Copa do Mundo da Fifa em 2014, sediada no Brasil, vai ser lembrada pela
vergonhosa derrota do Brasil de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal. No entanto, antes de
iniciada, ela foi marcada por várias polêmicas que podem ficar abafadas diante daquele
placar. Havia dúvidas sobre a segurança do evento devido ao mote que se instalou pelas redes
sociais que proclamava “não vai ter Copa”, fruto das manifestações de junho de 2013, que
levaram milhares de pessoas às ruas no país reivindicando melhores condições sociais. Dentre
as demandas, questionavam-se os gastos da Copa em detrimento de gastos com saúde,
educação, mobilidade urbana, dentre outros.
As polêmicas, porém, começaram ainda mais cedo quando buscavam as cidades-sede,
assim como os estádios em questão. No caso de São Paulo, tinha-se o interesse do Corinthians
em construir o seu estádio no distrito de Itaquera3 para sediar a abertura da Copa, na Zona
Leste de São Paulo. Esta possibilidade não foi muito bem aceita por alguns da cidade devido à
localização, por ser na periferia e na Zona Leste. Para ilustrar essa polêmica, escolhi o
comentário da cantora Rita Lee sobre o tema4 em uma rede social em 2010:
3 O distrito de Itaquera está na subprefeitura do mesmo nome, juntamente com os distritos de José Bonifácio,
Parque do Carmo e Cidade Líder (ver o 27 do mapa no anexo 1). 4 Fonte: G1 Pop & Arte, 30/08/2010. Disponível em <http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/08/no-twitter-
rita-lee-diz-que-estadio-do-corinthians-e-presente-de-grego.html> Acesso em 03 de abril de 2015
Figura 1: Twitter da Rita Lee
A cantora referiu-se de forma pejorativa sobre Itaquera dizendo: “algo me diz q o
estádio do curíntia será 1 presente d grego. p/ quem ñ conhece Itaquera é o cú d onde sai a
bosta do cavalo do bandido” (sic). É comum na cidade de São Paulo, considerar os distritos da
Zona Leste, especialmente os mais extremos, como lugar “ruim” como demonstrado pela
metáfora usada pela cantora. Outra autora, ao estudar o extremo leste da cidade, chegou a essa
conclusão sobre a representação da localidade: “eram sempre lembrados pela imprensa como
referência para o que existia de pior em São Paulo. Ainda hoje o sentimento de estar longe de
tudo e o de não contar, constituem os elementos de uma definição subjetiva da periferia”
(IFFLY, 2010, p. 141).
Este tratamento depreciativo por parte de pessoas públicas também aconteceu em
outro momento, agora com o jornalista Marcelo Tas em 2014 quando o estádio já estava
pronto. Ele também publicou em sua página pessoal em uma rede social, a seguinte foto5:
5 Fonte: Facebook de Marcelo Tas sob o título “Tudo resolvido: placa do Itaquerão em ingles já está
pronta! #VaiTerCopa” Publicado em 12 de maio de 2014. Disponível em:
<https://www.facebook.com/MarceloTas/photos/a.161891743859959.29601.112440305471770/6665473967277
22/?type=1> Acessado em 15 de maio de 2014.
Figura 2: Facebook do Marcelo Tas
Nesta ocasião, a “piada” se deu porque na cidade havia várias placas de sinalização
indicando como chegar ao estádio de carro. Na foto, o estádio está no lugar “onde Judas
perdeu as botas”, que indica uma localidade de difícil acesso, muito longe. Esta ideia é
interessante para se pensar como se dão as representações simbólicas de um espaço: qual o
referente para se considerar um lugar longe? Neste caso, o centro?
Poderíamos descontruir essa questão, pensando por outro lado: como a cidade está
dividida em números de habitantes, onde está concentrada sua maioria? A tabela abaixo
responde a questão:
Zona População %
Leste 3 998 237 36
Sul 3 586 020 32
Oeste 2 323 745 21
Norte 914 395 8
Central 431 106 3
Total Município 11 253 503 100
Fonte: Prefeitura de São Paulo (2011): População Recenseada em 2010.
Tabela 1: POPULAÇÃO POR ZONA EM SÃO PAULO
Já podemos acreditar que a Zona Leste já deve ter mais de quatro milhões de
habitantes, assim podemos verificar que mesmo a maioria populacional vivendo lá não se
toma como referencial de espaço na cidade, pois Itaquera, assim como outros distritos da
região, são lugares “onde Judas perdeu as botas”.
É neste ponto que desejo argumentar sobre a distinção pelo espaço. Numa grande
cidade como São Paulo, o lugar onde você mora ganha um valor simbólico usado também
para definir a hierarquia entre pobres e ricos. Nas palavras de Bourdieu: “As diferentes classes
e frações de classes estão envolvidas numa luta propriamente simbólica para imporem a
definição do mundo social conforme os seus interesses, e imporem o campo das tomadas de
posições ideológicas, reproduzindo em forma transfigurada o campo das posições sociais”
(BOURDIEU, 2010, p. 12). E nessa luta, o poder simbólico se exerce para manter ou
subverter uma ordem estabelecida.
Essa discussão é interessante para entrar em um tema que eu discuti na minha
dissertação que estou chamando de valoração socioespacial. Em outras palavras “é a
atribuição de um valor simbólico a partir do lugar que alguém (ou algo, uma escola, uma
universidade, etc.) ocupa na cidade. Isso ocorre porque o espaço da cidade é uma
transfiguração da divisão e da hierarquia social” (DANTAS, 2013a, p.39). Não apenas as
diferenças materiais distinguem as segregações, mas também as questões culturais que se
transmutam também em representações simbólicas como no caso da Zona Leste.
III. A afirmação cultural da juventude
Essa periferia depreciada socialmente tem se manifestado diante deste cenário não só
em termos de violência como é comumente conhecida. As manifestações culturais têm sido
um marco na cidade de São Paulo. Um dos exemplos tem sido a literatura periférica, que
começou na periferia sul e tem se estendido para a cidade como um todo (LEITE, 2014),
assim como outras linguagens como o teatro, a dança, as artes visuais, dentre tantos outros.
Pensa-se que estas manifestações culturais se apresentam como uma resposta de uma
distinção, nos termos bourdieusianos, entre as regiões mais ricas e mais pobres. No caso da
Zona Leste, essa distinção é construída de aspectos simbólicos calcados nas questões
objetivas. Significa reunir elementos para compreender a gênese do que significa não só “ser”,
mas também “estar” na Zona Leste com todas as suas significações que ultrapassam as
naturalizações como o fator econômico.
A percepção do mundo social é produto de uma dupla estruturação social: do lado ‘objetivo’
(...); do lado ´subjetivo´, ela está estruturada porque os esquemas de percepção e de apreciação
suscetíveis de serem utilizados no momento considerado, e sobretudo os que estão
sedimentados na linguagem, são produto das lutas simbólicas anteriores e exprimem, de forma
mais ou menos transformada, o estado das relações de força simbólica (BOURDIEU, 2010, pp.
139-140).
Trata-se de uma depreciação que, do lado objetivo, está calcado no capital econômico,
por se tratar de uma região tida como carente na capital paulistana. Mas também, no lado
“subjetivo” está ligada simbolicamente aos moradores que constituíram esta região. Defendi
que essa valoração socioespacial foi construída historicamente (DANTAS, 2013a) relacionada
aos moradores que vieram habitar nesta localidade, principalmente nordestinos e negros
(DANTAS & PEROSA, 2013).
A Zona Leste, porém, não pode ser considerada de forma homogênea. Sua ocupação
urbana se deu com origens e histórias distintas, que procurei sintetizar em dois momentos: a
ocupação imigrante e a ocupação migrante. Aquela se deu antes mesmo do século XX,
quando operários vindos da Europa vieram morar na região do Brás para trabalhar (ver 25 do
mapa do anexo 1), pois as indústrias estavam ali instaladas (CALDEIRA, 2003; ROLNIK,
2003). Depois dos anos de 1930, a migração interna foi incentivada, trazendo muitos
nordestinos, especialmente aos distritos próximos de São Miguel Paulista (ver 23 do mapa do
anexo 1), quando a instalação de uma grande indústria incentivou o aumento da região
(FONTES, 1997; 2008; DANTAS, 2013b).
Durante o século XX, a cidade de São Paulo cresceu de forma alucinada. E naquele
contexto em que a capital recebeu tantos imigrantes como migrantes, havia dois fenômenos,
dentre tantos outros, que acompanharam esta vinda de novos moradores: o branqueamento da
cidade (DOMINGUES, 2004; ROLNIK 2003) e a invenção do nordeste (ALBUQUERQUE
JR, 2009). Em síntese, o branqueamento consistia na substituição da força de trabalho negra,
indígena pela europeia e a invenção do nordeste foi a construção de uma representação da
região como pobre, atrasada e caracterizada por aspectos contrários à modernização que o sul
pretendia para a nação6.
Defendo que esses dois fenômenos contribuíram para uma representação negativa da
Zona Leste. Para Fontes (2008), os nordestinos eram chamados pejorativamente de “baianos”
6 Essa discussão está realizada de forma mais completa no capítulo 1 de Dantas (2013a).
e nessa classificação “é importante não desconsiderar o componente racial implícito na
designação” (Fontes, 2008, p.70). O autor ainda completa que “longe de parceiros do
desenvolvimento, os migrantes nordestinos eram considerados culpados e eventuais ‘bodes
expiatórios’ pelas agruras advindas do rápido crescimento da cidade” (Fontes, 2008, p.72).
Para o Silva (2012, p.119), “a própria história do Nordeste revela a construção de cartografias
comunicáveis em que a região desponta como metonímia do passado e da morte, traços de
que os discursos modernos de São Paulo e do Sudeste querem se distanciar”.
Como visto no início deste tópico, as representações negativas da Zona Leste por
pessoas públicas apontam para uma representação dada socialmente da região. Mesmo a Zona
Leste tendo a maioria populacional, ela é vista de forma dominada na cidade. Trata-se, assim,
de pontuar tal efeito social que foi construído historicamente pois grande parte desta
população era migrante nordestina e negra (FONTES, 2008; ROLNIK, 1989). Temos no
discurso um dos papeis importantes para que tal efeito se concretize. Isto porque,
O ato da magia social de tentar dar existência à coisa nomeada será
bem-sucedido quando aquele que o efetua for capaz de fazer
reconhecer por sua palavra o poder que tal palavra garante por uma
usurpação provisória ou definitiva, qual seja o poder de impor uma
nova visão e uma nova divisão do mundo social. (BOURDIEU,
2008b, p.111)
A representação simbólica está relacionada à constituição histórica da própria Zona
Leste. Ou em outras palavras, acredito que os processos sociais de branqueamento e a
invenção do Nordeste estariam na base simbólica da constituição da valoração socioespacial
depreciativa da região.
Por isso, a afirmação dos jovens da periferia levanta-se como um elemento
interessante de agência. É preciso, anteriormente, distinguir o conceito periferia. Para
D’Andrea (2013) ele é polissêmico e de difícil definição por causa dos diferentes atores que
se apropriaram do termo ao longo da história. A primeira utilização do seu conceito estaria
localizada na academia. Seu uso estaria relacionado ao crescimento acelerado da capital em
meados do século XX, quando periferia trazia consigo os problemas de infraestrutura, de
pobreza, dentre outros, tomado como objeto de estudo na universidade que se debruçava para
entender e analisar tal fenômeno7.
Nos anos de 1990, os significados da “periferia” não seriam utilizados apenas no
campo científico. Nesta ocasião, os próprios moradores da região, começaram a se apropriar
do termo “periferia” como referência identitária pelos coletivos juvenis, por artistas que se
declaravam periféricos e/ou marginais, cujas obras nasceram em locais ditos periféricos,
segundo D´Andrea8. Já nos anos 2000, a indústria do entretenimento se apropriou do termo
tendo a periferia como tema de obras como o filme “Cidade de Deus”.
Neste período, quando movimentos culturais se apropriaram do termo “periferia”,
vemos o uso do termo como mote de resistência e de “orgulho periférico” (D’Andrea, 2013).
Dialogando com este trabalho, acredito que uma das respostas a uma baixa valoração
socioespacial discutida anteriormente, o “orgulho periférico” seria um movimento de
afirmação daqueles que estão numa situação dominada socialmente. Tal orgulho se
materializa pelos próprios nativos, vistos de maneira marginal, em se apropriar e se identificar
como pertencentes à periferia, ressignificando o termo. Nesta luta desigual, assumir uma
identidade periférica é afirmar-se socialmente através das linguagens artísticas por parte da
juventude. Exemplos dessas manifestações têm acontecido desde os anos de 1990 na música,
na literatura, nas artes visuais.
VI. Considerações Finais
Como visto anteriormente, morar na Zona Leste pode ter uma representação bastante
negativa como visto pelas declarações de pessoas públicas como a cantora Rita Lee e o
jornalista Marcelo Tas. Tais declarações não são pontuais ou pessoais, mas fazem parte de um
imaginário social que afirma a Zona Leste como um lugar distante, ruim, “marginal”, mesmo
tendo a maioria da população morando na região. Tentou-se demonstrar como esse imaginário
foi construído pelo lado simbólico, visto que uma das explicações tradicionais em relação a
representação da periferia estaria calcada na questão econômica. Assumiu-se que na parte
objetiva a questão financeira é dada como principal mote da questão, mas os fatores
7 D’Andréa (2013) lembra autores como Lúcio Kowarick que tratou “a lógica da desordem” na década de 1970, assim como a Ermínia Maricato que analisou as formas urbanas da produção do capital como exemplos de consolidação dos estudos nas Ciências Sociais sobre a periferia. 8 Outro exemplo foi sistematizado por Leite (2014) em relação à literatura.
simbólicos, relacionados aos moradores que constituíram a região também participariam da
construção dessa depreciação. Como resposta, esses próprios moradores se apropriaram do
termo periferia de maneira ressignificada, para declarar o “orgulho periférico” a partir de
manifestações culturais, especialmente pela juventude.
V. Referências
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. A invenção do nordeste e outras artes. 4ª. Ed. São
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