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A Economia Política Inglêsa
Economia - palavra composta:
“oikos”, para os gregos antigos era a denominação que se usava para definir a casa (entendendo aí o seu conjunto - homem, mulher, filhos, escravos, animais, utensílios, objetos, etc.);
“nemo” (de “nemein”), significando dirigir e/ou administrar.
Daí o termo “oikonomos” para definir o “administrador da casa”.
Aristóteles adotava várias modalidades da “oikonomia”: “economia régia” para se referir à administração monárquica; “economia provincial” para se referir à administração das províncias; “economia política” para se referir à administração da “polis” (cidade-estado).
Idealismo x Materialismo
É preciso entender...Sec. XV
Mercantilismo
A produção (oficinas / mestres / manufaturas)
Papel das cidades (burgos)
As feiras e o comércio interno
A moeda e os bancos
O surto comercial e as cruzadas
Riqueza = acúmulo metais preciosos
Para viver, o homem tem necessidade de alterar a natureza.
O papel da terra.
* Rompimento das relações feudais
* O servo se torna livre
* A terra está concentrada nas mãos de grandes proprietários
David Hume: crítico ferrenho do mercantilismo, defende o livre comércio.
1) Defende que a origem do problema econômico está na escassez e que esta nunca acabará porque os indivíduos desejam mais bens de consumo do que a capacidade humana de produzi-los e distribuí-los.
2) Considera que o luxo e o consumo são importantes motores do progresso da sociedade.
3) Defende que para um sociedade progredir e florescer são necessários o respeito ao direito de propriedade, a possibilidade de transferência da propriedade por consentimento e a garantia dos compromissos assumidos.
Sec. XVIII
Fisiocratas - em particular, François Quesnay
Fortemente influenciados por David Hume
Atacam a doutrina da balança comercial (mercantil)
“Laissez faire, laissez passer”
“Leis naturais” da economia
Somente a terra (a agricultura) era produtiva
“Quando a agricultura prospera, todas as outra artes florescem com ela, mas
quando se abandona o cultivo da terra, por qualquer razão que seja,
todos os outros trabalhos em terra ou no mar, desaparecem ao mesmo
tempo”*
* Sócrates, em Xenofonte - citado por Quesnay na introdução do seu livro “Quadro Econômico”
“A nação se reduz a três classes de cidadãos: a classe produtiva, a classe dos proprietários e a classe estéril.
Sec. XVIII
Economia clássica inglesa - Adam Smith
O indivíduo busca o próprio benefício
A “mão invisível” promove o “bem público”
Interesse pessoal torna-se social
O Estado deveria então ter funções reduzidas
Além da terra, considera o trabalho como produtivo
Para Adam Smith, há quatro estágios de organização da sociedade:
a) o estágio original "rude", o estágio dos caçadores;
b) o estágio de agricultura nômade, com a criação de rebanhos;
c) o estágio de fazendas, do latifúndio ou feudal;
d) e, o estágio de interdependência comercial, estágio final (perfeita liberdade) no qual atua a famosa “mão invisível”, capaz de levar a ação ambiciosa e egoísta do homem a criar o bem-estar geral da comunidade.
Segundo ele, havendo liberdade, o lucro dependerá da livre concorrência em apresentar ao público aquilo que o
público espera de melhor.
Smith não entendia a terra como “fonte de toda a riqueza”, como queriam os fisiocratas. Ele já defendia que “o trabalho” era fonte da riqueza.
Mas mantinha o conceito de que a terra era um “recurso natural” e, portanto, a renda seria um “pagamento por uma dádiva da natureza”.
Pressupostos da teoria da renda:- a renda é o “pagamento por uma dádiva da natureza”;- a renda é um pagamento de transferência de uma classe para outra;
Ao criticar o mercantilismo, defende que a verdadeira fonte da riqueza das nações está no trabalho humano (produção social).
Outros pontos do pensamento de Adam Smith:
1) a legislação (inglesa) sobre os pobres dificultava a livre circulação da mão-de-obra;2) a população depende da quantidade de alimentos disponíveis;3) as cidades são importantes mercados para o campo, uma vez que o dinheiro ganho nas cidades acaba sendo investido na compra de terras no campo;4) a carestia é culpa do intervencionismo governamental que gera uma distorção no processo de mercado.
O papel do Estado
Para François Quesnay:
Justiça
Diplomacia
Defesa Nacional
Segurança Interna
Para Adam Smith:
Segurança militar
Administrar a justiça
Organizar e manter certas instituições
Sec. XIX
Economia política inglesa - David Ricardo
Ricardo diferenciava noção de valor e de riqueza
Valor = quantidade de trabalho necessária à produção de um bem
Riqueza = bens que as pessoas possuem (bens necessários, úteis ou agradáveis
No tempo de Ricardo, a “revolução industrial” já estava em seu auge.
Para Ricardo:
1. O preço de um bem é resultado de uma relação entre este e um outro bem2. Este preço é expresso por uma quantidade de moeda (variação no valor da moeda = variação no valor do bem)3. O valor da moeda é definido como “a quantidade de trabalho necessária à produção do metal que servia para sua fabricação4. Se o valor da moeda variasse, o preço do bem variava, mas não o seu valor
Sobre a renda:
Para Adam Smith: renda é a diferença entre rendimento e salários + lucros.
Para Ricardo: as condições de produção influem no rendimento... Quem trabalha em melhores condições paga mais renda... Mas a renda é paga, na realidade, pelo consumidor final.
Ricardo - Sobre o salário:
Preço corrente: determinado pelo mercado (oferta e procura)
O trabalho é uma mercadoria... Com dois preços.
Preço natural: é o que permite a subsistência e a reprodução.
Smith:Renda = Rendimento - (Salários + Lucros)
Ricardo:Lucro = Rendimento - (Salários + Renda)
Para Ricardo, o crescimento depende da acumulação de capital / depende da taxa de crescimento / depende do Lucro.
Sec. XIX
Economia política inglesa - Thomas Robert Malthus
1. O alimento é necessário para a existência do homem2. A paixão entre os sexos é necessária e permanecerá em seu atual estágio
O poder de crescimento da população é indefinidamente maior do que o poder que
tem a terra de produzir meios de subsistência para o homem.
Em “Ensaios sobre a população”, Malthu conclui que “a origem da pobreza está nas leis da natureza”... “o
pobre paga o preço de desobedecer o Criador, gerando novos miseráveis que não conseguirão ser alimentados pelos escassos recursos existentes”.
Em “Princípios da economia política e considerações sobre sua aplicação prática”, Malthus define a riqueza como “os objetos materiais que são necessários, úteis
e agradáveis à humanidade”.
Malthus e Ricardo acreditavam que seria possível criar uma ciência da economia política que independesse dos estadistas e que seria
exata nas suas conclusões.
Partiam de três ou quatro princípios (que chamavam de universais) para apresentar um sistema
completo. Sustentavam que a economia política não deveria ter preocupações de ordem ética.
Diziam que suas tarefas, como economistas, seria apenas explicar o sistema econômico existente e não
tentar substituir por um melhor.
Sec. XIX
Jean-Baptiste Say (França) - o “mais didático” discípulo de Smith.
Lei do Mercado ou “Lei de Say”
O mais severo crítico do Estado
Concorda com Malthus e defende a criação de “instituições privadas de caridade” - espécie de “caixas de previdência” que, em caso de necessidade, auxiliaria seus contribuintes.
Desdobramentos
Lei de Say: “quando um produtor de algum produto vende seu produto o dinheiro que o produtor obtém com a venda de seu produto está sendo gasto com a mesma vontade da venda de seu produto”Ou, em outras palavras, “a oferta cria sua própria demanda”.
De acordo com isto:1) não existem crises de super-produção, uma vez que tudo o que é produzido pode ser consumido;2) a demanda de um bem é determinada pela oferta de outros bens, de forma que a oferta agregada é sempre igual a demanda agregada.
Sec. XIX
Frédéric Bastiat (França).
As leis de assistência aos pobres são “espoliação legal”
“O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo”.
Os governantes devem rejeitar todos os sistemas de organização e, confiando em Deus, deixar a sociedade agir livremente.
Desdobramentos
“O que diferencia as épocas econômicas uma das outras não é o que se faz mas, sim, como se faz - com que instrumentos de trabalho se faz.” (K. Marx)
Fim