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A EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DE METODOLOGIAS DE · pesadas para se manterem no ar, precipitam-se na forma de chuva, neve ou granizo. A água da chuva pode formar rios e lagos e

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1 Professora de Biologia do Colégio Estadual José de Alencar - Casa Familiar Rural, de Nova Prata

do Iguaçu. 2 Professora Orientadora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Francisco

Beltrão.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DE METODOLOGIAS DE

INTERVENÇÃO NA DISCIPLINA DE BIOLOGIA COM ALUNOS DA

CASA FAMILIAR RURAL DE NOVA PRATA DO IGUAÇU - PR

Autora: Agda Terezinha Crescencio 1

Orientadora: Gisele Arruda 2

RESUMO

O artigo apresenta um relato de atividades pertinentes à Educação Ambiental, elaboradas no Projeto de Intervenção Pedagógica apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional PDE, descritas conforme Unidade Didática Pedagógica. Trabalho teórico e prático desenvolvido com alunos do 2º ano do Ensino Médio da Casa Familiar Rural de Nova Prata do Iguaçu, PR. Na atualidade problemas ambientais são rotineiros, grandes catástrofes estão afetando os ambientes naturais. A Educação Ambiental é de vital importância para que se modifique este quadro, esta deve ser trabalhada em várias disciplinas, porém a Biologia ganha destaque, por estudar as relações entre os seres vivos. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi promover a recuperação de uma nascente, como ferramenta para o estudo em questão, a fim de proporcionar a preservação da vida das espécies e do próprio homem, somando no enriquecimento da educação. Buscou-se um estudo mais acentuado, sobre os temas: água, meio ambiente, biodiversidade, recuperação de nascentes e como a cultura, a tecnologia, a história e a política influenciam / transformam a natureza. O desenvolvimento e o progresso geraram inúmeros benefícios à humanidade, mas trouxeram também desequilíbrios ambientais diretamente relacionados com todos os seres vivos. Os recursos e estratégias utilizados unindo teoria e prática despertaram reflexões somando à construção do conhecimento cientificamente elaborado. O comprometimento de formar cidadãos críticos e participativos, a Educação Ambiental destaca medidas criteriosas para amenizar ações passadas, monitoramento nas ações presentes e prevenção responsável nas ações futuras. Assim, o trabalho foi aplicado e sistematizado em etapas na Casa Familiar Rural.

Palavras-chave: Educação Ambiental. Recuperação de Nascentes. Meio Ambiente. Biodiversidade. Água.

INTRODUÇÃO

No estudo da Biologia, a Educação Ambiental é tema polêmico, de relevante

preocupação e importância na atualidade, onde direta ou indiretamente atinge a

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todos os seres vivos, desde plantas, animais até o próprio homem.

Os desequilíbrios ambientais como: poluição, degradação do meio ambiente,

períodos de estiagem e cheias, vem da ação direta do homem, onde o

desenvolvimento e o progresso afetaram o equilíbrio dos recursos naturais. Assim, a

escola na função de formar cidadãos críticos e participativos, pode intervir e mediar

os conhecimentos elaborados através de observações, análises, estudos teóricos e

práticos, levando os alunos à reflexão, como contribuição para um pensar crítico de

forma a promover mudanças de atitudes, hábitos e valores.

As Diretrizes Curriculares Estaduais - DCEs expressam a necessidade de

trabalhar os conteúdos de Biologia voltados à Educação Ambiental. Historicamente,

muitos foram os conceitos elaborados sobre o fenômeno vida. No entanto, os

conhecimentos da Biologia no Ensino Médio resultam de modelos teóricos

elaborados pelo ser humano evidenciando o esforço de entender, explicar, usar e

manipular os recursos naturais (PARANÁ, 2008). Ainda é importante destacar,

Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância

com a Lei n° 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação

Ambiental, este deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Portanto é necessário que o professor contextualize esta abordagem em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não sejam trabalhados isoladamente na disciplina de Biologia (p. 67).

Desta forma, fica evidente a importância de se trabalhar a Educação

Ambiental, promovendo uma melhoria na qualidade de vida das pessoas e

enriquecimento do ensino da escola pública no Estado do Paraná, buscando a

contextualização dos conteúdos teóricos na prática.

Dentre os impactos que as nascentes degradadas trazem para as

populações, destacam-se sérios problemas como extinção de espécies, degradação

do solo, da água, entre outros. Estes são ocasionados devido a poluentes, como

lixo, corte ilegal de árvores, acarretando danos principalmente para a população que

ali vive, além de causar doenças. Nesse contexto o projeto traz uma proposta de

recuperação de nascente, envolvendo a comunidade escolar.

Assim o objetivo é analisar a degradação do ambiente, identificar mecanismos

para a recuperação de uma nascente localizada neste município, melhorando as

condições ambientais existentes neste local.

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1 MEIO AMBIENTE

Para Medina (1996) “o meio ambiente é um conjunto de elementos naturais e

sociais que interagem causando alterações no espaço e no tempo”. Conforme

Watanabe (2002) “meio ambiente é considerado um conjunto de aspectos biológicos

e físicos levando em consideração a interação entre os aspectos naturais e sociais”.

Reigota (2009) define o meio ambiente como “[...] um lugar determinado e/ou

percebido onde estão em relação dinâmica e em constante interação os aspectos

naturais e sociais [...]”.

Porém esse meio ambiente é constantemente ameaçado, devido ao uso

incorreto dos seus recursos. Os desequilíbrios que ocorrem na natureza têm sua

origem em um histórico de ações humanas e de desenvolvimento em todos os

setores de atividades que envolvem a educação ambiental como educação política,

nesse aspecto Reigota (2009) destaca,

A educação ambiental como educação política está comprometida com a ampliação da cidadania, da liberdade, da autonomia e da intervenção direta dos cidadãos e das cidadãs na busca de soluções e alternativas que permitam a convivência digna e voltada para o bem comum (p. 13).

Assim, o meio ambiente está extremamente relacionado com a população,

portanto, deve-se protegê-lo a fim de se ter um ambiente limpo e equilibrado,

harmonioso para todas as espécies que dependem dele para sobrevivência.

1.1 Impactos Ambientais

A degradação ambiental é resultado da ação do homem como agente

transformador ao longo do tempo. Estes impactos foram determinados por muitos

fatores, entre eles o desenvolvimento das grandes cidades, da agricultura e

pecuária, aumento na produção de lixo, poluição, técnicas de produção

inadequadas, utilização abusiva de agrotóxicos, manuseio e uso exagerado dos

recursos naturais, comprometendo o presente e o futuro. Segundo Lutzenberger

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(1990) os modelos de desenvolvimento da atual sociedade de consumo são

absurdos porque o esbanjamento dos recursos insubstituíveis leva à destruição

sistemática dos sistemas de sustentação da vida na Terra.

Lutzenberger (1990) descreve ainda a destruição dos últimos ecossistemas,

extinção de espécies, perda da produtividade, da potabilidade da água, secas e

enchentes, acrescentando,

Estamos hoje obliterando ou degradando os últimos ecossistemas intactos e exterminamos assim anualmente dezenas de milhares de espécies que nunca voltarão. Aceleramos a perda generalizada da produtividade presente e futura do solo pela erosão incontida e pelo envenenamento generalizado dos métodos brutais da agroquímica; desequilibramos todos os grandes e pequenos sistemas hídricos, acentuando as estiagens desoladoras e as cheias catastróficas; pela poluição desenfreada, perderemos em breve a potabilidade dos últimos mananciais e preparamos a eliminação de todas as formas de vida aquática, inclusive nos oceanos [...] (p. 13).

Assim, observa-se que muitos são os impactos que os ecossistemas estão

recebendo, ocasionando uma falta de recursos na atualidade, e que ainda, poderão

trazer cada vez mais, prejuízos às espécies que dependem desses ambientes,

podendo levar a extinção de fauna e flora, como também malefícios para a

população humana.

A mídia mostra grandes catástrofes, acidentes, estragos, conflitos e até

contradições com relação a questões ambientais, para Floriani e Knechtel (2003),

As crises sócio-ambientais modernas trazem a marca das sociedades de risco, contestando uma série de valores até então pouco questionados: o progresso, a utilização desenfreada dos recursos naturais, o crescimento econômico continuado, o aumento progressivo de consumo de material de algumas sociedades afluentes, em detrimento da imensa maioria do planeta, o agravamento de situações de epidemia, de fome, de guerras, de escassez de água, de desmatamento irrefreável, de mudanças climáticas dramáticas, de violência urbana, de drogadicção e consequente anomia social... (p. 13).

Com esses desequilíbrios ambientais, a natureza coloca-se à margem de

possíveis desastres onde as consequências podem atingir níveis de destruição

nunca esperados pelo homem, tudo pelo progresso.

Mucelin e Bellini (2008) atribuem à criação das cidades e ampliação dos

centros urbanos, como grandes contribuintes para os impactos ambientais

negativos, pois nos ambientes urbanos, a necessidade da água como recurso

natural e o exagerado consumo de produtos industrializados, gerados pelo

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desenvolvimento e progresso são responsáveis por boa parte destas alterações.

Acrescenta-se a isso a falta de conscientização e políticas públicas adequadas.

Assim, destaca-se a importância do desenvolvimento sustentável, que

preconiza um ambiente harmonioso com o desenvolvimento do mundo e

preservação da natureza, sem degradá-la, a ponto de ter-se um ambiente

apropriado para as espécies, priorizando o uso adequado dos recursos naturais.

1.2 Importância da Água

A água é a substância em maior quantidade, dentro e fora do corpo de todos

os seres vivos, sendo que a sobrevivência dos mesmos está intimamente

relacionada a ela (LOPES; ROSSO, 2005). Assim, é um dos recursos naturais mais

importantes para a sobrevivência da vida na Terra, considerada como solvente

universal, utilizada em diversas atividades e setores.

Segundo Laurence (2005) a constituição química da água é de dois átomos

de hidrogênio e um de oxigênio, arranjados na fórmula química H2O.

A água presente na natureza não aumenta e nem diminui sua quantidade,

mas pode ter suas propriedades alteradas, devido às mudanças de seu estado físico

quando participa de seu ciclo. Segundo Gewandsznajder (2006),

Graças à energia solar, a água dos rios, mares, lagos, etc (estado líquido) passa para a atmosfera em forma de vapor. Nas camadas mais altas e mais frias da atmosfera, o vapor se condensa e forma as gotículas de água que compõe as nuvens. Quando várias dessas gotinhas se juntam e ficam muito pesadas para se manterem no ar, precipitam-se na forma de chuva, neve ou granizo. A água da chuva pode formar rios e lagos e voltar para os oceanos, ou infiltrar-se no solo e formar lençóis subterrâneos. Parte da água do solo é absorvida pelas raízes dos vegetais e tanto pode ser utilizada pelas próprias plantas quanto pode, via cadeia alimentar, ir para o corpo dos animais. Animais também retiram a água do ambiente ao beberem nos rios, lagos, ou fontes, etc. Por meio da transpiração ou da respiração, seres vivos eliminam a água de seus corpos para a atmosfera e, por meio da urina, das fezes, da decomposição de resíduos e cadáveres, a água retorna ao solo. Fecha-se assim o ciclo da água na natureza (p. 117).

As nascentes estão sujeitas à poluição e à contaminação por partículas do

solo, vento, restos de animais, decomposição de matéria orgânica na água e

presença de microrganismos podem caracterizá-la como de não qualidade.

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A recuperação de nascentes pode garantir a qualidade da água, a existência

e sobrevivência das gerações futuras e a perpetuação das espécies. “A nascente

ideal é aquela que fornece água de boa qualidade, abundante e contínua, localizada

próxima do local de uso e de cota topográfica elevada, possibilitando sua distribuição

por gravidade, sem gasto de energia” (CALHEIROS et al., 2004).

Em virtude do conceito de fonte ideal, é importante a busca por tecnologias

simples, adequadas com a realidade local da nascente e sua biodiversidade, para

não agravar seu estado e proporcionar uma maior preservação. Assim Lutzenberger

(1990) enfatiza,

[...] o caminho das tecnologias brandas e adequadas, ajustadas à escala de uso final, inseridas no contexto local, físico, biológico e sócio-cultural. Estas são as tecnologias que se apóiam nas fontes inesgotáveis da energia solar em todas as suas formas. Este é o caminho que permite ao homem voltar a ser dono de si mesmo e preservar a grande maravilha do Mundo Vivo, do qual é apenas parte (p. 16).

Nesse contexto, destaca-se o desenvolvimento tecnológico que está

acentuado nesse século, trazendo grandes benefícios à população e ao

desenvolvimento do país, porém, junto ocorre à degradação acelerada e o uso

acentuado dos recursos naturais, então, passa a ser de suma importância promover

a preservação do ambiente em geral, especificamente da água, de forma a contribuir

para a qualidade de vida das espécies.

1.3 Limpeza e Construção da Proteção na Nascente

Em um meio ambiente equilibrado, com o mínimo de agravos para as

espécies, destaca-se a recuperação de nascentes, devido à importância de

preservar a água, bem inestimável para a sobrevivência de todos os seres vivos.

Na Cartilha de Nascentes Protegidas e Recuperadas produzida pela

Secretária do Estado do Meio Ambiente - SEMA é descrita a técnica solo-cimento

para a recuperação de nascentes, detalhada a seguir (PARANÁ, 2010).

Primeiramente deve ser realizada a limpeza do local, abrindo uma vala para

escoamento da água que está represada. Para essa finalidade utilizam-se

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ferramentas manuais, evitando danos à vegetação local. Para que a água corra

livremente é retirada toda a terra assoreada sobre a nascente, juntamente com

folhas e raízes, chegando à terra firme. Deixa-se espaço aberto para o

preenchimento posterior da caixa de coleta que será formada pela pequena

barragem feita com solo-cimento. Nessa etapa ocorre o preparo do solo-cimento, do

mesmo local onde é retirada a terra da limpeza do olho de água a ser recuperado,

separa-se o solo para o preparo da mistura solo-cimento que será utilizado para

cobrir a nascente em momento posterior. Enquanto limpa-se a nascente, peneira-se

a terra misturando com cimento e água até dar liga, para obtenção do solo-cimento.

A terra tem que ser argilosa e a mistura em geral, são de cinco partes de solo

peneirado para uma parte de cimento. O solo-cimento é uma tecnologia barata, de

simples aplicação e já vem sendo divulgada a mais de três décadas no Paraná. É

um material alternativo e de baixo custo, que utiliza solo argiloso, cimento e água. A

massa permite que o trabalho seja realizado dentro da água pelo próprio trabalhador

rural, não necessitando mão de obra especializada.

O próximo passo é a construção da estrutura de proteção, onde se coloca uma

camada da massa de solo-cimento sobre o fundo, e sobre esta, o primeiro cano a

ser colocado que é o de 100 mm. O comprimento do cano dependerá da

profundidade do buraco escavado na encosta (varia entre 1 metro a 1 metro e meio).

Ficará aberto até o término da construção, pois permite que a água, fique escoando

sem atrapalhar o desenvolvimento do trabalho. Após o término da construção, o

mesmo será tampado e utilizado para a limpeza da nascente. Após a instalação do

cano de limpeza (cano de 100 mm), coloca-se no mesmo nível, o cano de saída da

água para o uso local (distribuição) ou liberação para o córrego. Este cano pode ser

de 25, 32 ou de 50 mm dependendo do uso e volume de água produzido.

Reservatórios para uso da água devem estar fora da área da nascente, em caixas

de PVC, evitando o represamento sobre o olho da água e permitindo que o fluxo de

água corra livremente. Após a colocação do cano de coleta de água e mais algumas

camadas de solo-cimento, são colocados os canos que funcionarão como “ladrões”.

São canos de 50 mm, os quais servirão para o escoamento do excesso de água e

evitarão o rompimento da barragem. O número e a altura dos ladrões variam

conforme o fluxo da nascente. Quanto maior a vazão maior o número de canos

“ladrões” e menor a altura de colocação desses em relação ao cano de coleta.

Com a barragem pronta, providencia-se o preenchimento da caixa de coleta,

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ou seja, do espaço onde foi retirada terra do assoreamento. O enchimento poderá

ser feito com pedras, seixos grossos ou brita grossa. Esse material poderá ser

desinfetado por meio do uso de água sanitária antes de serem colocados no local.

Após o assentamento das pedras é colocado o cano de tratamento que será

utilizado para desinfecção do interior da nascente de tempos em tempos, com a

utilização de água sanitária em dosagens pequenas.

Finalmente é realizado o fechamento total com solo-cimento protegendo a

nascente de possíveis assoreamentos futuros. A desinfecção deve ser feita somente

se houver o reaproveitamento da água para abastecimento. Fecham-se todos os

canos de saída de água da nascente; coloca-se uma quantidade pequena de água

sanitária (50 a 100 ml); aguardar cerca de duas horas e abrir o cano de limpeza

(cano de 100 mm); repetir o processo de fechamento e abertura dos canos até que a

água sanitária saia totalmente. A cada seis meses ou quando houver indicação de

contaminação, devido à presença de fezes humanas ou de animais, no entorno,

realizar a desinfecção. Pode-se realizar a limpeza também, quando se percebe que

partículas de terra estão aparecendo no reservatório, então, tira-se o tampão deste

cano para que a terra depositada no fundo da nascente seja retirada. Quando o solo-

cimento secar, colocar telas de proteção nos ladrões para que não ocorra à entrada

de animais ou insetos no interior da nascente que possam contaminar a água. Outra

providência importante é a construção de cerca no entorno da nascente (50 metros

de raio, conforme a Legislação), bem como evitar a entrada de animais que possam

contaminar a água e destruir a vegetação da mata ciliar.

No trabalho, foi utilizada a técnica descrita acima, com participação de

profissional especializado na área ambiental para demonstrar as etapas da mesma.

1.4 Plantio das Mudas Nativas em torno da Nascente

A Cartilha do SEMA apresenta as etapas de reflorestamento de nascentes:

coveamento, adubação, plantio, irrigação, coroamento e controle de formigas,

detalhadas a seguir (PARANÁ, 2010).

Após o alinhamento e marcação do local das covas, realizar a abertura das

mesmas no tamanho 30 x 30 x 40 cm, separando a terra dos primeiros vinte

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centímetros para ser misturada com o adubo. Utilizando preferencialmente adubos

orgânicos, para acelerar o desenvolvimento inicial das mudas. No plantio são

recomendadas mudas de espécies pioneiras e secundárias tolerantes ao sol e de

crescimento rápido, em um espaçamento de dois metros entre as linhas por dois

metros entre as covas. Existem alternativas de plantio, como em faixas, em ilhas e

também quando houver bastante vegetação nativa nas imediações, pode ser feito o

simples abandono da área. Nessa etapa, é aconselhável o acompanhamento de

técnico especializado. O plantio correto acarretará economia de tempo e dinheiro. A

seguir se faz a irrigação, que deve ser realizada sempre que necessário após o

plantio. É recomendada a limpeza do local onde será plantada a muda. Se não

houver controle das plantas invasoras as mudas podem morrer ou não se

desenvolver por falta de água, luz e nutrientes. Por fim se faz o controle de formigas,

que devem ser combatidas antes e após o plantio.

2 METODOLOGIA

A pesquisa realizada é de campo do tipo levantamento de dados, com

metodologia exploratória, descritiva e abordagem qualitativa. Tem fundamentação

teórica baseada na epistemologia construtivista, que explica o conhecimento por

meio de uma construção. Com abordagem cognitivista se propõe à investigação,

organização do conhecimento e processamento de informações, assim contempla

uma metodologia por investigação e os três momentos pedagógicos:

problematização, partindo do conhecimento prévio do aluno; organização do

conhecimento por meio de estratégias e recursos; aplicação do conhecimento a

partir das atividades propostas e informações incorporadas na construção do

conhecimento.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A aplicação do Projeto de Intervenção Pedagógico aconteceu no 1º semestre

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do ano de 2013, com sua apresentação na Semana Pedagógica para direção,

equipe pedagógica, professores e funcionários da escola base – Colégio Estadual

José de Alencar, posteriormente também apresentado para coordenação da Casa

Familiar Rural e na sequência convite aos alunos. Esta escola trabalha com a

pedagogia da alternância, onde filhos de agricultores frequentam a mesma em

período integral durante uma semana e na semana seguinte aplicam em suas

propriedades os conhecimentos obtidos nas disciplinas do ensino médio e nas

disciplinas técnicas. Trabalhado com alunos do 2º ano, as atividades foram

planejadas conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Biologia com a

finalidade de mediar o acesso ao conhecimento, mostrando a importância do

equilíbrio ambiental na vida do educando.

No município de Nova Prata do Iguaçu situa-se a Usina Hidroelétrica José

Richa conhecida também como Salto Caxias, que dá suporte a trabalhos que visam

à preservação ambiental, uso adequado de espécies nativas e afinidade ambiental.

Buscaram-se parcerias com o Viveiro da Copel para doação das mudas utilizadas no

reflorestamento da nascente.

Inicialmente foi apresentado o tema Educação Ambiental e sua importância.

Em seguida, aplicado um questionário para investigação dos conhecimentos prévios

dos alunos referente ao tema em estudo. Neste, as respostas objetivas foram de

conhecimento básico, os alunos mostraram-se preocupados com questões

emergentes que afetam o meio ambiente. Quando perguntados: “Você já ouviu falar

em degradação ambiental e recuperação de nascentes?” 100 % dos alunos

assinalaram que sim; “O que você entende por Degradação Ambiental?” escolheram

a opção: prejudica todos os seres vivos; “Qual a importância de recuperar uma

nascente?” optaram pela alternativa: beneficia as espécies; “Você acha importante

recuperar uma nascente?” 100 % afirmaram que sim; “Qual é a importância da

recuperação de nascentes?” Nesta questão, as respostas descritivas referiram-se à

preservação da água e das espécies. Após o questionário foi realizado uma

socialização, relacionando o conhecimento popular e o científico com a importância

de recuperar e preservar o meio ambiente.

Na sequência, atividades pedagógicas diversificadas enfatizaram o estudo

sobre a Educação Ambiental, alguns aspectos sobre as Leis Ambientais referentes

às nascentes. As atividades realizadas por meio de reflexões, envolvimento e

participação dos alunos despertou interesse pelo tema, conteúdos e principalmente

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pela necessidade de intervir na realidade para transformá-la, buscando resultados e

o que representa na vida do aluno, da família e de cada pessoa da comunidade.

A partir do texto “Olá estudante! Que tal falarmos um pouco sobre Educação

Ambiental e ações humanas?”, as colocações dos alunos foram significativas, com

relatos orais de fato(s) que teria(m) presenciado. O documentário “Buraco Branco no

Tempo” prendeu a atenção dos alunos, devido à variedade de informações sobre o

surgimento e evolução da vida, do planeta, das tecnologias e da revolução da

consciência, houve elaboração de relatórios individuais. A leitura no Livro Didático

Público de Biologia – capítulo: “Os problemas ambientais são desencadeados pela

ação humana na natureza ou é castigo divino?” gerou opiniões variadas e uma

produção de texto. Em grupos os alunos pesquisaram na internet sobre atuais

problemas ambientais, encerrando com a socialização entre os mesmos.

Para Arruda, Arruda e Soligo (2013) é sempre importante utilizar

metodologias diferentes nas aulas de biologia, pois trazem uma evolução no pensar

intelectual do discente, devido à sua participação na aula, possibilitando, assim, um

melhor entendimento do conteúdo. Os mesmos autores ainda destacam que aulas

práticas na disciplina de biologia são necessárias e indispensáveis.

A leitura do texto, “Interessante! Relacionando nossa vida com o Meio

Ambiente, Biodiversidade e Água!”, despertou o entendimento de conceitos

específicos da Ecologia, dados sobre meio ambiente, biodiversidade e se tratando

da água, importância, quantidade existente no planeta e no corpo humano, funções,

propriedades físico-químicas, ciclo e doenças relacionadas a ela. A elaboração de

um glossário, atividade acessível teve ótimos resultados, traduzindo o significado

dos termos científicos. O jogo “Dominó da Vida”, contou com a participação de todos

dispondo aos alunos inúmeras informações como mostra a Figura 01.

FIGURA 01: Alunos jogando “Dominó da Vida”.

FONTE: Autoras (2013).

O estudo do texto “Vamos recuperar nossas nascentes...”, despertou nos

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alunos a compreensão da técnica solo-cimento, as etapas de limpeza e construção

da proteção na nascente e os passos para o plantio das mudas nativas. Após

apresentados os nomes comuns, científicos e famílias das plantas, conforme

taxionomia vegetal da Botânica promoveu-se questionamentos. Em parceria com a

Emater, uma palestra sobre recuperação de nascentes, com profissional

especialista, demonstrando a técnica solo-cimento com projeção de imagens,

explicação das etapas, conforme Figura 02 e tempo para esclarecer dúvidas.

FIGURA 02: Palestra demonstrando as etapas da técnica, através de slides.

FONTE: Autoras (2013).

Posteriormente, na nascente os alunos observaram o ambiente, analisaram

os aspectos referentes ao estado. Nesse momento, uma reflexão sobre a qualidade

da água e a importância para todas as espécies do planeta. Iniciou-se a limpeza no

local, sendo realizadas as etapas do solo-cimento pelo profissional ambiental, de

acordo com a técnica contida na Cartilha de Nascentes Protegidas e Recuperadas,

com participação dos alunos, conforme mostra a Figura 03.

FIGURA 03: Etapas de limpeza e construção do solo-cimento na nascente.

FONTE: Autoras (2013).

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No momento reservado ao plantio das mudas, os alunos foram novamente

colaborativos, iniciando o preparo das covas, depois efetivando o plantio das

mesmas, como mostra a Figura 04.

FIGURA 04: Etapas do plantio das mudas.

FONTE: Autoras (2013).

A visita à nascente foi significativa proporcionando aos alunos contato com a

realidade, a limpeza da mesma, a construção da proteção e o plantio das mudas.

Essa interação do estudo teórico com a prática de recuperação de nascentes

comprova a necessidade e importância da preservação.

Para krasilchik (2005), práticas educativas realizadas fora do formalismo de

sala de aula, enriquecem as relações de alunos e professores, estimula o interesse

pela aprendizagem e cria vínculo de companheirismo a partir da experiência

vivenciada.

Na volta à sala de aula, outras atividades foram realizadas. O jogo “Baralho

nativo”, conforme mostra a Figura 05, com informações sobre nome comum,

científico, família e uso ambiental das plantas, despertaram interesse e participação

de todos os alunos. Como última atividade, a organização em um caderno de

desenho das plantas utilizadas, com desenho, figuras, registro de características,

estruturas e curiosidades.

FIGURA 05 – Alunos jogando “Baralho Nativo”.

Fonte: Autoras (2013).

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Após a realização de todas as atividades, novamente foi aplicado o

questionário acrescido de uma pergunta: “Você achou importante este trabalho de

Recuperação de Nascentes? Por quê?” As respostas descritivas referiram-se às

informações obtidas com o estudo da Educação Ambiental, a respeito de

recuperação de nascentes, água e seres vivos, como um saber mais elaborado,

sistêmico e científico. Em destaque algumas falas: “[...] recuperar uma nascente

garante uma boa qualidade de vida”; “[...] uma nascente bem cuidada possibilita a

distribuição da água por gravidade, sem gasto de energia”; “[...] quando você

recupera uma nascente não está somente preservando a água, mas sim um

ecossistema inteiro”; “[...] podemos acompanhar de perto a construção de uma

proteção de fonte, tiramos dúvidas quanto ao preparo, limpeza, utilização de

ferramentas manuais, importância em plantar árvores ao redor”; “[...] além de como

construir a proteção, aprendi a valorizar mais ainda o que garante a manutenção da

vida na Terra, que é a água”; “[...] aquela água poderia não ser de boa qualidade,

após sua recuperação e uma análise química, pode ser ótima para o consumo de

pessoas e de animais”.

Ao final do estudo, os alunos foram novamente conduzidos à nascente para

uma avaliação das mudanças que o ambiente apresentou. Na Figura 06 observa-se

a proteção construída, a água escorrendo pelo cano e a vegetação ao redor.

FIGURA 06: Nascente e vegetação recuperados.

FONTE: Autoras (2013).

Paralelamente, aconteceu o GTR - Grupo de Trabalho em Rede oferecido

pela SEED – Secretaria de Estado da Educação aos professores do Paraná, como

capacitação profissional. Em estudo o projeto “A Educação Ambiental a partir de

metodologias de intervenção na disciplina de Biologia com alunos da Casa Familiar

Rural de Nova Prata do Iguaçu - PR” e da produção didática “H2O - Intervindo como

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proteção na fauna e na flora das nascentes”, bem como sua implementação.

Os participantes do curso contribuíram durante as interações nos fóruns e nas

atividades dos diários, discutindo uma educação transformadora e a formação de um

cidadão crítico e atuante na sociedade, destacando aspectos culturais, econômicos

e sociais. Algumas falas: “[...] a Educação Ambiental pode ocorrer em todos os níveis

educacionais, sendo um compromisso do coletivo da escola, interdisciplinarmente”;

“[...] quando você pontuou a educação ambiental crítica, participativa e não

adestrada, achei brilhante”; “[...] processos de urbanização e práticas agrícolas sem

planejamento causam degradação de nascentes”; “[...] a educação não é vista

apenas como mediadora de informações na prevenção de condutas e ações

humanas, mas também na interação com leis ambientais, na transformação do meio

ambiente e no próprio desenvolvimento sustentável”; “[...] é necessária uma

educação que repense velhas fórmulas de vida, propondo ações concretas para

transformar nossa casa, rua, campo ou cidade, voltada à mudança do

comportamento humano, tendo a escola como agente transformador”; “[...] o

exercício da cidadania tem como meta a mudança-transformação da qualidade de

vida, com certeza teremos um futuro mais consciente em relação ao nosso planeta”.

Outros apontamentos, “[...] a escola é espaço que, com metodologias

organizadas e o professor como mediador, o aluno se apropria do saber

sistematizado.”; “[...] as atividades apresentadas são ricas e criativas, principalmente

científico-prática. Uma proposta ampla, podendo-se trabalhar com todas as turmas,

incrementando de acordo com o público educacional”; “[...] colocar a mão na massa

e recompor a mata nativa colocará cada criança responsável pelo seu entorno. A

proteção não se resume à nascente, mas à vegetação e ao solo”; “[...] a

contextualização da teoria na prática é bem colocada, abordada numa

fundamentação teórica consistente, pequenas ações transformam a mentalidade dos

jovens”; “[...] aplicar o questionário antes e depois da intervenção, observar a

nascente degradada, organizar o caderno com os conteúdos de Botânica, ideia

maravilhosa”; “[...] as atividades conduzem entendimento de problemas que afetam a

comunidade, sendo fundamental essa Educação Ambiental que responsabiliza o

educando para o resto de sua vida”; “[...] que tenha sucesso e utilize o blog para

socializar todo o conhecimento e ações realizadas entre esses jovens”.

O blog produzido para divulgação do trabalho e de outras atividades da casa

familiar está disponível para acesso no endereço: http://cfrnpi.blogspot.com.br/.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Educação Ambiental é um tema de grande importância na atualidade,

devido às questões emergentes que comprometem a natureza, como tempestades,

desmoronamentos, vendavais, chuva com granizo, entre outros. Estes problemas

ambientais estão se tornando rotineiros, onde o cenário de grandes catástrofes e

destruição está afetando os ambientes naturais. Para que se tenha mudança neste

quadro, a escola deve promover este estudo e ser trabalhada em várias disciplinas,

porém, por estudar todas as relações dos seres vivos em interação com o meio

ambiente, a Biologia ganha destaque.

Este trabalho foi compreendido como uma ação significativa para desenvolver

nos alunos um olhar diferente para questões ambientais, despertando a

sensibilização, com atividades diferenciadas teóricas e práticas, para melhoria da

qualidade de vida das espécies e do próprio homem. Com esta visão crítica para as

propriedades com nascentes degradadas e juntamente com os alunos buscaram-se

alternativas e sugestões para amenizar e modificar esta realidade, promovendo um

maior entendimento e uma melhoria no cotidiano das famílias e do educando, com

ações corretas no uso dos recursos naturais.

A metodologia empregada para a recuperação da nascente através da

limpeza e reflorestamento se mostrou de fácil aplicação, custo baixo e bastante

eficaz. Além de ser uma prática que desperta interesse por parte dos alunos,

promove a participação dos mesmos, primeiramente através de observações,

posteriores reflexões e consequente tomada de decisões como necessidade de

intervir, contribuindo para recuperação e manutenção do meio ambiente e recursos

hídricos, promovendo mudanças de um ambiente ameaçado e comprometido para

um ambiente limpo e preservado que condiciona a vida.

Enfim, a contextualização do estudo teórico com as práticas desenvolvidas

contribuiu na sistematização do conhecimento, com enfoque na participação efetiva

dos alunos, observando o antes e o depois da recuperação da nascente como

garantia de um ambiente mais saudável e protegido para esta e gerações futuras.

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WATANABE, C. B. Antecipando a Agenda 21 Local: uma visão geográfica do meio ambiente de São Mateus do Sul, Paraná. 119f. Dissertação (Mestrado em Geografia) Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2002.