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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ CURSO DE GEOGRAFIA A ESCOLA, O PROJETO SOCIAL “GUARDA MIRIM” E SUA CONTRIBUIÇÃO AOS ADOLESCENTES IPORAENSES ALTEIR CARDOSO RIBEIRO Iporá GO 2009

A Escola, o Projeto Social “Guarda Mirim” e Sua Contribuição Aos Adolescentes Iporaenses

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Geografia

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    CURSO DE GEOGRAFIA

    A ESCOLA, O PROJETO SOCIAL GUARDA MIRIM E SUA

    CONTRIBUIO AOS ADOLESCENTES IPORAENSES

    ALTEIR CARDOSO RIBEIRO

    Ipor GO

    2009

  • 1

    ALTEIR CARDOSO RIBEIRO

    A ESCOLA, O PROJETO SOCIAL GUARDA MIIRIM E SUA

    CONTRIBUIO AOS ADOLESCENTES IPORAENSES

    Monografia apresentada como exigncia

    para obteno do grau de licenciado no

    Curso de Geografia da Universidade

    Estadual de Gois Unidade Universitria de Ipor sob a orientao do professor

    Mestrando Marcos Antnio Marcelino.

    Ipor GO

    2009

  • 2

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    COORDENAO ADJUNTA DE TRABALHO DE CONCLUSO DO

    CURSO DE GEOGRAFIA

    A ESCOLA, O PROJETO SOCIAL GUARDA MIIRIM E SUA

    CONTRIBUIO AOS ADOLESCENTES IPORAENSES

    por

    ALTEIR CARDOSO RIBEIRO

    Monografia submetida Banca Examinadora designada pela Coordenao

    Adjunta de Trabalho de Concluso do Curso de Geografia da Universidade

    Estadual de Gois, UnU Ipor como parte dos requisitos necessrios obteno de Licenciado em Geografia, sob orientao do professor Marcos

    Antnio Marcelino.

    Ipor, ______ de novembro de 2009

    Banca examinadora:

    _______________________________________________

    Prof Orientador - Marcos Antnio Marcelino UEG - Ipor

    _______________________________________________

    Prof ................................... UEG Ipor

    _________________________________________________

    Prof .................................. UEG Ipor

  • 3

    A Deus, a minha famlia pelo apoio, conforto e superao de todos os obstculos

    enfrentados...

    Aos mestres pelo conhecimento transmitido, pacincia nas elucidaes das

    dvidas e na superao das aulas criativas e espontneas...

    Aos colegas pelo incentivo fraterno, posturas compreensivas e abnegao social

    na formao dos grupos de trabalho...

    Dedico!

  • 4

    Em primeiro lugar...

    meus agradecimentos a Deus, por tudo, pela inteligncia e discernimento, e pelas

    oportunidades que tem concedido.

    minha famlia e aos amigos que participaram com intensidade e sempre se

    mostraram solidrios com os nossos problemas advindos, com as angstias, alegrias, e, agora,

    com o sucesso...

    Muito obrigado!

  • 5

    No dia em que o homem compreender

    ser filho da natureza, irmo dos bichos, da terra,

    dos pssaros do cu e dos peixes do mar, neste

    dia ele compreender a prpria insignificncia.

    Ser mais humano, mais simples e solidrio".

    Picasso

  • 6

    RESUMO

    Esta pesquisa apresenta a avaliao de desempenho humano como ferramenta gerencial capaz

    de fornecer elementos importantes para a gesto de pessoas. Apesar dos estudos sem utilidade

    imediata estarem desaparecendo, tal importncia dada atualmente aos saberes utilitrios, a

    tendncia para prolongar a escolaridade e o tempo livre deveria levar os alunos a apreciar

    cada vez mais, as alegrias do conhecimento e da pesquisa individual, pois, o ato de planejar

    origina aumento dos saberes, que permite compreender melhor o ambiente sob os seus

    diversos aspectos, favorece o despertar da curiosidade intelectual, estimula o sentido crtico e

    permite compreender o real, mediante a aquisio de autonomia na capacidade de discernir a

    respeito da sua atuao na sociedade. Deste ponto de vista, h que repeti-lo, essencial que

    cada adolescente, esteja onde estiver, possa ter acesso, de forma adequada, s metodologias.

    A formao cultural, cimento das sociedades no tempo e no espao implica a abertura a outros

    campos do conhecimento, e deste modo, podem operar-se fecundas sinergias entre todos os

    aspectos. Assim sendo, o objetivo da seguinte proposta foi deixar estabelecido que o processo

    de aprendizagem do conhecimento nunca est acabado, e pode enriquecer-se com qualquer

    experincia, fazendo a todos saberem que h plenas condies para se aprender. Neste

    sentido, liga-se cada vez mais experincia do trabalho, medida que este se torna menos

    rotineiro. A educao primria, pode ser considerada bem sucedida se conseguir transmitir s

    pessoas o impulso e as bases que faam com que continuem a aprender ao longo de toda a

    vida, no trabalho, mas tambm fora dele. Em suma, atravs da seguinte pesquisa

    apresentada a benevolncia do Projeto Guarda Mirim, na cidade de Ipor-Go.

    Palavras-chave: Curiosidade Intelecutal; Formao Cultural; Projeto Guarda-Mirim.

  • 7

    ABSTRACT

    This research presents the evaluation of human acting as managerial tool capable to supply

    important elements for the people's administration. In spite of the studies without immediate

    usefulness be disappearing, such to the importance given now to the you know utilitarian, the

    tendency to prolong the education and the free time should take the students to appreciate

    more and more, the happiness of the knowledge and of the individual research, because, the

    act of drifting originates increase of the you know, that he/she allows to understand the

    atmosphere better under your several aspects, it favors the awakening of the intellectual

    curiosity, it stimulates the critical sense and allows to understand the Real, by the autonomy

    acquisition in the capacity to discern regarding your performance in the society. Of this point

    of view, there is to repeat, it is essential that each adolescent, be where is, she can have

    access, in an appropriate way, to the methodologies. The cultural formation, I cement of the

    societies in the time and in the space it implicates the opening the other fields of the

    knowledge, and this way, fertile sinergias can be operated among all the aspects. Like this

    being, the objective of the following proposal was to leave established that the process of

    learning of the knowledge is never ended, and it can get rich with any experience, making the

    all know that there are full conditions to learn. In this sense, links more and more to the

    experience of the work, as this becomes less routine. The primary education, it can be

    considered well happened if it gets to transmit to the people the pulse and the bases that do

    with that continue to learn along a lifetime, in the work, but also out of him. In highest,

    through the following research the benevolence of the Project is presented keeps - Little, in

    the city of Ipor-Go.

    Key-words: Curiosity Intelecutal; Cultural formation; Guarda-Mirim project.

  • 8

    SUMRIO

    I INTRODUO...................................................................................................................09

    CAPTULO I

    A EDUCAO E A SOCIEDADE PRIMITIVA

    1.1 O PROFESSOR E A PRTICA EDUCACIONAL..................................12 1.2 A ESCOLA E A IMPORTNCIA DA METODOLOGIA APLICADA.........................13 1.3 OS PROJETOS DE ENSINO NA SOCIEDADE E A EDUCAO...................16

    CAPTULO II

    DESIGUALDADE SOCIAL E ALGUNS PROJETOS SOCIAIS

    2.1 OS ADOLESCENTES E SEUS CONFLITOS....................................................................23

    2.2 A PROBLEMTICA DA EXPLORAO INFANTIL DOMSTICA.............................24

    2.3 ASPECTOS NECESSRIOS QUANTO IRREVERNCIA DOS

    ADOLESCENTES.....................................................................................................................27

    CAPTULO III

    O PROJETO GUARDA-MIRIM E SUAS ATRIBUIES JUNTO SOCIEDADE

    IPORAENSE

    3.1 O QUE E QUAL A FINALIDADE DO PROJETO GUARDA- MIRIM?......................32

    3.2 COMO REAGIAM OS ADOLESCENTES QUANTO PARTICIPAO NO

    PROJETO?.................................................................................................................................36

    3.3 A NECESSIDADE DO PROJETO PARA A SOCIEDADE IPORAENSE......................,37

    CONSIDERAES FINAIS....................................................................................................40

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................................41

    ANEXOS..................................................................................................................................43

  • 9

    INTRODUO

    As concepes s voltas do estudo junto aos adolescentes s se revelar aps a

    tomada de conscincia da sociedade como um todo, bem como das famlias que contm em

    seu seio, filhos nessa faixa etria. Assim, ao passar dos tempos, os chamados aborrecentes,

    encaminham para deixaram de serem rotulados e passarem a obter um espao na sociedade

    que lhe deveria ser dado por direito.

    sabido por todos que a escola que realmente exerce seu papel de provedora de

    cultura, deve possibilitar, alm de tudo proposto, a igualdade, levando em conta a dificuldade

    e cultura de cada um. Na escola todos conquistam seu espao na sociedade e at mesmo na

    famlia. Por se inteirarem dos fatos cotidianos, se transportam a um patamar capaz de atender

    aos parmetros que a sociedade exige.

    na escola que todos, passam a ter as primeiras noes de como ser seu futuro, e

    com esse pensamento que a seguinte pesquisa vem apresentar em partes distintas aspecto de

    extrema importncia quanto capacidade de considerar os fatos que abrangem a explorao

    infantil domstica.

    A seguinte proposta partiu do desejo de entender e conhecer as possibilidades que

    o adolescente tem em aprender e quais procedimentos so necessrios. Esse motivo se deu,

    pelo conhecimento da importncia do Projeto Guarda Mirim na cidade de Ipor Gois.

    Assim sendo, foram realizadas pesquisas bibliogrficas acerca de autores

    consagrados no assunto, sendo a pesquisa, disponibilizadas em partes com tpicos que

    discutem a vida dos adolescentes, bem como seus conflitos e anseios.

  • 10

    Pode-se dizer assim que, a pesquisa pode servir como um referencial para os

    professores que lidam diretamente com alunos adolescentes, elucidando os possveis entraves

    que possam surgir no dia-a-dia, bem como, elucidar procedimentos junto aos mesmos.

  • 11

    CAPITULO I

    A EDUCAO E A SOCIEDADE PRIMITIVA

    A educao uma habilidade restrita ao ser humano e pode-se dizer at que uma

    prioridade da raa.

    Segundo Monroe (1974, p. 45),

    entre os povos primitivos a educao prtica no era organizada, era ministrada

    atravs da imitao direta do adulto pela criana. A educao terica consistia na

    transmisso, s geraes mais jovens, do corpo geral de conhecimentos ou de

    crenas animistas, que constituem a interpretao das experincias de vida. Essa

    transmisso era realizada por meio de diversas cerimnias.

    Observando a citao acima, entende-se que atravs da iniciao do processo de

    ensino aprendizagem ao ser humano como, por exemplo, as cincias dotadas de mtodos

    simples e unificados, foi se aprimorando as tcnicas e com o tempo deu-se incio ao modelo

    de ensino que se v hoje em dia no cotidiano da sociedade como um todo, e com o advento da

    modernidade dos mtodos introdutrios de ensino, foi se destacando o lado prtico de ensinar,

    e alguns se tornaram profissionais na arte de informar. Da mesma forma que existiam os

    profissionais da sade, mesmo que sem serem diplomados, passaram a existir tambm os que

    se destacavam diante da facilidade de se expressar e comandar uma explicao. E assim se

    deu o advento da modernidade educacional.

    1.1 O professor e a prtica educacional

    O professor foi ganhando espao, e logo se organizou para ensinar os futuros membros

    de sua prpria classe, quando surge a primeira escola. Com o surgimento da formao de um

  • 12

    currculo definido, de um magistrio e da escola, encerra-se o estgio primitivo na educao, e

    atingi-se os primeiros estgios da civilizao.

    As civilizaes grega e romana foram fortes contribuintes para o alargamento da

    educao, onde deram chance ao desenvolvimento de cada um possibilitando-os a

    progredirem e lutarem por aquilo que almejavam. Assim a evoluo da sociedade aconteceu

    devido liberdade que foi proporcionada, quando, devido aos acontecimentos momentneos e

    satisfatrios, os gregos estabelecem a educao liberal. S que vlido lembrar que a

    influncia dos gregos junto educao foi momentnea, e a disposio individualista foi

    contida atravs de atos polticos pelos romanos e tambm pelo cristianismo.

    Os romanos contribuam com aspectos prticos com o intuito de realizao

    unicamente social e com certeza foi bem menos valiosa que a contribuio dos gregos. Mas

    vale lembrar que a melhor instruo de educao atravs de procedimentos metodolgicos

    partiu deles.

    Em se tratando de cultura e literatura os gregos sabiam como envolver tanto as classes

    superiores como o povo da classe baixa.

    Quanto ao aspecto religio, a crist exerceu autoridade sobre todos durante a idade

    mdia, onde o cristianismo oferecia solues para todos os problemas, tanto social como

    educativo.

    O movimento do monarquismo originou um arranjo minucioso e rgido devido ao

    amplo conhecimento acerca da escrita e da leitura. E com o nascimento de tantos interesses

    intelectuais surgiu a escolstica.

    Ao final do sculo XIII os interesses individualistas encontram procedimentos nas

    literaturas vernculas, com o intuito de amofinar com a unio do pensamento e da vida, ambos

    caractersticos da Idade Mdia.

  • 13

    O renascimento foi na verdade uma agitao de individualistas com propostas de

    arruinar a igreja, o Estado e outras organizaes que lhes fossem contraditrias, mas foi nesse

    movimento que surgiram duas caractersticas registradas na histria que foi o complemento

    junto educao liberal do povo grego e o desenvolvimento de cada um atravs da educao.

    O perodo da Reforma fazia jus palavra, pois tinha como intuito realmente reformar

    as atrocidades e abuso de poder que a igreja cometia e a Contra-Reforma foi a reao da

    igreja, no sentido pleno da palavra.

    A to comentada Reforma teve seu primeiro ato quanto ao aspecto Educao

    ressaltando a razo individual e o direito do acesso direto aos acervos literrios imbudos pela

    originalidade.

    Assim, bom frisar que o ponto principal dos atos da Reforma foi a transferncia das

    escolas para o controle total do Estado.

    1.2 A escola e a importncia da metodologia aplicada

    Entende-se que atravs dos mtodos de ensino o professor deve ser capaz de aguar

    em seu aluno a capacidade, at mesmo da curiosidade. A idia de liberdade o direito de viver

    e ser reconhecidos como pessoas, capazes de fazer opes e respeitar os outros, facilitam

    basicamente a introduo desses mtodos de aprendizagem.

    Assim levanta-se a questo em relao ao modo de ensinar colocando questes cerca

    da prtica, buscando entender que, devido s vrias transformaes mundiais, a desigualdade

    social e a desvalorizao do ensino, uma exigncia que o professor esteja inserido nas novas

    formas de ensino, utilizando todos os meios de comunicao para inovar as suas aulas e

    principalmente auxiliar o aluno no entendimento de todos os contedos, tendo o papel de

    orientador quanto formao de opinio.

  • 14

    Somente o professor poder possibilitar ao aluno uma nova viso de mundo,

    ampliando a capacidade de entendimento, podendo construir uma concepo diferenciada em

    relao ao modo de operacionalizar, ou seja, ensinar a pesquisar e competncias, e para isso,

    ele deve estar sempre buscando e se formando.

    Para se obter o que se espera ao se integrar no mundo do aprendizado so necessrios

    estudos e capacitaes que vo alm das energias que cada um dispe, ou seja, para se

    aprender, todo empenho necessrio, pois do contrrio no se encontrar resultado, portanto

    no se chegar ao final dos objetivos propostos, nem tampouco com um resultado positivo, ao

    qual buscava o estudante em questo.

    certo que para conceber o aprendizado deve-se haver um trabalho de dedicao e

    no unicamente isolado. Assim, se faz necessrio que se procure ajuda e orientaes junto a

    pessoas que j percorreram o caminho pretendido, caso contrrio cair no mbito das

    incertezas e insatisfaes, pelo fato de que no ter as instrues necessrias para os primeiros

    estudos, pois, segundo Jnior, 1975, p. 30,

    Em sua interpretao dinmica da linguagem, visualizou cada lngua sob a

    influncia do poder mental mutvel de seus falantes e distinguiu dois perodos

    definidos em toda lngua, um criativo com um instinto lingstico crescente e ativo,

    e outro no qual aquele instinto criativo declina e uma estagnao aparente tem

    incio com respeito energia da lngua.

    Certamente as palavras disciplina e dedicao devem fazer parte, incondicionalmente

    dessa busca em aprender, juntamente com os mtodos introdutrios. Alm de no poder se

    isolar junto busca, no se pode deixar o estudo, somente para o dia que der certo e sim

    estabelecer um cronograma de estudos, ao qual a prpria mente se ambientar a estar

    memorizando e acumulando, portanto o conhecimento que se espera.

    Sem uma estrutura ou mesmo, um planejamento que propicie atos cumulativos de

    estudo certamente aquele que busca o aprendizado cair no descontentamento, pela falta de

    instruo e retorno, e ento desistir da proposta.

  • 15

    De acordo com o entendimento de Gadotti (1999, p. 22)

    ... no ato de ensinar achamos dupla matria, cujo sinal o duplo ato cumulado pelo

    ensino. Pois uma das suas matrias aquilo mesmo que se ensina; outra, a pessoa a

    quem se comunica a cincia. Em razo da primeira matria, pertence o ato de

    ensinar vida ativa, porque a ltima das suas matrias, em que se atinge o fim

    colimado, matria de vida ativa.

    Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) apresentam um instrumento, de certa

    forma instrutiva, ou mesmo, serve de cartilha para os profissionais da Educao. certo que

    o professor, deve estar sempre em formao para conquistar seu espao e respeito do seu

    alunado em si. Atravs da formao ele adquire liberdade para ensinar se desprendendo de

    modelos neoliberais e ditatoriais regidos pela tradicionalidade.

    Cabe ao educador, formar-se na dimenso da compreenso e transformao do prazer

    educativo, redirecionar em possibilidades educativas, as diversas instncias educacionais da

    sociedade, como por exemplo, a mdia, as atividades de recreao e lazer, as diferentes

    instituies culturais, os cursos e atividades extracurriculares, entre mltiplas formas de

    educao na sociedade contempornea.

    O professor precisa enfrentar essa urgente tarefa social que a humanizao, passar a

    ver seus alunos com olhos diferentes, tendo conscincia que o sucesso na vida de muitos

    depende basicamente dele e da interdisciplinaridade que lhes so oferecidas. Ainda deve

    elevar seu subconsciente e de certa forma, premeditar as possibilidades de seus alunos e do

    que eles no fundo so capazes.

    De acordo com a idia de Oliveira (2001, p. 26)

    O ser humano tem a possibilidade de pensar em objetos ausentes, imaginar evento

    nunca vividos, planejar aes a serem realizadas em momentos posteriores. Esse

    tipo de atividade psicolgica considerada superior na medida em que se diferencia de mecanismos mais elementares tais como aes reflexas (a suco do

    seio materno pelo beb, por exemplo), reaes automatizadas (o movimento da

    cabea na direo de um som forte repentino, por exemplo) ou processos de

    associao simples entre eventos (o ato de evitar o contato da mo com a chama de

    uma vela, por exemplo).

  • 16

    Um aspecto que no pode ser de forma alguma esquecido o fator

    interdisciplinaridade, pois atravs da conversa entre si, entre as disciplinas, que os

    profissionais podero sanar os problemas do processo ensino aprendizagem que seus alunos

    possam vir a enfrentar. Com certeza, sem reunies, sem conversas individuais jamais os

    obstculos surgidos podero serem derrubados, ou mesmo, contornados, pois muitas vezes,

    uma idia de outro professor, atravs de uma viso diferente do aluno, pode possibilitar a

    resoluo de algo que h muito no se sabiam como resolver.

    Dentro da escola, ento, indispensvel a necessidade de maior esclarecimento

    referente integrao e interdisciplinaridade de todos que pretendem construir uma estrutura

    educacional, e com a conscincia efetiva de uma educao permanente. Para uma sala de aula

    com aulas prazerosas necessrio que o professor se capacite para isso, e isso s possvel se

    ele estiver sempre buscando novidades e preparando bem suas aulas, com carinho e

    dedicao.

    1.3 Os projetos de ensino na sociedade e a educao

    A educao ocupa um lugar estratgico no pensamento e prtica enquanto fundamento

    essencial ao processo de transformao da ordem capitalista e a fundao de uma nova ordem

    social. A preocupao em formar homens livres e conscientes, capazes de revolucionar a

    sociedade, constante na obra dos maiores pensadores. H, na tradio libertria, uma

    vinculao explcita entre educao e luta poltica.

  • 17

    De acordo com o pensamento de Gadotti (1999, p. 98), a respeito da educao quanto

    ao pensamento e a prtica:

    Uma educao perfeita simbolizada por uma rvore plantada perto de guas

    fertilizantes. Uma pequena semente que contm o germe da rvore, sua forma e

    suas propriedades so colocadas no solo. A rvore inteira uma cadeia ininterrupta

    de partes orgnicas, cujo plano existia na semente e na raiz. O homem como a

    rvore. Na criana recm-nascida esto ocultas as faculdades que lhe ho de

    desdobrar-se durante a vida; is rgos do seu ser gradualmente se formam, em

    unssono, e constroem a humanidade imagem de Deus. A educao do homem

    um resultado puramente moral. No o educador que lhe d novos poderes e

    faculdades, mas lhe fornece alento e vida. Ele cuidar apenas de que nenhuma

    influncia desagradvel traga distrbios marcha do desenvolvimento da natureza.

    Os poderes morais, intelectuais e prticos do homem devem ser alimentados e

    desenvolvidos em si mesmos e no por sucedneos artificiais.

    E, ainda nessa linha de pensamento, os PCN caracterizam o professor como mediador

    desse processo, como sendo algum que transmite o valor que a aprendizagem tem para si e o

    valor que poder ter para o outro. Para isso, preciso que o professor tenha uma relao de

    prazer com a maneira de transmitir os ensinamentos, afinal, ele precisa conduzir o aluno s

    descobertas e ao prazer de aprender.

    O ato de aprender se conquistado atravs de conversas e interao entre ambas as

    partes interessadas, ou seja, professor e aluno, famlia, equipe gestora e, tambm, comunidade

    local.

    V-se ao longo dos tempos que a educao um objetivo em si para combater a

    ignorncia e a misria, e, simultaneamente, instrumento de atuao poltica e social contra os

    privilgios, as injustias e todas as formas de opresso e explorao. concebida como parte

    do processo revolucionrio, fundamental.

    O fato que funo do professor com seu compromisso e dedicao, atravs de aulas

    inovadas e atrativas, romper com as concepes errneas de que estudar ruim. Para romper

    com essa idia, h a necessidade de serem elaboradas estratgias de ensino para que se facilite

    o poder de assimilao do aluno.

  • 18

    A aprendizagem dos alunos vai sendo assim construda mediante o convvio com

    aspectos que apresentem a cultura de cada um, com possibilidades reais de se aprender,

    obviamente atravs da orientao de pessoas experientes na questo.

    Para Vygotsky (1998) as potencialidades de cada um devem ser levadas em conta

    durante o processo de ensino-aprendizagem. Isto porque, quando se tem contato com pessoas

    que sabem aquilo que esto procurando saber, h um certo aspecto, ou mesmo, situaes, que

    refletem no lado psquico do aluno e ele acaba por tecer comparaes, mesmo que silenciosas,

    e isso atinge, de certa forma seu processo cognitivo de aprendizagem.

    O autor considera que o fato do aluno aprender aquilo que se pretende, faz com que

    ele quebre as barreiras que tanto atrapalha seu desenvolvimento, em todos os mbitos, e deixa

    claro que essa ao tem que partir da escola, logicamente com a contribuio dos pais e da

    famlia como um todo.

    A escola deve sempre proporcionar aos seus servidores formaes e capacitaes que

    possam agilizar o processo de ensino aprendizagem, aguando o desenvolvimento proximal

    dos alunos e provocando avanos que no ocorreriam espontaneamente. Para isso acontecer,

    ele deve estar sempre buscando, aprimorar seus conhecimentos e suas habilidades.

    Quanto ao aspecto psquico do aluno Gadotti (1999, p. 100) afirma que,

    Para a associao, o melhor meio a conversao livre, porque com ela o aluno

    encontra ocasio de investigar, modificar e multiplicar os enlaces casuais das

    idias, na forma mais cmoda e mais fcil para ele, e de apropriar-se a seu modo do

    aprendido. Com isto se evita o cansao que se origina do simples aprender

    sistemtico. Pelo contrrio, o sistema exige exposio mais coerente, e nele se h de

    separar cuidadosamente o tempo da exposio do da repetio. Ressaltando os

    pensamentos capitais, o sistema revelar as vantagens do conhecimento ordenado e

    acrescentar amplamente a soma dos conhecimentos.

    O nvel de desenvolvimento real que abordado na teoria refere-se ao que o aluno faz

    sozinho, atravs daquilo que aprendeu e o desenvolvimento proximal so aquelas informaes

    que ainda esto sendo apreendidas atravs de processos em longo prazo. Por conseguinte, o

    que ocorre que o aprendizado progride mais rapidamente do que o desenvolvimento. a

  • 19

    que o professor, atravs de sua experincia acerca da lngua inglesa, pode intervir e assim

    possibilitar o conhecimento que tanto se busca.

    Ao passo que o professor vai apresentando a prtica e a teoria ao aluno, o mesmo, com

    o tempo, vai absorvendo, e assim acontecendo a interao do aluno com o meio que passa a

    fazer desse ambiente um lugar de estmulo para que se desenvolva os aspectos cognitivos.

    Vale ressaltar que o desenvolvimento s se d atravs de um determinado nvel de

    aprendizagem. Assim, se o aluno no consegue aprender nada ele no se desenvolver e

    perder o interesse em continuar buscando.

    De acordo com os PCN (1997, p.60)

    Mesmo sendo o professor quem faz as propostas e conduz o processo de ensino e

    aprendizagem, ele deve elaborar sua interveno de modo que os alunos tenham

    escolhas a fazer, decises a tomar, problemas a resolver, assim os alunos podem

    tornar-se cada vez mais independentes e responsveis.

    O papel do professor, ao apresentar aos seus alunos uma forma inovada de ensinar,

    um fator positivo, no qual o aluno aprende conceitos socialmente adquiridos de experincias

    concretas e passaro a trabalhar com essas situaes de forma consciente. Para complementar,

    devem ser analisados vrios aspectos sociais.

    O aluno no incio de sua vida tem apenas sensaes orgnicas como, por exemplo,

    tenso, dor, calor, principalmente nas reas mais sensveis. Evidentemente s a realidade dos

    fatores externos no determina completamente essa percepo, pois isso se faz atravs de

    experincia social e cultural, assim o aluno passa a ver o mundo com sua prpria viso,

    administrando sob seu ponto de vista (VYGOTSKY, 1998).

    Um conceito s caracterizado quando as caractersticas resumidas so sintetizadas

    pelo prprio aluno, adotando seu prprio mtodo de fixao.

  • 20

    Para Oliveira (2001, p. 38)

    A interao face a face entre indivduos particulares desempenha um papel

    fundamental na construo do ser humano: atravs da relao interpessoal

    concreta com outros homens que o indivduo vai chegar a interiorizar outras

    formas culturalmente estabelecidas de funcionamento psicolgico. Portanto, a

    interao social, seja diretamente com outros membros da cultura, seja atravs dos

    diversos elementos do ambiente culturalmente estruturado, fornece a matria-prima

    para o desenvolvimento psicolgico do indivduo.

    A aprendizagem que se origina no plano intersubjetivo constri o desenvolvimento

    que tm o efeito de fazer avanar o desenvolvimento. A boa aprendizagem aquela que

    consolida e, sobretudo, cria zonas de desenvolvimento proximal sucessivas, possibilitando o

    aprendizado aos alunos como um todo, e no para alguns.

    Considerando um raciocnio lgico de aprendizagem, no h nada que determine um

    fenmeno para desenvolver essa funo. No surgiu espontaneamente, naturalmente, pelo

    contrrio, as necessidades de aprendizagem foram surgindo medida que emergia a

    modernidade.

    Gadotti (1999, p. 115), de acordo com as necessidades exigidas junto ao processo de

    ensino aprendizagem, ressalta que

    A sociedade no poderia existir sem que houvesse em seus membros certa

    homogeneidade: a educao perpetua e refora essa homogeneidade, fixando de

    antemo na alma da criana certas similitudes essenciais, reclamadas pela vida

    coletiva. Por outro lado, sem uma tal ou qual diversificao, toda cooperao seria

    impossvel: a educao assegura a persistncia desta diversidade necessria,

    diversificando-se ela mesma e permitindo as especializaes.

    Vale lembrar que a assimilao sendo um processo mental pelo qual se incorporam

    os dados das experincias aos esquemas de ao e aos esquemas operatrios existentes, e um

    movimento de integrao do meio no organismo, mas a dedicao junto metodologia,

    forma como se apresenta o contedo um fator essencial para o processo.

  • 21

    CAPTULO II

    DESIGUALDADE SOCIAL E ALGUNS PROJETOS SOCIAIS

    No que tange educao escolar, a legislao brasileira determina a

    responsabilidade da famlia e do Estado no dever de orientar a criana ou o adolescente em

    seu percurso scio-educacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educao-LDB (1997, p.12)

    bastante clara a esse respeito.

    Art. 2. A educao, dever da famlia e do Estado, inspirada nos princpios de

    liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

    desenvolvimento do educando, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua

    qualificao para o trabalho.

    Atravs da Lei acima citada, o que se observa que, a educao no tem sido plena no

    que se refere ao alcance de todos os cidados, assim como no que se refere concluso de

    todos os nveis de escolaridade. Em seu lugar, o que se v que cada vez mais a evaso

    escolar vem adquirindo espao nas discusses e reflexes realizadas pelo Estado e pela

    sociedade civil, em particular, pelas organizaes e movimentos relacionados educao no

    mbito da pesquisa cientfica e das polticas pblicas.

    Estudos tm apontado aspectos sociais considerados como determinantes da evaso

    escolar, dentre eles, a desestruturao familiar, as polticas de governo, o desemprego, a

    desnutrio, a escola e a prpria criana ou adolescente, sem que, com isto, eximam a

    responsabilidade da escola no processo de excluso junto ao sistema educacional.

    Inmeras medidas governamentais tm sido tomadas para erradicar a evaso escolar,

    tendo como exemplos, a implantao da Escola Ciclada (Programa de ensino diferenciado ao

    modelo padro, Municipal ou Estadual), a criao do programa bolsa-escola, a implantao do

    Plano Desenvolvimento Escolar, dentre outros, mas que no tm sido suficientes para garantir

  • 22

    a permanncia da criana ou adolescente e a sua promoo na escola.

    Vale ressaltar que junto escola, os maiores problemas encontrados quanto ao fato

    da desestrutura familiar, onde se compem como um agravante intenso junto s questes

    sociais.

    Essas desigualdades sociais tambm presentes na sociedade brasileira, segundo

    BRANDO (1991, p. 21), so resultantes das diferenas de classe, e so elas que marcam o

    fracasso escolar nas camadas populares, porque:

    essa escola das classes trabalhadoras que vem fracassando em todo lugar. No

    so as diferenas de clima ou de regio que marcam as grandes diferenas entre

    escola possvel ou impossvel, mas as diferenas de classe. As polticas oficiais

    tentam ocultar esse carter de classe no fracasso escolar, apresentando os

    problemas e as solues com polticas regionais e locais.

    Os alunos de nvel scio-econmico mais baixo tm um menor ndice de rendimento

    e, de acordo com alguns autores, so mais propensos evaso, pois muitos tm que deixar a

    escola para trabalhar e ajudar nas despesas de casa. Em face disto, a m-alimentao, ou seja,

    a desnutrio apontada como um dos fatores responsveis pelo fracasso de boa parte dos

    alunos e que para SILVA (2000);

    a desnutrio pregressa, mesmo moderada, uma das principais causas da alterao

    no desenvolvimento mental, e mau desempenho escolar. As crianas desnutridas se

    tornam apticas, solicitam menos ateno daqueles que as cercam e,

    conseqentemente, por no serem estimuladas, tm seu desenvolvimento

    prejudicado (p. 54).

    A crise social se d, muitas vezes, em virtude dos filhos serem obrigados a trabalhar

    para sustento prprio e da famlia, exaustos da rotina diria e desmotivados pela baixa

    qualidade do ensino, muitas crianas e adolescentes desistem dos estudos sem completar o

    curso secundrio. Segundo o autor, essa realidade das camadas populares difere da realidade

    da classe dominante porque, enquanto os/as filhos/as da classe dominante tm o tempo para

    estudar e dedicar-se a outras atividades como dana, msicas, lnguas estrangeiras, e outras,

    os filhos da classe dominada mal tm acesso aos cursos noturnos, sem possibilidade alguma

  • 23

    de freqentar cursos complementares e de aperfeioamento. Deste modo, a criana ou

    adolescente podem ser culpabilizados por seu prprio fracasso escolar, seja pela pobreza,

    seja pela m-alimentao, pela falta de esforo, ou pelo desinteresse.

    SOARES (1997, p.10) afirma que

    essa culpabilidade da criana ou adolescente observvel naquelas teorias que

    explicam a ideologia do dom e a ideologia da deficincia cultural. Segundo a

    autora, estas ideologias, na verdade, eximem a escola da responsabilidade pelo

    fracasso escolar do aluno, de um lado por apresentar ausncia de condies bsicas

    para a aprendizagem, e de outro, em virtude de sua condio de vida, ou seja, por

    pertencer a uma classe socialmente desfavorecida, e, portanto, por ser portador de

    desvantagens culturais ou de dficits scio-culturais, ou seja, no possuem um

    lugar na sociedade que os faam ter cultura.

    2.1 Os adolescentes e seus conflitos

    Conforme concluses cerca do tema, as razes para dos conflitos dos adolescentes

    podem estar enraizadas na famlia, na criana e na escola.

    De uma forma geral, segundo diretores, coordenadores pedaggicos e para os

    funcionrios das escolas, afirmam que, a rebeldia dos adolescentes conseqncia da

    desestruturao familiar, dos problemas familiares como a pobreza, a necessidade dos filhos

    trabalharem para ajudar a famlia e a ausncia dos pais no acompanhamento dos estudos dos

    filhos, alm das drogas e do desemprego. Em sntese, fatores responsveis pela revolta em

    discusso.

    Para os pais ou responsveis, a escola uma instituio social que possibilita aos

    seus filhos adolescentes um futuro melhor e devido a esta compreenso que conversam

    com os filhos sobre a importncia da escola e do retorno aos estudos, ainda que, s vezes, a

    prpria famlia, conforme a situao seja levada a tirar seus filhos da escola.

    Na perspectiva dos responsveis, os fatores determinantes rebeldia dos filhos

    devem-se m companhia e violncia no interior da escola, tambm. No que se refere

  • 24

    m companhia, afirmam que esta conseqncia da necessidade de se ausentarem para

    trabalhar durante o dia todo e, em virtude disto, no tm tempo para acompanhar seus filhos,

    no somente no que diz respeito s atividades escolares, mas tambm, no que diz respeito s

    amizades.

    Na viso dos adolescentes, a escola uma instituio almejada e desejada, e em

    razo disto que estes voltaram a estudar por deciso prpria. Para eles, a escola um espao

    onde se constri amizades, possibilita um futuro melhor e tambm realiza atividades

    prazerosas como ler, estudar e brincar. Nesse sentido, no ir escola, no ver os colegas

    perto de novo, ter inveja de quem est estudando, sentir falta dos amigos, das

    brincadeiras, enfim da recreao.

    Os adolescentes as vezes no acreditam que sua existncia no est dissociada da

    vida social, e que situaes vivenciadas na famlia podem influenciar direta ou indiretamente

    em suas atitudes e decises em relao continuidade ou no dos estudos.

    2.2 A problemtica da explorao infantil domstica

    O fim da explorao infantil domstica h muito tempo alvejada por aspectos

    polticos e sociais que defendem essa problemtica devido ao fato de que os envolvidos em

    defesa das crianas reconhecem a importncia da erradicao do mesmo. Mas na verdade,

    apesar do assunto ser muito bem acompanhado, infelizmente ainda em todos os lugares ainda

    no se cumprem as leis devidas.

    Entre os muitos dos temas discutidos junto rea social, a explorao da criana

    encontra, na Constituio Federal de 1988, respaldo sem precedentes se comparada ao

    tratamento dado temtica infanto-juvenil pelas cartas anteriores.

    Existem vrias leis que defendem esse assunto e relatam as obrigatoriedades devidas

    destacando o art. 7 que foi alterado pela Emenda n.20, de 15 de dezembro de 1998,

  • 25

    estabelecendo em 16 anos a idade mnima de acesso ao trabalho que antes era de 14 anos.

    Assim, a norma constitucional probe qualquer emprego ou trabalho abaixo dos 16 anos,

    exceo feita apenas ao emprego em regime de aprendizagem, permitido a partir de 14 anos.

    Abaixo de 18 anos proibido sem exceo, pelo princpio da idade mnima.

    O art. 7, inciso XXXIII da Constituio Federal prev:

    Proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de

    qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir dos

    quatorze anos.

    J no o art. 227. O preceito constitucional vai mais longe e diz, imperativamente:

    dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana e ao adolescente,

    com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer,

    profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e a convivncia familiar e

    comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminao,

    explorao, violncia, crueldade e opresso.

    O direito proteo especial deve abranger o respeito idade mnima, a garantia de

    acesso do trabalhador adolescente escola, dentre outros. A Constituio qualifica

    a educao como um dos direitos fundamentais da pessoa e dever do Estado e da

    famlia, devendo ser promovida e incentivada com a ajuda da coletividade, com

    vistas ao exerccio pleno da cidadania (MARTINS, 2004, 613)..

    Assim sendo, Srgio Pinto Martins entende que: "Aplica-se essa regra

    Constitucional tanto para o trabalhador urbano, como ao rural, mas no se observa essa regra

    em relao ao empregado domstico, pois o pargrafo nico do art. 7 da Constituio no faz

    nenhuma remio ao inciso XXXIII do art.7. Assim, o trabalhador domstico poder

    trabalhar com menos de 16 anos, at mesmo pelo fato da CLT a ele no se aplicar (art.7, a)".

    Segundo Srgio Pinto Martins "A nova norma constitucional, ao estabelecer o limite

    de 16 anos, ignora a realidade do Brasil pois, os menores precisam trabalhar para sustentar sua

    famlia. melhor, muitas vezes, o menor trabalhando do que ficar nas ruas, furtando ou

  • 26

    ingerindo entorpecentes." (p. 613, 2004). E Renato Mendes lembra que: "a legislao

    brasileira s permite o trabalho de adolescentes a partir de 16 anos, na condio de

    aprendizes, o que inaplicvel para crianas e adolescentes que trabalham em casas de

    famlia." (O popular, 27 de abril de2005)

    Promulgado pela Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criana e do

    Adolescente regula as conquistas consubstanciadas na Constituio Federal em favor da

    infncia e da juventude. O Estatuto introduz inovaes importantes no tratamento dessa

    questo, sintetizando mudanas de contedo, de mtodo e de gesto.

    O Ministrio Pblico do Trabalho integrou, ainda, a Comisso Especial do Trabalho

    Infantil Domstico (CETID), com a inteno de proporcionar um meio para acabar com o

    trabalho infantil domstico, quando o rgo criado recentemente apresentou o resultado de

    seu trabalho, indicando no s as diretrizes para uma poltica pblica de preveno e

    erradicao do trabalho infantil domstico como tambm as estratgias de implementao de

    cada diretriz apontada e as atividades que comporiam um plano de ao emergncia, voltado

    para crianas e adolescentes na faixa etria de 7 a 16 anos incompletos, envolvidos com o

    trabalho domstico.

    certo que a explorao infantil domstica um problema difcil de ser enfrentado,

    porque muitos na sociedade acham que extremamente normal, ao passo que no conhecem

    as leis, que regem o contrrio.

    A explorao do trabalho infantil domstico, em particular, uma questo que ser

    difcil de ser resolvida por no ter o apoio da sociedade, nem tampouco sua conscincia de

    que no pode existir, ou to pouco, deve ser erradicado.

  • 27

    2.3 Aspectos necessrios quanto irreverncia dos adolescentes

    possvel uma forma harmnica de melhorar relacionamento entre escola e aluno,

    atraindo a ateno de ambos, num contexto mais prximo da realidade vivenciada no dia-a-

    dia. Nesse sentido, o autntico professor aquele que necessariamente faz memria, recorda

    os mitos, os sonhos, as utopias e as tradies, as aprendizagens do passado, a cultura, ao

    mesmo tempo em que analisa o presente e projeta o futuro.

    O professor deve trabalhar com a realidade que tem em sala de aula, em

    conivncia com os aspectos da famlia de seus alunos. Vale destacar que, apesar de todas as

    contingncias trazidas pelo processo de globalizao, ainda devem encontrar disposio para

    dar ateno especial, tanto para os alunos, como para, seus problemas em casa. Neste

    contexto, os alunos percebem as demonstraes de preocupao dos professores no sentido de

    que os ajudarem com seus problemas, incondicionalmente. S que verdade que o professor

    s consegue a soluo de seus problemas atravs de uma inteirao entre escola e famlia.

    Os eixos norteadores explicitam que ao focalizar a educao como instrumento de

    formao da cidadania, atravs do trabalho desenvolvido na escola pblica, tem-se a clareza

    de que a escola sozinha no d conta da tarefa de formar o cidado, uma vez que a formao

    da cidadania vai alm de seus muros. Ela forjada no dia-a-dia das relaes entre escola e

    famlia e no conjunto das organizaes da sociedade, a exemplo dos movimentos sociais que

    tm apresentado contribuies relevantes nesse processo.

    A teoria do desenvolvimento intelectual sustenta que todo conhecimento

    construdo socialmente, no mbito das relaes humanas. Essa teoria tem por base o

    desenvolvimento do aluno como resultado de um processo scio-histrico, enfatizando o

    papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada,

    histrico-social.

  • 28

    O conhecimento que permite o desenvolvimento mental se d na relao com os

    outros. Nessa perspectiva o professor constri sua formao, fortalece e enriquece seu

    aprendizado. Por isso importante ver a pessoa do professor e valorizar o saber de sua

    experincia, interagindo com o aluno, escola e famlia.

    preciso que o diretor da escola tenha um novo perfil, com especial ateno s

    diversas demandas sociais que surgem, essencial que tenha, tambm, novos conhecimento e

    habilidades para que possa dar conta dessa educao que responsabilidade de todos.

    O envolvimento de professores, equipe tcnico-pedaggica, funcionrios, alunos,

    pais e comunidade, devem formar um jeito diferente de compreender o papel da escola e sua

    gesto. Neste modelo, o trabalho deve ser entendido como prtica social e orientador da ao

    de gesto realizada na organizao de ensino.

    A formao que hoje se almeja de um sujeito cidado, crtico, participativo,

    tico, reflexivo e inclusivo, que bem mais do que saber fazer e operar com novas tecnologias

    saiba, tambm, refletir e posicionar-se criticamente na sociedade da qual participa.

    Neste sentido, ao pensarmos no tipo de homem e de trabalhador que se almeja,

    preciso ser claras as intencionalidades que o educador deve ter, pois ele pode estar

    contribuindo tanto para a manuteno do tipo e estrutura de sociedade que se tem, quanto para

    a superao qualitativa da mesma, uma vez que sua prtica recebe influncias e tambm pode

    influir na viso de mundo, de sociedade, de educao que se tem.

    atravs da prtica pedaggica que se capaz de possibilitar a todos, de forma

    igualitria, a oportunidade da participao e da incluso. Assim, como no h homem sem

    mundo, nem mundo sem homem, no pode haver reflexo e ao fora da relao homem-

    realidade. Esta relao homem-realidade, homem-mundo, ao contrrio do contato animal com

    o mundo, implica a transformao do mundo, cujo produto, por sua vez, condiciona ambas,

    ao e reflexo. , portanto, atravs de sua experincia nestas relaes que o homem

  • 29

    desenvolve sua ao-reflexo, como tambm pode t-las atrofiadas. Conforme se estabeleam

    estas relaes, o homem pode ou no ter condies objetivas para o pleno exerccio da

    maneira humana de existir.

    Uma prtica docente cotidiana, competente, aliada famlia promove uma

    compreenso abrangente dos diferentes objetos de conhecimento, bem como a percepo da

    implicao do sujeito de conhecimento na sua produo, superando a dicotomia entre ambos.

    Por essa mesma via, a transversalidade abre espao para a incluso de saberes extra-escolares,

    possibilitando a referncia a sistemas de significado construdos na realidade dos alunos,

    momento esse que acontece a prtica avaliativa, diagnstica, formativa e processual. Da a

    importncia de haver sempre total ligao entre escola e famlia, rumo s necessidades do

    aluno.

    De acordo com Paro (2000)

    A divulgao de valores positivos com relao ao saber e ao estudo junto aos seus

    pais, para que estes trabalhem esses valores com seus filhos em casa, depende de

    uma comunicao muito eficiente entre escola e pais... Parece haver, por um lado,

    uma incapacidade de compreenso, por parte dos pais, daquilo que transmitido

    pela escola; por um outro, uma falta de habilidade dos professores para

    promoverem essa comunicao (p. 68).

    Afetividade, apoio e cuidado dos pais so antecedentes decisivos para a

    maturidade, independncia, competncia, auto-confiana e responsabilidade da criana, no

    entanto o amor e o apoio no so suficientes para assegurar o desenvolvimento de tais

    caractersticas, como: comunicao adequada entre pais e filhos, uso de razo e no de castigo

    para conseguir obedincia, respeito dos pais pela autonomia da criana, estmulo a

    independncia, individualidade e responsabilidade, controle relativamente firme e elevados,

    exigncias para comportamento maduro.

  • 30

    CAPTULO III

    O PROJETO GUARDA-MIRIM E SUAS ATRIBUIES JUNTO SOCIEDADE

    IPORAENSE

    Nos ltimos tempos pesquisadores s voltas dos adolescentes esto dedicando, ou

    pelo menos, preparando mais a sua educao no sentido de introduzir uma probabilidade mais

    voltada para o lado scio-lingustico e tambm cultural, e no simplesmente introdues

    metdicas.

    Infelizmente, de acordo com citado acima, nem todos tm essa viso e acabam por

    tratar o adolescente como se ele no fosse capaz de ampliar seus pensamentos e suas

    capacidades e assim no lhe do o direito devido e muito menos reconhecem que esto em

    pleno estgio de formao, em toso os sentidos da palavra.

    Com a reao da necessidade de interagirem e fazerem parte da sociedade, a cada

    dia esto mais e mais conquistando seus espaos e deixando de lado o fato de no serem

    respeitados passando assim a ter uma vida normal, e fazendo parte de todo os mbitos.

    Atravs dessa oportunidade passam a ter uma oportunidade a mais, e assim, logo adotam a

    necessidade da educao, em sua vida.

    O fato que acolher alunos adolescentes, sem que se queira modificar nada do que

    j se tem, ou seja, deix-lo fora dos procedimentos normais de ensino, significa contribuir

    para que ele continue sem aprender, e isso cada vez se agravar, pois, certamente se deparar

    com o sucesso dos colegas, e isso os minimizaro.

  • 31

    louvvel que cada aluno, possua um portiflio com sua trajetria na rea

    educacional, para que os professores se inteirem das defasagens passadas, do mesmo, e

    possam, assim, traar estratgias de ensino que os ajude a extinguir de sua vida a problemtica

    de acharem difcil estudar.

    Se faz necessrio lembrar que, se uma criana ou adolescente passa grande parte

    de sua vida na instituio justo que esta seja, no mnimo, um espao de distrao, e no de

    martrio. Assim deve acontecer aulas inovadoras, que sejam trabalhadas e preparadas para que

    o aluno no desanime e se encante com as propostas apresentadas.

    Quando o professor no possui a formao necessria, ou mesmo, informao

    especfica para identificar, no seu espao de sala de aula, automaticamente ele no est

    preparado para acompanhar o aluno em sua defasagem e assim, no poder ajud-lo, devido

    falta de estrutura, ou mesmo de formao, lanando o aluno ao mundo das incertezas e

    insatisfaes.

    A insuficiente quantidade de profissionais qualificados um fator muito grave

    acerca da educao dos adolescentes. Seria louvvel se esse ensino, fosse disponibilizado na

    grade curricular, de forma diferenciada, no como uma obrigao escolar, ainda aos alunos

    iniciantes.

    Assim sendo, o Projeto Guarda-Mirim de suma importncia para a sociedade,

    pois ele viabiliza tudo acima citado.

    3.1 O que e qual a finalidade do Projeto Guarda-Mirim?

    A finalidade do Projeto se restringe quanto ao fato de que mediante seu

    funcionamento, na verdade uma continuao educao que recebem na escola, pois, h os

  • 32

    momentos destinados para isso, como por exemplo, o acompanhamento mediante s tarefas de

    casa, solicitadas pela Instituio de Ensino.

    Junto ao projeto, muito feito para os alunos, at mesmo quanto questo da

    indisciplina, em diferentes aspectos. Muitos assuntos so trabalhados, e todos, com certeza

    vem complementar a ao da escola, no sentido de aprendizado e at mesmo, conscincia

    quanto importncia de estudar.

    Pode-se dizer que, os participantes do Projeto tm uma pareceria com os

    professores e tambm a conscincia de que se o professor no tiver o conhecimento total das

    dificuldades do aluno, tambm a respeito da dislexia e os distrbios de leitura e escrita, ele de

    certa forma o condenar a conceber e estatizar a idia de que nunca ter condio de ser

    algum que aprende, algum inteligente e um componente muito importante para o futuro na

    humanidade.

    O fato que se em sua ponderao, o educador ignora ou desconhece todas as

    informaes relacionadas s dificuldades do aluno, ao reconhecer as falhas junto ao ensino,

    haver ento um fracasso entre ambas as partes, pois sabido por todos que ao avaliar um

    aluno e seu grau de dificuldade ou aprendizagem, o professor tambm, de certa forma, est se

    auto-avaliando, e quase sempre se chega concluso de que no se obteve o resultado

    esperado, devido ao fato de no se ter preparado as aulas de forma inovadora e atualizada, e

    nem tampouco, usado as metodologias ideais, a cada caso. Faz-se necessrio, portanto,

    construir vrias prticas pedaggicas que considerem as necessidades dos alunos, e os

    permitam conceber a aprendizagem.

    Junto ao projeto defendida a idia de que importante que haja disposio em

    toda a comunidade escolar em traar diagnsticos individuais e propondo tticas pedaggicas

    que num futuro bem prximo venham a sanar as dificuldades encontradas pelo aluno, que

    parte intrnseca do processo.

  • 33

    De acordo com a idia dos professores participantes no projeto, o mesmo deve ser

    analisado como algo de extrema relevncia para os adolescentes e seu crescimento, em todos

    os sentidos.

    Os participantes de Projeto afirmam que, mesmo com o advento da modernidade e

    as conquistas de reconhecimento dos direitos dos adolescentes, eles ainda enfrentam pessoas

    totalmente desprovidas de informao e tambm de educao, que conseguem discrimin-los,

    at mesmo por sua condio social, e isso acontece at mesmo dentro da prpria famlia.

    Para os que acreditam no projeto, todos os profissionais de Educao que

    realmente exercem sua profisso com amor, fazem de tudo para que seus alunos no se sintam

    diminudos, em situao nenhuma, possibilitando assim uma integrao e o seu progresso, em

    todas as circunstncias apresentadas. Fica fcil possibilitar essa interao quando o professor

    sagaz e dedicado quilo que faz.

    questo de cidadania permitir ao seu aluno que ele tenha o direito de

    desenvolver suas competncias e isso possvel na medida em que ele tratado como uma

    pessoa normal e no como um problemtico.

    Aos pais cabe a conscincia de que seu filho pode totalmente possuir uma vida

    extremamente normal, desde que ele encare isso uma possibilidade e no o contrrio. Eles tm

    que ter a coragem de assumirem que necessitam de ajuda profissional e que seu filho e o

    futuro que a ele pertence, depende disso, dessa deciso de admitir de que eles no conseguiro

    sozinhos, fazer com que seu filho se sinta uma pessoa normal.

    O fato dos pais no procurarem ajuda profissional, pode ser um ato de condenao,

    pois, assim seus filhos jamais tero a estrutura que estabelecida dentro do espao escolar e

    nem tampouco o acompanhamento necessrio junto ao processo de ensino aprendizagem.

    Um adolescente em conflito, sem o acompanhamento devido, jamais ter

    oportunidade de se embrenhar no mercado de trabalho. Mas necessrio lembrar que para que

  • 34

    esse aluno tenha xito mediante as propostas de ensino preciso que ele seja envolvido em

    todos os processos metodolgicos, e estar sempre possibilitando que ele se aprimore, pois

    assim, ele se garantir culturalmente e passar a ser conhecedor, tanto de seus direitos como

    tambm dos deveres. Certamente com o conhecimento adquirido se adquire tambm o poder

    de sentir capaz de freqentar a sociedade, portanto, d para imaginar o tamanho da

    responsabilidade que deve ter o professor, que acompanha o Projeto Guarda-Mirim.

    No s a escola como tambm a famlia tem suas parcelas de contribuio quanto

    ao aspecto incluso. O lado social e humanstico deve ser trabalhado em ambas as partes, pois

    do contrrio no obtero sucesso. Se na escola consideram seus alunos e fazem todo um

    trabalho de humanizao, mas em casa ele tratado erroneamente, a tudo estar perdido, e

    com certeza o professor jamais conquistar aquilo que tanto almeja, e nem tampouco seu

    aluno, deixar de ser algum com menos direitos dos que os outros, pois, a todo o momento

    lembraro isso a ele, mediante as circunstncias de excluso que infelizmente sempre no

    deixam de acontecerem.

    O atendimento aos alunos, a convivncia com os mesmos, deve ser originada de

    forma natural, como um procedimento normal do cotidiano. Tudo deve ser modificado quanto

    ao aspecto educacional, mas quanto questo de aprimoramentos e no minimizaes, ou

    seja, a comear pelo plano de aula, que deve ser muito bem traado de forma a possibilitar o

    aprendizado e no facilitar, empobrecendo o contedo.

    Aqueles que discriminam os adolescentes conflituosos, mais uma vez vale

    lembrar, pelo simples fato de serem desinformados quanto ao aspecto de suas reais

    capacidades e por no conhecerem seus direitos como seres humanos.

    A esses que produzem aes discriminatrias preciso faz-los saber que esses

    alunos tm o mesmo direito que qualquer outra pessoa, pois, ele tambm um ser humano e

    digno de respeito e considerao.

  • 35

    verdade que ao passo que a sociedade acolhe e d direito ela tambm cobra,

    esquecendo suas necessidades e atribuindo-lhes os mesmos deveres devidamente

    acompanhados em seus afazeres, sem total independncia.

    O ato da incluso deve acontecer entre ambas as partes, pois, se o adolescente no

    possuir auto-estima, e no se valorizar ele no conseguir sobrepor s barreiras que com

    certeza surgiro. O outro lado tambm de grande relevncia. Os que esto sua volta

    tambm tm que realizar seu papel, propondo uma parceria inclusiva.

    O ato da incluso faz com que as pessoas inclusas diminuam suas diferenas e se

    sintam assim, capazes de uma vida normal e extremamente passveis de um convvio na

    sociedade, e isto se inicia principalmente na escola.

    Na escola a aprendizagem no ensino tradicional em relao forma que o

    contedo abordado, ainda, infelizmente para muitos professores, introduzida de forma

    tradicional causando um clima de obrigao e no de busca satisfatria, e isso faz com que o

    aluno se desmotive e perca a vontade de estudar e obter meios para aprender. Isso

    perfeitamente notado pelo professor de apoio do Projeto que acompanham os alunos mediante

    as aulas de reforo, pois, os alunos afirmam no entender o que os professores falam. Na

    verdade que os educadores acabam por contextualizar demais o contedo, ou mesmo,

    explicar de uma forma pouco satisfatria, difcil de entender. .

    Amaral (1982, p. 12), complementa a idia afirmando que

    H vrias e algumas fundas modificaes sintticas no portugus do Brasil, mas

    isso tambm no altera a situao da chamada lngua brasileira... toda lngua

    contm trs sries de fato: os lxicos, as formas gramaticais e os sintticos. As

    formas gramaticais correspondem ao sistema de declinao e conjugao... um

    povo pode mudar o seu lxico e a sua sintaxe, se porm guardar as formas

    gramaticais, a lngua no ter mudado. Com o mesmo lxico e a mesma sintaxe

    caso fosse isso possvel - se variassem as formas gramaticais, a lngua seria outra.

    H a necessidade de uma formao capacitada para introduzi-la.

    s voltas do processo de ensino aprendizagem, alm da necessidade de se

    apresentar aulas inovadas e atrativas, tem tambm a obrigao de traar, planejar, momentos

  • 36

    de exerccios orais, gramaticais e introdues lingstica, pois, esse procedimento os

    transportam e garantem um mundo de conhecimento relacionado ao portugus, e segundo

    Saussurre (1995), p. 13,

    A lingstica tem relaes bastante estreitas com outras cincias, que tanto lhe

    tomam emprestados, com o lhe fornecem dados. Os limites que a separam das

    outras cincias no aparecem sempre nitidamente. Por exemplo, a Lingstica deve

    ser cuidadosamente distinguida da Etnografia e da Pr-histria, onde a lngua no

    intervm seno a ttulo de documento; distingue-se tambm da Antropologia, que

    estuda o homem socialmente do ponto de vista da espcie, enquanto a linguagem

    um fato social.

    Todos reconhecem que o bom aluno, aquele que acolhe todas as concepes de seu

    professor, sempre ter um espao diferente. A verdade que a sociedade no d espao para

    pessoas que no se preparam para de certa forma enfrent-la. Atravs de exigncias

    imensurveis o fator social d abertura de uma vida profissional ativa e de sucesso se aquele

    que o serve consegue atender a todas as suas exigncias e necessidades.

    Benveniste (1996, p. 92)

    Estamos, pois, na presena de uma linguagem to particular que h o maior interesse em distingui-la daquilo que assim designamos. sublinhado essas

    discordncias que se pode melhor situ-la no registro das expresses lingsticas.

    Essa simblica, diz Freud, no especfica do sonho, encontramo-la em toda a imagstica inconsciente, em todas as representaes coletivas, principalmente

    populares.

    Na verdade, os intemediadores do Projeto, afirmam que os interessados em

    aprender devem abster-se da idia de que difcil, ou mesmo, impossvel aprender, e se aliar

    disciplina, pois, assim certamente obtero sucesso.

    preciso que cada profissional conscientize seus alunos de que, junto ao

    aprendizado h muitos pr-requisitos que so necessrios para se atingir os objetivos

    propostos e esperados como por exemplo, o conhecimento de assuntos lexicais, regras de

    morfologia, sintaxe, semntica e fonologia.

  • 37

    Segundo Camacho (1988, p. 29)

    A linguagem humana varia de acordo com o grau de contato entre os seres que

    constituem a comunidade universal. O que se convenciona por lngua portuguesa,

    lngua espanhola, lngua francesa, etc.; obviamente o resultado de um grau mnimo

    de contato cultural entre os povos falantes de cada lngua, cuja conseqncia

    imediata a dificuldade de comunicao, a ponto de um indivduo que fale francs

    no entender outro que fala portugus e assim por diante.

    Para os executores do Projeto, a falta de pedagogia aplicada satura a vontade que

    os alunos tm em aprender, pois, vo para a sala de aula com uma pretensa de conseguir

    realizar seu sonho de aprender e muitas vezes saem com seus sonhos destrudos, devido a

    falta de planejamento e aulas inovadas, fazendo com que a desmotivao ganhe espao e

    destrua o que antes era almejado.

    3.2 Como reagiam os adolescentes quanto participao no Projeto?

    Para dizer a verdade, segundo entrevista informal dos participantes do Projeto,

    uma das coisas que mais atrapalha os alunos so os muitos comentrios que surgem atravs de

    diferentes maneiras de ver o aprendizado, bem como sua utilidade.

    Sabe-se que toda pessoa revela uma enorme angstia para viver a vida bem, e isso

    que o importante, e assim, faz tudo o que pode para viver da melhor maneira possvel.

    Labov (2002, p. 24), afirma que

    Tudo parece comprovar a hiptese de que os falantes da classe mdia baixa mantm

    uma forte tendncia ao sentimento de insegurana lingstica e, em funo disso,

    procuram adotar as formas de prestgio utilizadas pelos membros mais jovens de

    classe alta. Essa insegurana se manifesta na grande amplitude de variao

    estilstica da classe mdia baixa, na grande flutuao dentro de um dado contexto

    estilstico, em seu esforo consciente de correo e em suas atitudes fortemente

    negativas com referencia aos padres de linguagem que herdaram.

  • 38

    Quando se analisa a vida do aluno, toda pessoa adulta, que tem um mnimo de

    sucesso, tem-se a certeza de que h por trs um projeto de vida. Mas para realizar esse projeto

    todos buscam a ajuda da sociedade, da famlia e principalmente da educao. Contudo,

    analisando a forma como algumas escolas acolhem seus alunos pergunta-se o quanto a

    educao e a escola ajudam as pessoas a realizarem seus projetos.

    Atravs das observaes realizadas, v-se que o que o adolescente necessita de

    uma oportunidade para adquirir novos conceitos, para assim conquista sua cidadania.

    Na verdade a tcnica de orientao de aprendizagem se restringe entre teoria e

    prtica. A educao uma ao e um processo de formao pelo qual os alunos podem

    integrar-se criativamente na cultura em que vivem. Genericamente pode-se dizer que a

    didtica uma cincia da formao humana.

    Um dos dilemas vividos pela didtica se refere relao entre a construo do

    conhecimento por parte do indivduo e a construo do sujeito pelo conhecimento.

    O assunto acerca dos Projetos Sociais como o do Guarda - Mirim h bastante

    tempo chama ateno dos que pertencem a esse meio, retomando assim os temas da

    pedagogia, da modernidade e das novas tarefas da escola, questionando as perspectivas do

    futuro para o qual se tem de preparar os indivduos para a reestruturao e desenvolvimento

    da humanidade.

    sabido por todos que o ambiente influencia o meio, e por isso, dentro da escola

    de suma importncia que todo os envolvidos junto equipe, esteja atentos a seus atos e

    atitudes, pois, todos os envolvidos so bastante perceptveis.

    A necessidade de um ambiente que oferea bem estar aos componentes surge a

    partir de problemas de diferente natureza.

    Entende-se que o papel dos Projetos sociais forma uma grandeza e um enfoque de

    atuao que objetiva promover a organizao e a articulao de todas as condies materiais e

  • 39

    humanas necessrias para garantir o avano dos processos dos estabelecimentos

    administrativos, orientados para a promoo efetiva da empresa, de modo a torn-los capazes

    de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no

    conhecimento. Entende-se, ainda que, permite a realizao de objetivos avanados, de acordo

    com as novas necessidades de transformao scio-econmica e cultural, mediante a

    dinamizao da competncia humana, de forma organizada.

    Cabe equipe que acompanha os adolescentes direcionar e dinamizar a cultura, de

    modo que sejam orientadas para resultados, isto , um modo de ser e de fazer caracterizado

    por aes conjuntas, associadas e articuladas. Sem esse enfoque, os esforos e gastos no do

    muito resultado, o que, no entanto, tem acontecido nas empresas brasileiras, uma vez que se

    tem adotado, at recentemente, a prtica de buscar solues tpicas, localizadas e restritas,

    quando, de fato, os problemas so globais.

    O acompanhamento aos adolescentes deve constituir uma dimenso

    importantssima, uma vez que, por meio dela, observa-se o desempenho e os problemas

    globalmente e se busca abranger, pela viso estratgica e de conjunto as aes interligadas, tal

    como uma rede, nas quais os problemas, de fato, funcionam de modo interdependente. Isso

    acontece porque, na escola, os problemas ocorrem de forma diversificada, aparecendo em

    todos os mbitos e se transformando na verdade, em um crculo, capaz de entrelaar a todos,

    causando um estrago bastante considervel.

    Cabe destacar que a atuao do Projeto um enfoque de atuao um meio e no

    um fim em si mesmo, uma vez que o objetivo final o sucesso efetivo e significativo dos

    alunos adolescentes, de modo que, no cotidiano que vivenciam, desenvolvam as competncias

    que a sociedade demanda.

    Portanto, o processo de desenvolvimento do Projeto Guarda-Mirim deve estar

    voltado para garantir que os adolescentes aprendam sobre o seu mundo e sobre si mesmos em

  • 40

    relao a esse mundo, adquiram conhecimentos teis e aprendam a trabalhar com informaes

    de complexidades gradativas da realidade social, econmica, poltica e cientfica, como

    condio para o exerccio da cidadania responsvel.

    Se o professor, no tiver destreza em dirigir de forma compartilhada, inovada e

    satisfatria, fatalmente todos ficaro prejudicados de forma que, sofrero o risco de serem

    marcados pelo insucesso, proveniente de incompetncia de outros, que no tiveram

    competncia para instru-los.

    Com esta demanda, o sentido de acompanhamento junto aos adolescentes se torna

    mais complexo e requer cuidados especiais. comum a afirmao de que se vive uma poca

    de mudana. Porm, a mudana mais significativa que se pode registrar e desejar a do modo

    como se vm a realidade e de como nela participa, para estabelecer sua construo. No geral,

    em toda a sociedade, observa-se o desenvolvimento da conscincia de que o autoritarismo, a

    centralizao, a fragmentao, o conservadorismo e a tica do dividir para conquistar, esto

    ultrapassados, por conduzirem ao desperdcio, ao imobilismo e ativismo inconseqente.

    Em meio a cada necessidade, na escola devem acontecer cuidados especiais e

    mudanas contnuas, que so essenciais para o sucesso do projeto.

    Os participantes do projeto tm conscincia de que, em seu desenvolvimento, deve

    desenvolver uma conscincia de formadora de sociedade. As mudanas urgentes, a fim de

    garantir a formao competente de seus alunos, deve acontecer para que, no futuro, sejam

    capazes de enfrentar criativamente, com empreendedorismo e esprito crtico, os problemas

    cada vez mais complexos da sociedade.

    3.3 A necessidade do Projeto para a sociedade iporaense

    Analisando a pesquisa realizada e de acordo com o pensamento de Paulo Freire

    (1979, p. 50) que acreditava na importncia de dar autonomia ao aluno em expor seus

  • 41

    conflitos, quando expressava que a liberdade a matriz que d sentido a uma educao, que

    no pode ser efetiva e eficaz seno na medida em que os educandos nela tomem parte de

    maneira livre e crtica.

    Quando o professor se preocupa com cultura de cada um, valoriza seu aluno,

    criando condies para que cada um deles analise seu contexto e produza de acordo com sua

    ideologia. O professor agindo assim cria condies para que, juntamente com os alunos, a

    conscincia ingnua seja superada e que estes possam perceber as contradies da sociedade e

    grupos em que vivem.

    Na dimenso pedaggica, o aluno tem que ser visto como sujeito de sua educao,

    isto , a responsabilidade no apenas da instituio escolar e do professor, mas deve ser

    compartilhada com o aluno. A partir dessa perspectiva, o aluno tem que cumprir seus deveres

    e estar atento aos seus direitos, principalmente, em relao qualidade do que lhe oferecido

    bem como em relao cobrana de sua participao.

    A dimenso didtica, tambm, muda. O aluno deve estabelecer seus objetivos,

    selecionar contedos de seu interesse, estabelecer estratgias de aprendizagem e organizar as

    tecnologias que podero otimizar essa aprendizagem.

    Dessa forma, o professor no mais o sujeito que transmite o conhecimento e o

    aluno, como uma receptor passivo, ao contrrio, o aluno passa a ser tambm o sujeito de sua

    aprendizagem que tem no professor o interlocutor que poder organizar contedos que lhe

    possam interessar, propor desafios e despertar inquietaes que no dilogo podero ser

    esclarecidas ou propor novos desafios.

    Segundo entrevista com a Psicloga Maria das Dores Moreira da Cidade de Ipor-

    Go, uma das participantes do Projeto Guarda-Mirim afirma que o mesmo garante aos

    adolescentes atendidos:

    Disciplina;

  • 42

    Acolhimento;

    Valorizao de si mesmo, objetivando a auto-estima;

    Integrao social;

    Condies de cidadania.

    Para a Psicloga Maria das Dores Moreira h a necessidade do projeto alm do

    apresentado acima, devido ao fato de que, tambm, Ipor no tem muita opo de trabalho e

    lazer, e atravs da execuo do Projeto esse entrave estaria resolvido. Ela acrescenta que o

    Projeto deveria sofrer algumas modificaes quanto ao melhor planejamento das atividades,

    de acordo com o interesse dos adolescentes, atravs de um tratamento mais profissional que

    maternal e paternal, com base objetiva, ou seja, plano tm que serem traados, mais

    detalhadamente, de acordo com a necessidade de cada caso.

    Para Maria das Dores os adolescentes do Projeto tm mais chance de se

    sobressarem na vida devido ao fato de que so assistidos e orientados quanto ao fator da

    convivncia social, que muitas vezes os leva a serem rotulados, e acaba assim fazendo com

    que reestruturem ou desorganizem sua personalidade.

    Segundo a Psicloga se todos os setores sociais da sociedade se envolvessem

    quanto questo dos adolescentes ociosos na cidade, com certeza saberiam dar mais valor a

    ele e batalhariam para que o mesmo perpetuasse. Para o que mais atrapalhas os adolescentes

    a questo da desestrutura familiar, que acaba sendo um ponto de partida para atrocidades e

    contravenes penais.

    Maria das Dores garante que

    importante considerar que a caracterizao da situao de violncia refere-se ausncia de cuidados que a nossa sociedade demonstra em relao milhes de

    crianas e adolescentes que vivem em condies de no cidadania, de no garantia

    de direitos educao, sade, lazer, alimentao. Ento, romper com tudo isso

    significa estabelecer uma nova tica de cidado. Seria essa a importncia do

    projeto reinstalado.

  • 43

    Assim sendo, se faz necessrio a retomada do Projeto Guarda-Mirim para que

    assim os adolescentes da cidade de Ipor-Go, possam de certa forma, garantir seu futuro.

  • 44

    CONSIDERAES FINAIS

    Chegando ao final da pesquisa, pode-se dizer que foi possvel atribuir um novo

    conceito em relao necessidade de Projetos Sociais envolvidos com a formao dos

    adolescentes de um modo geral.

    Antes, muitas dvidas arrolavam acerca das reais condies de aprendizagem do

    participante do Projeto. Mas no momento, pode-se dizer que so capazes de serem instrudos,

    e vale ressaltar, que demonstram um grande poder de apreendimento e esperteza, alm de uma

    imensurvel satisfao. Foi possvel adquirir tambm um novo olhar, em relao a real

    utilidade de acompanhamentos mediante formao escolar desses adolescentes.

    Pelo muito j estudado e analisado mediante leituras e observaes, entende-se que

    o ambiente escolar surgiu da necessidade dos acontecimentos e processos sociais, consistindo

    como funo fundamental para se tornar mediadora do sucesso das novas geraes,

    ocasionando assim a apropriao da cultura acumulada pela humanidade.

    A necessidade de um ambiente que oferea bem total satisfao aos adolescentes,

    de um modo geral, tambm um fator que precisa imensamente ser cuidado.

    Ao final foi de grande valia a pesquisa realizada, pois foi possvel conhecer a

    realidade da importncia dos Projetos Sociais, bem como a reimplantao do Projeto Guarda

    Mirim, na cidade de Ipor-Go.

  • 45

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Aprendizagem. 6 edio. Editoria cone, So Paulo: 1998.

  • 47

    ANEXO

  • 48

    ENTREVISTA SOBRE O PROJETO GUARDA-MIRIM JUNTO MARIA DAS

    DORES MOREIRA PSICLOGA DE IPOR ELABORADO PARA FINS DE COMPROVAO ACADMICA NO CURSO DE GEOGRAFIA NA

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS - UEG

    1 Quais as benevolncias que a Sr pode detectar em relao execuo do Projeto Guarda-

    Mirim?

    2 Considera o Projeto necessrio na cidade de Ipor? Por qu?

    3 Durante a participao no Projeto junto aos adolescentes, o que foi percebido em relao

    necessidade de mudanas para a realizao eficaz do mesmo?

    4 Acredita que os adolescentes atendidos, teriam melhores chances de se sobressarem na

    sociedade com o desenvolvimento do Projeto?

    5 Como acredita que seria a eficcia do projeto e a importncia disso, se todos os setores

    administrativos da cidade de Ipor se dedicassem a ajudar em seu desenvolvimento, ou seja,

    se todos apoiassem?

    6 Durante a anlise e convvio com os adolescentes durante o Projeto, que foi possvel

    perceber em relao ao comportamento, como um todo, dos mesmos?

    7 Foi percebido algum tipo de atrocidade, do tipo, explorao sexual, ou, desestrutura

    familiar de alguma forma?

    8 Qual a importncia de se implantar novamente o projeto da Guarda-Mirim na cidade de

    Ipor? Merece complementos visando a melhoria do desenrolar das atividades?