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A evolução da fotografia

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fotografia

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Inicialmente o retrato era encomendado pelo estratos superiores da

sociedade.

A partir do século XVIII houve uma crescente democratização do

retrato, quando a burguesia vitoriosa da revolução francesa se

pretendeu representar.

Devido ao elevado preço dos retratos , os pintores criam o “ retrato

miniatura” que surge nas tampas das caixas de pó-de-arroz,

berloques, medalhões e outros enfeites.

Durante a revolução francesa vai-se desenvolver uma forma de

representação de imagens, que consistia em recortar em papel de

lustro negro, a silhueta das pessoas.

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Este processo adquiriu grande número de adeptos e em todas as

festas de alguma importância, desde bailes da corte até às feiras

populares , havia gente a exercer esta habilidade.

Eram as “silhuetas”, nome originário de um ministro francês Étiénne

Silhouette, que segundo consta tinha por hábito recortar o perfil dos

amigos.

Estas representações nem sempre eram totalmente fidedignas e

dependiam da habilidade de quem as fazia.

Mais tarde foram substituídas pela arte do “ retrato-silhueta” feita

nos estúdios dos fisionotracistas, onde o perfil era executado com

exactidão matemática.

Várias figuras públicas tiveram o rosto reproduzido deste modo,

como Marat, Robespierre, Madame de Stael…

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1030 – O árabe Al-Hazen pesquisa sobre o fenómeno óptico

1558 – Giovanni B. della Porta inventa a câmara escura

1822 – N. Niépce obtém a primeira fotografia com chapa heliográfica

1835 – W. Talbot obtém o primeiro negativo fotográfico

1839 – Daguerre inventa o “daguerrotipo” (chapas com camada de pratas sobre cobre e sensibilizadas por vapores de iodo expostas até 30 min. ; este processo não permite a reprodução das impressões

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1840- EUA: abertura dos primeiros estúdios comerciais fotográficos.

1850 – a partir desta data começam as primeiras encomendas oficiais de instituições e governos, de obras fotográficas;

Os exércitos, as polícias e os jornalistas também passam a usar a fotografia (ex: Guerra da Crimeia)

1839 – W. Talbot cria um novo processo fotográfico, com papel coberto por sais de prata que enegrecem na presença da luz: criava-se uma imagem negativa a partir da qual se faziam as positivas

1840-55 – Uso diferentes suportes da fotografia: cobre, papel, vidro

BREVE CRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO DA FOTOGRAFIA

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1850 - Gustave le Gray eleva a fotografia à categoria de arte, e usou o negativo encerfado;

A partir desta década criam-se as primeiras exposições de fotografia e surgem várias publicações (periódicos, álbuns turísticos, etc.) com fotografias

1852 – publica-se o primeiro livro com processos fotomecânicos sobre arqueologia e arte em Londres

1860 – Nadar abre um estúdio de fotografia em Paris com clarabóia de vidro para obter mais luz; a partir desta década cria-se um debate em França que opõe a industrialização da fotografia à arte da pintura

1869 – Carlos relvas é admitido na Sociedade Francesa de Fotografia; desenvolve um amplo trabalho de divulgação e prestígio da fotografia em Portugal

1870 – Comercialização das chapas de gelatina preparadas industrial.

1880 - aparecimento da fotografia de bolso (máquinas portáteis)

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Em 1827 Niépceenviou esta 1ªfotografia a ummembro daSociedade Realde Londres. Trata-se de umaimagem vulgar derua vista de umasua janela. Aevolução dafotografia serialenta.

(1765-1833), francês.

Niépce é o protótipo inventor do século XVIII que se

dedicava a fazer experiências científicas, principalmente

no domínio da química.

Colocavam folhas e flores sobre papel preparado com sais

de prata e obtinham os contornos desses objectos ,

quando expostos à luz solar. Porém a imagem

desaparecia rapidamente pois não se conhecia ainda o

segredo da fixação.

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Na sequência das experiências de Niépce, a descoberta decisiva coube a Daguerre:

Em 1835 usou uma placa revestida de prata sensibilizada com iodeto de prata, que apesar de exposta não apresentava vestígios de imagem.

Guardou-a num armário e ao abri-lo no dia seguinte encontrou uma imagem revelada, graças à acção de mercúrio.

O armário tinha funcionado como câmara escura.

Em 1837 Daguerre já havia padronizado o processo que ainda tinha como grandes problemas: longo tempo de exposição (15 a 30 minutos), imagem invertida e contraste muito fraco.

1787-1851. Pintor e

químico francês.

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•Daguerre solucionou este problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim uma imagem inalterável.

•Daguerre vendeu em 1839 a sua invenção ( daguerrotipo)ao governo francês, ficando a receber uma renda vitalícia de 6000 francos anuais.

•A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava

sensível à luz do dia e rapidamente se destruía

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•Desde cedo a comunidade científica apercebeu-se das

vantagens desta invenção , que podia ser aplicada à arqueologia,

ciências, astronomia, história , geologia, reprodução de

monumentos etc.

•A nova invenção também despertou desde logo a atenção e o

interesse de amplas camadas da sociedade.

•Porém a imperfeição técnica e os custos extraordinários que ela

representava inicialmente, apenas a tornavam acessível à alta

burguesia.

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Daguerre - Natureza morta - 1837

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A famosa fotografia de Daguerre, "Paris Boulevard" de 1839, mostra

uma rua de Paris que parece deserta. Esta sensação deve-se à sua longa

exposição (cerca de 20 minutos), o que fez que tudo o que se movesse

não ficasse registado na imagem. Vê-se uma única pessoa, com um pé

pousado num fontanário, que era um amigo do fotógrafo, que

permaneceu imóvel durante o tempo da exposição. Pensa-se que será a

primeira pessoa a ser "fotografada“.

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1800- 1877. Escritor e cientista inglês..

1839 – W. Talbot cria um novoprocesso fotográfico, com papelcoberto por sais de prata queenegrecem na presença da luz.

Criava-se uma imagem negativa apartir da qual se faziam aspositivas.

Mas foi apenas no momento emque a placa metálica de Daguerrefoi substituída por negativos emvidro, que estiveram reunidas ascondições indispensáveis para aindustria do retrato.

Fox Talbot

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Entretanto, em 1835 o sábio e matemático inglês William Fox Talbot tinha

conseguido obter o que pode ser considerado o primeiro negativo da história

da fotografia, denominado Calotipo. Este foi obtido expondo papel

sensibilizado, durante cerca de dez minutos, à luz directa do sol, num pequeno

aparelho de tomada de vistas (antecedente da câmara fotográfica) com

pequena distância focal.

Edinburgh - Calotipo - 1838

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Fox Talbot, 1838

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3 minutos de exposição !

TRABALHO DE FOX TALBOT

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GUSTAVE LE GRAY Gustave Le Gray (1820-1884) foi uma

figura central da fotografia do século

XIX.

Contemporâneo de fotógrafos como

Nadar, Charles Nègre, Henri Le Secq …

ele ocupa um lugar especial entre

todos.

Como a maioria, ele teve formação em

artes plásticas e a pintura foi sua

primeira opção.

A sua maestria absoluta na técnica

fotográfica levou-o a fazer duas

invenções importantes:

-o negativo sobre o vidro numa

solução de nitrocelulose misturada no

éter e no álcool, em 1850.

- e a descoberta do negativo sobre

papel de cera impermeável em 1851.

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The great wave (1857)

Tree (1855)

The tree, 1855

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•Devido a estas descobertas , Le Gray abriu caminho ao retrato

fotográfico.

• Com muitos outros, contribuiu para a evolução desta forma de

expressão artística .

•Para o sucesso desta arte da fotografia devemos ter em conta

também :

- o desenvolvimento de certos ramos da indústria nomeadamente

da química, da física, do papel e da óptica etc;

- a produção de aparelhos fotográficos e equipamentos cada vez

mais sofisticados.

• e o desenvolvimento da classe média predisposta a consumir este

produto que lhe permitia auto representar-se duma forma fácil e

acessível.

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Foi a classe média que criou uma base económica a partir da qual

se podia desenvolver a arte do retrato acessível às massas.

Contudo a fotografia foi inicialmente adoptada pela classe

dominante: industriais, proprietários de fábricas e banqueiros,

homens de estado, literatos e intelectuais.

Na 2ª metade do século XIX, a fotografia e a pintura , chocaram-se

e levantaram-se muitas questões em torno dos conceitos de Arte

e Técnica.

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A fotografia , inicialmente, era entendida como um processo

técnico de captar , reproduzir e registar a realidade física

observável ( que implicava a utilização de máquinas, instrumentos,

químicos, lentes , películas).

O fotógrafo era um técnico e considerado por muitos um pintor

falhado.

Por outro lado a pintura era considerada uma arte que não estava

reduzida à representação, mas também à interpretação.

Alguns pintores viram a fotografia como uma intrusa e temeram-na.

Contudo não se registou uma situação de oposição total entre

fotógrafos e artistas.

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Apenas os artistas mais tradicionais e académicos é que recusaram

a fotografia.

Os modernos reconheceram naquela técnica potencialidades muito

grandes e a fotografia foi desde logo para muitos um auxiliar

técnico que permitiu fotografar modelos e paisagens , para depois

serem pintados.

Assim fotografia e pintura acabam por se influenciar mutuamente, e

para alguns pintores impressionistas a câmara fotográfica tornou-se

uma aliada incondicional do seu trabalho.

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A fotografia acabou por influenciou a pintura:

- na exposição plástica dos enquadramentos ( variação de tomadas

de vista / posição do observador em relação ao objecto);

- na leitura das cores e sombras coloridas.

- permitiu estimular o olhar e apreciar os gestos e movimentos;

- compor novos enquadramentos e novas perspectivas.

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b) Com Daguerre, asfotografias eram banhadas deluz, com o aspecto de luarintenso.

Nesta época, muitasfotografias serviam de base agravuras.

Os progressos do suportefotográfico (papel de albumina)permitiram melhores definiçõesde perspectiva e de valorestácteis.

Retratam-se inúmeraspaisagens terrestres emarinhas.

Le Gray usava dois negativos,um para o céu e outro para ooceano.

A arte de Le Gray eraromântica. Outros comoClifford, privilegiaram aarquitectura antiga.

Em Portugal, Possidónio daSilva fotografou monumentoshistóricos e paisagens.

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O desenvolvimento da fotografia ocupou largamente o séc. XIX e veio proporcionar uma nova forma, mecanizada e acessível, de registar a realidade. A imagem popularizou-se.

A fotografia concorreu com a pintura e gerou-se um debate entre os intelectuais sobre a ameaça latente do fim da pintura e a validade artística da fotografia

Rapidamente a fotografia entrou nos hábitos quotidianos da burguesia, das firmas, das publicações, da ciência, do jornalismo e das instituições.

O aspecto pigmentado e difuso da fotografia terá influenciado a visão do real e não será total coincidência o surgimento, na pintura, do realismo e do impressionismo.

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Um dos mais importantes fotógrafos dessa época foi o desenhador,

caricaturista, escritor e aeronauta Nadar.

Nadar abriu um estúdio fotográfico na rua Saint – Lazare, Paris, em

1853.

Antes de enveredar por esta profissão escreveu artigos para

jornais e revistas; fez caricaturas para o jornal humorístico

Charivari; estudou pintura.

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Em 1848 fez parte do número de intelectuais que manifestaram as

suas simpatias pela revolução e nela participaram activamente.

Tal como acontecia com alguns artistas da época , manifestou

alguns preconceitos contra a fotografia, mas aderiu a esta

expressão artística motivado por questões monetárias.

A sua primeira clientela era constituída por elementos da

burguesia, e sobretudo artistas e intelectuais.

Pelo seu estúdio passaram muitas das celebridades parisienses.

O pintor Eugéne Delacroix, o desenhador Gustave Doré, o

compositor Meyerbeer, o escritor Champfleury, o poeta Baudelaire

são algumas das personagens da época que posaram no seu

estúdio.

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O modo como os modelos foram retratados fizeram de Nadar um

fotógrafo muito conceituado, destacando-se a importância

preponderante que atribuiu à fisionomia.

Nadar foi o primeiro a descobrir o rosto humano através da câmara fotográfica.

Em 1858 ao sobrevoar Paris num balão de ar quente, tornou-se na primeira pessoa a tirar fotografias aéreas.

Por volta de 1863, Nadar construíu um enorme balão de ar quente,

com cerca de 6000 m3, chamado Le Géant ("O Gigante"),

inspirando Júlio Verne na sua obra Cinq semaines en ballon (Cinco

Semanas em Balão).

Foi um grande aliado dos pintores da época, tendo-se realizado no

seu estúdio a primeira exposição impressionista em 1874.

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Page 40: A evolução da fotografia

http://forum.jokerartgallery.com/index.php?action=printpage;topic=42.0

http://www.casarelvas.com/site/pt/php/vida.php

http://www.museeniepce.com/

http://achfoto.com.sapo.pt/

Manual de HCA, pp. 138-141.

Quentin Bajac (2002). The invention of photography, the first fifty years.

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Gisèle Freund, Fotografia e Sociedade, comunicação & linguagens, 2ª

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Page 41: A evolução da fotografia

http://www.youtube.com/watch?v=5n0YvVagK-M&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=S-

7_FciNaqs&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=I80OC5gGjsA&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=S-

7_FciNaqs&feature=player_embedded

http://fotografiaeartes.blogspot.com/2007/01/gustave-le-gray-1820-

1884-pioneiro-da.html