A evolução da mulher na profissão de jornalista em · PDF fileDepois da Revolução Francesa (1790) começou ... Com todas as alterações tanto nas mentalidades na sociedade como

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    A evoluo da mulher na

    profisso de jornalista em

    Portugal

    Universidade Autnoma de Lisboa

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    Indce

    Introduo ............................................................................ 3

    Definio de jornalismo ..................................................... 4

    A primeira mulher jornalista em portugal ........................ 3

    A mulher na dcada de 60 ............................................... 6

    O boom da mulher no jornalismo

    A grande evoluo ........................................................... 9

    A mulher e o jornalismo nos dias de hoje ......................11

    Concluso ..........................................................................14

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    Introduo

    Optmos pelo tema A evoluo da mulher na

    profisso de jornalista em portugal, por vrias razes,

    das quais se destacam: o gosto pela profisso de

    jornalista, a curiosidade de como se vive nesse meio

    sendo a mulher ainda uma das vitmas de

    descriminao.

    Pretendemos ao longo deste trabalho dar

    destaque grande evoluo que a Mulher adquiriu

    ao longo de todos estes anos em vrias reas (pessoal

    e profissional).

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    Segundo a gramtica da lngua portuguesa a

    palavra jornalista : um substantivo comum de dois

    gneros ou seja, o genro masculino e feminino so

    idnticas, apenas diferentes na presena de um

    artigo, um adjetivo ou um pronome. Usamos a

    palavra jornalista indistintamente, para referir-nos a

    ambos os sexos, e apenas com a presena de um

    modificador pode-se determinar se estamos falando

    de um homem ou de uma mulher. Sendo as funes

    de um jornalista: informar, formar e distrair.

    J o jornalismo conjunto de meios e tcnicas

    de informao caracterizado pela actualidade,

    periodicidade, difuso e recepo colectivas atravs

    dos meios de comunicao de massas (imprensa,

    rdio, televiso, etc) (Nova Enciclopdia Laroussse)

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    A primeira Mulher jornalista em Portugal

    Manuela de Azevedo foi a

    primeira mulher jornalista

    portuguesa a entrar nos

    quadros de uma redaco de

    um jornal comeando pelo

    jornal Repblica. Nasceu no dia

    31 de Agosto de 1911 e durante

    toda a sua vida escreveu

    abudantemente, comeou por

    escrever poemas e artigos para

    os jornais da regio de Mangualde onde vivia. Foi

    professora e o seu primeiro livro editado tinha como

    titulo Claridade.

    Quando veio para Lisboa trabalhou em vrios

    jornais, entre eles: A repblica, Dirio de Lisboa e o

    Dirio de Notcias.

    No Dirio de Notcias trabalhou at aos 80 anos e

    especializou-se em reportagens e crtica teatral.

    Depois do 25 de Abril de 1974 foi afastada do DN e s

    regressou, com o grupo dos 24 expulsos, aps o 25 de

    Novembro de 1975.

    Em 2010 editou o livro Memria de uma Mulher

    de Letras onde recorda a sua viva, a censura e

    muitas das personalidades que conheceu durante o

    tempo que exercia a sua profisso.

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    A Mulher na dcada de 60

    Durante muito tempo a

    mulher portuguesa, como muitas

    outras, viviam numa sociedade

    com muitas restrines e

    proibies em relao mulher

    nas vrias reas, por exemplo: era

    impedida de votar, era

    dependente do seu marido,

    nomeadamente a sada do pas

    tinha que ser ou no autorizada

    pelo marido, s podia exercer

    profisses que exigissem pouca ou

    nenhuma escolaridade.

    Depois da Revoluo Francesa (1790) comeou

    a haver uma reflexo sobre a questo da igualdade

    dos sexos e apartir da s se multiplicaram os

    movimentos feministas.

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    Estes movimentos feminitas pretendiam defender

    as mulheres e as suas virtudes e tambm os seus

    privilgios legais, tendo como mentalidade a mulher

    livre ao lado do homem livre, visavam desta forma

    estabelecer os direitos e deveres iguais tanto para a

    mulher como para o homem nos sectores sociais,

    polticos, jurdicos e econmicos. Em portugal esses

    movimentos tinham forma na liga Republican das

    mulheres portuguesas dirigida por Ana de Castro

    Osrio, a pioneira em Portugal na luta pela igualdade

    de direitos entre o homem e a mulher. Escreveu em

    1905, Mulheres Portuguesas, o primeiro manifesto

    feminista portugus.

    A questo da igualdade de direitos para as

    mulheres era uma questo com muito significado

    numa poca de transformaes sociais e polticas,

    como o sculo XIX. Esses sinais de mudana podem

    ser registados como na primeira constituio (1822)

    que estabelecia a igualdade para todos sem

    referncia no entanto para as mulheres, por exemplo,

    na prtica a mulher no estaria impedida de votar

    mas isso ainda era impensvel. O ponto de viragem

    veio com a promulgao do novo cdigo civil de

    1966, que embora mantenha a estrutura tradicional

    da famlia sobre o poder paterno trouxe algumas

    melhorias, tais como, a mulher casada j podia

    exercer uma profisso liberal mesmo sem autorizao

    do marido e podia tambm dispor do seu salrio o

    que foi um passo muito importante para a autonomia

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    da mulher, no entanto o marido podia denunciar o

    contrato de trabalho da mulher.

    Em 1968 houve outro grande

    avano para a autonomia da

    Mulher e esta passou a poder

    participar na vida poltica, ou seja

    comeou a votar. Em Portugal foi

    Carolina Beatriz ngelo a primeira

    mulher a votar.

    A caminhada na

    emancipao da mulher

    comeava a dar resultados.

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    O boom da mulher no jornalismo

    A grande evoluo

    Com todas as alteraes tanto nas mentalidades

    na sociedade como em termos de leis a mulher

    passou a ter um papel completamente diferente na

    sociedade. A nova Constituio vinha e muito alterar

    o estatuto da mulher como se pode ver nos quadros

    abaixo;

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    Em matria de igualdade entre os Homens e as

    Mulheres pode-se dizer que a lei boa ( como se

    pode constatar ao analisar os quadros) e at muito

    avanada, o problema que no cumprida talvez

    porque a igualdade entre os Homens e as Mulheres

    no se faz por decreto.

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    A mulher e o jornalismo nos dias de hoje

    Nos dias de hoje a mulher no s comecou a

    frequentar o ensino bsico como j 60% das mulheres

    frequenta o ensino universitrio que antes lhe era

    barrado.

    Atualmente a mulher j tem acesso a profisses

    com maior visibilidade como a medecina o jornalismo

    e a magistratura. Desde o final da dcada de 80

    assiste-se a um aumento substancial do nmero de

    mulheres a entrar na profisso de jornalistas, o

    jornalismo deixou assim de ser uma profisso de

    homens.

    As universidades mais frequentes nos cursos de

    Comunicao Social e Jornalismo por parte das

    mulheres so : A universidade Nova, Catlica e

    Autnoma.

    Como mostra o quadro seguinte:

    Fonte: Filipa Subtil

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    Com a anlise deste quadro bem notvel que

    a frequncia por Mulheres nestas trs faculdades

    superior a dos Homens e esse valor significativo pois

    em todas elas as Mulheres ocupam sempre mais de

    metade dos lugares.

    Apesar de neste momento o nmero de mulheres

    jornalistas estar constantemente a crescer os lugares

    de chefia continuam a ser de difcil acesso as

    mulheres dirigentes so praticamente inexistentes, por

    outro lado nas redaes mais de metade dos

    funcionrios so mulheres.

    Nas categorias profissionais com cargos de

    deciso/poder as mulheres que l exercem esse

    cargo so em maior nmero de faixas etrias mais

    jovens.

    Nos meios de comunicao de imprensa, rdio e

    televiso so as mulheres que possuem as mais

    elevadas habilitaes acadmicas, na rdio a

    grande maiorias das jornalistas inscreve-se na

    categoria de redator/reprter na faixa etrio dos 25

    aos 34 anos de idade.

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    Os dados (grfico abaixo) provam que as

    mulheres entram mais cedo na profisso que os

    homens, mas apesar disso e apesar de exercerem

    cargos idnticos no ganham o mesmo salrio que os

    homens. Isto apesar de a lei estabeler a

    obrigatoriedade de pagar um slario igual por um

    trabalho igual desde 24 de Novembro de 1969.

    Esta afirmao confirmada pelo quadro do

    Eurostat seguinte :

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    Concluso

    Com a realizao deste trabalhos chegmos a

    concluso que aps muitos movimentos feministas e o

    25 de Abril a Mulher passou a ser vista em sociedade

    num grau de igualdade perante o Homem. Com isto

    passou a poder exercer as mesmas profisses que os

    Homens que antes lhes eram proibidas.

    Na nossa opinio a inteligncia no se mede pelo

    gnero, pela aparncia, pela beleza ou pela

    personalidade, todos ns possumos inteligncia e

    devemos ser tratados da mesma forma.

    A Mulher nos dias de hoje tem um papel muito

    importante na sociedade, pois alm de estar presente

    na vida activa contiunua com o seu papel de dona

    de casa.

    Concluimos ento que apesar de tudo Na realidade

    Homens e Mulheres so ambos iguais e diferentes,

    como refere Cynthia Cockburn.

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    Bibliografia

    Rebelo, Dulce; As conquistas democrtica