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11 Agroecol.e Desenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.1, n1, jan./mar.2000 A e A e A e A e A experiência xperiência xperiência xperiência xperiência cubana de cubana de cubana de cubana de cubana de transição transição transição transição transição na agricultura na agricultura na agricultura na agricultura na agricultura 1 Paulus, Gervásio * Resumo : Apesar de sua opção socialista, o modelo tecnológico na agricultura adotado por Cuba até 1990 era essencialmente dependen- te de insumos externos, revelando-se ambi- entalmente insustentável. Os sintomas da cri- se decorrentes da agricultura convencional tornaram-se mais evidentes com o desmoro- namento dos regimes do Leste Europeu. Dis- cute-se neste texto a experiência cubana de transição “em marcha forçada” do modelo de agricultura convencional, para uma agricul- tura mais saudável, voltada para o auto-abas- tecimento e menos dependente de insumos externos, enfatizando os aspectos que favore- ceram esta transição naquele país. Por fim, e com base nas alternativas encontradas pelos cubanos para enfrentar a crise, infere-se al- gumas questões, a partir da experiência ana- lisada, para pensar a transição da agricultu- ra convencional para estilos alternativos, de base ecológica. Palavras-chave : Transição; Agricultura sustentável em Cuba; Reconversão; Desenvol- vimento tecnológico na agricultura . 1 A opção tecnológica na agricultura em Cuba Até o início da década de 1990, a economia cubana era fortemente dependente do comér- cio com os países do bloco socialista, especi- almente a União Soviética, sobretudo de pe- tróleo, fertilizantes e agrotóxicos. Com o fim do modelo soviético, Cuba viu-se quase com- pletamente isolada do resto da economia mun- dial, mergulhada bruscamente em uma reali- dade extremamente adversa, colocando em xeque seu modelo de desenvolvimento 1 . Para entender esse modelo, é importante, em pri- meiro lugar ter presente as particularidades do caso cubano. Dois fatores externos condicionaram a definição do modelo de de- senvolvimento da ilha, com seus desdobra- mentos para a agricultura. Por um lado, o em- bargo econômico imposto pelos Estados Uni- dos, forçando os cubanos a limitar suas rela- ções comerciais com os países aliados do Les- te Europeu (a lei Burton-Helms, que decreta o boicote norte-americano à ilha, proíbe qual- quer empresa que tenha negócios com os EUA, de qualquer parte do mundo, de manter rela- ções comerciais com Cuba. Isso inclui desde petróleo até remédios e outros artigos bási- cos, como pasta de dentes e papel). Por outro, a inserção de Cuba no bloco dos países socia- * Eng.Agr. MSc. Extensionista Rural da EMATER/RS

A experiência cubana de transição na agriculturapvnocampo.com/agroecologia/a_transicao_em_cuba.pdf · Conforme Fernando Funes, presidente da As-sociação Cubana de Agricultura

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Page 1: A experiência cubana de transição na agriculturapvnocampo.com/agroecologia/a_transicao_em_cuba.pdf · Conforme Fernando Funes, presidente da As-sociação Cubana de Agricultura

11Agroecol.e Desenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.1, n1, jan./mar.2000

A eA eA eA eA experiênciaxperiênciaxperiênciaxperiênciaxperiênciacubana decubana decubana decubana decubana detransiçãotransiçãotransiçãotransiçãotransiçãona agricultura na agricultura na agricultura na agricultura na agricultura 11111

Paulus, Gervásio*

Resumo : Apesar de sua opção socialista, omodelo tecnológico na agricultura adotado porCuba até 1990 era essencialmente dependen-te de insumos externos, revelando-se ambi-entalmente insustentável. Os sintomas da cri-se decorrentes da agricultura convencionaltornaram-se mais evidentes com o desmoro-namento dos regimes do Leste Europeu. Dis-cute-se neste texto a experiência cubana detransição “em marcha forçada” do modelo deagricultura convencional, para uma agricul-tura mais saudável, voltada para o auto-abas-tecimento e menos dependente de insumosexternos, enfatizando os aspectos que favore-ceram esta transição naquele país. Por fim, ecom base nas alternativas encontradas peloscubanos para enfrentar a crise, infere-se al-gumas questões, a partir da experiência ana-lisada, para pensar a transição da agricultu-ra convencional para estilos alternativos, debase ecológica.

Palavras-chave : Transição; Agriculturasustentável em Cuba; Reconversão; Desenvol-vimento tecnológico na agricultura .

1 A opção tecnológica naagricultura em Cuba

Até o início da década de 1990, a economiacubana era fortemente dependente do comér-

cio com os países do bloco socialista, especi-almente a União Soviética, sobretudo de pe-tróleo, fertilizantes e agrotóxicos. Com o fimdo modelo soviético, Cuba viu-se quase com-pletamente isolada do resto da economia mun-dial, mergulhada bruscamente em uma reali-dade extremamente adversa, colocando emxeque seu modelo de desenvolvimento1 . Paraentender esse modelo, é importante, em pri-meiro lugar ter presente as particularidadesdo caso cubano. Dois fatores externoscondicionaram a definição do modelo de de-senvolvimento da ilha, com seus desdobra-mentos para a agricultura. Por um lado, o em-bargo econômico imposto pelos Estados Uni-dos, forçando os cubanos a limitar suas rela-ções comerciais com os países aliados do Les-te Europeu (a lei Burton-Helms, que decreta oboicote norte-americano à ilha, proíbe qual-quer empresa que tenha negócios com os EUA,de qualquer parte do mundo, de manter rela-ções comerciais com Cuba. Isso inclui desdepetróleo até remédios e outros artigos bási-cos, como pasta de dentes e papel). Por outro,a inserção de Cuba no bloco dos países socia-*Eng.Agr. MSc. Extensionista Rural da EMATER/RS

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listas colocou o país em uma relação comer-cial francamente favorável, reservando-lhe opapel, no contexto de uma divisão internacio-nal do trabalho, de exportador de produtosagrícolas e importador de insumos. Esta últi-ma condição, aliada a uma efetiva determina-ção oficial de promover uma política de eqüi-dade econômica e social e uma relativa au-sência de corrupção na administração estatal(Rosset, 1997a), permitiu a Cuba atingir umacondição privilegiada em relação aos demaispaíses da América Latina, em termos de índi-ces de qualidade de vida2 . Entretanto, comoassinala o mesmo autor, com o colapso do blo-co socialista, esta forma de agricultura base-ada em extensas monoculturas mostrou-se oponto mais frágil da revolução cubana.

2 A Crise na agricultura cubanaA agricultura foi um dos setores mais pe-

nalizados com o fim da ajuda externa (vendade açúcar a preços acima da média interna-cional e aquisição de insumos a preço subsi-diado). Os dados estatísticos disponíveis de-monstram claramente essa dependência. Até1989, 48% dos fertilizantes e 82% dos agrotó-xicos (inseticidas, fungicidas e herbicidas)usados em Cuba eram importados. Se consi-derarmos o fato de que 52% dos fertilizantesfabricados em Cuba dependiam da importa-ção de matéria-prima, o coeficiente de impor-tação total para os fertilizantes neste país che-ga a 94%. No caso específico dos herbicidas ede insumos para alimentação animal, as im-

portações representavam 98% e 97%, respec-tivamente (Rosset, 1997a).

Tamanho foi o impacto no período que seseguiu à queda do bloco socialista, que talveza palavra ruptura, neste caso, seja mais ade-quada do que transição . Os dados da tabelaabaixo mostram a enorme dependência cuba-na das importações de insumos para a agri-cultura. Pelas razões conjunturais que desen-cadearam a crise na economia cubana, pode-se afirmar seguramente que a mudança de pa-drão na sua agricultura deveu-se muito maisà falta de opção (de continuar produzindo nomodelo convencional) do que a uma opção de-liberada de promover uma nova forma de agri-cultura, o que levou o país a implantar uma“reconversão em marcha forçada”. Em mui-tos casos, isso significou tomar o caminho in-verso da modernização, ou seja, literalmente“apear do trator e montar no cavalo”. Quaissão as lições que os cubanos tiraram desseprocesso? O que pode ser aprendido para oBrasil em geral e para o Rio Grande do Sul emparticular? Como Cuba conseguiu ou estáconseguindo superar esse impasse?

É preciso considerar que as estratégias dereconversão do padrão de produção contaramcom um aliado importante (poder-se-ia mes-mo dizer decisivo, dada a necessidade de mu-dar drasticamente o modelo produtivo em umcurtíssimo período de tempo): o grande poten-cial de recursos humanos qualificados, sobre-tudo na pesquisa (evidentemente, isso exigiu- e ainda está exigindo - um esforço muito

Tabela: Comparação das importações de alguns produtos selecionados (Cuba, 1989 e 1992)

InsumoInsumoInsumoInsumoInsumo Importação em 1989Importação em 1989Importação em 1989Importação em 1989Importação em 1989 Importação em 1992Importação em 1992Importação em 1992Importação em 1992Importação em 1992 VVVVVariação em porcentagemariação em porcentagemariação em porcentagemariação em porcentagemariação em porcentagemPetróleo 13 milhões t 6,1 milhões t -53 %Fertilizantes 1,3 milhões t 300 mil t -77 %Pesticidas US$ 80 milhões < US$ 30 mi -62,5 %Alimentos - - -p/animais 1,6 milhões t 475 mil t -70 %Leite em pó 36 mil t 36 mil t 0%

Fonte: ROSSET & BENJAMIN, 1995.

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grande da maioria desses recursos humanospara a reorientação das linhas de pesquisa,adequadas às novas exigências. Para eviden-ciar isto, basta mencionar que Cuba possui amelhor relação entre número de pesquisado-res e população da América Latina. A implan-tação ou reativação de pequenas indústrias,espalhadas pelo interior da ilha, para a fabri-cação de insumos a partir dos conhecimentose das matérias-primas disponíveis localmen-te, está permitindo a retomada dos índices deprodutividade anteriores à crise de 1989-90.Esses insumos incluem a reprodução massalde agentes para controle biológico e bactériasfixadoras de nitrogênio, a produção em gran-de escala de adubos orgânicos e a produçãoartesanal de biopesticidas (Rosset, 1997b).Entre as técnicas de controle biológico está areprodução e aplicação de agentes biológicosem Centros de Reprodução de Entomófagos eEntomopatógenos (CREs) e a instalação de trêsfábricas de biopesticidas - uma das quais jáestá em funcionamento - que fornecem pro-dutos biológicos para a proteção de plantas.

Uma outra alternativa encontrada foi a“ruralização do espaço urbano”, no sentido deaproveitar os espaços não-construídos de Ha-vana e outras cidades para a produção dehortigranjeiros, em hortas chamadas organo-pônicos1 . Nas palavras do chefe de um dosprincipais organopônicos em Cuba, “até a cri-se de 1990, Havana era um dragão de bocaaberta que engolia alimentos vindos de todosos lados”. Atualmente, a quase totalidade dehortigranjeiros consumidos na capital cuba-na é produzida na cidade ou nas imediações.Conforme Fernando Funes, presidente da As-sociação Cubana de Agricultura Orgânica, sóem Havana existem hoje mais de 200 organo-pônicos.

Um outro aspecto importante é a reorienta-ção da escala de produção, com o desmembra-mento da macroempresa estatal de grandeescala em cooperativas administradas por seuscoletivos de trabalhadores, denominadas Uni-

dades Básicas de Produção Coletiva (UBPC).Além disso, citamos a criação de um MercadoAgropecuário para venda, a preços livres, doexcedente produzido, contratado ou não.

No documento final do Congresso Meio Am-biente e Desenvolvimento - Consulta Nacio-nal Rio+5, realizado em Cuba no ano de 1997,a Comissão de Agricultura Sustentável daque-le país citou os avanços obtidos neste campodesde a realização da Conferência Internacio-nal Rio-92, bem como as dificuldades e limi-tações. Entre os primeiros estão o controlebiológico e o desmembramento das grandescooperativas estatais em unidades menores.Entre as dificuldades e limitações, foram men-cionados:

a necessidade de ampliação de áreas sobmanejo integrado de pragas, em cultivos quetêm este sistema;

que os policultivos ainda são insuficientes; que a extensão rural de sanidade vegetal

ainda é insuficiente; que é necessário um trabalho maior de ado-

ção do Código Internacional de Conduta comos Praguicidas;

que é preciso realizar estudos de impactoambiental das novas mudanças no desenvol-vimento agropecuário;

a necessidade do contínuo aperfeiçoamen-to dos mecanismos do Mercado Agropecuá-rio, mas que cumpra eficientemente seus ob-jetivos;

que a existência de critérios em níveis dis-tintos da prática de uma agricultura susten-tável é só a conseqüência do período especiale poderá desaparecer quando as limitaçõesatuais forem superadas e se retorne ao usoem altos níveis de fertilizantes químicos,praguicidas, mecanização etc.

Por fim, a comissão recomenda que “é in-

“Até a crise de 1990, Havana era umdragão de boca

aberta que engolia alimentos vindosde todos os lados”

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dispensável existir uma Estratégia Nacionalsobre Agricultura Sustentável, na qual se es-tabeleçam os delineamentos básicos paracompatibilizar as grandes produções do paíscom os diferentes métodos de produção, in-cluída a agricultura orgânica, estabelecendoum adequado balanço” (Taller “Medio Ambi-ente y Desarrollo”, Cuba, 1997).

3 Aprendendo com a transição naagricultura cubana

Ainda que a experiência cubana seja, pordiversas razões, singular, podem-se inferir al-gumas lições que ajudam a promover açõesestratégicas em direção a estilos de agricultu-ra alternativos. Reconhece-se hoje, por exem-plo, que a agricultura em regime de explora-ção familiar em Cuba, mesmo tendo ocupadouma área muito inferior em relação às empre-sas coletivas estatais ou cooperativas, foi aprincipal responsável pela preservação da bi-odiversidade, assim como de práticas alter-nativas de produção que estão sendo resgata-das atualmente. Também a formação de umgrande número de pesquisadores, especialis-tas nas mais diversas áreas, favoreceu o de-senvolvimento rápido de alternativas aosinsumos químicos convencionais. Deve-se res-saltar, contudo, que grande parte das alter-nativas que estão sendo postas em prática emCuba está mais voltada, de maneira geral, àproposta de substituição de insumos do que à

perspectiva de desenvolver sistemas de pro-dução que considerem a complexidade eespecificidade dos agroecossistemas locais,como reconhece o relatório da Comissão deAgricultura Sustentável.

O uso parcimonioso dos recursos energéti-cos, sobretudo de fontes não-renováveis deenergia (a partir de 1990), talvez seja uma pe-quena amostra do cenário que pode vir a segeneralizar com a aproximação do esgotamen-to de recursos finitos (como são as reservas depetróleo), e nos convida a refletir sobre a ne-cessidade de reverter a perspectiva consumis-ta que predomina em nosso estilo de vida. Alémdisso, o fato de Cuba ter mergulhado numacrise econômica com limitações de toda ordem(eufemisticamente chamado de “período espe-cial”) faz com que a sua principal riqueza, osrecursos humanos, volte-se com determina-ção ainda maior para a busca de alternativas.Por fim, e desde o ponto de vista das relaçõespolíticas internacionais, a resistência de Cubaem render graças ao “deus mercado” incomo-da profundamente ao maior império econômi-co do mundo. É que -suprema humilhação!- amaior potência econômica e militar do plane-ta neste fim de milênio não consegue imporsuas leis a um país que é uma ilha, com umterritório um pouco maior que o estado do RioGrande do Sul e uma população de apenascerca de 11 milhões de habitantes, que se si-tua a apenas 150 km de Miami... AAAAA

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1 Este texto foi elaborado a partir de uma visitaque fez o autor a Cuba, no mês de abril de 1999.

2 Eng. Agr., MSc., Extensionista Rural daEMATER/RS. Rua Botafogo, n° 1051. Bairro MeninoDeus. CEP 90150-053 – Porto Alegre (RS). [email protected]

3 Convém lembrar que o padrão tecnológicodesenvolvido nos países do “bloco socialista” emessência não difere daquele adotado nos paísescapitalistas ocidentais, isto é, foi baseado em umaconcepção de desenvolvimento máximo das forçasprodutivas, sem questionar a natureza das tecnologiasgeradas e a finitude dos recursos naturais. Por estarbaseado na oferta e na produção de massa de bensde consumo, o padrão produtivo implantado pelosentão regimes políticos nos países consideradossocialistas do Leste Europeu seguiu claramente omodelo fordista, inclusive na agricultura.

Notas

44444 Referências bibliográficas Referências bibliográficas Referências bibliográficas Referências bibliográficas Referências bibliográficas

ROSSET, P. M. Alternative agriculture and crisis in Cuba.IEEE TIEEE TIEEE TIEEE TIEEE Technology and Society Magazineechnology and Society Magazineechnology and Society Magazineechnology and Society Magazineechnology and Society Magazine, v.16,p.19-25, 1997.

ROSSET, P. M. Cuba: Cuba: Cuba: Cuba: Cuba: ethics, biological control and crisis.Agriculture and Human Values in Press. Netherlands:Kluwer Academic Publishers, 1997.12 p.

ROSSET, P. M.; BENJAMIN, M. A revolução está fi- A revolução está fi- A revolução está fi- A revolução está fi- A revolução está fi-cando verde: cando verde: cando verde: cando verde: cando verde: experimentos cubanos em agricul-tura orgânica. Ijuí: Unijuí/AS-PTA, 1995. 110 p.

TALLER MEDIO AMBIENTE Y DESARROLLO. Cuba,1997. 56 p.

4Antes do fim do bloco socialista, Cuba estavaem primeiro lugar entre os países da América Latinaem termos de disponibilidade de médicos, controleda mortalidade infantil, habitação e educação se-cundária. Ocupava ainda o 11º lugar no mundona avaliação do Índice de Qualidade Física de Vidado Development Council, que considera indicado-res como controle da mortalidade infantil, taxa dealfabetização e expectativa de vida. A posição dosEstados Unidos na classificação deste Índice era de15º lugar (ROSSET & BENJAMIN, 1995).

5 São assim denominados porque vários delesestavam projetados, antes da crise econômica, paraa produção através do método de hidroponia, a umcusto de instalação e produção bem mais alto (emalguns deles, todos os canteiros foram feitos de ci-mento amianto, elevados a 0,5 m do solo). Com acrise, a partir de 1990, as instalações foram usadasapenas para produção orgânica.