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A Fazenda Pública em Juízo, 15ª edição · 4/12/2015 · Análise, pelo juiz, da prescrição e da decadência em favor da Fazenda Pública Prescrição em ações de indenização

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    Capa: Danilo Oliveira

    Produo digital: Ozone

    Fechamento desta edio: 08.02.2018

    A Editora Forense passou a publicar esta obra a partir da 13. edio.

    CIP Brasil. Catalogao na fonte.Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

    Cunha, Leonardo Carneiro da

    A Fazenda Pblica em juzo / Leonardo Carneiro da Cunha. 15. ed. rev., atual e ampl. Rio de Janeiro: Forense,2018.

    Inclui bibliografiaISBN 978-85-309-7968-3

    1. Direito administrativo - Brasil. 2. Execuo contra a fazenda pblica I. Ttulo.

    18-47608 CDU: 342.9(81)

    mailto:[email protected]://www.grupogen.com.br

  • minha mulher, Tatiana, por tudo.A Pedro e Lusa, frutos do nosso amor.

  • NOTA DO AUTOR 15 EDIO

    O livro chega sua 15 edio com novidades dignas de destaque.O Captulo XII sofreu vrias modificaes em razo da promulgao da Emenda Constitucional

    99, de 2017, que introduz novidades com relao ao precatrio e modifica o regime especial depagamento criado pela Emenda Constitucional 94, de 2016. De igual modo, foi analisada a mudanaoperada pela Lei 13.466, de 12 de julho de 2017, que conferiu prioridade especial s pessoas comidade superior a 80 anos, a fim de verificar se tal prioridade repercute na ordem cronolgica dosprecatrios.

    Ainda no Captulo XII, h novidades na parte concernente execuo fiscal, mais propriamentecom relao legitimidade ativa dos Conselhos profissionais e no tocante sua competnciaterritorial. O entendimento sobre o contedo da defesa do ru no incidente de desconsiderao dapersonalidade jurdica foi revisto, de modo a considerar que a defesa deve se restringir ao objeto docorrespondente incidente. A parte relativa execuo fiscal tambm foi atualizada com oComunicado 31.506 do Banco Central do Brasil, publicado no Dirio Oficial da Unio, de 21 dedezembro de 2017, que prev a incluso no sistema da penhora on-line dos investimentos em rendafixa e em renda varivel.

    O Captulo XII tambm foi atualizado para tratar da Lei 13.606, de 2018, que acrescentou novosdispositivos Lei 10.522, de 2002. Em razo dessas novidades, o Captulo XII passou a contar comdois novos subitens, quais sejam o 12.2.1.1.5 (Notificao para pagamento administrativo, restriode crdito, averbao da CDA nos rgos de registro de bens e direitos e sua indisponibilidade) eo 12.2.1.1.6 (Possibilidade de condicionamento do ajuizamento da execuo verificao deindcios de bens, direitos ou atividade econmica dos devedores ou corresponsveis).

    O Captulo IX, que trata da remessa necessria, passou a contar com novos itens, quais sejam o9.4.10 e o 9.7, versando, respectivamente, sobre a devolutividade da remessa necessriarelativamente s decises interlocutrias no agravveis e sobre a tutela provisria na remessanecessria.

    No captulo sobre reclamao (que o XVII), foi acrescentado novo item para tratar do seucabimento contra deciso do prprio tribunal. Nesse ponto, foi alterado entendimento manifestadonas edies anteriores, segundo o qual no seria possvel reclamao contra decises do prpriotribunal.

    J o Captulo X, que trata do julgamento de casos repetitivos, passou a conter, no item relativo legitimidade para a suscitao do IRDR, explicao sobre a compatibilizao do dever do juiz,previsto no art. 139, X, do CPC, com seu poder de suscitar a instaurao do IRDR.

  • O Captulo XVI, que trata do sistema multiportas e dos negcios processuais com a FazendaPblica, foi aumentado, para desenvolver e detalhar mais alguns de seus itens.

    Todos os captulos foram revisados, com incluso de novas referncias doutrinrias ejurisprudenciais, bem como dos enunciados da I Jornada de Direito Processual Civil, do Conselho daJustia Federal, e, bem ainda, dos novos enunciados do Frum Permanente de Processualistas Civis edo Frum Nacional do Poder Pblico.

    Pela ajuda na atualizao de referncias a resolues do Conselho da Justia Federal sobreprecatrios, agradeo a Maria Gabriela Campos. Agradeo a Gustavo Azevedo pelos debates sobrereclamao e outros pontos especficos de alguns captulos.

    Espero contar com a habitual acolhida do pblico, na expectativa de que os leitores gostemdesta nova edio.

  • 1.11.21.31.41.51.61.71.81.9

    2.12.22.32.4

    3.13.2

    3.2.13.2.23.2.33.2.4

    3.33.4

    3.4.13.4.23.4.3

    SUMRIO

    Introduo

    I A Fazenda PblicaConceito de Fazenda PblicaA capacidade postulatria e a Fazenda Pblica: a Advocacia PblicaUnio e sua presentao judicialEstados e sua presentao judicialMunicpios e sua presentao judicialDistrito Federal e sua presentao judicialAutarquias, fundaes pblicas e sua presentao judicialOs rgos legislativos e sua presentao judicialConvnio para a prtica de ato processual por procurador de outro ente federativo (CPC, art. 75, 4)

    II Prerrogativas Processuais da Fazenda PblicaO princpio da isonomia no processoA Fazenda Pblica e o interesse pblicoA necessidade de se conferirem prerrogativas processuais Fazenda PblicaRegime jurdico uniforme para as carreiras pblicas

    III Dos Prazos e da Intimao Pessoal da Fazenda PblicaPrazos diferenciados e intimao pessoalClassificao dos prazos

    Prazos prprios e imprpriosPrazos legaisPrazos judiciaisPrazos convencionais

    Aplicao do art. 183 do CPCContagem dos prazos

    Cmputo s dos dias teisFeriadosSuspenso dos prazos de 20 de dezembro a 20 de janeiro

  • 3.53.5.13.5.23.5.33.5.43.5.5

    3.5.6

    3.5.73.5.83.5.9

    3.63.73.83.9

    3.9.13.9.2

    4.14.2

    4.2.1

    4.2.24.2.3

    4.34.44.54.64.74.8

    5.1

    Alguns casos em que no se aplica o prazo em dobroGeneralidadesPrazo para contestar a ao popularPrazos nos Juizados Federais e nos Juizados da Fazenda PblicaDepsito do rol de testemunhasO prazo para impugnao ao cumprimento da sentena e para embargos execuo pelaFazenda PblicaOs prazos na ao direta de inconstitucionalidade e na ao declaratria deconstitucionalidadeOs prazos para o Estado estrangeiroOs prazos na suspenso de seguranaPrazo para a Fazenda Pblica responder ao rescisria

    Inviabilidade da cumulao do art. 183 com o art. 229, ambos do CPCAplicao do art. 183 do CPC ao processo do mandado de seguranaPrazo para ajuizamento de ao rescisriaIntimao pessoal

    Intimao feita pelo prprio advogadoNegcio processual sobre forma de intimao

    IV A Prescrio e as Pretenses Formuladas em Face da Fazenda PblicaA prescrio como encobrimento da pretensoA prescrio em favor da Fazenda Pblica

    Aplicao apenas aos entes que integram o conceito de Fazenda Pblica: Smula 39 doSTJPrestaes de trato sucessivo: Smula 85 do STJPrescrio do fundo do direito: casos em que no se aplica a Smula 85 do STJ

    Interrupo da prescrio em favor da Fazenda Pblica: inteligncia da Smula 383 do STFDistino entre prescrio e decadncia: noes geraisAnlise, pelo juiz, da prescrio e da decadncia em favor da Fazenda PblicaPrescrio em aes de indenizao propostas em face da Fazenda PblicaPrescrio em execuo proposta em face da Fazenda PblicaPrescrio em aes propostas em face da Fazenda Pblica em razo da alegao de tortura

    V A Fazenda Pblica como RA citao da Fazenda Pblica

  • 5.25.35.45.55.65.7

    5.7.15.7.2

    5.7.2.15.7.2.2

    5.7.2.35.7.35.7.45.7.5

    6.16.1.16.1.26.1.36.1.4

    6.26.2.16.2.26.2.36.2.46.2.5

    6.2.66.2.7

    A teoria da aparncia e a citao da Fazenda PblicaAs possveis atitudes do ruA revelia e a Fazenda PblicaA contestao apresentada pela Fazenda PblicaDesistncia da ao proposta em face da Fazenda PblicaA improcedncia liminar do pedido e sua aplicao nas demandas propostas em face da FazendaPblica

    GeneralidadesHipteses de improcedncia liminar do pedido

    Requisitos geraisCasos dos incisos do art. 332 do CPC e sua relao com o sistema deprecedentes do CPCImprocedncia liminar por prescrio ou decadncia (CPC, art. 332, 1)

    Pronunciamento que julga liminarmente improcedente o pedidoRecurso contra o pronunciamento que julga liminarmente improcedente o pedidoApelao contra a sentena que julga liminarmente improcedente o pedido

    VI Despesas, Honorrios Sucumbenciais, Depsitos Judiciais, Custas, Multas e a FazendaPblicaPagamento de despesas no processo

    Diferenas entre custas, emolumentos e despesas em sentido estritoNatureza tributria das custas e dos emolumentosAlcance do art. 91 do CPCPagamento de honorrios de perito, de assistente tcnico e de outras despesas emsentido estrito pela Fazenda Pblica

    Honorrios advocatciosDireito do advogadoHonorrios para advogados pblicosOs honorrios e a causalidadeValor dos honorrios e critrios para sua fixaoValor dos honorrios e critrios para sua fixao nas causas em que a Fazenda Pblicafor parteSucumbncia recursalDispensa de honorrios quando no impugnado o cumprimento de sentena contra aFazenda Pblica

  • 6.2.86.2.9

    6.36.46.56.6

    7.17.2

    7.2.17.2.27.2.37.2.47.2.5

    7.2.67.2.77.2.87.2.9

    7.37.4

    8.18.2

    8.3

    9.19.29.39.4

    9.4.19.4.2

    Honorrios na execuo fundada em ttulo extrajudicial contra a Fazenda PblicaHonorrios na execuo fiscal

    O preparo nos recursosO depsito de 5% previsto no art. 968, II, do CPC para ajuizamento de ao rescisriaAs astreintes e outras multas. Sua aplicao contra a Fazenda PblicaAs multas previstas no 4 do art. 1.021 e no 3 do art. 1.026, ambos do CPC

    VII Da Interveno AnmalaPreviso legalA interveno anmala (Lei 9.469/1997, art. 5, pargrafo nico)

    RequisitosPoderes do intervenienteInterposio de recursoModificao da competnciaPossibilidade de o terceiro interveniente ajuizar pedido de suspenso de liminar ou deseguranaSubmisso coisa julgadaLegitimidade do terceiro interveniente para ajuizamento de ao rescisriaProcedimentos em que admissvelCabimento no mandado de segurana?

    Interveno anmala e assistncia: semelhanas e distinesInterveno anmala e amicus curiae: semelhanas e distines

    VIII Da Denunciao da Lide pela Fazenda PblicaA denunciao da lide e suas hipteses de cabimentoOs princpios da eficincia e da durao razovel do processo como balizas para a denunciaoda lidePossibilidade de denunciao da lide pela Fazenda Pblica

    IX Da Remessa NecessriaTerminologiaNoes histricasNatureza jurdicaHipteses de cabimento

    Sentena (rectius, deciso de mrito) proferida contra a Fazenda PblicaRemessa necessria e decises que no resolvem o mrito

  • 9.4.39.4.4

    9.4.59.4.69.4.7

    9.4.89.4.99.4.10

    9.59.69.79.8

    9.8.19.8.2

    9.9

    9.109.11

    10.110.210.310.410.510.610.7

    10.7.110.7.1.110.7.1.210.7.1.3

    Remessa necessria na ao popularRemessa necessria na ao de improbidade administrativa e na ao civil pblica.Aplicao analgica da Lei 4.717/1965Remessa necessria em mandado de seguranaSentena que acolhe embargos execuo fiscalSentena proferida em processo no qual a Fazenda Pblica figura como assistentesimples do ruRemessa necessria e sentena arbitralRequisito negativo de admissibilidade da remessa necessriaRemessa necessria e as decises interlocutrias no agravveis. Aplicao do 1 doart. 1.009 do CPC remessa necessria

    Remessa necessria e a extenso da coisa julgada questo prejudicial incidentalProcedimentoTutela provisria na remessa necessriaHipteses de dispensa da remessa necessria. Valor da condenao ou do direito controvertido

    Hipteses de dispensa da remessa necessria no mandado de seguranaDispensa da remessa por negcio processual?

    A necessidade de determinao da remessa necessria pelo Juiz; meios de impugnao contra adispensa da determinaoAplicao do 3 do art. 1.013 do CPC ao julgamento da remessa necessriaRecurso especial em remessa necessria

    X Julgamento de Casos Repetitivos e a Fazenda PblicaA litigiosidade em massa e as questes de direito repetitivasOs litigantes habituais e os litigantes eventuais. A Fazenda Pblica como um litigante habitualOutros mecanismos para a soluo de casos repetitivosO julgamento de casos repetitivos no CPCMicrossistema de julgamento de casos repetitivos e sua dupla funoMicrossistema de julgamento de casos repetitivos e o processo do trabalhoParte geral que regula o julgamento de casos repetitivos

    Sistema adotado: causa-piloto ou causa-modelo?GeneralidadesA opo brasileiraA desistncia ou abandono do caso-piloto. A hiptese de causa-modelo nodireito brasileiro

  • 10.7.1.410.7.1.5

    10.810.8.110.8.2

    10.8.3

    10.8.4

    10.8.5

    10.8.610.8.7

    10.8.8

    10.910.9.110.9.210.9.310.9.410.9.510.9.610.9.710.9.8

    10.1010.10.110.10.210.10.3

    10.10.3.110.10.3.2

    Concluso parcialA recorribilidade e o julgamento da causa-modelo

    Regras que compem o ncleo do microssistema de gesto e julgamento de casos repetitivosGeneralidadesReconhecimento da conexo por afinidade, com suspenso dos processos em que aquesto a ser decidida se repeteExerccio do direito distino e revogao da suspenso indevida (art. 1.037, 8 a13)Estmulo desistncia do processo, antes de proferida a sentena (art. 1.040, , doCPC)Comunicao ao rgo, ente ou agncia reguladora, no caso de questo relacionada prestao de servio objeto de concesso, permisso ou autorizao (arts. 985, 2,e 1.040, IV, do CPC)Regramento do abandono (art. 976, 1, do CPC)Regramento da competncia para a concesso da tutela de urgncia (arts. 982, 2, e1.029, 5, III, do CPC)Incorporao da deciso ao julgamento dos processos pendentes, sobrestados ou no(arts. 985, I, e 1.040, I e III, do CPC)

    Microssistema de formao concentrada de precedentes obrigatrios (art. 927 do CPC)GeneralidadesDivulgao e publicidadeParticipao ampliada: interessados e amicus curiaeInterveno do Ministrio PblicoCalendrio processual (art. 191 do CPC)Possibilidade de interposio de recurso pelo amicus curiaeEficcia da deciso para processos futurosProcedimento para reviso da tese jurdica (superao do precedente obrigatrioformado de modo concentrado)

    Outras regras comuns s espcies de julgamento de casos repetitivosSeleo do caso representativoIdentificao da questo a ser submetida a julgamento. O respeito congrunciaDeciso

    Fundamentao. A relao com o art. 489, 1, do CPCElementos do acrdo do incidente de julgamento de casos repetitivos.Sumrio dos argumentos examinados e ncleos decisrios

  • 10.10.410.10.510.10.6

    10.10.710.10.8

    10.10.9

    10.1110.11.1

    10.1210.1310.14

    10.15

    10.16

    10.17

    10.1810.1910.2010.21

    10.21.110.21.210.21.310.21.410.21.5

    10.2210.2310.2410.25

    Eficcia da deciso em relao a decises j transitadas em julgadoPreveno do relator que primeiro tiver afetado (art. 1.037, 3, do CPC)Instaurao de mais de um procedimento para fixao de casos repetitivos.Litispendncia e conexo entre os incidentesPrazo para julgamento um ano (arts. 980 e 1.037, 4, do CPC)Prioridade de julgamento (arts. 980 e 1.037, 4, do CPC) e excluso da ordemcronolgica de julgamento (art. 12, 2, III, do CPC)Aplicao do regime de julgamento e gesto de casos repetitivos a qualquer processo,recurso ou incidente

    O incidente de resoluo de demandas repetitivasNatureza jurdica

    Requisitos de admissibilidadeSustentao oral no juzo de admissibilidade do IRDRCompetncia para admitir o IRDR. Irrecorribilidade da deciso que no admite o IRDR epossibilidade de repropositura do IRDR no admitidoConfronto entre o incidente de resoluo de demandas repetitivas e o incidente de assuno decompetnciaFungibilidade entre incidente de resoluo de demandas repetitivas e incidente de assuno decompetnciaCompetncia para o julgamento do IRDR. O IRDR, as causas de competncia originria e osrecusos ordinrios no Tribunal SuperiorLegitimidade para instaurao do IRDRCasos em que cabe o IRDR e momento de sua instauraoCustas (art. 976, 5, do CPC)Suspenso dos processos

    GeneralidadesExtenso da suspensoSuspenso nacional dos processosIncio, durao e trmino do perodo de suspensoTutela provisria no incidente: interpretao provisria, em vez de suspenso dosprocessos

    Procedimento e julgamento do IRDRA deciso de organizao do iRDR e as suas funesRecursos no IRDRAo rescisria

  • 10.2610.2710.28

    10.2910.3010.3110.32

    11.111.211.311.4

    11.4.111.4.2

    11.4.2.111.4.2.211.4.2.311.4.2.4

    11.4.2.4.111.4.2.4.211.4.2.4.3

    11.4.311.4.3.111.4.3.211.4.3.3

    11.4.411.4.4.111.4.4.2

    11.4.4.2.1

    11.4.4.2.2

    IRDR e Juizados EspeciaisRecursos especiais ou extraordinrios repetitivosTcnica de gesto dos recursos repetitivos pelo Presidente ou Vice-Presidente do tribunal deorigemLegitimidade para provocar a instaurao do incidenteQuesto de direito que pode ser objeto do incidentePoderes do relatorRetratao do rgo recorrido em razo do julgamento do recurso extraordinrio ou especialrepetitivo

    XI Da Tutela Provisria contra a Fazenda PblicaTutela jurisdicional de urgncia no CPC/1973A distino entre tutela cautelar e tutela antecipadaDa ao cautelar fiscal: noes geraisA tutela provisria no CPC

    Problema terminolgicoTutela de urgncia

    Observao introdutriaTutela de urgncia cautelar e satisfativaTutela de urgncia antecedente e incidentalTutela de urgncia contra a Fazenda Pblica

    CabimentoHipteses vedadas em leiA opinio doutrinria sobre as vedaes legais a tutela deurgncia contra a Fazenda Pblica

    Tutela de urgncia cautelarGeneralidadesTutela de urgncia cautelar antecedenteTutela de urgncia cautelar incidental

    Tutela de urgncia satisfativaGeneralidadesTutela de urgncia satisfativa antecedente

    Hiptese de urgncia contempornea ao ajuizamento dademandaEstabilizao da tutela de urgncia

  • 11.4.4.2.2.111.4.4.2.2.211.4.4.2.2.311.4.4.2.2.411.4.4.2.2.511.4.4.2.2.6

    11.4.511.4.5.111.4.5.211.4.5.3

    11.511.6

    12.112.1.1

    12.1.1.112.1.1.1.1

    12.1.1.1.1.112.1.1.1.1.2

    12.1.1.1.1.312.1.1.1.1.4

    12.1.1.1.1.5

    12.1.1.1.1.6

    12.1.1.1.1.7

    12.1.1.1.1.8

    Observao introdutriaRequisitosCustas e honorrios no caso de estabilizaoEstabilizao versus coisa julgadaDescabimento de ao rescisriaEstabilizao da tutela de urgncia contra aFazenda Pblica

    Tutela de evidnciaTutela de evidncia e tutela provisria de evidnciaHipteses de tutela de evidnciaTutela de evidncia contra a Fazenda Pblica

    Meios de impugnao contra a deciso que concede tutela provisria contra a Fazenda PblicaConsequncias da revogao da tutela provisria: restituio ao estado anterior

    XII A Fazenda Pblica e a ExecuoExecuo em face da Fazenda Pblica

    Cumprimento de sentena em face da Fazenda PblicaA defesa da Fazenda Pblica no cumprimento de sentena: a impugnao

    Contedo da impugnao apresentada pela Fazenda PblicaObservao inicialFalta ou nulidade da citao, se o processocorreu reveliaIlegitimidade de parteInexequibilidade do ttulo ou inexigibilidade daobrigaoDeciso fundada em lei ou ato normativoconsiderado inconstitucional pelo SupremoTribunal Federal (CPC, art. 535, 5)Excesso de execuo ou cumulao indevida deexecuesQualquer causa impeditiva, modificativa ouextintiva da obrigao, como pagamento,novao, compensao, transao ouprescrio, desde que superveniente sentenaIncompetncia do juzo da execuo, bem como

  • 12.1.212.1.2.1

    12.1.312.1.412.1.512.1.612.1.712.1.812.1.9

    12.1.1012.1.11

    12.1.1212.1.1312.1.1412.1.15

    12.1.16

    12.1.17

    12.1.1812.1.19

    12.212.2.1

    12.2.1.112.2.1.1.1

    12.2.1.1.212.2.1.1.3

    suspeio ou impedimento do juizExecuo fundada em ttulo extrajudicial em face da Fazenda Pblica

    A defesa da Fazenda Pblica na execuo fundada em ttulo extrajudicial: osembargos execuo

    Os crditos de natureza alimentciaNatureza jurdica da atividade do presidente do tribunal no precatrioAtualizao monetria e juros no pagamento do precatrioSequestro: natureza e objetoInterveno federal e estadualCasos de dispensa de precatrioOs precatrios e a prioridade de tramitao de processos para idosos, para portadoresde doena grave e para pessoas com deficinciaCumprimento provisrio de sentena contra a Fazenda PblicaAbatimento, a ttulo de compensao, no valor do precatrio de dbitos para com acorrespondente Fazenda Pblica. A inconstitucionalidade reconhecida pelo SupremoTribunal FederalUtilizao de crdito de precatrio para compra de imveis pblicosParcelamento e financiamento de precatriosCesso de crdito inscrito em precatrioRegime especial para pagamento de crdito de precatrio de Estados, DistritoFederal e Municpios criado pela EC 62/2009Regime especial para pagamento de crdito de precatrio de Estados, DistritoFederal e Municpios criado pela EC 94/2016Regime especial para pagamento de crdito de precatrio de Estados, do DistritoFederal e de Municpios criado pela EC 99/2017Execuo de obrigao de fazer, no fazer e entregar coisa contra a Fazenda PblicaPetio apresentada pela Fazenda Pblica para a reviso do valor do precatrio: art.1-E da Lei 9.494/1997

    Execuo proposta pela Fazenda PblicaExecuo fiscal

    A dvida ativa da Fazenda Pblica e a certido de dvida ativaProcedimento para inscrio na dvida ativa e suspenso daprescrioDispensa da execuo fiscal em casos de pequenos valoresSubstituio ou emenda da certido de dvida ativa

  • 12.2.1.1.412.2.1.1.5

    12.2.1.1.6

    12.2.1.212.2.1.2.112.2.1.2.212.2.1.2.312.2.1.2.4

    12.2.1.312.2.1.3.112.2.1.3.212.2.1.3.312.2.1.3.412.2.1.3.512.2.1.3.612.2.1.3.712.2.1.3.812.2.1.3.9

    12.2.1.412.2.1.4.112.2.1.4.2

    12.2.1.4.2.112.2.1.4.2.212.2.1.4.2.3

    12.2.1.4.312.2.1.4.4

    12.2.1.4.4.112.2.1.4.4.2

    Protesto de certido de dvida ativaNotificao para pagamento administrativo, restrio decrdito, averbao da CDA nos rgos de registro de bens edireitos e sua indisponibilidadePossibilidade de condicionamento do ajuizamento da execuo verificao de indcios de bens, direitos ou atividadeeconmica dos devedores ou corresponsveis

    As legitimidades ativa e passiva na execuo fiscalLegitimidade ativaLegitimidade passivaResponsabilidade do scio-gerente ou diretorIncidente de desconsiderao da personalidade jurdica.Cabimento na execuo fiscal

    CompetnciaCompetncia da primeira instnciaCompetncia do STFCompetncia da Justia EstadualCompetncia da Justia FederalCompetncia federal delegadaCompetncia da Justia EleitoralCompetncia da Justia do TrabalhoCompetncia territorialCompetncia para execuo fiscal e supervenincia de falnciaou de recuperao judicial

    ProcedimentoFase inicialCitao do executado

    Meios e efeitosCitao por edital na execuo fiscalNomeao de curador especial

    Nomeao de bens penhoraPenhora

    GeneralidadesBloqueio de ativos financeiros e penhora dedinheiro na execuo fiscal

  • 12.2.1.4.4.2.112.2.1.4.4.2.2

    12.2.1.4.4.2.3

    12.2.1.4.4.3

    12.2.1.4.4.412.2.1.4.4.5

    12.2.1.4.4.612.2.1.4.4.7

    12.2.1.4.4.812.2.1.4.4.9

    12.2.1.4.4.1012.2.1.4.4.11

    12.2.1.4.5

    12.2.1.4.612.2.1.4.712.2.1.4.8

    12.2.1.512.2.1.5.1

    12.2.1.5.1.112.2.1.5.1.2

    12.2.1.5.1.3

    12.2.1.5.1.4

    GeneralidadesBloqueio de ativos.Procedimento (CPC, art.854)Impugnao do executado aobloqueio de ativos (CPC,art. 854, 3)

    Prioridade da penhora de dinheiro na execuofiscalPenhora de fiana e de debnturesPenhora de direitos e aes. A penhora deprecatriosReforo de penhora na execuo fiscalSubstituio do bem penhorado na execuofiscalPenhora de imvel na execuo fiscalPenhora de percentual sobre faturamento daempresaIntimao da penhora na execuo fiscalConcurso de penhoras

    Suspenso do processo pela falta de bens penhorveis ereconhecimento da prescrio pelo juizA indisponibilidade de bens prevista no art. 185-A do CTNPedido de parcelamento (CPC, art. 916)Intimaes e desnecessidade de interveno do MinistrioPblico

    A defesa do executadoEmbargos execuo

    Prazo e sua contagemAusncia de efeito suspensivo automtico. Suaconcesso pelo juiz. Hiptese de efeitosuspensivo automticoGarantia do juzo para admisso dos embargos.Entendimento do STJObjeto dos embargos

  • 12.2.1.5.1.5

    12.2.1.5.1.612.2.1.5.1.712.2.1.5.1.8

    12.2.1.5.212.2.1.5.312.2.1.5.4

    12.2.1.6

    12.2.1.712.2.1.7.112.2.1.7.212.2.1.7.312.2.1.7.4

    12.2.1.812.2.1.9

    12.2.212.2.312.2.4

    13.113.213.313.4

    14.114.1.114.1.2

    14.1.2.114.1.2.2

    Improcedncia liminar dos embargos execuo fiscalProcedimento dos embargosEmbargos na execuo fiscal por cartaResumo final sobre os embargos execuofiscal

    Exceo de pr-executividadeAes autnomas (defesas heterotpicas)Meios destinados a postular a invalidao da arrematao naexecuo fiscal

    Prosseguimento da execuo fiscal quando interposta apelao contrasentena que rejeitar os embargos do executadoDa expropriao na execuo fiscal

    GeneralidadesAdjudicaoAlienaoApropriao de frutos e rendimentos de empresa ou deestabelecimentos e de outros bens

    Da sentena e da coisa julgada na execuo fiscalDos recursos na execuo fiscal

    Execuo de multas e condenaes impostas pelo Tribunal de ContasExecuo de multa penalExecuo de multas e condenaes impostas pelo CADE

    XIII A Fazenda Pblica e a ao monitriaMicrossistema de tutela de direitos pela tcnica monitria no CPCAo monitria: noes geraisAo monitria contra a Fazenda PblicaAo monitria ajuizada pela Fazenda Pblica

    XIV Mandado de SeguranaTratamento constitucional do mandado de segurana

    Breve histrico legislativoDireito lquido e certo

    GeneralidadesAdmisso dos fatos como meio de verificao do direito lquido e certo

  • 14.1.2.314.1.2.414.1.2.5

    14.1.3

    14.1.3.114.1.3.214.1.3.314.1.3.414.1.3.514.1.3.6

    14.1.3.7

    14.1.3.8

    14.214.2.114.2.2

    14.314.3.114.3.2

    14.414.4.114.4.214.4.314.4.4

    14.4.514.4.6

    14.514.6

    Direito lquido e certo e complexidade da matria de direito invocadaExigncia da prova documental e inviabilidade da prova documentadaAusncia de direito lquido e certo: consequncia

    Ato ilegal ou abusivo de autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exercciode atribuies pblicas

    Definio legal de autoridadeInviabilidade de mandado de segurana contra lei em teseMandado de segurana contra omisso da autoridade pblicaMandado de segurana contra ato legislativoMandado de segurana contra ato judicialMandado de segurana contra ato de partido poltico, de entidadeautrquica, de pessoa natural e de entidade particular que exeraatividade pblica por delegaoMandado de segurana contra ato colegiado, contra ato complexo e contraato praticado em procedimento administrativo (licitao ou comisso deinqurito)Mandado de segurana contra ato de empresa pblica ou sociedade deeconomia mista

    Natureza jurdica do mandado de seguranaMandado de segurana como um remdio jurdico processualDesistncia do mandado de segurana

    Espcies de mandado de seguranaMandado de segurana preventivo e mandado de segurana repressivoMandado de segurana individual e mandado de segurana coletivo

    Partes no mandado de seguranaLegitimidade ativaFalecimento do impetrante: sucesso mortis causa ou extino do processo?Legitimidade passivaLitisconsrcio no mandado de segurana. Enfoque especial problemtica da falta decitao do litisconsorte passivo necessrioLitisconsrcio entre a autoridade impetrada e a pessoa jurdica da qual ela faz parteIndicao errnea da autoridade impetrada: correo do vcio. Aplicao dos arts. 338e 339 do CPC ao mandado de segurana

    O Ministrio Pblico no mandado de seguranaInterveno de terceiros no mandado de segurana

  • 14.714.7.114.7.214.7.314.7.4

    14.814.8.114.8.214.8.3

    14.8.3.1

    14.8.3.214.8.3.314.8.3.414.8.3.5

    14.914.10

    14.10.114.10.214.10.314.10.414.10.514.10.6

    14.10.714.11

    14.11.114.11.214.11.3

    14.1214.12.114.12.214.12.3

    14.13

    Competncia para processar e julgar o mandado de seguranaCritrios definidores da competncia no mandado de seguranaCompetncia da Justia Eleitoral para processar e julgar o mandado de seguranaCompetncia da Justia do Trabalho para processar e julgar o mandado de seguranaNota conclusiva sobre a competncia para processar e julgar o mandado de segurana

    Casos em que no se admite o mandado de seguranaGeneralidadesA revogao do inciso III do art. 5 da Lei 1.533/1951Casos em que no se admite o mandado de segurana

    Contra ato de que caiba recurso administrativo com efeito suspensivoindependentemente de cauoContra ato judicial passvel de recurso com efeito suspensivoContra ato judicial transitado em julgadoLitisconsrcio necessrio no mandado de segurana contra ato judicialDesnecessidade de notificao da pessoa jurdica no mandado de seguranacontra ato judicial

    Prazo para impetraoProcedimento

    Petio inicial e seus requisitosIndeferimento da petio inicialImprocedncia liminar do pedidoNotificao da autoridade e intimao da Advocacia PblicaIngresso posterior de litisconsorte ativoMomento para apresentao das informaes. Consequncias de sua ausncia. Demaisatos processuaisPrioridade de tramitao e preferncia no julgamento

    Tutela provisriaPreviso na Lei 12.016/2009Estabilizao da tutela de urgnciaTutela de evidncia no mandado de segurana

    Sentena, sua execuo e cumprimentoGeneralidadesHonorrios e honorrios recursaisIntimao da sentena

    Remessa necessria

  • 14.1414.14.114.14.214.14.3

    14.1514.15.114.15.2

    14.15.314.15.4

    15.115.215.315.415.5

    15.615.715.815.915.1015.11

    16.116.2

    16.2.116.2.216.2.316.2.4

    16.316.3.1

    RecursosGeneralidadesAmpliao do colegiado em caso de divergnciaLegitimidade para recorrer no processo de mandado de segurana e o recurso daautoridade coatora

    Coisa julgadaGeneralidadesInteresse recursal para combater o fundamento da deciso (coisa julgada secundumeventum probationis)Coisa julgada sobre questo prejudicial decidida incidentementeCoisa julgada no mandado de segurana coletivo

    XV Pedido de Suspenso de SeguranaPreviso legalNatureza jurdica do pedido de suspensoLegitimidade para o ajuizamento do pedido de suspensoCompetncia para o pedido de suspensoConcomitncia do pedido de suspenso com o agravo de instrumento e eventual conflito entre asdecises neles proferidasProcedimento do pedido de suspensoDurao da suspenso concedidaDo agravo interno contra a deciso do pedido de suspensoDa renovao do pedido de suspenso para o Tribunal SuperiorDa suspenso para vrias decises similares e do pedido de aditamentoDo pedido de suspenso em Juizados Especiais Federais e em Juizados Especiais da FazendaPblica

    XVI O Sistema Multiportas de Justia, os Negcios Jurdicos Processuais e a Fazenda PblicaApresentaoA arbitragem no Brasil

    A legislao brasileiraArbitrabilidade objetiva e subjetivaPoder do rbitro para conceder medidas cautelares e de urgnciaA arbitragem e a Administrao Pblica

    A mediao e a conciliao no BrasilObservao introdutria

  • 16.3.2

    16.3.316.3.416.3.5

    16.416.4.116.4.216.4.3

    17.117.2

    17.2.117.2.217.2.317.2.4

    17.317.3.117.3.217.3.3

    17.3.3.117.3.3.217.3.3.3

    17.3.417.3.5

    17.417.5

    17.5.117.5.217.5.3

    17.5.3.117.5.3.2

    17.5.3.3

    A Resoluo 125/2010 do Conselho Nacional da Justia CNJ e a poltica pblicade mediao e conciliaoOs ADRs no CPCA mediao e a conciliaoA mediao e a Fazenda Pblica. O Cdigo de Processo Civil e a Lei 13.140/2015

    Os negcios jurdicos processuaisGeneralidadesNegcios processuais tpicos e atpicosNegcios processuais e Fazenda Pblica

    XVII ReclamaoBreve histrico da reclamao e sua evoluo no BrasilFundamentos da reclamao

    Aspectos constitucionaisA teoria dos poderes implcitos e a teoria da reserva legalA previso da reclamao em outras leisO papel dos regimentos internos dos tribunais

    Natureza jurdicaGeneralidadesEntendimento do STF a respeito da natureza jurdica da reclamaoConsequncias da definio da natureza jurdica da reclamao

    Requisitos da petio inicial e capacidade postulatriaDeciso apta a formar coisa julgadaCustas e honorrios advocatcios na reclamao

    Cabimento da reclamao em todos os tribunaisCabimento da reclamao contra deciso do prprio tribunal

    Reclamao e deciso transitada em julgadoHipteses de cabimento da reclamao (demanda tpica, de fundamentao vinculada)

    GeneralidadesReclamao para preservao de competncia do tribunalReclamao para garantir a autoridade da deciso do tribunal

    GeneralidadesReclamao contra ato que desrespeitou enunciado de smula vinculante doSTFReclamao para garantir a observncia de deciso do Supremo Tribunal

  • 17.5.3.3.117.5.3.3.2

    17.5.3.4

    17.5.3.5

    17.5.417.5.5

    17.617.6.1

    17.6.1.117.6.2

    17.6.2.117.7

    17.7.117.7.217.7.317.7.417.7.5

    17.7.617.7.717.7.817.7.917.7.10

    17.817.9

    18.1

    Federal proferida em controle concentrado de constitucionalidadeGeneralidadesReclamao 4.374/PE do STF. A possibilidade de reclamaopara revisar deciso proferida em ao declaratria deconstitucionalidade

    Reclamao para garantir a observncia de precedente proferido emjulgamento de casos repetitivos ou em incidente de assuno decompetnciaReclamao contra decises em Juizados Especiais Cveis. Revogao daResoluo 12/2009 do STJ

    A reclamao como instrumento para realizao da distinoA reclamao como instrumento para interpretao da deciso do tribunal

    Legitimidade para a reclamaoLegitimidade ativa

    GeneralidadesCapacidade processual do Ministrio Pblico Estadual para ajuizar reclamaoperante Tribunal Superior

    Legitimidade passiva e interveno do interessadoProcedimento da reclamao

    Previso legalProcesso documental (prova pr-constituda)Requisitos da petio inicialPreveno do relatorIndeferimento da petio inicial ou julgamento de improcedncia liminar do pedidopelo relatorTutela provisria na reclamaoReclamao repetitivaPrazo para ajuizamento da reclamaoRelao entre recurso e reclamao (CPC, art. 988, 6)Interveno do Ministrio Pblico na reclamao

    Deciso que julga a reclamaoRecursos na reclamao

    XVIII DesapropriaoTratamento constitucional da desapropriao

  • 18.218.318.418.518.618.718.818.918.1018.1118.1218.1318.1418.1518.1618.1718.1818.1918.20

    19.119.2

    19.2.119.2.1.119.2.1.219.2.1.319.2.1.4

    19.2.1.519.2.1.6

    19.319.3.1

    19.3.1.119.3.1.2

    Normas que regulam o procedimento judicial da desapropriaoCaducidade da declarao expropriatriaJurisdio para o processamento e julgamento da desapropriaoCompetncia para processar e julgar a desapropriaoCognio judicial na desapropriaoLegitimidade ativa e passivaResposta do ru na desapropriaoRevelia na desapropriaoInadmissibilidade de oposio na desapropriaoImisso provisria na posseImisso provisria na posse de imveis residenciais urbanosDesistncia da desapropriaoCorreo monetria, juros moratrios e juros compensatrios na desapropriaoCustas e honorrios na desapropriaoRemessa necessria e recursos na desapropriaoCoisa julgada na desapropriaoDesapropriao para fins de reforma agrriaExpropriao das glebas nas quais se localizem culturas ilegais de plantas psicotrpicasDesapropriao indireta

    XIX A Fazenda Pblica nos Juizados Especiais CveisA previso constitucional dos Juizados Especiais CveisJuizados Especiais Cveis Estaduais e Federais

    Aplicao do Cdigo de Processo CivilO processo cooperativo nos Juizados EspeciaisMediao e conciliao nos Juizados EspeciaisNegcios jurdicos processuais nos Juizados EspeciaisO incidente de desconsiderao da personalidade jurdica (CPC, arts. 133 a137) e sua aplicao nos Juizados EspeciaisNormas sobre prazos e sua aplicao nos Juizados EspeciaisImprocedncia liminar do pedido nos Juizados Especiais

    Juizados Especiais Cveis FederaisCompetncia dos Juizados Especiais Cveis Federais

    Competncia absolutaJuizados Especiais Federais para causas previdencirias

  • 19.3.1.319.3.1.419.3.1.519.3.1.619.3.1.7

    19.3.1.8

    19.3.219.3.2.119.3.2.2

    19.3.319.3.4

    19.3.4.1

    19.3.519.3.5.119.3.5.219.3.5.319.3.5.419.3.5.519.3.5.619.3.5.719.3.5.819.3.5.919.3.5.1019.3.5.1119.3.5.1219.3.5.13

    19.3.619.4

    19.4.119.4.1.119.4.1.219.4.1.3

    Competncia territorial dos Juizados Especiais Cveis FederaisReconhecimento da incompetncia do Juizado FederalCompetncia federal delegada a juzo estadualCriao superveniente de Juizado Especial Cvel FederalConflito de competncia entre juiz federal de vara comum e juiz federal dejuizadoCompetncia para cumprir carta precatria quando existente, na comarca,um Juizado Especial Cvel Federal

    Partes nos Juizados Especiais Cveis FederaisDispensa de advogadoInexistncia de prazos diferenciados para a Fazenda Pblica

    Provas nos Juizados Especiais FederaisTutela provisria nos Juizados Especiais Federais

    Estabilizao da tutela de urgncia nos Juizados Especiais Federais:inaplicabilidade

    Sistema recursal dos Juizados Especiais FederaisDa indispensvel presena do advogadoRemessa necessriaRecurso contra a sentenaEmbargos de declaraoRecurso contra deciso que concede ou nega tutela provisriaPedido de uniformizao da interpretao da lei federalAmpliao do colegiado em caso de divergnciaRecurso especialRecurso extraordinrioMandado de segurana contra ato judicialAo rescisriaRecurso adesivoDo pedido de suspenso

    Execuo nos Juizados Especiais FederaisJuizados Especiais Estaduais da Fazenda Pblica

    Competncia dos Juizados Especiais Estaduais da Fazenda PblicaCompetncia em caso de litisconsrcio ativoCompetncia absolutaCompetncia territorial dos Juizados Estaduais da Fazenda Pblica

  • 19.4.1.419.4.1.5

    19.4.1.6

    19.4.219.4.2.119.4.2.2

    19.4.319.4.419.4.519.4.619.4.719.4.8

    Reconhecimento da incompetncia do Juizado Estadual da Fazenda PblicaCriao superveniente de Juizado Estadual da Fazenda Pblica epossibilidade de limitao inicial da sua competnciaConflito de competncia entre juiz estadual de vara comum e juiz estadual dejuizado

    Partes nos Juizados Estaduais da Fazenda PblicaDispensa de advogadoInexistncia de prazos diferenciados para a Fazenda Pblica

    Provas nos Juizados Especiais Estaduais da Fazenda PblicaTutela provisria nos Juizados Estaduais da Fazenda PblicaSistema recursal dos Juizados Estaduais da Fazenda PblicaPedido de uniformizao da interpretao de leiExecuo nos Juizados Estaduais da Fazenda PblicaDo pedido de suspenso

    Referncias

  • INTRODUO

    O Cdigo de Processo Civil disciplina as demandas individuais que envol-vem particulares etrata, igualmente, do julgamento de casos repetitivos. Muitos dos seus dispositivos relacionam-secom as pessoas jurdicas de direito pblico, a comear pelo conjunto de regras que disciplinam suasprerrogativas e a atuao da Advocacia Pblica.

    De um tempo para c, a doutrina passou a dedicar-se mais ao estudo das prerrogativas daFazenda Pblica em juzo e s normas que regem o processo judicial de que ela parte. Ao ladodisso, avolumam-se os casos de arbitragem que contam com a participao da Fazenda Pblica.

    O Direito Processual, como j se consagrou cientificamente, deve adequar-se s peculiaridadesde dado direito material. Da falar em tutelas diferenciadas, devendo haver um processo apto agarantir aquele direito especfico, mediante regras processuais que lhe sejam apropriadas.

    No caso da Fazenda Pblica, elementar sua submisso aos princpios e regras de direitopblico, sendo certo que, no direito pblico, vigoram o princpio da legalidade, a presuno delegitimidade dos atos administrativos, a autoexecutoriedade dos atos administrativos e a supremaciado interesse pblico sobre o privado.

    Tais princpios e regras aplicam-se s relaes jurdicas de direito material que envolvem aFazenda Pblica, no guardando pertinncia com as relaes das quais participem particulares.Logo, o processo que envolve a Fazenda Pblica deve adequar-se a tais princpios e regras,devendo-se conferir-lhe um tratamento diferenciado, ou, como se diz, uma tutela diferenciada. porisso que existem procedimentos especficos para demandas que envolvam a Fazenda Pblica, taiscomo o mandado de segurana, a ao de desapropriao, a ao popular, a ao civil pblica, entreoutras.

    Nesse mesmo sentido, a arbitragem, que tem a Fazenda Pblica como parte, tambm deveajustar-se a esses princpios e regras, como, alis, j vm reconhecendo a doutrina e as mais recentesmudanas legislativas.

    A sistematizao e o incremento das normas relativas Fazenda Pblica em juzo vmressaltando a ateno de alguns estudiosos que consideram, inclusive, j haver um regime prpriorelativo ao tema, denominando-o Direito Processual Pblico.

    O objetivo do presente trabalho tratar dessas normas, que esto disciplinadas no Cdigo deProcesso Civil e em leis esparsas, sistematizando-as e examinando-as num enfoque do tipo manual,permitindo ao estudante, ao advogado, ao professor, ao juiz, ao promotor de justia, enfim, aooperador do Direito, colher, num nico livro, a meno e os esclarecimentos a respeito de taismatrias.

  • O livro inicia com o conceito de Fazenda Pblica e sua presentao em ju-zo, analisando acapacidade postulatria e os detalhes da representao processual da Unio, dos Estados, do DistritoFederal, dos Municpios, das autarquias e das fundaes pblicas, bem como das AssembleiasLegislativas.

    Em seguida, so examinadas as prerrogativas processuais da Fazenda Pblica e a necessidadede mant-las, aps rpido enfoque sobre o princpio da isonomia e, igualmente, sobre o interessepblico. A partir da, analisam-se, uma a uma, as regras processuais pertinentes Fazenda Pblica,iniciando-se pelos prazos que lhe so conferidos no processo para, ento, examinar a questo daprescrio das pretenses formuladas em face da Fazenda Pblica e, posteriormente, a situao daFazenda Pblica como r.

    Destaca-se o captulo relativo s regras de despesas, honorrios sucumbenciais, depsitosjudiciais, custas e multas aplicveis Fazenda Pblica em juzo, com anlise do tratamento que lhe especificamente dispensado. Depois, examina-se a interveno anmala prevista no art. 5, pargrafonico, da Lei n 9.469, de 10 de julho de 1997, da seguindo-se a explanao dos argumentosrelativos ao cabimento da denunciao da lide pela Fazenda Pblica para, em seguida, tratar daremessa necessria.

    Pem-se igualmente em relevo os captulos seguintes, que tratam do julga-mento de casosrepetitivos, bem como das tutelas provisrias concedidas contra a Fazenda Pblica e das regras queas restringem. Aps, so examinadas as normas relativas s execues propostas pela FazendaPblica e, sobretudo, as que dizem respeito s execues promovidas em face dela. Quanto sexecues propostas pela Fazenda Pblica, analisa-se a execuo fiscal, bem como um exame brevesobre a execuo de multas e condenaes impostas pelo Tribunal de Contas e, bem assim, sobre aexecuo de multa penal.

    Segue-se tratando da ao monitria e de seu cabimento contra e pela Fa-zenda Pblica, da seseguindo um captulo que versa sobre o mandado de segu-rana e, ainda, outro sobre as regras dopedido de suspenso de segurana.

    H, tambm, um captulo que traz uma anlise sobre o sistema multiportas de soluo dedisputas, com breve explicao a respeito da arbitragem, da mediao e da conciliao, com oregistro relativo aos negcios jurdicos processuais e a possibilidade de a Fazenda Pblica celebr-los.

    Destaca-se um captulo que trata da reclamao, ao proposta nos tribunais com a finalidadede garantir a autoridade de seus julgados e seus precedentes ou de preservar suas competncias. Porser um instrumento processual bastante utilizado pela Fazenda Pblica em juzo, conveniente suaanlise nessa sede, sobretudo em razo da smula vinculante e dos precedentes obrigatriosdisciplinados no Cdigo de Processo Civil.

    O captulo seguinte versa a respeito da desapropriao, examinando seus principais aspectos

  • processuais.Finalmente, no ltimo captulo, analisam-se as principais regras relativas aos Juizados

    Especiais Cveis Federais, que tm como rs a Unio, as autarquias, as fundaes e as empresaspblicas federais, bem como as que dizem respeito aos Juizados Estaduais da Fazenda Pblica, nosquais podem figurar como rus os Estados, o Distrito Federal, os Territrios, os Municpios e suasautarquias, fundaes e empresas pblicas.

    Vindo a pblico o presente trabalho, espera-se que ele possa servir para instigar os debates emtorno das regras que envolvem a Fazenda Pblica em juzo, a fim de que se possa aperfeio-lasainda mais, servindo, alm disso, como ferramenta para o profissional que lida com aes queenvolvem a Fazenda Pblica e, igualmente, para o estudante que no encontra, com facilidade, todasessas regras reunidas num s livro.

  • 1.1

    I

    A FAZENDA PBLICA

    CONCEITO DE FAZENDA PBLICAA expresso Fazenda Pblica identifica-se tradicionalmente como a rea da Administrao

    Pblica que trata da gesto das finanas, bem como da fixao e implementao de polticaseconmicas. Em outras palavras, Fazenda Pblica expresso que se relaciona com as finanasestatais, estando imbricada com o termo Errio, representando o aspecto financeiro do ente pblico.No por acaso a utilizao, com frequncia, da terminologia Ministrio da Fazenda ou Secretariada Fazenda para designar, respectivamente, o rgo despersonalizado da Unio ou do Estadoresponsvel pela poltica econmica desenvolvida pelo Governo.

    O uso frequente do termo Fazenda Pblica fez com que se passasse a adot-lo num sentido maislato, traduzindo a atuao do Estado em juzo; em Direito Processual, quando se alude FazendaPblica em juzo, a expresso apresenta-se como sinnimo do Poder Pblico em juzo, ou do Estadoem juzo, ou do ente pblico em juzo, ou, ainda, da pessoa jurdica de direito pblico em juzo.1

    Na verdade, a palavra Fazenda Pblica representa a personificao do Estado,2 abrangendo aspessoas jurdicas de direito pblico. No processo em que haja a presena de uma pessoa jurdica dedireito pblico, esta pode ser designada, genericamente, de Fazenda Pblica.

    A expresso Fazenda Pblica utilizada para designar as pessoas jurdicas de direito pblicoque figurem em aes judiciais, mesmo que a demanda no verse sobre matria estritamente fiscal oufinanceira.

    Quando a legislao processual utiliza-se do termo Fazenda Pblica est a referir-se Unio,aos Estados, aos Municpios, ao Distrito Federal e s suas respectivas autarquias e fundaes. Emvrios dispositivos, o Cdigo de Processo Civil alude expresso Fazenda Pblica para referir-sequeles entes pblicos (arts. 85, 3, 5 e 7, 91, 95, 4, 100, pargrafo nico, 152, IV, b, 178,pargrafo nico, 534, 535, 616, VIII, 626, 629, 633, 634, 638, 654, 700, 6, 701, 4, 722, 740, 6, 742, 1, 745, 4, 910, 1.021, 5, 1.026, 3, e 1.059). H casos, porm, em que o Cdigoprefere discriminar as modalidades fazendrias (arts. 45, 51, 75, 77, 3, 95, 3, II, 96, 97, 174,182, 183, 242, 3, 246, 2, 269, 3, 334, 8, 381, 4, 438, II, 496, I, 565, 4, 835, II, 889,

  • VIII, 892, 3, 968, 1, 1.007, 1, e 1.050).A organizao da Administrao Pblica, no Brasil, segue as linhas tracejadas pelo Decreto-lei

    200/1967, de cujos dispositivos se extrai a diviso da Administrao em direta e indireta. Integram aAdministrao direta os rgos componentes dos entes federativos, a saber: a Unio, os Estados, oDistrito Federal e os Municpios. A par de tais pessoas jurdicas e dos rgos que as integram,permite-se o surgimento de outras entidades administrativas, que compem a Administrao indireta:so as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.Essas 2 (duas) ltimas empresas pblicas e sociedades de economia mista revestem-se danatureza de pessoas jurdicas de direito privado, no integrando o conceito de Fazenda Pblica. J aautarquia constitui uma pessoa jurdica de direito pblico com personalidade jurdica prpria eatribuies especficas da Administrao Pblica.

    Ora, se a expresso Fazenda Pblica identifica-se com as pessoas jurdicas de direito pblico,somente esto nela abrangidos a Unio, os Estados, os Municpios, o Distrito Federal e suasrespectivas autarquias e fundaes pblicas. Quanto s fundaes, a jurisprudncia vem entendendoque, conquanto detenham tal denominao, aquelas tidas como de direito pblico so criadas por leipara exercer atividades prprias do Estado, desincumbindo-se de atribuies descentralizadas dosservios pblicos e sendo geridas por recursos oramentrios. So, portanto, equiparadas aautarquias. Ento, sempre que houver referncia legal a autarquias, as fundaes de direito pblicoesto abrangidas.3

    A esse rol de pessoas jurdicas de direito pblico acrescem as agncias, s quais se tematribudo a natureza jurdica de autarquias especiais, significando dizer que tais agncias seconstituem de pessoas jurdicas de direito pblico destinadas a desempenhar atividade pblica.4 Asagncias podem ser executivas ou reguladoras. As primeiras consistem em entidades dotadas decompetncia para o [...] desempenho direto de atividades administrativas, inclusive com atribuiode tarefas materiais, mormente no mbito do desempenho daquilo que, no mbito das concepescontinentais, se considera como funes pblicas e servios pblicos, mas eventualmente tambm notocante a atividade econmica propriamente dita.5 Por sua vez, as agncias reguladoras [...]disporiam de competncia normativa, com poderes para disciplinar a prestao de servios pblicospor particulares ou o desempenho de atividades econmicas privadas, mas de interesse coletivo.6

    As agncias executivas so autarquias e fundaes que assim passam a ser consideradas quandocelebram contrato de gesto com a Administrao direta, com o objetivo de fixar metas dedesempenho para a entidade, na forma do art. 37, 8, da Constituio Federal.7 Em outras palavras,no se criam, originariamente, agncias executivas; na verdade, autarquias ou fundaes j existentes,ao celebrarem o referido contrato de gesto com a Administrao direta, passam a ostentar a naturezade agncias executivas, que so, em essncia, autarquias especiais. J as agncias reguladoras,originalmente criadas por lei com personalidade jurdica prpria, destinam-se a desincumbir-se deuma tarefa normativa, podendo disciplinar questes nas quais a Administrao Pblica exera poder

  • 1.2

    de polcia, a exemplo do que ocorre nos setores de energia eltrica, petrleo, comunicaes, em cujombito esto sendo criadas agncias com o mister de disciplinar aquela atividade especfica.8

    Sem embargo dessa distino, possvel que uma agncia executiva disponha de podernormativo e uma agncia reguladora possa desempenhar funes executivas.9

    O que importa deixar evidente que o conceito de Fazenda Pblica abrange a Unio, osEstados, o Distrito Federal, os Municpios e suas respectivas autarquias e fundaes pblicas, sendocerto que as agncias executivas ou reguladoras, por ostentarem o matiz de autarquias especiais,integram igualmente o conceito de Fazenda Pblica.

    Tambm se revestem da natureza de pessoas jurdicas de direito pblico, integrando, portanto, oconceito de Fazenda Pblica, as associaes pblicas (Cdigo Civil, art. 41, IV), constitudas naforma da Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, em razo da formao de consrcio pblico. Realmente,o consrcio pblico constituir associao pblica ou pessoa jurdica de direito privado.Constitudo como associao pblica, adquire personalidade jurdica de direito pblico, mediante avigncia das leis de ratificao do protocolo de intenes, integrando a Administrao Indireta detodos os entes da Federao consorciados. Enfim, os consrcios pblicos, constitudos sob a formade associao pblica, desfrutam da condio de pessoas jurdicas de direito pblico, significandodizer que a associao pblica integra o conceito de Fazenda Pblica.

    evidncia, esto excludas do conceito de Fazenda Pblica as sociedades de economia mistae as empresas pblicas. Embora integrem a Administrao Pblica indireta, no ostentam natureza dedireito pblico, revestindo-se da condio de pessoas jurdicas de direito privado, a cujo regimeesto subordinadas. Ento, quando se alude Fazenda Pblica, na expresso no esto inseridas associedades de economia mista nem as empresas pblicas, sujeitas que so ao regime geral daspessoas jurdicas de direito privado.

    A CAPACIDADE POSTULATRIA E A FAZENDA PBLICA: AADVOCACIA PBLICA

    Os atos processuais esto sujeitos a certos pressupostos para que possam ter existncia,devendo tambm atender a requisitos de validade.

    Um dos requisitos de validade dos atos processuais a capacidade postulatria, que consistena possibilidade de se postular em juzo. S quem detm essa capacidade, no processo civilbrasileiro, o advogado regularmente inscrito na OAB,10 ressalvadas as causas de at 20 (vinte)salrios mnimos que tenham curso nos Juizados Especiais Cveis11 e quaisquer causas que tramitemnos Juizados Especiais Federais (tal como demonstrado no subitem 19.3.2.1 infra, no necessria apresena de advogado nos Juizados Federais, independentemente do valor da causa). Da por que,no sendo a parte advogado, dever estar representada em juzo por advogado legalmenteconstitudo, mediante apresentao de procurao. Faltando esse pressuposto, e no estando a parte

  • devidamente representada por advogado, dever o juiz aplicar o art. 76 do CPC, suspendendo oprocesso e assinando prazo para a sanao do vcio. No sanado o vcio pelo autor, ser extinto oprocesso sem resoluo do mrito. Caso a correo deva ser feita pelo ru e este no a promova,ser reputado revel. Sendo a sanao atribuda a um terceiro, e quedando este inerte, haver de serreputado revel ou excludo do processo, a depender da posio em que se encontre.

    Se o pressuposto estiver faltando em fase recursal perante qualquer tribunal, inclusive superior,o relator no conhecer do recurso, se a providncia couber ao recorrente ou, se a providnciacouber ao recorrido, determinar o desentranhamento das contrarrazes (CPC, art. 76, 2). preciso, antes, que o relator intime a parte para regularizar o defeito de representao (CPC, arts. 76e 932, pargrafo nico).

    Tratando-se da Fazenda Pblica, sua representao feita, via de regra, por procuradoresjudiciais, que so titulares de cargos pblicos privativos de advogados regularmente inscritos naOAB, detendo, portanto, capacidade postulatria. Como a representao decorre da lei, prescindvel a juntada de procurao, de forma que os procuradores representam a Fazenda Pblicasem necessidade de haver procurao; a representao decorre do vnculo legal mantido entre aAdministrao Pblica e o procurador.12

    Vale dizer que os membros da advocacia pblica so advogados, a quem se confere acapacidade postulatria, ou seja, a possibilidade de postulao a qualquer rgo do PoderJudicirio. Uma vez investidos no cargo ou funo, os procuradores pblicos ... adquirem o poderde representao pela s condio funcional, o que os desonera de apresentao de instrumento demandato. Seria contraditrio que detivessem aquela qualidade por decorrncia normativa esimultaneamente houvessem de comprovar poder de representao volitivo. A procurao materializao de negcio jurdico, circunstncia incompatvel com a natureza da relao que seestabelece entre o rgo pblico e seus procuradores. Seu poder de representao est in re ipsa.No por acaso, descabe substabelecimento dos poderes advindos da lei decorrentes da nomeao(fato que, mesmo inesperado, acontece no cotidiano forense).13

    Na verdade, a Procuradoria Judicial e seus procuradores constituem um rgo da FazendaPblica. Ento, o advogado pblico quando atua perante os rgos do Poder Judicirio a FazendaPblica presente em juzo. Em outras palavras, a Fazenda Pblica se faz presente em juzo por seusprocuradores. Segundo clssica distino feita por Pontes de Miranda, os advogados pblicospresentam a Fazenda Pblica em juzo, no sendo correto aludir-se representao. Com efeito, orgo torna presente, portanto presenta a respectiva pessoa jurdica de cujo organismo faz parte.Esta a razo pela qual no se haver de exigir a outorga de mandato pela Unio e demais entidadesde direito pblico a seus respectivos procuradores.14

    J se v que, uma vez investido no cargo ou funo, o procurador pblico adquire arepresentao (leia-se presentao) da Fazenda Pblica, estando includos nessa presentao ospoderes gerais para o foro.

  • 1.3

    A Fazenda Pblica presentada em juzo pela Advocacia Pblica, instituio reconhecida nosarts. 131 e 132 da Constituio Federal.

    Nos termos do art. 182 do CPC, incumbe Advocacia Pblica, na forma da lei, defender epromover os interesses pblicos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, pormeio da representao judicial, em todos os mbitos federativos, das pessoas jurdicas de direitopblico que integram a Administrao direta e indireta.

    Cada pessoa jurdica de direito pblico tem, em suma, sua prpria representao, destacada aseguir.

    UNIO E SUA PRESENTAO JUDICIALA Unio, antes do advento da Constituio Federal de 1988, era representada em juzo pelo

    Ministrio Pblico Federal. Com a supervenincia do atual texto constitucional, corrigiu-se ... umequvoco que j durava mais de um sculo. O equvoco residia em atribuir ao Ministrio Pblico afuno de advogado da Unio Federal cumulada com a de fiscal da lei e titular da ao penal.15 AProcuradoria-Geral da Repblica, na representao da Unio em juzo, contava com o auxlio doMinistrio Pblico Estadual, a quem se conferia poderes para representar a Fazenda Federal nacobrana de sua dvida ativa.

    Atualmente, ao Ministrio Pblico vedada a representao judicial e a consultoria jurdica deentidades pblicas, a teor do que estabelece a parte final do inciso IX do art. 129 da ConstituioFederal de 1988.

    A Advocacia-Geral da Unio a instituio que, diretamente ou mediante algum rgovinculado, representa judicialmente a Unio. Cabem Advocacia-Geral da Unio as atividades deconsultoria e assessoramento jurdico ao Poder Executivo, nos termos da Lei Complementar 73, de10 de fevereiro de 1993.

    A Advocacia-Geral da Unio compreende (a) o Advogado-Geral da Unio, (b) a Procuradoria-Geral da Unio e a da Fazenda Nacional, (c) a Consultoria-Geral da Unio, (d) o Conselho Superiorda Advocacia-Geral da Unio, (e) a Corregedoria-Geral da Advocacia da Unio, (f) asProcuradorias Regionais da Unio e as da Fazenda Nacional e (g) as Procuradorias da Unio e as daFazenda Nacional nos Estados e no Distrito Federal e as Procuradorias Seccionais destas.16

    Subordina-se diretamente ao Advogado-Geral da Unio, alm do seu gabinete e dos rgosconsultivos, a Procuradoria-Geral da Unio. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional subordina-se, tcnica e juridicamente, ao Advogado-Geral da Unio. Desse modo, so membros da Advocacia-Geral da Unio: o Advogado-Geral da Unio, o Procurador-Geral da Unio, o Procurador-Geral daFazenda Nacional, os Procuradores Regionais, os Procuradores-Chefes, os Procuradores Seccionais,os Advogados da Unio, os Procuradores da Fazenda Nacional, os Assistentes Jurdicos e os demaismembros previstos no 5 do art. 2 da Lei Complementar 73, de 10 de fevereiro de 1993.

  • a)b)c)d)e)f)g)h)

    Procuradoria-Geral Federal, que tambm est vinculada Advocacia-Geral da Unio,compete a representao judicial e extrajudicial das autarquias e fundaes pblicas federais,conforme ser mais bem explicitado no item 1.7 infra.

    Ao Advogado-Geral da Unio compete representar a Unio perante o Supremo TribunalFederal, cabendo-lhe, ainda, desistir, transigir, acordar e firmar compromisso nas aes de interesseda Unio, nos termos da Lei 9.469, de 10 de julho de 1997, com as alteraes levadas a efeito pelaLei 13.140, de 26 de junho de 2015, cujas normas so examinadas no Captulo XVI.

    Muito embora o Advogado-Geral tenha a atribuio especfica de representar a Unio perante oSupremo Tribunal Federal, -lhe facultado represent-la junto a qualquer juzo ou tribunal.

    A Procuradoria-Geral da Unio, que est subordinada direta e imediatamente ao Advogado-Geral, tem a incumbncia de representar judicialmente a Unio perante os tribunais superiores. Valedizer que o Advogado-Geral representa judicialmente a Unio junto ao STF, ficando essarepresentao conferida ao Procurador-Geral perante os demais tribunais superiores. Nos demaistribunais que no sejam superiores , a representao judicial da Unio conferida sProcuradorias Regionais da Unio, reservando-se s Procuradorias da Unio, organizadas em cadaEstado e no Distrito Federal, sua representao judicial perante a primeira instncia da JustiaFederal, comum e especializada.

    Embora o Procurador-Geral represente judicialmente a Unio perante os Tribunais Superiores,a lei lhe franqueia tal representao perante os demais tribunais e, igualmente, perante a primeirainstncia da Justia Federal. De igual modo, embora as Procuradorias Regionais atuem perante osdemais tribunais que no sejam superiores, -lhes facultado representar a Unio igualmente junto primeira instncia da Justia Federal.

    Na execuo de sua dvida ativa de carter tributrio e nas demais causas de natureza fiscal, aUnio representada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. So consideradas causas denatureza fiscal as relativas a:

    tributos de competncia da Unio, inclusive infraes legislao tributria;emprstimos compulsrios;apreenso de mercadorias, nacionais ou estrangeiras;decises de rgos do contencioso administrativo fiscal;benefcios e isenes fiscais;crditos e estmulos fiscais exportao;responsabilidade tributria de transportadores e agentes martimos;incidentes processuais suscitados em aes de natureza fiscal.

    Demais disso, cabe Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional executar as dvidas do FGTS, asmultas por infrao CLT, questes relativas ao Imposto Territorial Rural ITR e multas penais

  • no pagas.Na verdade, e consoante ser analisado no subitem 12.2.1, das inscries em dvida ativa

    surgem as respectivas certides de dvida ativa, que constituem o ttulo executivo que lastreia aexecuo fiscal. Procuradoria da Fazenda Nacional incumbe inscrever os crditos fiscais emdvida ativa, cabendo-lhe igualmente promover a execuo de tais crditos. Em outras palavras, oque ela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional inscreve, ela cobra.17

    As decises do Tribunal de Contas da Unio que condenem algum administrador pblico ouordenador de despesa ao pagamento de multas ou ressarcimento de valores pblicos constituem ttuloexecutivo, a embasar execuo proposta pela Advocacia-Geral da Unio, e no pela Procuradoria daFazenda Nacional. que tal ttulo executivo no objeto de inscrio em dvida nem se confundecom a certido de dvida ativa, no viabilizando a propositura de execuo fiscal, tal como servisto adiante, no subitem 12.2.2.

    Enfim, a Unio ser representada judicialmente pela Procuradoria da Fazenda Nacional se acausa ostentar natureza tributria ou fiscal ou se se tratar de execuo fiscal. Nos outros tipos dedemanda, sua representao confiada Advocacia-Geral da Unio.

    A Unio citada nas causas em que seja interessada, na pessoa do Advogado-Geral da Unio,privativamente, nas hipteses de competncia do Supremo Tribunal Federal. Nos casos decompetncia dos Tribunais Superiores, sua citao h de ser feita na pessoa do Procurador-Geral daUnio. Nas hipteses de competncia dos demais tribunais, feita na pessoa do Procurador-Regionalda Unio, devendo ser procedida na pessoa do Procurador-Chefe ou do Procurador-Seccional daUnio, nos casos de competncia dos juzos de primeiro grau.

    Em se tratando de demanda tributria, a Unio ser citada na pessoa do Procurador-Regional daFazenda Nacional, nas hipteses de competncia dos tribunais que no sejam superiores. E, noscasos de competncia dos juzos de primeiro grau, a citao opera-se na pessoa do Procurador-Chefeou do Procurador-Seccional da Fazenda Nacional.

    Se a demanda tributria tiver de ser processada e julgada perante o STF, a citao e aconsequente representao da Unio competem ao Advogado-Geral.18 Sendo tal tipo de demandaprocessada e julgada num Tribunal Superior, estas deveriam caber, nos termos da Lei Complementar73/1993, ao Procurador-Geral da Unio, no havendo, nesses casos, interferncia da Procuradoria daFazenda Nacional.

    Sem embargo da deficincia legislativa, cumpre perfilhar a orientao segundo a qual, havendouma demanda tributria num Tribunal Superior, a citao e representao da Unio cabem aoProcurador-Geral da Fazenda Nacional. Segundo pondera Joo Carlos Souto:

    Conquanto a Lei Complementar n. 73/93, numa falha gravssima, no esclarea asatribuies do procurador-geral da Fazenda Nacional, possvel concluir que elas socorrelatas com as do procurador-geral da Unio. Isto , incumbe-lhe defender a Unio

  • 1.4

    Federal, nas causas de natureza tributria, perante os tribunais superiores. Melhor seriadizer perante o Superior Tribunal de Justia, dada a dificuldade, ou quaseimpossibilidade, da existncia de causas de natureza fiscal correrem em tribunais como oSuperior Tribunal Militar, o Tribunal Superior Eleitoral ou o Tribunal Superior doTrabalho.No fossem as omisses do legislador de 1993 ao elaborar a referida Lei Orgnica,poder-se-ia concluir que ele preferiu manter as atribuies do procurador-geral daFazenda Nacional previstas no Decreto-Lei n. 147/67, numa espcie de recepo quelanorma inferior. Esse decreto, porm, encontra-se defasado, de uma poca em que aProcuradoria no dispunha de atribuio judicial, constitua-se (at 1988) exclusivamentenum rgo consultor. Muitas de suas lacunas foram preenchidas pelo Regimento Interno.O curioso que esse Regimento foi aprovado pela Portaria MF n. 323, de 3 de outubro de1988, anterior, portanto, promulgao da Constituio Federal. No entanto, o referidoregimento j previa os Tribunais Regionais Federais, que s passaram a existirlegalmente a partir de 5 de outubro daquele ano. Fizeram o Regimento com base naConstituio que viria a ser promulgada. O mnimo que se pode dizer que talprocedimento no se coaduna com um rgo incumbido de to relevante funo.19

    Em suma, sendo a causa originria do STF, a representao da Unio cabe privativamente aoAdvogado-Geral. Nos demais rgos do Poder Judicirio, se a causa for tributria, a representaoser confiada Procuradoria da Fazenda Nacional; no sendo tributria, Advocacia-Geral daUnio, obedecidas as gradaes e divises j expostas.

    A representao da Unio compete, privativamente, aos seus procuradores ou advogadospblicos, no sendo possvel cometer essa representao ao Presidente da Repblica, ainda queostente a condio de advogado regularmente inscrito na OAB. que, alm de tal funo serprivativa dos advogados pblicos, a atividade de chefe do Poder Executivo incompatvel com oexerccio da advocacia (Estatuto da OAB, art. 28, I). Assim, o advogado que vier a ocupar o cargode Presidente da Repblica passa, enquanto estiver cumprindo o mandato, a exercer atividadeincompatvel com a advocacia.

    ESTADOS E SUA PRESENTAO JUDICIALOs Estados so representados judicialmente pelos procuradores dos Estados, organizados em

    carreira, na qual o ingresso depende de concurso pblico de provas e ttulos, com a participao daOAB em todas as suas fases. Os procuradores do Estado integram a Procuradoria-Geral do Estado,rgo componente da Administrao Pblica direta estadual.

    Nas aes propostas em face do Estado, no se afigura correto requerer sua citao na pessoado Governador, como se este fosse o seu representante judicial. A citao do Estado deve operar-se

  • 1.5

    na pessoa do Procurador-Geral do Estado.Diferentemente do que sucede com a Unio, os Estados no tm sua representao dividida

    entre advogados e procuradores da Fazenda. A representao dos Estados cometida aosprocuradores de Estado, cabendo a diviso, por matrias ou tarefas, ao mbito interno deorganizao administrativa das Procuradorias, sem que tal diviso repercuta na representaojudicial do Estado.

    Desse modo, um procurador que, internamente, no mbito da Procuradoria, exera a funoespecfica de emitir pareceres ou examinar contratos pode representar judicialmente a FazendaEstadual em juzo, justamente por ser procurador do Estado. Um procurador que esteja lotado nosetor de execues fiscais pode representar judicialmente o Estado numa demanda no tributria ou,at mesmo, trabalhista. O simples fato de ser procurador do Estado, independentemente da funointerna que exera, permite-lhe representar judicialmente a Fazenda Estadual, sem que isso tragaalguma implicao para o processo.

    A Fazenda Estadual dispe de legitimidade para requerer a abertura de inventrios (CPC, art.616, VIII), devendo ser ouvida sobre a declarao e avaliao de bens nesses processos (CPC, arts.626, 4, 629, 633, 634), com a finalidade de fiscalizar o recolhimento do imposto de transmissocausa mortis (CPC, art. 638). A representao dos Estados, nessas demandas, feita igualmentepelos procuradores de Estado, mesmo que a causa esteja sendo processada em comarca do interior.20

    MUNICPIOS E SUA PRESENTAO JUDICIALOs Municpios, nos termos do art. 182 do CPC, so representados em juzo pela Advocacia

    Pblica.No obstante os termos do mencionado art. 182, o art. 75, III, do CPC mantm uma regra antiga

    no sistema brasileiro, ao dispor que o Municpio ser representado em juzo, ativa e passivamente,por seu prefeito ou procurador. Bem se poderia ter, seguindo o disposto no art. 182 do CPC, adotadoa mesma regra existente para a Unio e para os Estados, cometendo aos procuradores arepresentao dos Municpios. S que, ao lado dos procuradores, conferiu-se igualmente aosprefeitos a presentao dos Municpios em juzo.

    Em princpio, a representao do Municpio em juzo atribuda ao prefeito. Tal representaosomente se far por procurador se a lei local criar esse cargo, com funo expressa de representaodo ente poltico. Com efeito, a distino importante, porque, onde no existir cargo de Procurador,a citao inicial ser feita na pessoa do Prefeito; e o advogado que for encarregado da defesa dosdireitos do Municpio necessitar de procurao dada pelo Prefeito, como representante doMunicpio. Mas onde existir o cargo de Procurador, com poderes expressos, a citao inicial serfeita a esse, que no depende de mandato para atuar nas causas em que for parte o Municpio.21

    Em alguns Municpios de pequeno porte, no h o cargo de procurador judicial, devendo, nessas

  • 1.6

    1.7

    hipteses, a representao ser confiada ao prefeito, que poder constituir advogado, outorgando-lhepoderes mediante procurao a ser exigida em juzo.22

    H quem defenda a possibilidade de, sendo o prefeito advogado regularmente inscrito na OAB,a defesa da Fazenda Municipal ser feita por ele mesmo, comparecendo em juzo na sua pessoa.23 No, porm, possvel ao prefeito, ainda que seja advogado regularmente inscrito na OAB, promover,ele mesmo, a defesa dos interesses do Municpio. que, segundo o art. 28, I, do Estatuto da OAB, afuno de Chefe do Poder Executivo incompatvel com o exerccio da advocacia, estandosuprimida, enquanto durar o mandato eletivo, a capacidade postulatria. Logo, o prefeito podereceber citao, mas dever constituir advogado para representar o Municpio, caso no haja cargoprprio de procurador judicial.

    DISTRITO FEDERAL E SUA PRESENTAO JUDICIALO Distrito Federal representado em juzo por sua Procuradoria-Geral, que equiparada, para

    todos os efeitos, s Secretarias de Estado, tendo por finalidade exercer a advocacia pblica,cabendo-lhe, ainda, prestar a orientao normativa e a superviso tcnica do sistema jurdico doDistrito Federal.

    A Procuradoria-Geral do Distrito Federal PRG/DF uma instituio de naturezapermanente, essencial Justia e Administrao, competindo-lhe a representao judicial e aconsultoria jurdica do Distrito Federal, como atribuies privativas dos respectivos procuradores,na forma do art. 132 da Constituio Federal.

    Nos termos da Lei Orgnica do Distrito Federal, a Procuradoria-Geral o rgo central dosistema jurdico do Poder Executivo, tendo como funes institucionais, entre outras, representar oDistrito Federal judicial e extrajudicialmente, alm de representar a Fazenda Pblica perante osTribunais de Contas da Unio, do Distrito Federal e Juntas de Recursos Fiscais, bem como prestarorientao jurdico-normativa para a Administrao Pblica direta, indireta e fundacional e, bemainda, efetuar a cobrana judicial da dvida ativa do Distrito Federal.

    Segundo estabelece a Lei Complementar distrital 395, de 31 de julho de 2001, em seu art. 6,III, as citaes, intimaes e notificaes judiciais endereadas ao Distrito Federal so recebidaspelo Procurador-Geral do Distrito Federal, a quem se confere a possibilidade de delegar essaatribuio aos titulares dos rgos subordinados.

    AUTARQUIAS, FUNDAES PBLICAS E SUA PRESENTAOJUDICIAL

    A representao judicial das autarquias e fundaes pblicas feita, respectivamente, nostermos da lei que as criar e da lei que autorize sua criao. Alis, nos termos do art. 75, IV, do CPC,as autarquias e as fundaes de direito pblico so presentadas em juzo, ativa e passivamente, por

  • quem a lei do ente federado designar.Desse modo, conforme estabelecido pelas normas criadoras, a presentao pode ser confiada ao

    seu dirigente mximo ou a procuradores (chamados de procuradores autrquicos ou de procuradoresde fundaes, respectivamente), caso sejam criados tais cargos no mbito interno das autarquias efundaes, com a funo expressa de present-las em juzo.

    Se, na lei criadora da autarquia ou fundao, no houver regra expressa nem se tiver criado,respectivamente, o cargo de procurador autrquico ou de procurador da fundao, deve-se entenderque a presentao foi atribuda ao dirigente mximo, a quem se deve dirigir a citao inicial para queconstitua, por procurao, advogado para acompanhar a demanda.

    frequente, contudo, que, no caso de autarquias ou fundaes estaduais, seja atribuda suapresentao aos procuradores do Estado, os quais, alm de presentar o Estado, detm igualmente apresentao das autarquias e/ou fundaes estaduais. A situao ocorre, igualmente, quanto aosMunicpios e suas autarquias e fundaes.

    No mbito federal, as autarquias e fundaes dispem de quadro prprio de procuradoresfederais. Contudo, o art. 11-A da Lei 9.028, de 12 de abril de 1995, acrescido pela MedidaProvisria 2.180-35/2001, autorizou a Advocacia-Geral da Unio a assumir, por suas Procuradorias,temporria e excepcionalmente, a presentao judicial de autarquias ou fundaes pblicas nashipteses de (a) ausncia de procurador ou advogado e (b) impedimento dos integrantes do rgojurdico. Tal presentao judicial extraordinria poder ocorrer por solicitao do dirigente daentidade ou por iniciativa do Advogado-Geral da Unio.

    A ausncia de procurador ou advogado situao que gera a assuno da presentao daautarquia ou fundao pela Advocacia-Geral da Unio configura-se tambm na hiptese de nohaver rgo jurdico integrante da respectiva Procuradoria ou Departamento Jurdico, em cidadesede de rgo judicirio perante o qual corra o feito de interesse da autarquia ou fundao.

    A Medida Provisria 2.180-35/2001 acrescentou o anexo V referida Lei 9.028/1995,contendo a relao de vrias autarquias e fundaes federais, cuja presentao judicial passou a serfeita, diretamente, pelos rgos prprios da Advocacia-Geral da Unio, permanecendo os rgosjurdicos daquelas entidades responsveis pelas respectivas atividades de consultoria eassessoramento jurdicos. Significa que, no caso de tais entidades, a Advocacia-Geral da Unioabsorveu sua presentao judicial, a quem devem ser dirigidas, inclusive, as citaes, intimaes enotificaes destinadas quelas autarquias e fundaes.

    Pela Lei 10.480, de 2 de julho de 2002, foi criada a Procuradoria-Geral Federal, qual seassegurou autonomia administrativa e financeira, vinculada Advocacia-Geral da Unio, incumbindoa essa ltima a sua superviso. Procuradoria-Geral Federal compete a presentao judicial eextrajudicial das autarquias e fundaes pblicas federais, as respectivas atividades de consultoria eassessoramento jurdicos, a apurao da liquidez e certeza dos crditos, de qualquer natureza,inerentes s suas atividades, inscrevendo-se em dvida ativa, para fins de cobrana amigvel ou

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    judicial.Integram a Procuradoria-Geral Federal as Procuradorias, os Departamentos Jurdicos, as

    Consultorias Jurdicas ou Assessorias Jurdicas das autarquias e as fundaes federais, como rgosde execuo desta, mantidas as suas atuais competncias.

    Ao Procurador-Geral Federal, nomeado pelo Presidente da Repblica, mediante indicao doAdvogado-Geral da Unio, compete exercer a presentao das autarquias e fundaes federais juntoao Supremo Tribunal Federal e aos Tribunais Superiores, nada impedindo, contudo, que atue perantequalquer outro juzo ou tribunal. O Procurador-Geral pode delegar essa presentao junto ao STF eaos tribunais superiores aos Procuradores-Gerais ou Chefes de Procuradorias, Departamentos,Consultorias ou Assessorias Jurdicas de autarquias e fundaes federais.

    A presentao judicial exercida pela Advocacia-Geral da Unio na forma dos arts. 11-A e 11-Bda Lei 9.028/1995, acrescentados pela Medida Provisria 2.180-35/2001, poder ser gradualmenteassumida pela Procuradoria-Geral Federal, conforme ato do Advogado-Geral da Unio.

    Significa, ento, que as autarquias e fundaes federais devem, gradativamente, ser presentadaspelos procuradores federais, que integram a Procuradoria-Geral Federal, vinculada Advocacia-Geral da Unio.

    O Banco Central do Brasil, diante da legislao prpria, ficou de fora dessa regra, mantendoquadro prprio de procuradores autrquicos, no se confundindo nem pertencendo categoria dosprocuradores federais.

    De igual modo, a Procuradoria-Geral da Fundao Nacional do ndio permanece responsvelpelas atividades judiciais que, de interesse individual ou coletivo dos ndios, no se confundam coma presentao judicial da Unio. Na hiptese de coexistirem, em determinada demanda, interesses daUnio e de ndios, a Procuradoria-Geral da Fundao Nacional do ndio ingressar no feitojuntamente com a Procuradoria da Advocacia-Geral da Unio.

    J se viu que as agncias executivas ou reguladoras ostentam natureza de autarquias especiais,aplicando-se-lhes todas essas regras pertinentes s autarquias. Passaro, portanto, a ser presentadaspelos procuradores federais.

    OS RGOS LEGISLATIVOS E SUA PRESENTAO JUDICIALOs advogados pblicos presentam as pessoas jurdicas de direito pblico, estando, entretanto,

    ligados ao Poder Executivo. Tem sido crescente a criao de cargos de Procuradores dasAssembleias Legislativas e das Cmaras Municipais. Em outras palavras, h tambm advogadospblicos ligados ao Poder Legislativo.

    Os Procuradores das Assembleias Legislativas e os Procuradores das Cmaras Municipaisprestam consultoria e assessoria jurdica a tais rgos parlamentares. Ademais, presentam-nos emjuzo.

  • A ttulo exemplificativo, pode-se observar que cabe s Procuradorias dos rgos legislativos oexame de todos os atos de concesso ou reconhecimento de direitos e vantagens dos servidores doPoder Legislativo (aposentadoria, adicionais, licena etc.), bem como a anlise de minutas decontratos e editais de licitao dos referidos rgos legislativos (Lei 8.666/1993, art. 38, pargrafonico) no seu relacionamento com fornecedores e prestadores de servios.

    No desempenho da presentao judicial do Poder Legislativo, cabe, por exemplo, s suasProcuradorias prestar informaes em favor das respectivas Mesas Diretoras nos mandados desegurana que ataquem atos por elas praticados, alm de elaborar as informaes a serem prestadasna defesa da constitucionalidade de dispositivos da Constituio do Estado, de leis locais ou deresolues, quando questionados em Ao Direta de Inconstitucionalidade perante o STF ou oTribunal de Justia do Estado.

    A propsito, oportuno registrar que a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal reconhecea ocorrncia de situaes em que o Poder Legislativo necessite praticar em juzo, em nome prprio,uma srie de atos processuais na defesa de sua autonomia e independncia frente aos demaisPoderes, nada impedindo que assim o faa por meio de um setor pertencente a sua estruturaadministrativa, tambm responsvel pela consultoria e assessoramento jurdico de seus demaisrgos. Precedentes: ADI 175, DJ 08.10.93, e ADI 825, DJ 01.02.93.24

    Sabe-se que as Cmaras Municipais e as Assembleias Legislativas so entes despersonalizados,constituindo, respectivamente, rgos dos Municpios e dos Estados.

    A doutrina tradicional entende que os entes despersonalizados no detm capacidade jurdica,no devendo, portanto, revestir-se da condio de parte em processos judiciais. Para tal doutrinatradicional, somente aqueles entes previstos no art. 75 do CPC (a exemplo do esplio e docondomnio) que poderiam ser parte, pois, embora desprovidos de personalidade jurdica, teriam achamada personalidade judiciria.

    Na verdade, a falta de personalidade jurdica no conduz, necessariamente, ausncia decapacidade. Embora se afirme que a capacidade seja um elemento da personalidade, nem sempre quehaja capacidade deve existir, necessariamente, personalidade. Em algumas hipteses, o legisladorentende desnecessrio atribuir personalidade a alguns entes, mas lhes assegura capacidade jurdica eprocessual.25 Tais entes no so pessoas, mas so sujeitos de direito, podendo ser titulares depoderes, deveres, direitos, nus e faculdades, de ndole material ou processual.26

    Da se infere que h sujeitos de direito que no so pessoas, mas se lhes atribui capacidadejurdica. Isso poderia causar a impresso de que haveria pesos ou graus de personalidade. O quese percebe, entretanto, que a personalidade jurdica no sofre variaes: ou o sujeito a tem ou no atem; ou ele ou no pessoa.

    De igual modo, no h meia capacidade. No se pode dizer que o sujeito tenha capacidade paradeterminados atos, no a detendo para outros. Ou se tem, ou no se tem capacidade jurdica. Ora,

  • inegvel que a Assembleia Legislativa e a Cmara Municipal detm capacidade jurdica. A elas osistema confere aptido genrica para adquirir direitos e contrair obrigaes, titularizando poderes,deveres, direitos, nus e faculdades, alm de posies jurdicas em relaes de direito material e dedireito processual. Com efeito, tais entes podem, por exemplo, impetrar mandado de segurana parao resguardo de prerrogativas institucionais, podendo, ademais, realizar concurso pblico parapreenchimento de vagas em seus quadros funcionais, alm de poder e dever realizar licitaespara a aquisio de bens e servios.27

    Enfim, a Assembleia Legislativa e a Cmara Municipal detm capacidade jurdica, no se podedizer que limitada queles atos acima mencionados. Se se tem capacidade jurdica, no se podelimit-la. Tendo capacidade jurdica, tais rgos legislativos so sujeitos de direito, valendo dizerque ostentam a aptido genrica para adquirir direitos e contrair obrigaes, de sorte que podem serparte em juzo, figurando como autores ou rus em processos judiciais.

    Muitas vezes, as demandas so propostas pelo ou em face do Estado ou do Municpio, e no porou em face de rgos legislativos ou entes despersonalizados que os integram, no porque a essesrgos falte capacidade jurdica. No isso. Tais rgos tm, impe-se reafirmar, capacidadejurdica. O que eles no tm na grande maioria das demandas legitimidade para figurar no poloativo ou no polo passivo da causa.

    Assim, por exemplo, numa demanda indenizatria decorrente de um ato praticado por umservidor da Assembleia Legislativa ou da Cmara Municipal, aquela ou esta no detm legitimidadepassiva ad causam, pois a responsabilidade pelos atos de agentes pblicos , respectivamente, doEstado ou do Municpio. Se, entretanto, for questionada a legalidade de um ato praticado por umdaqueles rgos legislativos ou se um deles precisar defender uma prerrogativa institucional, terlegitimidade para a causa. E, nesses casos, dever ser presentado em juzo pelo Procurador daAssembleia ou pelo Procurador da Cmara.

    A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia admite mandado de segurana impetrado porCmara Municipal ... para defender os seus interesses estritamente institucionais, ou seja, aquelesrelacionados ao funcionamento, autonomia e independncia do rgo, no se enquadrando, nesse rol,o interesse patrimonial do ente municipal.28

    A Presidncia do STJ j apreciou pedido de suspenso de segurana ajuizado por CmaraMunicipal, indeferindo o pedido, da se seguindo agravo interno interposto pela prpria CmaraMunicipal que veio a ser julgado pela Corte Especial do STJ.29

    Em casos como esses, a Cmara Municipal deve ser presentada por seu procurador. De igualmodo, a Assembleia Legislativa, quando se apresenta em juzo, deve estar presentada por seuprocurador.

    Quando o rgo legislativo tem legitimidade para estar em juzo, dever ser presentado pelo seuprocurador, que o advogado pblico que o presenta. Alis, o STF, ao julgar a Ao Direta deInconstitucionalidade 119, decidiu que No inconstitucional norma da Constituio do Estado que

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    atribui ao procurador da Assembleia Legislativa ou, alternativamente, ao procurador-geral doEstado, a incumbncia de defender a constitucionalidade de ato normativo estadual questionado emcontrole abstrato de constitucionalidade na esfera de competncia do Tribunal de Justia. Previsoque no afronta a Constituio Federal, j que ausente o dever de simetria para com o modelofederal, que impe apenas a pluralidade de legitimados para a propositura da ao (art. 125, 2,CF/88). Ausncia de ofensa ao art. 132 da Carta Poltica, que fixa a exclusividade de representaodo ente federado pela Procuradoria-Geral do Estado, uma vez que nos feitos de controle abstrato deconstitucionalidade nem sequer h partes processuais propriamente ditas, inexistindo litgio naacepo tcnica do termo.30

    CONVNIO PARA A PRTICA DE ATO PROCESSUAL PORPROCURADOR DE OUTRO ENTE FEDERATIVO (CPC, ART. 75, 4)

    Os Estados so, como se viu no item 1.4 supra, presentados em juzo pelos seus procuradores.Cada Estado tem um corpo de procuradores que o presentam em juzo. O Distrito Federal tem,igualmente, seus procuradores, como visto no item 1.6 supra.

    possvel, porm, que os procuradores de um Estado pratiquem atos em favor de outro Estadoou do Distrito Federal. De igual modo, os procuradores do Distrito Federal podem praticar atos emfavor de outro Estado. Para isso, preciso que haja a celebrao de convnio entre as respectivasprocuradorias.

    Tal possibilidade consta do 4 do art. 75 do CPC, que assim dispe: Os Estados e o DistritoFederal podero ajustar compromisso recproco para prtica de ato processual por seusprocuradores em favor de outro ente federado, mediante convnio firmado pelas respectivasprocuradorias.

    Se, por exemplo, o Estado de Pernambuco precisar participar de uma audincia perante umrgo jurisdicional em So Paulo, possvel que tal ato seja praticado por um procurador do Estadode So Paulo, desde que haja a celebrao do referido convnio. Com isso, obtm-se agilidade,presteza, economia de recursos pblicos (pois se evitam deslocamentos, passagens areas, dirias,hospedagem e demais despesas relacionadas com a viagem), garantindo-se, em ltima anlise,eficincia.

    A celebrao de um convnio com essa finalidade facilita e dinamiza a presentao dos Estadose do Distrito Federal, alm de valorizar a Advocacia Pblica e evitar a contratao de advogadosprivados pelos entes pblicos, muitas vezes abusiva.31

    Segundo Bruno Regis Bandeira Ferreira Macedo, para celebrao desse convnio, serianecessria a promulgao de lei especfica.32 O Cdigo de Processo Civil j autoriza. No necessria qualquer outra lei. Basta que os entes federativos, com base no CPC, celebrem o

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    convnio, estabelecendo as regras de compromisso entre as respectivas procuradorias.Para atuar em juzo, os procuradores do Estado e do Distrito Federal no precisam exigir

    procurao. Seus poderes decorrem da lei, mas, se atuarem em razo do referido convnio, devemexigir cpia do convnio e do extrato de sua publicao no Dirio Oficial, a fim de comprovar aregularidade da presentao.33

    Embora o dispositivo refira-se apenas a Estados e ao Distrito Federal, possvel aplic-lo demodo a abranger tambm as autarquias e fundaes estaduais, permitindo que uma autarquia estadualpossa firmar convnio com outra autarquia estadual, a fim de manter compromisso recproco deatuao em juzo.34

    O mencionado convnio um negcio jurdico processual, assunto