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Artigos Doutrinários A Fazenda Pública no projeto do novo Código de Processo Civil* Eduardo de Souza Floriano** O Senado Federal, pretendendo contribuir para a melhoria no sistema processual civil vigente, instaurou uma comissão de notáveis juristas encarregada de elaborar um anteprojeto de novo Código do Processo Civil, considerando que o hoje vigente remonta de 1973, e já conta com 65 alterações de texto 1 . Nomeada no final do mês de setembro de 2009, sob a presidência do então Ministro do STJ, Luiz Fux, hoje no STF, a comissão desenvolveu um extenso trabalho de avaliação da legislação processual civil, que visou privilegiar a celeridade a efetividade da ação, mas sempre com respeito ao devido processo legal. O trabalho de elaboração do anteprojeto perdurou por meses adotando, a comissão de juristas, uma postura de transparência ao conduzir diversas audiências públicas com a advocacia, magistratura, Ministério Público, entre outros órgãos que compõem a estrutura da Justiça brasileira e, ainda, manter canais abertos com o povo e as comunidades jurídica e acadêmica. Concluídos os trabalhos da comissão, foi entregue ao Presidente do Senado, Exmo. Senador José Sarney o “Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil”, que posteriormente resultou no Projeto de Lei do Senado – PLS 166, o qual foi encaminhado à comissão temporária da reforma do Código de Processo Civil, instalada no dia 4 de agosto de 2010, em atendimento ao disposto no Regimento Interno do Senado Federal – RI/SF. A citada comissão, após receber o anteprojeto, analisou-o conjuntamente com outras cinquenta e oito proposições legislativas, que versavam sobre modificações na legislação processual civil, visando atender ao disposto no art. 374, II, do RI/SF. * Quadro comparativo entre as disposições legais sobre a Fazenda Pública no projeto de Lei do Senado 166, de 2010 (com a redação dada pela Emenda Substitutiva 1) e no Código de Processo Civil de 1973. ** Procurador do Município de Juiz de Fora, Bacharel em Direito pela UFJF, especialista em Direito Público, especialista em Direito Social, pós-graduando em Administração Pública Municipal. 1 Leis 5.925, 6.246, 6.314, 6.355, 6.515, 6.745, 6.771, 6.780, 6.820, 6.851, 7.005, 7.019, 7.219, 7.270, 7.359, 7.363, 7.513, 7.542, 8.038, 8.079, 8.455, 8.637, 8.710, 8.718, 8.898, 8.950, 8.951, 8.952, 8.953, 9.028, 9.040, 9.079, 9.139, 9.245, 9.280, 9.415, 9.307, 9.462, 9.668, 9.756, 9.868, 10.173, 10.352, 10.358, 10.444, 11.112, 11.187, 11.232, 11.276, 11.277, 11.280, 11.341, 11.382, 11.418, 11.419, 11.441, 11.672, 11.694, 11.965, 11.969, 12.008, 12.122 , 12.125 , 12.195 , 12.322. Após análise da comissão e apresentação dos competentes relatórios, foram oferecidas 217 emendas ao PLS 166, as quais foram objeto de acolhimento integral, acolhimento, declaração de prejudicialidade ou rejeição pela comissão temporária 2 . Ademais, alguns dos projetos apensados foram objeto de desapensamento, por tratarem de matéria distinta ao processo civil, declaração de prejudicialidade e rejeição 3 . 2 Acolhimento integral das Emendas 25 e 107, do Senador Acir Gurgacz; da Emenda 21, do Senador Adelmir Santana; das Emendas 153 e 157, do Senador Antônio Carlos Valadares; das Emendas 29 e 67, do Senador Francisco Dornelles; das Emendas 128, 132, 143, 168, 185 e 186, do Senador Marconi Perillo; da Emenda 30, da Senadora Níura Demarchi; acolhimento parcial das Emendas 19, 108 e 119, do Senador Acir Gurgacz; das Emendas 16, 43 e 68, do Senador Adelmir Santana; das Emendas 151, 152 154 a 156, do Senador Antônio Carlos Valadares; da Emenda 101, do Senador Eduardo Suplicy; das Emendas 7, 15, 59, 73, 77, 83, 97 e 100, do Senador Francisco Dornelles; das Emendas 123, 125, 127, 134, 141, 142, 145 a 147, 150, 162 a 166, 170, 174, 180, 183, 184, 192, 204 e 205, do Senador Marconi Perillo; das Emendas 5, 22 e 94 do Senador Regis Fichtner e do das Emendas 3, 76 e 99 do Senador Romero Jucá; prejudicialidade da Emenda 117, do Senador Acir urgacz; rejeição das Emendas 24, 26, 82, 84, 85, 109 a 116, 118 e 120, do Senador Acir Gurgacz; das Emendas 9, 12, 13, 23, 31, 33 a 35, 37, 41, 46, 50, 53 a 55, 61, 62, 65, 69, 71, 72, 74, 75, 78 a 80, 87, 88, 91, 93, 98 e 104 a 106, do Senador Adelmir Santana; das Emendas 206 a 217, Senador Cícero Lucena; das Emendas 1, 2, 4, 6, 8, 14, 18, 20, 27, 28, 32, 39, 40, 44, 48, 49, 52, 56 a 58, 60, 63, 64, 66, 70, 81, 86, 90, 95 e 102, do Senador Francisco Dornelles; das Emendas 121, 122, 124, 126, 129, 130, 131, 133, 135 a 140, 144, 148, 149, 158 a 161, 167, 169, 171 a 173, 175 a 179, 181, 182, 187 a 191, 193 a 203, do Senador Marconi Perillo; da Emenda 10, do Senador Mozarildo Cavalcanti; da Emenda 17, da Senadora Níura Demarchi; das Emendas 38, 45, 51, 89 e 94 do Senador Regis Fichtner e das Emendas 11, 36, 42, 47, 92, 96 e 103 do Senador Romero Jucá. (Fonte: <www.senado.gov.br>) 3 Desapensamento, para tramitação em separado, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 151, de 2001, e o PLC 70, de 2006; o Projeto de Lei do Senado (PLS) 370, de 1999; o PLS 145, de 2000; o PLS 441, de 2003; o PLS 138, de 2004; o PLS 364, de 2004; o PLS 228, de 2005; o PLS 353, de 2005; o PLS 559, de 2007; o PLS 397, de 2009, e o PLS 115, de 2010, por tratarem de matérias distintas, não relacionadas com o Código de Processo Civil; prejudicialidade dos Projetos de Lei da Câmara 14, de 2005; 6, de 2007; 113, de 2007; 10, de 2008; 39, de 2008; 70, de 2008; 317, de 2009; 13, de 2010 e dos Projetos de Lei do Senado nos 387, de 2003; 132, de 2004; 136, de 2004; 139, de 2004; 268, de 2004; 58, de 2005; 144, de 2005; 292, de 2005; 20, de 2006; 39, de 2006; 296, de 2006; 324, de 2006; 169, de 2007; 309, de 2007; 506, de 2009; rejeição dos Projetos de Lei da Câmara 69, de 2004; 13, de 2006; 95, de 2007; 164, de 2009 e 171, de 2010 e dos Projetos de Lei do Senado nos 318, de 2003; 446, de 2003; 133, de 2004; 135, de 2004; 137, de 2004; 140, de 2004; 206, de 2004; 266, de 2004; 11, de 2005; 64, de 2005; 303, de 2005; 81, de 2006; 237, de 2006; 275, de 2006; 87, de 2007; 250, de 2007; 351, de 2008; 488, de 2008; 383, de 2009; 420, de 2009; 430, de 2009; 444, de 2009 e 161, de 2010; (FONTE www. senado.gov.br) Sumário Revista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, v. 24, n. 5, maio 2012

A Fazenda Pública no projeto do novo Código de Processo Civil* · Fazenda Pública em juízo, com o intuito de se preparar para as significativas mudanças que ocorrerão na disciplina

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    A Fazenda Pblica no projeto do novo Cdigo de Processo Civil*Eduardo de Souza Floriano**

    O Senado Federal, pretendendo contribuir para a melhoria no sistema processual civil vigente, instaurou uma comisso de notveis juristas encarregada de elaborar um anteprojeto de novo Cdigo do Processo Civil, considerando que o hoje vigente remonta de 1973, e j conta com 65 alteraes de texto1.

    Nomeada no final do ms de setembro de 2009, sob a presidncia do ento Ministro do STJ, Luiz Fux, hoje no STF, a comisso desenvolveu um extenso trabalho de avaliao da legislao processual civil, que visou privilegiar a celeridade a efetividade da ao, mas sempre com respeito ao devido processo legal.

    O trabalho de elaborao do anteprojeto perdurou por meses adotando, a comisso de juristas, uma postura de transparncia ao conduzir diversas audincias pblicas com a advocacia, magistratura, Ministrio Pblico, entre outros rgos que compem a estrutura da Justia brasileira e, ainda, manter canais abertos com o povo e as comunidades jurdica e acadmica.

    Concludos os trabalhos da comisso, foi entregue ao Presidente do Senado, Exmo. Senador Jos Sarney o Anteprojeto do Novo Cdigo de Processo Civil, que posteriormente resultou no Projeto de Lei do Senado PLS 166, o qual foi encaminhado comisso temporria da reforma do Cdigo de Processo Civil, instalada no dia 4 de agosto de 2010, em atendimento ao disposto no Regimento Interno do Senado Federal RI/SF.

    A citada comisso, aps receber o anteprojeto, analisou-o conjuntamente com outras cinquenta e oito proposies legislativas, que versavam sobre modificaes na legislao processual civil, visando atender ao disposto no art. 374, II, do RI/SF.

    * Quadro comparativo entre as disposies legais sobre a Fazenda Pblica no projeto de Lei do Senado 166, de 2010 (com a redao dada pela Emenda Substitutiva 1) e no Cdigo de Processo Civil de 1973.

    ** Procurador do Municpio de Juiz de Fora, Bacharel em Direito pela UFJF, especialista em Direito Pblico, especialista em Direito Social, ps-graduando em Administrao Pblica Municipal.

    1 Leis 5.925, 6.246, 6.314, 6.355, 6.515, 6.745, 6.771, 6.780, 6.820, 6.851, 7.005, 7.019, 7.219, 7.270, 7.359, 7.363, 7.513, 7.542, 8.038, 8.079, 8.455, 8.637, 8.710, 8.718, 8.898, 8.950, 8.951, 8.952, 8.953, 9.028, 9.040, 9.079, 9.139, 9.245, 9.280, 9.415, 9.307, 9.462, 9.668, 9.756, 9.868, 10.173, 10.352, 10.358, 10.444, 11.112, 11.187, 11.232, 11.276, 11.277, 11.280, 11.341, 11.382, 11.418, 11.419, 11.441, 11.672, 11.694, 11.965, 11.969, 12.008, 12.122 , 12.125 , 12.195 , 12.322.

    Aps anlise da comisso e apresentao dos competentes relatrios, foram oferecidas 217 emendas ao PLS 166, as quais foram objeto de acolhimento integral, acolhimento, declarao de prejudicialidade ou rejeio pela comisso temporria2. Ademais, alguns dos projetos apensados foram objeto de desapensamento, por tratarem de matria distinta ao processo civil, declarao de prejudicialidade e rejeio3.

    2 Acolhimento integral das Emendas 25 e 107, do Senador Acir Gurgacz; da Emenda 21, do Senador Adelmir Santana; das Emendas 153 e 157, do Senador Antnio Carlos Valadares; das Emendas 29 e 67, do Senador Francisco Dornelles; das Emendas 128, 132, 143, 168, 185 e 186, do Senador Marconi Perillo; da Emenda 30, da Senadora Nura Demarchi; acolhimento parcial das Emendas 19, 108 e 119, do Senador Acir Gurgacz; das Emendas 16, 43 e 68, do Senador Adelmir Santana; das Emendas 151, 152 154 a 156, do Senador Antnio Carlos Valadares; da Emenda 101, do Senador Eduardo Suplicy; das Emendas 7, 15, 59, 73, 77, 83, 97 e 100, do Senador Francisco Dornelles; das Emendas 123, 125, 127, 134, 141, 142, 145 a 147, 150, 162 a 166, 170, 174, 180, 183, 184, 192, 204 e 205, do Senador Marconi Perillo; das Emendas 5, 22 e 94 do Senador Regis Fichtner e do das Emendas 3, 76 e 99 do Senador Romero Juc; prejudicialidade da Emenda 117, do Senador Acir urgacz; rejeio das Emendas 24, 26, 82, 84, 85, 109 a 116, 118 e 120, do Senador Acir Gurgacz; das Emendas 9, 12, 13, 23, 31, 33 a 35, 37, 41, 46, 50, 53 a 55, 61, 62, 65, 69, 71, 72, 74, 75, 78 a 80, 87, 88, 91, 93, 98 e 104 a 106, do Senador Adelmir Santana; das Emendas 206 a 217, Senador Ccero Lucena; das Emendas 1, 2, 4, 6, 8, 14, 18, 20, 27, 28, 32, 39, 40, 44, 48, 49, 52, 56 a 58, 60, 63, 64, 66, 70, 81, 86, 90, 95 e 102, do Senador Francisco Dornelles; das Emendas 121, 122, 124, 126, 129, 130, 131, 133, 135 a 140, 144, 148, 149, 158 a 161, 167, 169, 171 a 173, 175 a 179, 181, 182, 187 a 191, 193 a 203, do Senador Marconi Perillo; da Emenda 10, do Senador Mozarildo Cavalcanti; da Emenda 17, da Senadora Nura Demarchi; das Emendas 38, 45, 51, 89 e 94 do Senador Regis Fichtner e das Emendas 11, 36, 42, 47, 92, 96 e 103 do Senador Romero Juc. (Fonte: )

    3 Desapensamento, para tramitao em separado, o Projeto de Lei da Cmara (PLC) 151, de 2001, e o PLC 70, de 2006; o Projeto de Lei do Senado (PLS) 370, de 1999; o PLS 145, de 2000; o PLS 441, de 2003; o PLS 138, de 2004; o PLS 364, de 2004; o PLS 228, de 2005; o PLS 353, de 2005; o PLS 559, de 2007; o PLS 397, de 2009, e o PLS 115, de 2010, por tratarem de matrias distintas, no relacionadas com o Cdigo de Processo Civil; prejudicialidade dos Projetos de Lei da Cmara 14, de 2005; 6, de 2007; 113, de 2007; 10, de 2008; 39, de 2008; 70, de 2008; 317, de 2009; 13, de 2010 e dos Projetos de Lei do Senado nos 387, de 2003; 132, de 2004; 136, de 2004; 139, de 2004; 268, de 2004; 58, de 2005; 144, de 2005; 292, de 2005; 20, de 2006; 39, de 2006; 296, de 2006; 324, de 2006; 169, de 2007; 309, de 2007; 506, de 2009; rejeio dos Projetos de Lei da Cmara 69, de 2004; 13, de 2006; 95, de 2007; 164, de 2009 e 171, de 2010 e dos Projetos de Lei do Senado nos 318, de 2003; 446, de 2003; 133, de 2004; 135, de 2004; 137, de 2004; 140, de 2004; 206, de 2004; 266, de 2004; 11, de 2005; 64, de 2005; 303, de 2005; 81, de 2006; 237, de 2006; 275, de 2006; 87, de 2007; 250, de 2007; 351, de 2008; 488, de 2008; 383, de 2009; 420, de 2009; 430, de 2009; 444, de 2009 e 161, de 2010; (FONTE www.senado.gov.br)

    Sumrio

    Revista do Tribunal Regional Federal da 1 Regio, v. 24, n. 5, maio 2012

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    Terminada a anlise pela Comisso temporria, o PLS 166 foi aprovado e, aps os devidos ajustes tcnicos, de mrito e de redao, foi apresentada a Emenda 1 - CTRCPC Substitutivo.

    A citada emenda ao PLS 166 foi aprovada no plenrio do Senado estando, agora, em anlise pela Cmara dos Deputados, podendo sofrer, portanto, modificaes em seu texto final.

    Feita este breve intrito, cumpre esclarecer o objeto deste trabalho.

    Na qualidade de advogado pblico, carreira de Estado essencial manuteno do Estado Democrtico de Direito, e responsvel pela consultoria jurdica e defesa dos entes federados em juzo, me deparo com a interminvel tarefa de manter atualizado nas normas atinentes ao processo civil e s prerrogativas e especificidades da normas relativas Fazenda Pblica em Juzo.

    A partir da aprovao do PLS 166 (com a redao dada pelo substitutivo 1) pelo Senado Federal, cresceu a curiosidade quanto ao texto do Novo CPC em especial quanto matria especfica reservada defesa dos entes pblicos em juzo.

    Todavia, uma simples leitura do texto do projeto, no bastava para se descobrir o que realmente havia de novo. Portanto, iniciei uma pesquisa textual acerca dos dispositivos atinentes Fazenda Pblica, efetuando a devida comparao com o texto do atual CPC/1973.

    Este o ponto principal do trabalho, o de sistematizar, para estudo e reflexo da comunidade jurdica e acadmica, as novas normas pertinentes Fazenda Pblica em juzo, com o intuito de se preparar para as significativas mudanas que ocorrero na disciplina processual civil, ou mesmo de fomentar a proposio de emendas e correes do texto, junto Cmara dos Deputados.

    No pretendo com o presente trabalho comentar ou discutir as dezenas de artigos que regulamentam especificamente a Fazenda Pblica em juzo, at mesmo porque o projeto (com a redao dada pela Emenda Substitutiva 1) ainda pode sofrer sensveis modificaes na Cmara dos Deputados.

    Assim, a fim de facilitar a comparao entre as normas legais, segue quadro esquemtico comparativo (em relao ao CPC/1973) acerca de cada dispositivo do projeto de lei agora sob anlise da Cmara dos Deputados.

    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 37. Recebido o pedido de auxilio direto passivo, a autoridade central o encaminhar Advocacia-Geral da Unio, que requerer em juzo a medida solicitada.

    Art. 52. As causas em que a Unio for autora sero movidas no domiclio do ru; sendo r a Unio, poder a ao ser movida no domiclio do autor, onde ocorreu o ato ou o fato que deu origem demanda, onde esteja situada a coisa ou no Distrito Federal.

    Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Territrio competente:I para as causas em que a Unio for autora, r ou interveniente;II para as causas em que o Territrio for autor, ru ou interveniente.Pargrafo nico. Correndo o processo perante outro juiz, sero os autos remetidos ao juiz competente da Capital do Estado ou Territrio, tanto que neles intervenha uma das entidades mencionadas neste artigo.

    Art. 75. Sero representados em juzo, ativa e passivamente:I a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, por seus procuradores;II o Municpio, por seu prefeito ou procurador;

    Art. 12. Sero representados em juzo, ativa e passivamente:I a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, por seus procuradores;II o Municpio, por seu Prefeito ou procurador;

    Revista do Tribunal Regional Federal da 1 Regio, v. 24, n. 5, maio 2012

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    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 80. So deveres das partes, de seus procuradores, e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:I expor os fatos em juzo conforme a verdade;II proceder com lealdade e boa-f;III no formular pretenses, nem alegar defesa, cientes de queso destitudas de fundamento;IV no produzir provas, nem praticar atos inteis ou desnecessrios declarao ou defesa do direito;V cumprir com exatido as decises de carter executivo ou mandamental e no criar embaraos efetivao de pronunciamentos judiciais, de natureza antecipatria ou final;VI declinar o endereo, residencial ou profissional, em que recebero intimaes, atualizando essa informao sempre que ocorrer qualquer modificao temporria ou definitiva. 1 A violao ao disposto no inciso V do caput deste artigo constitui ato atentatrio ao exerccio da jurisdio, devendo o juiz, sem prejuzo das sanes criminais, civis e processuais cabveis, aplicar ao responsvel multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade daconduta e no superior a vinte por cento do valor da causa. 2 O valor da multa prevista no 1 dever ser depositado em juzo no prazo a ser fixado pelo juiz. No sendo paga no prazo estabelecido, a multa ser inscrita como dvida ativa da Unio ou do Estado. 3 A multa prevista no 1 poder ser fixada independentemente da incidncia daquela prevista no art. 509, 1 e da peridica prevista no art. 522. 4 Quando o valor da causa for irrisrio ou inestimvel, a multa referida no 1 poder ser fixada em at o dcuplo do valor das custas processuais. 5 Aos Advogados Pblicos ou privados, aos membros da Defensoria Pblica e do Ministrio Pblico no se aplica o disposto nos 1 a 4, devendo sua responsabilizao ser apurada pelos rgos de classe respectivos, aos quais o juiz oficiar.

    Art. 14. So deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: (Redao dada pela Lei 10.358, de 27/12/2001)I - expor os fatos em juzo conforme a verdade;II - proceder com lealdade e boa-f;III - no formular pretenses, nem alegar defesa, cientes de que so destitudas de fundamento;IV - no produzir provas, nem praticar atos inteis ou desnecessrios declarao ou defesa do direito.V - cumprir com exatido os provimentos mandamentais e no criar embaraos efetivao de provimentos judiciais, de natureza antecipatria ou final.(Includo pela Lei 10.358, de 27/12/2001)Pargrafo nico. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violao do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatrio ao exerccio da jurisdio, podendo o juiz, sem prejuzo das sanes criminais, civis e processuais cabveis, aplicar ao responsvel multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e no superior a vinte por cento do valor da causa; no sendo paga no prazo estabelecido, contado do trnsito em julgado da deciso final da causa, a multa ser inscrita sempre como dvida ativa da Unio ou do Estado. (Includo pela Lei 10.358, de 27/12/2001)

    Art. 81. vedado s partes, aos advogados pblicos e privados, aos juzes, aos membros do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expresses injuriosas nos escritos apresentados, cabendo ao juiz ou ao tribunal, de ofcio ou a requerimento do ofendido, mandar risc-las.Pargrafo nico. Quando expresses injuriosas forem manifestadas oralmente, o juiz advertir o ofensor de que no as deve usar, sob pena de lhe ser cassada a palavra.

    Art. 15. defeso s partes e seus advogados empregar expresses injuriosas nos escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofcio ou a requerimento do ofendido, mandar risc-las.Pargrafo nico. Quando as expresses injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertir o advogado que no as use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra.

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    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 87. A sentena condenar o vencido a pagar honorrios ao advogado do vencedor. 1 A verba honorria de que trata o caput ser devida tambm no pedido contraposto, no cumprimento de sentena, na execuo resistida ou no e nos recursos interpostos, cumulativamente. 2 Os honorrios sero fixados entre o mnimo de dez e o mximo de vinte por cento sobre o valor da condenao, do proveito, do benefcio ou da vantagem econmica obtidos, conforme o caso, atendidos: I o grau de zelo do profissional;II o lugar de prestao do servio;III a natureza e a importncia da causa;IV o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu servio. 3 Nas causas em que a Fazenda Pblica for parte, os honorrios sero fixados dentro seguintes percentuais, observando os referenciais do 2:I mnimo de dez e mximo de vinte por cento nas aes de at duzentos salrios-mnimos;II mnimo de oito e mximo de dez por cento nas aes de duzentos at dois mil salrios-mnimos;III mnimo de cinco e mximo de oito por cento nas aes de dois mil at vinte mil salrios-mnimos;IV mnimo de trs e mximo de cinco por cento nas aes de vinte mil at cem mil salrios-mnimos;V mnimo de um e mximo de trs por cento nas aes acima de cem mil salrios-mnimos. 4 Nas causas em que for inestimvel ou irrisrio o proveito, o benefcio ou a vantagem econmica, o juiz fixar o valor dos honorrios advocatcios em ateno ao disposto no 2 5 Nas aes de indenizao por ato ilcito contra pessoa, o percentual de honorrios incidir sobre a soma das prestaes vencidas com mais doze prestaes vincendas. 6 Nos casos de perda do objeto, os honorrios sero devidos por quem deu causa ao processo. 7 A instncia recursal, de ofcio ou a requerimento da parte, fixar nova verba honorria advocatcia, observando-se o disposto nos 2 e 3 e o limite total de vinte e cinco por cento para a fase de conhecimento. 8 Os honorrios referidos no 7 so cumulveis com multas e outras sanes processuais, inclusive as do art. 80. 9 As verbas de sucumbncia arbitradas em embargos execuo rejeitados ou julgados improcedentes, bem como em fase de cumprimento de sentena, sero acrescidas no valor do dbito principal, para todos os efeitos legais. 10. Os honorrios constituem direito do advogado e tm natureza alimentar, com os mesmos privilgios dos crditos oriundos da legislao do trabalho, sendo vedada a compensao em caso de sucumbncia parcial. 11. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorrios que lhe cabem seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de scio, aplicando-se tambm a essa hiptese o disposto no 10. 12. Os juros moratrios sobre honorrios advocatcios incidem a partir da data do pedido de cumprimento da deciso que os arbitrou. 13. Os honorrios tambm sero devidos nos casos em que o advogado atuar em causa prpria

    Art. 20. A sentena condenar o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorrios advocatcios. Esta verba honorria ser devida, tambm, nos casos em que o advogado funcionar em causa prpria. (Redao dada pela Lei 6.355, de 1976) 3 Os honorrios sero fixados entre o mnimo de dez por cento (10%) e o mximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenao, atendidos: (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)a) o grau de zelo do profissional; (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)b) o lugar de prestao do servio; (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)c) a natureza e importncia da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu servio. (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973) 4 Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimvel, naquelas em que no houver condenao ou for vencida a Fazenda Pblica, e nas execues, embargadas ou no, os honorrios sero fixados consoante apreciao eqitativa do juiz, atendidas as normas das alneas a, b e c do pargrafo anterior. (Redao dada pela Lei 8.952, de 13/12/1994)

    Art. 93. As despesas dos atos processuais efetuados a requerimento da Fazenda Pblica sero pagas ao final pelo vencido, exceto as despesas periciais, que devero ser pagas de plano por aquele que requerer a prova.

    Art. 27. As despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministrio Pblico ou da Fazenda Pblica, sero pagas a final pelo vencido.

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    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 105. Incumbe Advocacia Pblica, na forma da lei, defender e promover os interesses pblicos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por meio da representao judicial, em todos os mbitos federativos, das pessoas jurdicas de direito pblico que integram a Administrao direta e indireta. 1 No caso dos Municpios desprovidos de procuradorias jurdicas, a Advocacia Pblica poder ser exercida por advogado com procurao. 2 As verbas sucumbenciais recebidas em decorrncia da atuao dos Advogados Pblicos, inclusive quando devidas por quaisquer entes pblicos, sero destinadas ao fundo respectivo, para o fim exclusivo de aparelhamento do rgo e capacitao profissional de seus membros e servidores.

    Art. 106. A Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico gozaro de prazo em dobro para todas as suas manifestaes processuais, cuja contagem ter incio a partir da vista pessoal dos autos.

    Art. 188. Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico.

    Art. 156. O Ministrio Pblico ser intimado para, no prazo de trinta dias, intervir como fiscal da ordem jurdica:I - nas causas que envolvam interesse pblico ou social;II - nas causas que envolvam o estado das pessoas e o interesse de incapazes;III nas causas que envolvam litgios coletivos pela posse de terra rural;IV - nas demais hipteses previstas em lei ou na Constituio da Repblica.Pargrafo nico. A participao da Fazenda Pblica no configura por si s hiptese de interveno do Ministrio Pblico.

    Art. 82. Compete ao Ministrio Pblico intervir:I - nas causas em que h interesses de incapazes;II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, ptrio poder, tutela, curatela, interdio, casamento, declarao de ausncia e disposies de ltima vontade;III - nas aes que envolvam litgios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que h interesse pblico evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte. (Redao dada pela Lei 9.415, de 23/12/1996)

    Art. 185. Os atos processuais sero realizados nos prazos prescritos em lei.Pargrafo nico. Quando a lei for omissa, o juiz determinar os prazos tendo em conta a complexidade da causa.

    Art. 186. Na contagem de prazo em dias, estabelecido pela lei ou pelo juiz, computar-se-o somente os teis. 1 No so intempestivos atos praticados antes da ocorrncia do termo inicial do prazo. 2 No se aplica o benefcio da contagem em dobro, quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo prprio para a Fazenda Pblica, o Ministrio Pblico ou a Defensoria Pblica.

    Art. 192. Salvo disposio em contrrio, os prazos sero contados excluindo o dia do comeo e incluindo o do vencimento. 1 Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til, se o vencimento cair em dia em que:I for determinado o fechamento do frum;II o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depoisda hora normal ou houver interrupo da comunicao eletrnica. 2 Considera-se como data da publicao o primeiro dia til seguinte ao da disponibilizao da informao no Dirio da Justia fsico ou eletrnico. 3 Os prazos tero incio no primeiro dia til aps a intimao.

    Art. 184. Salvo disposio em contrrio, computar-se-o os prazos, excluindo o dia do comeo e incluindo o do vencimento. (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)

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    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 249. Ressalvado o disposto no art. 324, comea a correr o prazo, obedecida a contagem somente nos dias teis:I quando a citao ou a intimao for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento;II quando a citao ou a intimao for por oficial de justia, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;III quando houver vrios rus, da data de juntada aos autos do ltimo aviso de recebimento ou mandado de citao cumprido;IV quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatria ou rogatria, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;V quando a citao ou intimao for por edital, do dia seguinte ao da publicao nica, ou, havendo mais de uma, a contar da primeira, e finda a dilao assinada pelo juiz;VI na intimao eletrnica, do dia seguinte ao da publicao.

    Art. 241. Comea a correr o prazo: (Redao dada pela Lei 8.710, de 24/09/1993)I quando a citao ou intimao for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento; (Redao dada pela Lei 8.710, de 24/09/1993)II quando a citao ou intimao for por oficial de justia, da data de juntada aos autos do mandado cumprido; (Redao dada pela Lei 8.710, de 24/09/1993)III quando houver vrios rus, da data de juntada aos autos do ltimo aviso de recebimento ou mandado citatrio cumprido; (Redao dada pela Lei 8.710, de 24/09/1993)IV quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatria ou rogatria, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida; (Redao dada pela Lei 8.710, de 24/09/1993)V quando a citao for por edital, finda a dilao assinada pelo juiz. (Redao dada pela Lei 8.710, de 24/09/1993)

    Art. 201. Os Advogados Pblicos ou privados, o defensor pblico e o membro do Ministrio Pblico devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado, sob pena de o juiz determinar, de ofcio, o desentranhamento das peties, manifestaes e documentos que apresentar.

    Art. 203. Aplicam-se ao Ministrio Pblico, Defensoria Pblica e Advocacia Pblica os arts. 201 e 202; a multa, se for o caso, ser aplicada ao agente pblico responsvel pelo ato. Pargrafo nico. Apurada a falta, o juiz comunicar o fato ao rgo competente responsvel pela instaurao de procedimento disciplinar contra o membro que atuou no feito.

    Art. 345. O juiz exerce o poder de polcia e incumbe-lhe:I manter a ordem e o decoro na audincia;II ordenar que se retirem da sala da audincia os que se comportarem inconvenientemente;III requisitar, quando necessrio, a fora policial;IV tratar com urbanidade as partes, os Advogados Pblicos e privados, os membros do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica e qualquer pessoa que participe do processo;V registrar em ata, com exatido, todos os requerimentos apresentados em audincia.

    Art. 445. O juiz exerce o poder de polcia, competindo-lhe:I manter a ordem e o decoro na audincia;II ordenar que se retirem da sala da audincia os que se comportarem inconvenientemente;III requisitar, quando necessrio, a fora policial.Art. 446. Compete ao juiz em especial:I dirigir os trabalhos da audincia;II proceder direta e pessoalmente colheita das provas;III exortar os advogados e o rgo do Ministrio Pblico a que discutam a causa com elevao e urbanidade.Pargrafo nico. Enquanto depuserem as partes, o perito, os assistentes tcnicos e as testemunhas, os advogados no podem intervir ou apartear, sem licena do juiz.

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    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 392. Fazem a mesma prova que os originais:I as certides textuais de qualquer pea dos autos, do protocolo das audincias ou de outro livro a cargo do escrivo, sendo extradas por ele ou sob sua vigilncia e por ele subscritas;II os traslados e as certides extradas por oficial pblico de instrumentos ou documentos lanados em suas notas;III as reprodues dos documentos pblicos, desde que autenticadas por oficial pblico ou conferidas em cartrio, com os respectivos originais;IV as cpias reprogrficas de peas do prprio processo judicial declaradas autnticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se no lhes for impugnada a autenticidade;V os extratos digitais de bancos de dados pblicos e privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informaes conferem com o que consta na origem;VI as reprodues digitalizadas de qualquer documento pblico ou particular quando juntadas aos autos pelos rgos da justia e seus auxiliares, pelo Ministrio Pblico e seus auxiliares, pela Defensoria Pblica e seus auxiliares, pelas Procuradorias, pelas reparties pblicas em geral e por advogados, ressalvada a alegao motivada e fundamentada de adulterao antes ou durante o processo de digitalizao. 1 Os originais dos documentos digitalizados mencionados no inciso VI devero ser preservados pelo seu detentor at o final do prazo para ajuizamento de ao rescisria. 2 Tratando-se de cpia digital de ttulo executivo extrajudicial ou de outro documento relevante instruo do processo, o juiz poder determinar o seu depsito em cartrio ou secretaria.

    Art. 365. Fazem a mesma prova que os originais:I as certides textuais de qualquer pea dos autos, do protocolo das audincias, ou de outro livro a cargo do escrivo, sendo extradas por ele ou sob sua vigilncia e por ele subscritas;II os traslados e as certides extradas por oficial pblico, de instrumentos ou documentos lanados em suas notas;III as reprodues dos documentos pblicos, desde que autenticadas por oficial pblico ou conferidas em cartrio, com os respectivos originais.IV as cpias reprogrficas de peas do prprio processo judicial declaradas autnticas pelo prprio advogado sob sua responsabilidade pessoal, se no lhes for impugnada a autenticidade. (Includo pela Lei 11.382, de 2006).V os extratos digitais de bancos de dados, pblicos e privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informaes conferem com o que consta na origem; (Includo pela Lei 11.419, de 2006).VI as reprodues digitalizadas de qualquer documento, pblico ou particular, quando juntados aos autos pelos rgos da Justia e seus auxiliares, pelo Ministrio Pblico e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas reparties pblicas em geral e por advogados pblicos ou privados, ressalvada a alegao motivada e fundamentada de adulterao antes ou durante o processo de digitalizao. (Includo pela Lei 11.419, de 2006). 1 Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no inciso VI do caput deste artigo, devero ser preservados pelo seu detentor at o final do prazo para interposio de ao rescisria. (Includo pela Lei 11.419, de 2006). 2 Tratando-se de cpia digital de ttulo executivo extrajudicial ou outro documento relevante instruo do processo, o juiz poder determinar o seu depsito em cartrio ou secretaria. (Includo pela Lei 11.419, de 2006).

    Art. 424. O juiz requisitar s reparties pblicas em qualquer tempo ou grau de jurisdio:I as certides necessrias prova das alegaes das partes;II os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios ou as respectivas entidades da administrao indireta. 1 Recebidos os autos, o juiz mandar extrair, no prazo mximo e improrrogvel de um ms, certides ou reprodues fotogrficas das peas indicadas pelas partes ou de ofcio; findo o prazo, devolver os autos repartio de origem. 2 As reparties pblicas podero fornecer todos os documentos em meio eletrnico, conforme disposto em lei, certificando, pelo mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu banco de dados ou do documento digitalizado.

    Art. 399. O juiz requisitar s reparties pblicas em qualquer tempo ou grau de jurisdio:I - as certides necessrias prova das alegaes das partes;II - os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a Unio, o Estado, o Municpio, ou as respectivas entidades da administrao indireta. 1 Recebidos os autos, o juiz mandar extrair, no prazo mximo e improrrogvel de 30 (trinta) dias, certides ou reprodues fotogrficas das peas indicadas pelas partes ou de ofcio; findo o prazo, devolver os autos repartio de origem. (Renumerado pela Lei 11.419, de 2006). 2 As reparties pblicas podero fornecer todos os documentos em meio eletrnico conforme disposto em lei, certificando, pelo mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu banco de dados ou do documento digitalizado. (Includo pela Lei 11.419, de 2006).

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    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 483. Est sujeita ao duplo grau de jurisdio, no produzindo efeito seno depois de confirmada pelo tribunal, a sentena: I proferida contra a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e as respectivas autarquias e fundaes de direito pblico;II que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos execuo de dvida ativa da Fazenda Pblica;III que no puder indicar, desde logo, o valor da condenao. 1 Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenar a remessa dos autos ao tribunal, haja ou no apelao; no o fazendo, dever o presidente do respectivo tribunal avoc-los. 2 No se aplica o disposto neste artigo sempre que o valor da condenao, do proveito, do benefcio ou da vantagem econmica em discusso for de valor certo inferior a:I mil salrios-mnimos para Unio e as respectivas autarquias e fundaes de direito pblico;II quinhentos salrios-mnimos para os Estados, o Distrito Federal e as respectivas autarquias e fundaes de direito pblico, bem assim para as capitais dos Estados;III cem salrios-mnimos para todos os demais municpios e respectivas autarquias e fundaes de direito pblico. 3 Tambm no se aplica o disposto neste artigo quando a sentena estiver fundada em:I smula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justia;II acrdo proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justia em julgamento de casos repetitivos;III entendimento firmado em incidente de resoluo de demandas repetitivas ou de assuno de competncia.

    Art. 475. Est sujeita ao duplo grau de jurisdio, no produzindo efeito seno depois de confirmada pelo tribunal, a sentena: (Redao dada pela Lei 10.352, de 26/12/2001)I proferida contra a Unio, o Estado, o Distrito Federal, o Municpio, e as respectivas autarquias e fundaes de direito pblico; (Redao dada pela Lei 10.352, de 26/12/2001)II que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos execuo de dvida ativa da Fazenda Pblica (art. 585, VI). (Redao dada pela Lei 10.352, de 26/12/2001) 1 Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenar a remessa dos autos ao tribunal, haja ou no apelao; no o fazendo, dever o presidente do tribunal avoc-los. (Includo pela Lei 10.352, de 26/12/2001) 2 No se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenao, ou o direito controvertido, for de valor certo no excedente a 60 (sessenta) salrios-mnimos, bem como no caso de procedncia dos embargos do devedor na execuo de dvida ativa do mesmo valor. (Includo pela Lei 10.352, de 26/12/2001) 3 Tambm no se aplica o disposto neste artigo quando a sentena estiver fundada em jurisprudncia do plenrio do Supremo Tribunal Federal ou em smula deste Tribunal ou do tribunal superior competente. (Includo pela Lei 10.352, de 26/12/2001)

    Art. 519. Transitada em julgado a sentena que impuser Fazenda Pblica o dever de pagar quantia certa, ou, se for o caso, a deciso que julgar a liquidao, o exequente apresentar demonstrativo discriminado e atualizado do crdito contendo: I o nome completo, o nmero do cadastro de pessoas fsicas ou do cadastro nacional de pessoas jurdicas do exequente;II o ndice de correo monetria adotado;III a taxa dos juros de mora aplicada;IV o termo inicial e o termo final dos juros e da correo monetria utilizados;V especificao dos eventuais descontos obrigatrios realizados. 1 Havendo pluralidade de exequentes, cada um dever apresentar o seu prprio demonstrativo, aplicando-se hiptese, se for o caso, o disposto nos 1 e 2 do art. 112. 2 A multa prevista no 1 do art. 509 no se aplica Fazenda Pblica.

    Art. 730. Na execuo por quantia certa contra a Fazenda Pblica, citar-se- a devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se esta no os opuser, no prazo legal, observar-se-o as seguintes regras: (Vide Lei 9.494, de 10/09/1997)I o juiz requisitar o pagamento por intermdio do presidente do tribunal competente;II far-se- o pagamento na ordem de apresentao do precatrio e conta do respectivo crdito.

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    Art. 520. A Fazenda Pblica ser intimada para, querendo, no prazo de trinta dias e nos prprios autos, impugnar a execuo, cabendo nela arguir:I falta ou nulidade da citao, se o processo correu revelia;II ilegitimidade de parte;III a inexigibilidade do ttulo;IV o excesso de execuo;V cumulao indevida de execues;VI incompetncia do juzo da execuo, bem como suspeio ou impedimento do juiz;VII qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigao, como pagamento, novao, compensao, transao ou prescrio, desde que supervenientes sentena. 1 Quando se alegar que o exequente, em excesso de execuo, pleiteia quantia superior resultante do ttulo, cumprir executada declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de no conhecimento da arguio. 2 No impugnada a execuo ou rejeitadas as arguies da executada:I expedir-se- por intermdio do presidente do tribunal competente, precatrio em favor do exequente, observando-se o disposto na Constituio da Repblica;II por ordem do juiz, dirigida autoridade citada para a causa, o pagamento de obrigao de pequeno valor ser realizado no prazo de sessenta dias contados da entrega da requisio, mediante depsito na agncia mais prxima de banco oficial. 3 Tratando-se de impugnao parcial, a parte no questionada pela executada ser, desde logo, objeto de cumprimento. 4 Para efeito do disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se tambm inexigvel o ttulo judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicao ou interpretao da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatveis com a Constituio da Repblica em controle concentrado de constitucionalidade ou quando a norma tiver sua execuo suspensa pelo Senado Federal.

    Art. 741. Na execuo contra a Fazenda Pblica, os embargos s podero versar sobre: (Redao dada pela Lei 11.232, de 2005)I falta ou nulidade da citao, se o processo correu revelia; (Redao dada pela Lei 11.232, de 2005)II - inexigibilidade do ttulo;III - ilegitimidade das partes;IV - cumulao indevida de execues;V excesso de execuo; (Redao dada pela Lei 11.232, de 2005)VI qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigao, como pagamento, novao, compensao, transao ou prescrio, desde que superveniente sentena; (Redao dada pela Lei 11.232, de 2005)VII - incompetncia do juzo da execuo, bem como suspeio ou impedimento do juiz.Pargrafo nico. Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se tambm inexigvel o ttulo judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicao ou interpretao da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatveis com a Constituio Federal. (Redao pela Lei 11.232, de 2005)

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    Art. 522. A multa peridica imposta ao devedor independe de pedido do credor e poder se dar em liminar, na sentena ou na execuo, desde que seja suficiente e compatvel com a obrigao e que se determine prazo razovel para o cumprimento do preceito. 1 A multa fixada liminarmente ou na sentena se aplica na execuo provisria, devendo ser depositada em juzo, permitido o seu levantamento aps o trnsito em julgado ou na pendncia de agravo de admisso contra deciso denegatria de seguimento de recurso especial ou extraordinrio. 2 O requerimento de execuo da multa abrange aquelas que se vencerem ao longo do processo, enquanto no cumprida pelo ru a deciso que a cominou. 3 O juiz poder, de ofcio ou a requerimento, modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou exclu-la, caso verifique que: I se tornou insuficiente ou excessiva;II o obrigado demonstrou cumprimento parcial superveniente da obrigao ou justa causa para o descumprimento. 4 A multa peridica incidir enquanto no for cumprida a deciso que a tiver cominado. 5 O valor da multa ser devido ao exequente at o montante equivalente ao valor da obrigao, destinando-se o excedente unidade da Federao onde se situa o juzo no qual tramita o processo ou Unio, sendo inscrito como dvida ativa. 6 Sendo o valor da obrigao inestimvel, dever o juiz estabelecer o montante que ser devido ao autor, incidindo a regra do 5 no que diz respeito parte excedente. 7 Quando o executado for a Fazenda Pblica, a parcela excedente ao valor da obrigao principal a que se refere o 5, ser destinada a entidade pblica ou privada, com finalidade social.

    Art. 645. Na execuo de obrigao de fazer ou no fazer, fundada em ttulo extrajudicial, o juiz, ao despachar a inicial, fixar multa por dia de atraso no cumprimento da obrigao e a data a partir da qual ser devida. (Redao dada pela Lei 8.953, de 13/12/1994)Pargrafo nico. Se o valor da multa estiver previsto no ttulo, o juiz poder reduzi-lo se excessivo. (Includo pela Lei 8.953, de 13/12/1994)

    Art. 601. O requerimento de inventrio e partilha incumbe a quem estiver na posse e na administrao do esplio, no prazo estabelecido no art. 597Pargrafo nico. O requerimento ser instrudo com a certido de bito do autor da herana.Art. 602. Tm, contudo, legitimidade concorrente:I o cnjuge ou companheiro suprstite;II o herdeiro;III o legatrio;IV o testamenteiro;V o cessionrio do herdeiro ou do legatrio;VI o credor do herdeiro, do legatrio ou do autor da herana;VII o Ministrio Pblico, havendo herdeiros incapazes;VIII a Fazenda Pblica a, quando tiver interesse.

    Art. 987. A quem estiver na posse e administrao do esplio incumbe, no prazo estabelecido no art. 983, requerer o inventrio e a partilha.Pargrafo nico. O requerimento ser instrudo com a certido de bito do autor da herana.Art. 988. Tem, contudo, legitimidade concorrente:I o cnjuge suprstite;II o herdeiro;III o legatrio;IV o testamenteiro;V o cessionrio do herdeiro ou do legatrio;VI o credor do herdeiro, do legatrio ou do autor da herana;VII o sndico da falncia do herdeiro, do legatrio, do autor da herana ou do cnjuge suprstite;VIII o Ministrio Pblico, havendo herdeiros incapazes;IX a Fazenda Pblica, quando tiver interesse.Art. 989. O juiz determinar, de ofcio, que se inicie o inventrio, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.

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    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 612. Feitas as primeiras declaraes, o juiz mandar citar, para os termos do inventrio e da partilha, o cnjuge, o companheiro, os herdeiros, os legatrios, a Fazenda Pblica, o Ministrio Pblico, se houver herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se o finado deixou testamento. 1 Sero citados conforme o disposto no art. 216, o cnjuge ou o companheiro, o herdeiro e o legatrio. Frustrada a citao das pessoas domiciliadas na comarca onde corre o inventrio, estas sero citadas na forma dos arts. 218 e 225, e por edital, com prazo de vinte dias a dois meses, todas as demais residentes no Brasil como no estrangeiro. 2 Das primeiras declaraes extrair-se-o tantas cpias quantas forem as partes. 3 A citao ser acompanhada de cpia das primeiras declaraes. 4 Incumbe ao escrivo remeter cpias Fazenda Pblica, ao Ministrio Pblico, ao testamenteiro, se houver, e ao advogado, se a parte j estiver representada nos autos.

    Art. 999. Feitas as primeiras declaraes, o juiz mandar citar, para os termos do inventrio e partilha, o cnjuge, os herdeiros, os legatrios, a Fazenda Pblica, o Ministrio Pblico, se houver herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se o finado deixou testamento.(Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)

    Art. 615. A Fazenda Pblica, no prazo de vinte dias, aps a vista de que trata o art. 613, informar ao juzo, de acordo com os dados que constam de seu cadastro imobilirio, o valor dos bens de raiz descritos nas primeiras declaraes.

    Art. 1.002. A Fazenda Pblica, no prazo de 20 (vinte) dias, aps a vista de que trata o art. 1.000, informar ao juzo, de acordo com os dados que constam de seu cadastro imobilirio, o valor dos bens de raiz descritos nas primeiras declaraes. (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)

    Art. 619. Sendo capazes todas as partes, no se proceder avaliao, se a Fazenda Pblica, intimada pessoalmente, concordar expressamente com o valor atribudo, nas primeiras declaraes, aos bens do esplio.

    Art. 1.007. Sendo capazes todas as partes, no se proceder avaliao, se a Fazenda Pblica, intimada na forma do art. 237, I, concordar expressamente com o valor atribudo, nas primeiras declaraes, aos bens do esplio. (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)

    Art. 620. Se os herdeiros concordarem com o valor dos bens declarados pela Fazenda Pblica, a avaliao cingir-se- aos demais.

    Art. 1.008. Se os herdeiros concordarem com o valor dos bens declarados pela Fazenda Pblica, a avaliao cingir-se- aos demais. (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)

    Art. 624. Feito o clculo, sobre ele sero ouvidas todas as partes no prazo comum de cinco dias, que correr em cartrio e, em seguida, a Fazenda Pblica.

    Art. 1.009. Entregue o laudo de avaliao, o juiz mandar que sobre ele se manifestem as partes no prazo de 10 (dez) dias, que correr em cartrio.

    Art. 640. Pago o imposto de transmisso a ttulo de morte e juntada aos autos certido ou informao negativa de dvida para com a Fazenda Pblica, o juiz julgar por sentena a partilha.Pargrafo nico. A existncia de dvida para com a Fazenda Pblica no impedir o julgamento da partilha, desde que o seu pagamento esteja devidamente garantido.

    Art. 685. Quando este Cdigo no estabelecer procedimento especial, regem os procedimentos no contenciosos as disposies constantes desta Seo.

    Art. 686. O procedimento ter incio por provocao do interessado, do Ministrio Pblico ou da Defensoria Pblica, cabendo-lhes formular o pedido devidamente instrudo com os documentos necessrios e com a indicao da providncia judicial.

    Art. 687. Sero citados todos os interessados, bem como intimado o Ministrio Pblico, para que se manifestem, querendo, no prazo de dez dias.

    Art. 688. A Fazenda Pblica ser sempre ouvida nos casos em que tiver interesse.

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    Art. 706. O juiz ordenar que o oficial de justia, acompanhado do escrivo e do curador, arrole os bens e descreva-os em auto circunstanciado. 1 No podendo comparecer ao local, o juiz requisitar autoridade policial que proceda arrecadao e ao arrolamento dos bens, com duas testemunhas, que assistiro s diligncias. 2 No estando ainda nomeado o curador, o juiz designar um depositrio e lhe entregar os bens, mediante simples termo nos autos, depois de compromissado. 3 Durante a arrecadao o juiz ou a autoridade policial inquirir os moradores da casa e da vizinhana sobre a qualificao do falecido, o paradeiro de seus sucessores e a existncia de outros bens, lavrando-se de tudo um auto de inquirio e informao. 4 O juiz examinar reservadamente os papis, as cartas missivas e os livros domsticos; verificando que no apresentam interesse, mandar empacot-los e lacr-los para serem assim entregues aos sucessores do falecido ou queimados quando os bens forem declarados vacantes. 5 Se constar ao juiz a existncia de bens em outra comarca, mandar expedir carta precatria a fim de serem arrecadados. 6 No se far a arrecadao ou suspender-se- esta quando, iniciada, apresentarem-se para reclamar os bens o cnjuge ou companheiro, o herdeiro ou o testamenteiro notoriamente reconhecido e no houver oposio motivada do curador, de qualquer interessado, do Ministrio Pblico ou do representante da Fazenda Pblica.

    Art. 708. O juiz poder autorizar a alienao: I de bens mveis, se forem de conservao difcil ou dispendiosa;II de semoventes, quando no empregados na explorao de alguma indstria;III de ttulos e papis de crdito, havendo fundado receio de depreciao;IV de aes de sociedade quando, reclamada a integralizao, no dispuser a herana de dinheiro para o pagamento;V de bens imveis:a) se ameaarem runa, no convindo a reparao;b) se estiverem hipotecados e vencer-se a dvida, no havendo dinheiro para o pagamento. 1 No se proceder, entretanto, venda se a Fazenda Pblica ou o habilitando adiantar a importncia para as despesas. 2 Os bens com valor de afeio, como retratos, objetos de uso pessoal, livros e obras de arte, s sero alienados depois de declarada a vacncia da herana.

    Art. 711. Feita a arrecadao, o juiz mandar publicar editais no stio do tribunal a que estiver vinculado, onde permanecer por um ano; no havendo, a publicao se far durante um ano, reproduzida de dois em dois meses, anunciando a arrecadao e chamando o ausente a entrar na posse de seus bens. 1 Findo o prazo previsto no edital, podero os interessados requerer a abertura da sucesso provisria, observando-se o disposto na lei. 2 O interessado, ao requerer a abertura da sucesso provisria, pedir a citao pessoal dos herdeiros presentes e do curador e, por editais, a dos ausentes para requererem habilitao, na forma dos arts. 670 a 673. 3 Presentes os requisitos legais, poder ser requerida a converso da sucesso provisria em definitiva. 4 Regressando o ausente ou algum dos seus descendentes ou ascendentes para requerer ao juiz a entrega de bens, sero citados para contestar o pedido os sucessores provisrios ou definitivos, o Ministrio Pblico e o representante da Fazenda Pblica, seguindo-se o procedimento comum.

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    Emenda 1 CTRCPC Substitutivo CPC/1973

    Art. 743. So ttulos executivos extrajudiciais:I a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata, a debnture e o cheque;II a escritura pblica ou outro documento pblico assinado pelo devedor;III o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas;IV o instrumento de transao referendado pelo Ministrio Pblico, pela Defensoria Pblica ou pelos advogados dos transatores;V os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e cauo, bem como os de seguro de vida;VI o crdito decorrente de foro e laudmio; VII o crdito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imvel, bem como de encargos acessrios, tais como taxas e despesas de condomnio;VIII o crdito de serventurio de justia, de perito, de intrprete ou de tradutor, quando as custas, os emolumentos ou os honorrios forem aprovados por deciso judicial;IX a certido de dvida ativa da Fazenda Pblica da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios, correspondente aos crditos inscritos na forma da lei;X a parcela de rateio de despesas de condomnio edilcio, assim estabelecida em conveno de condminos ou constante de ata de reunio de condomnio convocada especialmente para tal fim;XI todos os demais ttulos a que, por disposio expressa, a lei atribuir fora executiva. 1 A propositura de qualquer ao relativa ao dbito constante do ttulo executivo no inibe o credor de promover-lhe a execuo. 2 No dependem de homologao para serem executados, os ttulos executivos extrajudiciais oriundos de pas estrangeiro. 3 O ttulo estrangeiro s ter eficcia executiva quando satisfeitos os requisitos de formao exigidos pela lei do lugar de sua celebrao e o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigao.

    Art. 585. So ttulos executivos extrajudiciais: (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)I a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata, a debnture e o cheque; (Redao dada pela Lei 8.953, de 13/12/1994)II a escritura pblica ou outro documento pblico assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transao referendado pelo Ministrio Pblico, pela Defensoria Pblica ou pelos advogados dos transatores;(Redao dada pela Lei 8.953, de 13/12/1994)III os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e cauo, bem como os de seguro de vida; (Redao dada pela Lei 11.382, de 2006).IV o crdito decorrente de foro e laudmio; (Redao dada pela Lei 11.382, de 2006).V o crdito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imvel, bem como de encargos acessrios, tais como taxas e despesas de condomnio; (Redao dada pela Lei 11.382, de 2006).VI o crdito de serventurio de justia, de perito, de intrprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorrios forem aprovados por deciso judicial; (Redao dada pela Lei 11.382, de 2006).VII a certido de dvida ativa da Fazenda Pblica da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios, correspondente aos crditos inscritos na forma da lei; (Redao dada pela Lei 11.382, de 2006).VIII todos os demais ttulos a que, por disposio expressa, a lei atribuir fora executiva. (Includo pela Lei 11.382, de 2006). 1 A propositura de qualquer ao relativa ao dbito constante do ttulo executivo no inibe o credor de promover-lhe a execuo. (Redao dada pela Lei 8.953, de 13/12/1994) 2 No dependem de homologao pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os ttulos executivos extrajudiciais, oriundos de pas estrangeiro. O ttulo, para ter eficcia executiva, h de satisfazer aos requisitos de formao exigidos pela lei do lugar de sua celebrao e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigao. (Redao dada pela Lei 5.925, de 1/10/1973)

    Art. 866. Na execuo fundada em ttulo extrajudicial, a Fazenda Pblica ser citada para opor embargos em trinta dias. 1 No opostos embargos ou transitada em julgado a deciso que os rejeitar, expedir-se- precatrio ou requisio de pequeno valor em favor do exequente, observando-se o disposto no art. 100 da Constituio da Repblica. 2 Nos embargos, a Fazenda Pblica poder alegar qualquer matria que lhe seria lcito deduzir como defesa no processo de conhecimento. 3 Aplica-se a este Captulo, no que couber, o disposto nos arts. 519 e 520

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    Art. 921. A petio inicial ser elaborada com observncia dos requisitos essenciais do art. 293, devendo o autor: I cumular ao pedido de resciso, se for o caso, o de novo julgamento da causa;II depositar a importncia de cinco por cento sobre o valor da causa, a ttulo de multa, caso a ao seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissvel ou improcedente. 1 No se aplica o disposto no inciso II Unio, ao Estado, ao Distrito Federal, ao Municpio, respectivas autarquias e fundaes de direito pblico, ao Ministrio Pblico, e aos que tenham obtido o benefcio da gratuidade de justia. 2 Ser indeferida a petio inicial nos casos previstos no art. 305 ou quando no efetuado o depsito exigido pelo inciso II deste artigo, ou rejeitada liminarmente a demanda nos casos do art. 307.

    Art. 961. No ato de interposio do recurso, o recorrente comprovar, quando exigido pela legislao pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de desero, observado o seguinte:I so dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministrio Pblico, pela Unio, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municpios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de iseno legal;II a insuficincia no valor do preparo implicar desero, se o recorrente, intimado, no vier a supri-lo no prazo de cinco dias. 1 Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevar, por deciso irrecorrvel, a pena de desero, fixando-lhe prazo de cinco dias para efetuar o preparo. 2 O equvoco no preenchimento da guia de custas no resultar na aplicao da pena de desero, cabendo ao relator, na hiptese de dvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vcio no prazo de cinco dias ou solicitar informaes ao rgo arrecadador.

    Art. 511. No ato de interposio do recurso, o recorrente comprovar, quando exigido pela legislao pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de desero. (Redao dada pela Lei 9.756, de 17/12/1998) 1o So dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministrio Pblico, pela Unio, pelos Estados e Municpios e respectivas autarquias, e pelos que gozam de iseno legal. (Pargrafo nico renumerado pela Lei 9.756, de 17/12/1998)

    Art. 981. Sero julgados em recurso ordinrio:I pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurana, os habeas data e os mandados de injuno decididos em nica instncia pelos tribunais superiores, quando denegatria a deciso;II pelo Superior Tribunal de Justia:a) os mandados de segurana decididos em nica instncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territrios, quando denegatria a deciso;b) as causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, do outro, Municpio ou pessoa residente ou domiciliada no Pas.Pargrafo nico. Nas causas referidas no inciso II, alnea b, caber agravo das decises interlocutrias.

    Art. 539. Sero julgados em recurso ordinrio: (Redao dada pela Lei 8.950, de 13/12/1994)I pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurana, os habeas data e os mandados de injuno decididos em nica instncia pelos Tribunais superiores, quando denegatria a deciso; (Redao dada pela Lei 8.950, de 13/12/1994)II pelo Superior Tribunal de Justia:(Redao dada pela Lei 8.950, de 13/12/1994)a) os mandados de segurana decididos em nica instncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territrios, quando denegatria a deciso; (Includo pela Lei 8.950, de 13/12/1994)b) as causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, do outro, Municpio ou pessoa residente ou domiciliada no Pas. (Includo pela Lei 8.950, de 13/12/1994)Pargrafo nico. Nas causas referidas no inciso II, alnea b, caber agravo das decises interlocutrias. (Includo pela Lei 8.950, de 13/12/1994)

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    Nota explicativa:Tendo em vista tratar-se, o presente artigo, de

    anlise de projeto de lei, pode ocorrer, como de fato ocorreu, que modificaes fossem propostas durante o processo legislativo. Assim, importante esclarecer que este artigo foi elaborado em maio de 2011 e que, at a data de publicao neste peridico, o texto em tramitao na Cmara dos Deputados (PL 8.046/2010) recebeu sutis alteraes em alguns dos dispositivos ora analisados.

    Os dispositivos modificados foram os arts. 75; 105, 2; 186, 1; 483, III; 743, VIII, IX e X.

    At 9 de maio de 2012, a Comisso Especial da Cmara dos Deputados, criada para anlise do projeto de Lei 8.046/2010, ainda no havia apresentado parecer final sobre o projeto e as 900 propostas de emenda apresentadas pelos parlamentares. (Fonte: www.camara.gov.br.)

    Art. 75. Sero representados em juzo, ativa e passivamente:

    I - a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, por seus procuradores;

    II - o Municpio, por seu prefeito ou procurador;

    III as mesas do Senado Federal, da Cmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas, da Cmara Legislativa do Distrito Federal e das Cmaras Municipais, pelos respectivos rgos de assessoramento jurdico, quando existentes;

    IV - a massa falida, pelo administrador judicial;

    V - a herana jacente ou vacante, por seu curador;

    VI - o esplio, pelo inventariante;

    VII - as pessoas jurdicas, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, no havendo essa designao, por seus diretores;

    [...]

    Art. 105

    [...]

    2 O membro da Advocacia Pblica ser civilmente responsvel quando, no exerccio de suas funes, agir com dolo ou fraude.

    [...]

    Art. 186

    [...]

    1 No se consideram intempestivos atos praticados antes da ocorrncia do termo inicial do prazo.

    [...]

    Art. 483

    [...]

    III que, proferida contra os entes elencados no inciso I, no puder indicar, desde logo, o valor da condenao.

    [...]

    Art. 743

    [...]

    VII - o crdito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imvel, bem como de encargos acessrios, tais como taxas e despesas de condomnio;

    VIII - a certido de dvida ativa da Fazenda Pblica da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios, correspondente aos crditos inscritos na forma da lei;

    IX - a parcela de rateio de despesas de condomnio edilcio, assim estabelecida em conveno de condminos ou constante de ata de reunio de condomnio convocada especialmente para tal fim;

    X - todos os demais ttulos a que, por disposio expressa, a lei atribuir fora executiva.

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