4
A FESTA DE NATAL DO CRNORTE Mas voltemos ao coro das simpáticas, diligentes e sempre alegres funcionárias do Conselho Regional do Nor- te: Tinham-se, como coro, estreado, há três anos, nesta mesma sala, com o nome do “Vozeiros do Norte”. Mantêm o mesmo nome mas aumentaram o número de elementos (apesar da saída do Amadeu que, em boa verdade desfeava o conjunto) e subiram o nível das actuações. Estrearam um tema novo: Balcão Único do Solicitador. Riram, brincaram, apresentaram-se bem, cantaram melhor. Foram sem dúvida o ponto alto da noite. Vou ter saudades delas todas. Ao som de músicas menos natalícias, dançou-se e mui- to. Olhando o entusiasmo esfusiante de toda aquela juven- tude, ninguém consegue ficar indiferente. É com esses jovens que a nossa Câmara se renova, se desembrulha, dei- xa os tons cinzentos e ganha cor. Confesso que me entu- siasmei, senti também essa alegria de viver e – pasme-se! – até entrei na dança. Seguiu-se o habitual cortar do bolo pelos elementos do Conselho Regional do Norte, o champanhe e os brindes. Bom final, com despedidas. Para o ano há mais. TIMÓTEO DE MATOS – Vogal do C.R. Norte 9

A FESTA DE NATAL DO CRNORTEcrs.solicitador.net/uploads/cms_page_media/654... · A FESTA DE NATAL DO CRNORTE Mas voltemos ao coro das simpáticas, diligentes e sempre alegres funcionárias

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

A FESTA DE NATAL DO CRNORTE

Mas voltemos ao coro das simpáticas, diligentes e

sempre alegres funcionárias do Conselho Regional do Nor-

te: Tinham-se, como coro, estreado, há três anos, nesta

mesma sala, com o nome do “Vozeiros do Norte”. Mantêm

o mesmo nome mas aumentaram o número de elementos

(apesar da saída do Amadeu que, em boa verdade desfeava

o conjunto) e subiram o nível das actuações.

Estrearam um tema novo: Balcão Único do Solicitador.

Riram, brincaram, apresentaram-se bem, cantaram

melhor. Foram sem dúvida o ponto alto da noite. Vou ter

saudades delas todas.

Ao som de músicas menos natalícias, dançou-se e mui-

to. Olhando o entusiasmo esfusiante de toda aquela juven-

tude, ninguém consegue ficar indiferente. É com esses

jovens que a nossa Câmara se renova, se desembrulha, dei-

xa os tons cinzentos e ganha cor. Confesso que me entu-

siasmei, senti também essa alegria de viver e – pasme-se! –

até entrei na dança.

Seguiu-se o habitual cortar do bolo pelos elementos do

Conselho Regional do Norte, o champanhe e os brindes.

Bom final, com despedidas. Para o ano há mais.

TIMÓTEO DE MATOS –

Vogal do C.R. Norte

9

SESSÃO DE ABERTURA DO ESTÁGIO E

ENTREGA DE EMBLEMAS E DIPLOMAS

Passado, presente e futuro dão as

mãos na nossa Câmara.

Quando, lá para o

final da

sessão, o Sr. Presidente da Câmara, colega José Car-

los Resende, afirmou que, até à data, não tinha havi-

do sessão de abertura de estágio tão bem organiza-

da como esta, a sala aplaudiu, os membros do CRN

ficaram vaidosos como cavalos de cortesia e os fun-

cionários abriram sorrisos de orelha a orelha.

E todos teriam razão, direi eu. A verdade é

que, intenções e efeitos, tudo tinha sido prévia e

cuidadosamente planeado.

A ideia base era juntar passado, presente e

futuro. E assim, lá estavam presentes os licenciados

que agora iniciam o seu estágio de Solicitadoria, os

que acabaram o estágio anterior com êxito e agora

recebiam os seus diplomas e, ainda, os solicitadores

mais antigos que se apresentavam para receber

emblemas de prata e de ouro, segundo a longevida-

de das respectivas carreiras. Estavam ainda represen-

tados os órgãos da Câmara e a generalidade dos

professores e dos formadores dos seis Pólos de Está-

gio da área do Conselho Regional do Norte. Quase

mil pessoas presentes e cada cadeira referenciada

pelo nome do ocupante. A sala, à Resende (permito-

me recordar que caiu em desuso, na Câmara, a

expressão “à Cunha”), sugeriu-

me, de novo, a oitava de Mahler,

a Sinfonia dos Mil, dirigida ali por

Bernstein (mas prefiro não ir por

aí, não vá o diabo tecê-las). Antes

de iniciada a sessão, o pavilhão

multiusos de Gondomar era uma

nave enorme. Trajes e cores inú-

meros, penteados diversos, movi-

mentos contínuos, cantares, bei-

jos, abraços, um ruído imenso.

Quem pudesse ver um pouco de cima não teria

dúvidas: Era a Arca de Noé… mas com animais racio-

nais, evidentemente!

Noé, o segundo pai da humanidade (Adão já

lá ia há muito tempo!) era ali, sem dúvida, o Sr. Pre-

sidente, um José Carlos Resende já com barbas um

pouco brancas e aquele ar entre o gozão e o pater-

nal que ele tão bem sabe pôr. Os restantes elemen-

tos da mesa, Fernando Rodrigues, Joaquim Baleiras e

Alcides Rocha, não eram certamente os filhos de

Noé (esses eram gente cheia de truques e golpes e

estes três são do melhor que a nossa Câmara tem!).

10

Nós todos, os restantes, representávamos a diversidade de

espécies que sem dúvida existem na nossa Câmara: gente diversa,

com actuações e modos de ser muito distintos, como, ao cabo e ao

resto, se poderia encontrar na verdadeira Arca. Em suma, a seme-

lhança estava em que, tal como na Arca de Noé estava assegurada a

continuação das espécies, também ali, naquela “Arca”, se mostrava

assegurado o futuro do mundo da Solicitadoria.

Mas voltemos à sessão: uma voz off (revelando a verdadeira

vocação do Ricardo) introduzia temas e pessoas que o ecrã mostra-

va, primeiro mais jovens, de seguida com o aspecto actual: um a um

foram subindo ao palco, os solicitadores que já cá andam há mais de

25 anos, alguns deles brindados com grande algazarra (ah! grande

Luís Ribeiro, a tua popularidade está mesmo em alta!). Emblema

entregue, fotografia de grupo e toca a zarpar para o lugar.

É então que surge o único erro de toda a sessão: sem que

constasse do programa, inesperadamente, é anunciada uma home-

nagem a um solicitador que – imagine-se! – nem vinte e cinco

anos conseguiu atingir na profissão e que ia cancelar a sua inscrição

dois dias depois. Ele (que sou eu!), apalermado, lá subiu ao palco. Do

mal o menos, ficou a pensar que era bom e que tinha aquelas virtu-

des todas, o que lhe reconfortará o ego e lhe amenizará algumas

saudades.

A passagem de modelos que se seguiu constava no progra-

ma como entrega de certificados de estágio. Apreciei, no meu lugar,

entre a Maria João e o Paulo e saboreando os seus comentários, a

passagem pelo palco de tanta gente cheia de esperança num futuro,

que lhes desejo cada vez melhor, como solicitadores. Eram muitos

mesmo. Conseguiram ser meus colegas durante dois dias. Desde o

dia 16 que são os meus ex-colegas. Ficou a classe mais rica.

11

Um intervalo para um café e um bolinho serviu para desmobilizar

muita gente. É certo que se foi tornando tarde mas a verdade é que os

jovens que vão iniciar o estágio talvez tivessem gostado de ver todos aque-

les que eles tinham aplaudido a assistir à apresentação do “seu” está-

gio”. Apresentação essa que foi feita com o saber e a calma do Sr. Vice-

Presidente Regional do Norte. Aliás, brilhantemente, como era expectável.

Lamentamos todos a ausência forçada do Sr. Presidente Regional

do Norte, o nosso querido amigo José Antas. Está pior da perna. Mas vai

passar Zé! Vamos em frente que o pessoal precisa de ti! Além disso, eu e

esta minha crónica mandamos-te um grande abraço.

E termino como comecei: falando da organiza-

ção. Um êxito estrondoso! A ideia de juntar entrega de

emblemas, certificados e apresentação deve-se ao Res-

ponsável Nacional da Formação, colega Fernando

Rodrigues, e mais uma vez tenho de tirar-lhe o chapéu.

Mas a organização de cada momento, o pla-

neamento, o determinar com rigor cada pormenor, o

estar em todo o lado para que nada falhasse, o ritmo

imposto às diversas sequências, o sorriso à flor dos

lábios de quem sabe o que faz e que o faz bem, o pro-

fissionalismo, o mérito, cabe a toda uma equipa: os

funcionários do CNR, que estiveram em bloco perfeita-

mente à altura do Amadeu, o seu capitão. São onze,

uma grande equipa, e, para que conste, aqui ficam os

seus nomes e a fotografia: Marta, Helena, Ricardo, Fáti-

ma, Paula, Sofia, Susana, Vanessa, Flávia, Carla e Ama-

deu.

TIMÓTEO DE MATOS

Vogal do C.R. Norte

12