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A FILOSOFIA NO MUNDO Como se põe o mundo em relação com a filosofia? Há cátedras de filosofia nas universidades. Atualmente, representam uma posição embaraçosa. Por força da tradição a filosofia é polidamente respeitada, mas, no fundo, objeto de desprezo. A opinião corrente é que a filosofia nada tem a dizer e carece da qualquer utilidade prática. É nomeada em público – mas existirá realmente? Sua existência se prova, quando menos, pelas medidas de defesa a que dá lugar. A oposição se traduz em fórmulas como: a filosofia é demasiado complexa; não a compreendo; está além do meu alcance; não tenho vocação para ela; e, portanto, não me diz respeito. Ora isso equivale a dizer: é inútil o interesse pelas questões fundamentais da vida; cabe abster-se de pensar no plano geral para mergulhar, através de trabalho consciencioso, num capítulo qualquer da atividade prática e

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  • A FILOSOFIA NO MUNDO

    Como se pe o mundo em relao com a filosofia? H ctedras de filosofia nas universidades. Atualmente, representam uma posio embaraosa. Por fora da tradio a filosofia polidamente respeitada, mas, no fundo, objeto de desprezo. A opinio corrente que a filosofia nada tem a dizer e carece da qualquer utilidade prtica. nomeada em pblico mas existir realmente? Sua existncia se prova, quando menos, pelas medidas de defesa a que d lugar.A oposio se traduz em frmulas como: a filosofia demasiado complexa; no a compreendo; est alm do meu alcance; no tenho vocao para ela; e, portanto, no me diz respeito. Ora isso equivale a dizer: intil o interesse pelas questes fundamentais da vida; cabe abster-se de pensar no plano geral para mergulhar, atravs de trabalho consciencioso, num captulo qualquer da atividade prtica e intelectual; quanto ao resto, bastar ter opinies e contentar-se com elas.

  • A FILOSOFIA NO MUNDO

    A polmica torna-se encarniada. Um instinto vital, ignorado de si mesmo, odeia a filosofia. Ela perigosa. Se a compreendesse, teria que alterar minha vida. Adquiriria um outro estado de esprito, veria as coisas com uma claridade inslita, teria que rever meus juzos. Melhor no pensar filosoficamente. E surgem os detratores, que desejam substituir a obsoleta filosofia por algo de novo e totalmente diverso. Ela desprezada como produto final e mendaz de uma teologia falida. A insensatez das proposies dos filsofos ironizada. E a filosofia v-se denunciada como instrumento servil de poderes polticos e outros.Muitos polticos vem facilitado seu nefasto trabalho pela ausncia da filosofia. Massas e funcionrios so mais fceis de manipular quando no pensam, mas to somente usam de uma inteligncia de rebanho. preciso impedir que os homens se tornem sensatos. Mais vale, portanto, que a filosofia seja vista como algo entediante. Oxal desaparecessem as ctedras de filosofia, Quanto mais vaidades e ensinem, menos estaro os homens arriscados a se deixar tocar pela luz da filosofia.

  • Assim, a filosofia v-se rodeada de inimigos, a maioria dos quais no tem conscincia dessa condio. A autocomplacncia burguesa, os convencionalismos, o hbito d considerar o bem-estar material como razo suficiente de vida, o hbito de s apreciar a cincia em funo de sua utilidade tcnica, o ilimitado desejo de poder, a bonomia dos polticos, o fanatismo das ideologias, a aspirao a um nome literrio tudo isso proclama a antifilosofia. E os homens no o percebem porque no se do conta do que esto fazendo. E permanecem inconscientes. E permanecem inconscientes de que a antifilosofia uma filosofia, embora pervertida, que, se aprofundada, engendraria sua prpria aniquilao. O problema crucial o seguinte: a filosofia aspira verdade total, que o mundo no quer. A filosofia , portanto, perturbadora da paz. A FILOSOFIA NO MUNDO

  • A FILOSOFIA NO MUNDO

    E a verdade o que ser? A filosofia busca a verdade nas mltiplas significaes do ser-verdadeiro segundo os modos do abrangente. Busca, mas no possui o significado e substncia da verdade nica. Para ns, a verdade no esttica e definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. No mundo a verdade est em conflito perptuo. A filosofia leva este conflito ao extremo, porm o despe de violncia. Em suas relaes com tudo quanto existe, o filsofo v a verdade revelar-se a seus olhos, graas ao intercmbio com outros pensadores e ao processo que o torna transparente a si mesmo. Quem se dedica filosofia pe-se procura do homem, escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e ao, desejoso de partilhar, com seus concidados, do destino comum da humanidade.Eis porque a filosofia no se transforma em credo. Est em contnua pugna consigo mesma.(Karl Jaspers. Introduo ao Pensamento Filosfico)

  • Plato de Atenas 428? 347? a.C. Consideraes importantes sobre Plato: Pertence ao segundo perodo da filosofia antiga, conhecido como socrtico, clssico ou antropolgico V-IV a.C.; considerado o maior discpulo de Scrates; Opem-se aos sofistas; Escreve em forma de dilogo, cujo protagonista Scrates; Busca estabelecer como conhecimento verdadeiro o que em si; Seus principais temas so Teoria do Conhecimento [Educao] e Poltica.

  • PLATOA educao deve proporcionar ao corpo e alma toda perfeio e beleza de que so capazes

    Preocupao com a tica e com a justia

    Fator decisivo na vida do EstadoComea antes do nascimento

    Educao a servio daevoluo espiritual Formao do homem moral

    O mito da caverna

  • fixa em seu pensamento dois tipos de paidia, uma mais socrtica -, ligada formao da alma individual, outra mais poltica -, ligada aos papis sociais dos indivduos, distintos quanto s qualidades intrnsecas da sua natureza que os destinam a uma ou outra classe social e poltica.NA Repblica e nAs Leis, desenvolve sua poltica da educao e rearticula o modelo de formao em relao s diversas classes sociais.

    Plato

  • Plato de Atenas Consideraes importantes sobre Plato: Suas principais influncias so: Scrates de Atenas; Pitgoras de Samos, por meio de Filolau de Crotona; Herclito de feso, por meio de Crtilo.

  • Plato de Atenas Teoria das Idias O principal objetivo de Plato foi tentar estabelecer uma sntese original entre o pensamento dialtico de Herclito [Mundo das Sombras] e o pensamento metafsico de Parmnides [Mundo das Idias], mostrando que no so idias distintas, mas vises diferentes de uma mesma realidade que se apresenta de duas formas possveis, a saber, a pensada [relativa ao eidos] e a sentida [relativa aos fenmenos]. Ademais a filosofia de Plato est fundada nas idias matemticas de Pitgoras. Veja:Razo: Pensar: Mundo das Idias: Metafsico: Idias Sentidos: Sentir: Mundo das Sombras: Dialtico: Cpias Alma ou Nmeros

  • Plato de Atenas Teoria da Reminiscncia Escrito por Plato na obra Fdon, afirma que o corpo cativeiro, isto , priso da alma pelo desejo do prprio homem. Corpo ou Sentidos: Conhecimento Sensvel M.S. Homem = Corpo + Alma Alma ou Razo: Conhecimento Intelectivo M.I. Logo:Cabe a cada homem usar dos sentido apenas como forma de chegar ao conhecimento das essncias, para assim poder alcanar o que em si e superar os enganos da opinio e, com isso, evoluir pelo processo de metempsicose.

  • Plato de Atenas O que metempsicose? o meio pelo qual a alma, por um processo de nascer e morrer vrias vezes, evolui de um estgio inferior para uma condio superior a partir da recordao acumulativa [ ] do que j se encontra dentro de si. Veja: Como ocorre a recordao da idia em si na alma? Por meio da METEMPSICOSE Cabea Trax Abdmen Alma de Ouro: Magistrados: Sabedoria.Alma de Prata: Guerreiros: Coragem.Alma de Bronze: Trabalhadores: Temperana.Este processo de evoluo recebe o nome de metempsicose Teoria da Reminiscncia

  • Plato de Atenas Teoria da Contingncia Veja a relao entre idias e cpias: Abaixo temos a idia de homem, casa e veculo. O homem Os homensMundo das Idias Mundo das Sombras Acima temos as cpias de homens, casas e veculos. A casaO veculo As casas Os veculos

  • Teoria do Conhecimento Verdadeiro Plato de Atenas Alegoria da Linha

  • Alegoria da CavernaPlato de Atenas

  • Plato de Atenas Alegoria da Caverna

  • O interior da cavernaO interior da caverna representa a priso em que se encontra a humanidade na medida em que est submetida iluso.

  • Para Plato, a educao consiste no desenvolvimento da razo a fim de recordar os conhecimentos que a alma j trs de sua vida anterior no mundo das Idias e se se libertar definitivamente das iluses oferecidas pelos sentidos.Plato de AtenasEducao

  • Observe que, para o ex-prisioneiro, no suficiente a sua libertao, pois ele volta, desce at os homens da caverna e quer lev-los para a luz.1) Como se explica a volta do filsofo do mundo luminoso da verdade para a escurido da caverna? 2) Esse ato um ato poltico? Plato de AtenasEducao

  • 1) A volta do filsofo para o interior da caverna se d como um ato de dignidade e benevolncia para com seus semelhantes que se encontram presos iluso dos sentidos e das aparncias.2) Sim.A funo do filsofo trabalhar na liderana poltica e fazer uso de seu conhecimento para libertar as pessoas comuns da iluso dos sentidos e da doxa a que se encontram submetidas.Plato de AtenasEducao

  • Plato de AtenasEducao

  • Plato de AtenasEducao

  • Plato de AtenasEducao

  • Plato de AtenasEducao

  • Plato de Atenas Para Plato existe uma relao direta entre educao e poltica, onde somente aquele que conseguiu passar por todas as trs etapas de formao intelectual, proposta em sua pedagogia, pode governar com sabedoria a plis e, com isso, garantir o cumprimento da principal virtude do homem, a saber: a justia. Ateno!Educao PolticaPossibilita exercer uma justa...

  • CallipolisCidade ideal, obra do italiano Luciano Laurana, executada por volta de 1500, inspirado na idias de Plato.

  • Plato de Atenas Cabea Trax Abdmen Alma de Ouro: Magistrados: Sabedoria.Alma de Prata: Guerreiros: Coragem.Alma de Bronze: Trabalhadores: Temperana.As Classes da Callipolis

  • Plato de Atenas Poltica PlatnicaAlegoria do NavioNo Teeteto, Scrates considera que mesmo que os filsofos paream inteis, eles foram criados como homens livres. Os hbeis retricos, por outro lado, como escravos: de almas pequenas e no retas, so servos do tempo e de seus discursos (172c-173b). Em uma citada passagem da Repblica, Scrates responde s objees de Adimanto com a Alegoria do Navio: no relato, quem maneja uma embarcao no tem nenhum conhecimento do ofcio, todos ali comem [gulosos] e bebem [bbados] at empanturrarem-se, se regem pelo prazer e no pelo saber: consideram intil o verdadeiro piloto, que julga ser necessrio ter em conta as estaes, o estado do tempo, o movimento dos astros e outras coisas tais para conduzir adequadamente a embarcao (488a-489a). Em um navio como este. afirma Scrates, os filsofos so certamente inteis, mas no so responsveis por isso, j que o natural seria que os homens que tm necessidade de governo fossem em busca de quem tem capacidade para faz-la (489b-c). KOHAN, Walter Omar. Infncia e educao em Plato. So Paulo: Revista Educao e Pesquisa USP, vol. 29, n. 01, pp. 23-24: 2003.

  • Poltica PlatnicaPlato de Atenas Alegoria do NavioRelao entre o governo dos filsofos e dos sofistas plis:Para Plato a Alegoria do Navio ilustra dois tipos possveis e distintos de poderes relativo ao governo da plis, a saber: o governo justo dos filsofos e o governo injusto dos sofistas. O primeiro se preocuparia com o bem [saber] da Callipolis e o segundo se preocuparia com o prazer pessoal. Governo da cidade-EstadoAlegoria do Navio Veja a comparao Alegoria do Navio versus Governo da cidade-Estado: Bbados e Gulosos Verdadeiro PilotoSofistas FilsofosComparado s crianas

  • EpicuroFilsofo grego do perodo helenstico. Filsofo do Jardim. Defende uma filosofia essencialmente prtica com um nico objetivo: a felicidade. A felicidade possvel ser alcanada na interioridade da alma. Para isso Epicuro defendia a idia de que a filosofia deveria ser eminentemente teraputica (remdio-cura). Seu poder teraputico deveria curar dos males (O SOFRIMENTO- DOR) para liberar a vida para o maior dos bens = O PRAZER (Hedon).

  • EpicuroPARADOXO DE EPICURO Deus, ou quer impedir os males e no pode, ou pode e no quer, ou no quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e no pode, impotente: o que impossvel em Deus. Se pode e no quer, invejoso: o que, do mesmo modo contrrio a Deus. Se nem quer nem pode, invejoso e impotente: portanto, nem sequer Deus. Se pode e quer, o que a nica coisa compatvel com Deus, donde provm ento a existncia dos males? Por que razo que no os impede?

  • EpicuroTETRAPHARMACON PARA A VIDA FELIZ:1- No temer os deuses. Os deuses existem, mas a idia que se tem dos deuses se baseia em opinies falsas. Cr-se que os deuses causam benefcios aos bons e malefcios aos maus. Nada mais falso. Eles vivem no Olimpo junto aos seus semelhantes e no se importam com os humanos e suas vicissitudes. Os deuses no julgam, no condenam ou absolvem e por isso no devem se temidos. Devem ser imitados.Acredita-se que podemos atingir os deuses com preces, louvores, splicas, oferendas etc...Intil. Eles no so atingveis e no se preocupam com os sofrimentos humanos. Os deuses s se interessam com a vida deles. No h de se preocupar com os de outra raa.

  • 2- No h razes para se preocupar com a MORTE. Pensar na morte aflige a alma e por isso o sbio a desdenha. E por que a morte no nos deve preocupar?A morte no um mal, ela no nada. Ausncia das sensaes. tolo quem diz ter medo da morte. Quando estamos vivos, a morte no est presente; quando a morte est presente, ns que no estamos. Enquanto ns somos ela no e quando ela , j no somos. 3- A dor-sofrimento suportvel. E o que fazer quando somos atingidos por algum mal fsico? Se leve suportvel, se agudo passa logo e se agudssimo nos leva a morte imediata, que o fim da dor. Psicologicamente suporta-se a dor na lembrana de uma alegria ausente e na esperana futura.4- A felicidade facilmente obtida: O primeiros trs elementos so como que negativo. O positivo a vida feliz na vivncia do prazer e na ausncia da dor sofrimento. Como?Epicuro

  • O PRAZER O SUMO BEMVIDA FELIZ ATRAVS DE UM HEDONISMO SOFISTICADO. O FIM LTIMO O PRAZER. DISCRIMINAO DOS PRAZERES. EXISTEM VRIOS TIPOS DE PRAZER NATURAIS E NECESSRIOS NATURAIS E NO NECESSRIOS NEM NATURAIS NEM NECESSRIOSLigados conservao Prazeres suprfluos Prazeres vos da glria, honra, Devem ser Buscados - Comer e beber com refino riquezes, poder, etc.por eliminarem a dor -Comer quando se tem fome-Beber quando se tem sede - Abrigar-se no luxo, etc-Repousar quando com sono, etc. - Vestir-se sofisticadamente

    Os do primeiro grupo esto ligados eliminao da dor-sofrimento. Os do segundo grupo no tm LIMITES, pois no subtrai a dor do corpo, mas esto em funo do prazer pelo prazer. Os do terceiro grupo, alm de no eliminarem a dor, causam perturbao da alma. Por isso a felicidade requer pouca coisa, o suprfluo atrai o suprfluo. A quem no basta pouco, nada basta, diz Epicuro.Quando ento dizemos que o fim ltimo o prazer, no nos referimos aos prazeres dos intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos, como acreditam certas pessoas que ignoram o nosso pensamento, ou no concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer que ausncia de sofrimentos fsicos e de perturbaes da alma. Se o prazer momentneo causar um sofrimento maior que o prazer, ento sbio negar o prazer. Assim como um desprazer momentneo causar um maior prazer futuro, ento sbio optar pelo desprazer, mas em favor do prazer...

  • A Utopia representa a primeira crtica fundamentada do regime burgus e encerra uma anlise profunda das particularidades inerentes ao feudalismo em decadncia. A forma muito simples; uma conversao ntima durante a qual Morus aborda questes polticas, religiosas e sociais de seu tempo. Sua palavra, s vezes satrica e jovial, outras, de uma sensibilidade comovedora, sempre cheia de fora.A Utopia de Morus

  • A primeira parte da obra o espelho fiel das injustias e misrias da sociedade feudal; , em particular, o martirolgio do povo ingls sob o reinado de Henrique VII. A nobreza e o clero possuam a maior parte do solo e das riquezas pblicas.Os grandes senhores mantinham uma multido de vassalos, seja por amor ao fausto, seja para assegurar a impunidade de seus crimes ou ainda para utiliz-los como instrumentos de violncia contra os viles. Esta vassalagem era o terror do campons e do trabalhador.A Utopia de Morus

  • Kant O que Esclarecimento? Esclarecimento a sada do homem de sua menoridade, da qual ele prprio culpado. A menoridade a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direo de outro indivduo. O homem o prprio culpado dessa menoridade se a causa dela no se encontra na falta de entendimento, mas na falta de deciso e coragem de servir-se de si mesmo sem a direo de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu prprio entendimento, tal o lema do esclarecimento.

  • Kant O que Esclarecimento?A preguia e a covardia so as causas pelas quais uma to grande parte dos homens, depois que a natureza de h muito os libertou de uma direo estranha, continuem, no entanto de bom grado menores durante toda a vida. So tambm as causas que explicam por que to fcil que os outros se constituam em tutores deles. to cmodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu entendimento, um diretor espiritual que por mim tem conscincia, um mdico que por mim decide a respeito de minha dieta, etc., ento no preciso esforar-me eu mesmo. No tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregaro em meu lugar dos negcios desagradveis. A imensa maioria da humanidade (inclusive todo o belo sexo) considera a passagem maioridade difcil e alm do mais perigosa, porque aqueles tutores de bom grado tomaram a seu cargo a superviso dela.

  • Dialtica HegelianaHegel edifica um sistema cujo objetivo principal compreender a evoluo da histria, da filosofia e do universo, a dialtica. Trata-se de um esquema progressivo em que o movimento do real surge como soluo culminante de contradies anteriores. A dialtica , portanto, um movimento capaz de superar uma contradio. O processo dialtico possui um momento positivo (tese) ao qual contrape-se um momento negativo (anttese). A contradio estrutural entre tese e anttese ser resolvida por um terceiro momento, que superar o dois anteriores: a sntese.

  • Dialtica Hegeliana

    Este terceiro momento se afirmar, tornando-se uma nova tese, possibilitando, assim, um novo ciclo dialtico.Essa estrutura aplicada a todos os campos do real desde a aquisio do conhecimento at os processos histricos e polticos. Para Hegel, h uma coincidncia entre o universo racional e a realidade, da sua famosa afirmao: o que racional real, o que real racional.

  • KARL MARXMaterialismo DialticoO materialismo dialtico uma lei que procura descrever o desenvolvimento estrutural da realidade histrica. Tal itinerrio de desenvolvimento culminaria, de maneira inexorvel, no comunismo. Ora, toda realidade histrica acaba gerando em seu ventre contradies to agudas que conduziro sua prpria superao. Assim como o feudalismo gerou dentro de si a burguesia, grande responsvel por seu esfacelamento, o capitalismo cuidar de formar e dar a luz ao seu prprio assassino: o proletariado. Este dever levar a cabo o grande processo dialtico da histria, na medida em que uma classe verdadeiramente revolucionria. O proletariado dever tomar o poder de maneira revolucionria, implantando sua ditadura, at todas as estruturas remanescentes do capitalismo sejam colocadas no cho. Deste processo emergir a sociedade comunista

  • KARL MARXMaterialismo HistricoTeoria marxista segundo a qual a estrutura econmica determina as idias, ou seja, no a conscincia que determina a existncia das pessoas, mas as condies materiais de existncia que determinam a conscincia dos indivduos. A construo das idias, das representaes simblicas, ou seja, da conscincia humana , est diretamente ligada s condies materiais.

  • Infra-estrutura, Superestrutura e IdeologiaA infra-estrutura, ou base econmica, o conjunto das relaes de produo que correspondem a um perodo determinado do desenvolvimento das foras produtivas, em outras palavras poderamos dizer que a infra-estrutura o modo de produo vigente em determinado tempo e lugar. A superestrutura o conjunto das instituies jurdicas, religiosas, educacionais, morais, artsticas etc.. Tais instituies so responsveis pela proteo e existncia saudvel do sistema econmico infra-estrutura - que lhes d suporte, para isso a superestrutura desenvolve uma forma obtusa de conscincia social (ideologia), cujo objetivo no outro seno alienar o ser humano tolhendo sua capacidade crtica. A ideologia , portanto, um fenmeno superestrutural que proporciona a postura acrtica e resignada das pessoas diante das situaes de opresso a que so submetidas, por isso, , sem dvida, uma espcie de analgsico social a servio das classes hegemnicas.

  • KARL MARX

    A reflexo marxista sobre o trabalho pode ser organizada em dois momentos distintos:Uma reflexo sobre a natureza do trabalho e sua relao com o ser humano e o mundo natural;

    - Uma pesada crtica ao trabalho no capitalismo apontando suas incoerncias e inconsistncias.

  • KARL MARX

    Primeiro momento da reflexo marxista:- O trabalho o elemento distintivo do homem ;- O Trabalho permite a transformao da natureza e do ser humano que a transforma;Trata-se de um instrumento de plenificao e realizao do ser humano.O pior dos arquitetos infinitamente superior melhor das abelhas, pois o que ele realiza trabalho (Karl Marx)

  • KARL MARX

    Segundo momento da reflexo marxista. As distorcidas relaes de produo no capitalismo, conduzem a uma bipolarizao do mundo do trabalho, que pode ser descrita a partir de duas classes de pessoas: as que possuem os meios de produo e as que vendem mo de obra, em outras palavras, os capitalistas e os proletrios.

  • KARL MARX

    Segundo momento da reflexo marxista:- O trabalho uma mercadoria ;- O trabalho alienado;- O trabalho extremamente dividido abole seu carter humano;- O homem coisificado, transformando-se em uma extenso da mquina (reificao);- A mercadoria torna-se divina, pois o objeto inatingvel do desejo do trabalhador (fetichizao);

  • KARL MARX

    - O exrcito de mo de obra de reserva garante o poder de coero do capitalista ;- Ao invs de tornar-se elemento de plenificao do ser humano, o trabalho o diminui;- O trabalho no capitalismo uma grande incoerncia, pois leva a uma condio estrutural de desigualdade;- Mais-valia trabalho executado e no pago pelo capitalista ao trabalhador;

  • KARL MARX- Mais-valia absoluta Envolve o aumento da produo com o aumento da jornada de trabalho; - Mais-valia relativa Envolve o aumento da produo reestruturao e potencializao do processo de produo.

  • LevinnasPodemos verificar na histria da filosofia uma constante, porm frustrada, tentativa de escapar das suas prprias malhas, assegurando a si um carter de transcendncia imanentizada, simbolizada pela figura mtica de Ulisses. O itinerrio da filosofia permanece sendo aquele de Ulisses cuja aventura pelo mundo nada mais foi que um retorno a sua ilha natal uma complacncia no Mesmo, um desconhecimento do Outro.

  • LevinasAs tentativas de libertao e evaso ensaiadas ao longo da histria da filosofia no livraram o homem do peso e da solido de ser, como j vimos, os caminhos que apontavam para a transcendncia acabavam no eterno retorno ao ponto de partida. Por isso, Levinas sustenta que o grande fio condutor da filosofia ocidental a ontologia. Esta constitui-se como uma espcie de eixo central que condiciona tudo o que deve ser explicado dentro do horizonte do ser. Todo o real, inclusive as pessoas esto circunscritas esta espcie de clausura do ser.

  • MERLEAU-PONTYDescontente com os rumos tomados por uma sociedade fortemente influenciada por doutrinas racionalistas, que no impediram os horrores da Segunda Guerra Mundial, Merleau-Ponty prope a valorizao do fenmeno perceptivo, de nosso contato espontneo com o mundo por meio dos sentidos, do corpo, processo que no aceita a separao entre o subjetivo e o objetivo. O cientificismo e a lgica cartesiana levaram o mundo ocidental a uma viso excessivamente racionalista, em detrimento de todo o aspecto sensvel.

  • MERLEAU-PONTYAquilo que eu sinto, vejo e percebo no tem o menor valor para a cincia; a nica coisa que importa so as coisas inteligveis, porque elas, segundo Descartes, que mostram a verdade. A Segunda Guerra Mundial, entretanto, foi toda racionalmente construda e inteligentemente organizada. Ou seja, a razo no trouxe grandes benefcios; pelo contrrio, trouxe uma Europa devastada, o que fortaleceu a busca por uma nova forma de se encarar a realidade, levando em conta a valorizao da experincia pessoal, afirma o professor.

  • MERLEAU-PONTYMerleau-Ponty questiona a supremacia da razo instrumental e o mtodo rigoroso proposto por Descartes para se chegar a conhecimentos universalmente aceitos. O que se descobriu, segundo Ponty, que a cincia no mostra a verdade das coisas em si mesmas; a cincia apresenta apenas modelos tericos provisrios que tentam explicar a realidade. Essas verdades que a cincia apresenta duram enquanto no surgirem outros modelos tericos melhores, esclarece. Para o autor de Conversas, acrescenta Ricardo, o prprio desenvolvimento da cincia indica que ela no capaz de oferecer verdades imutveis. Como exemplo, o filsofo cita os diferentes conceitos formulados pelos fsicos para explicar o que a luz, que j foi definida como um bombardeio de partculas incandescentes, uma vibrao do ter, e, na teoria aceita atualmente, explicada como um fenmeno de ondas eletromagnticas.