a folha de respostas - Concursos Públicos - Ok · PDF fileUnB/CESPE – AGU / Nome do ... O período constitucional do Império foi o período da história brasileira em que o poder

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  • UnB/CESPE AGU / Nome do candidato:

    Cargo: Procurador Federal de 2.a

    Categoria Prova Objetiva (P1) 1

    De acordo com o comando a que cada um dos itens de 1 a 200 se refira, marque na folha de respostas, para cada item: o campo

    designado com o cdigo C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o cdigo E, caso julgue o item ERRADO.

    A ausncia de marcao ou a marcao de ambos os campos no sero apenadas, ou seja, no recebero pontuao negativa. Para as

    devidas marcaes, use a folha de respostas, nico documento vlido para a correo da sua prova.

    As siglas seguintes, sempre que usadas, devero ser interpretadas da forma indicada: DF = Distrito Federal; CF = Constituio

    Federal de 1988; CLT = Consolidao das Leis do Trabalho; AGU = Advocacia-Geral da Unio; CPC = Cdigo de Processo Civil;

    STF = Supremo Tribunal Federal; STJ = Superior Tribunal de Justia; TST = Tribunal Superior do Trabalho; TRFs = tribunais

    regionais federais; RGPS = regime geral de previdncia social.

    GRUPO I

    A CF estabelece que a educao direito de todos e

    dever do Estado e da famlia, a ser promovida e incentivada com

    a colaborao da sociedade, tendo por finalidade o pleno

    desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exerccio da

    cidadania e sua qualificao para o trabalho. Ela enfatiza a

    obrigatoriedade do ensino fundamental e sua gratuidade nos

    estabelecimentos da rede escolar pblica, inclusive para os que a

    ele no tiveram acesso na idade prpria. Quanto educao

    superior, a CF define as universidades como instituies dotadas

    de autonomia didtico-cientfica, administrativa e de gesto

    financeira e patrimonial, subordinadas ao princpio da

    indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso.

    Depois de prolongada e complexa tramitao no

    Congresso Nacional, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao

    Nacional (LDB) foi finalmente aprovada e sancionada em

    dezembro de 1996. Uma das caractersticas marcantes dessa lei

    a margem de autonomia que confere aos sistemas de ensino e s

    prprias escolas, chegando a oferecer alternativas para a

    organizao das atividades escolares.

    Tendo as informaes acima como referncia inicial e

    considerando aspectos legais concernentes educao brasileira,

    julgue os itens que se seguem.

    Programas como o de transporte e o de alimentao escolar

    (merenda), bem como o do livro didtico, so polticas

    pblicas respaldadas pela CF, que identifica como dever do

    Estado com a educao o atendimento ao educando, no

    ensino fundamental, por meio de programas suplementares.

    Embora juridicamente obrigatrio, o acesso educao

    bsica est ainda bem distante do ideal de universalizao,

    fato que se explica pela insuficiente oferta de vagas nas

    escolas da rede pblica e pela precariedade das instalaes

    fsicas dessas escolas.

    A progresso continuada dos estudos, mais conhecida como

    aprovao automtica, adotada em vrios sistemas de ensino

    e em vrias escolas, consiste na no-reprovao de aluno nas

    sries do ensino fundamental e est respaldada pela prpria

    CF quando esta afirma que o acesso ao ensino obrigatrio e

    gratuito direito pblico subjetivo.

    A autonomia universitria a que se refere o texto

    constitucional, reiterada na LDB, aplica-se ao conjunto das

    instituies de educao superior mantidas pelo poder

    pblico (Unio, estados, municpios e DF), situao que no

    se aplica s universidades privadas.

    Tanto a CF quanto a LDB determinam a destinao de

    recursos pblicos para as escolas pblicas, permitindo,

    contudo, que esses recursos tambm sejam endereados a

    escolas comunitrias, confessionais ou filantrpicas.

    Julgue os itens a seguir, acerca do conceito, da organizao e dos

    princpios da seguridade social.

    Assistncia social a poltica social que prov o atendimento

    das necessidades bsicas, traduzidas em proteo famlia,

    maternidade, infncia, adolescncia, velhice e

    pessoa portadora de deficincia, independentemente de

    contribuio seguridade social.

    A seguridade social obedece aos princpios da seletividade

    e da distributividade na prestao dos benefcios e servios.

    Pedro, segurado obrigatrio do RGPS, era casado com

    Solange, brasileira e empregada na embaixada do Sudo, de

    quem jamais se divorciou ou se separou judicialmente.

    Atualmente, Pedro vive com Carla e tutor de Sofia, com 12

    anos de idade, filha de seu irmo falecido.

    Com referncia a essa situao hipottica, julgue os itens

    seguintes quanto aos beneficirios do RGPS, na forma da

    Lei n. 8.213/1991.

    Sofia pode figurar como dependente de Pedro, desde que

    essa condio seja declarada e que seja demonstrada a

    dependncia econmica.

    Solange segurada obrigatria do RGPS.

    Solange continua a ser dependente de Pedro.

    A respeito do custeio do RGPS e do salrio-de-contribuio,

    julgue os itens subseqentes.

    Os valores do salrio-de-contribuio sero reajustados na

    mesma poca e com os mesmos ndices que os do

    reajustamento dos benefcios de prestao continuada da

    previdncia social.

    Considere que Maria receba salrio-maternidade. Nessa

    situao, no haver desconto da contribuio previdenciria

    do valor desse benefcio.

    Considere que um auditor fiscal constate que determinado

    segurado, contratado como trabalhador avulso, preenche as

    condies da relao de emprego. Nessa situao, o auditor

    dever ingressar, na Procuradoria do INSS, com uma ao

    judicial visando desconsiderar o vnculo pactuado e,

    conseqentemente, efetuar, por deciso judicial, o

    enquadramento como segurado empregado.

    Em relao aos benefcios de previdncia social, julgue os itens

    que se seguem.

    Considere que Joana seja empregada e no tenha conseguido

    comprovar o valor dos seus salrios-de-contribuio, no

    perodo bsico de clculo. Nessa situao, mesmo que

    preenchidos os requisitos para a concesso do benefcio,

    Joana no far jus a um benefcio previdencirio.

    O contribuinte individual que trabalha por conta prpria,

    sem relao de emprego, no faz jus aposentadoria por

    tempo de contribuio.

    O contribuinte individual e o empregado domstico no

    fazem jus ao benefcio de auxlio-acidente.

  • UnB/CESPE AGU / Nome do candidato:

    Cargo: Procurador Federal de 2.a

    Categoria Prova Objetiva (P1) 2

    Acerca do perodo de carncia, julgue os itens seguintes.

    Considere a seguinte situao hipottica.

    Lucas foi empregado pelo perodo de 15 anos, aps o qual

    ingressou no servio pblico, no qual exerceu atividades

    durante 10 anos. Com o intuito de se aposentar, requereu o

    pagamento das contribuies devidas como contribuinte

    individual durante o perodo pretrito, para fins de carncia.

    Nessa situao, mesmo no sendo contribuinte obrigatrio

    no referido perodo, Lucas poder contar com esse tempo de

    contribuio, desde que faa, agora, o referido pagamento

    das prestaes em atraso, com juros e correo monetria.

    A perda da qualidade de segurado no prejudica o direito

    aposentadoria se todos os requisitos para a sua concesso j

    tiverem sido preenchidos e estiverem de acordo com a

    legislao em vigor poca em que esses requisitos foram

    atendidos.

    Com base no regulamento do seguro de acidentes do trabalho e

    da molstia profissional, julgue os itens a seguir.

    Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo

    quando se verifica nexo tcnico epidemiolgico entre a

    atividade da empresa e a entidade mrbida motivadora da

    incapacidade, elencada na Classificao Internacional de

    Doenas (CID).

    Cabe ao empregado comunicar o acidente do trabalho

    previdncia social at o primeiro dia til seguinte ao da

    ocorrncia do acidente; em caso de morte, a empresa dever

    comunicar o acidente de imediato, autoridade competente,

    sob pena de multa varivel, sucessivamente aumentada nas

    reincidncias, aplicada e cobrada pela previdncia social.

    A histria constitucional do Brasil, de conhecimento

    indispensvel a quem busca estudar nossas instituies polticas

    e sociais, representa um dos mais profundos mergulhos na

    compreenso do passado nacional. O exame e a anlise dos

    sucessos polticos e das razes institucionais do pas ho de trazer

    sempre luz para o entendimento da realidade contempornea, na

    qual os acontecimentos transcorrem com a velocidade da crise e

    fazem, no raro, extremamente difcil a percepo das causas que

    de imediato devem ser removidas, em escala prioritria, a fim

    de se poder fazer estvel e seguro o destino da Nao e a

    preservao de sua unidade.

    Paulo Bonavides e Paes de Andrade. Histria constitucional

    do Brasil. Braslia: OAB Editora, 2002 (com adaptaes).

    Julgue os itens subseqentes, que tratam da evoluo

    constitucional no Brasil.

    A CF trouxe grandes avanos na rea dos direitos e das

    garantias fundamentais, atestando a modernidade e fazendo

    do racismo e da tortura crimes inafianveis, estabelecendo

    o habeas data e reforando a proteo dos direitos e das

    liberdades constitucionais, e restituindo ao Congresso

    Nacional prerrogativas que lhe haviam sido subtradas pela

    administrao militar.

    Durante o Primeiro Reinado, o movimento cunhado como

    constitucionalismo era visto por muitos como uma idia

    quase subversiva.

    O perodo constitucional do Imprio foi o perodo da histria

    brasileira em que o poder mais se apartou da Constituio

    formal, a qual teve baixo grau de eficcia e pouca presena

    na consci