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A Fonte de Toda Boa Dádiva TEXTO BÍBLICO BÁSICO Números 6.24-27 24 - O Senhor te abençoe e te guarde; 25 - O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; 26 - O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. 27 - Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei. Deuteronômio 11.26-28 26 - Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: 27- A bênção, quando ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos mando; 28 - Porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes. Tiago 1.16-18,22,23 16 - Não erreis, meus amados irmãos. 17 - Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação. 18 - Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas. 22 - E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. 23 - Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural. TEXTO ÁUREO Lição 6

A Fonte de Toda Boa Dádiva

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A Fonte de Toda Boa Dádiva

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Page 1: A Fonte de Toda Boa Dádiva

A Fonte de Toda Boa Dádiva

TEXTO BÍBLICO BÁSICONúmeros 6.24-2724 - O Senhor te abençoe e te guarde;25 - O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;26 - O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.27 - Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.Deuteronômio 11.26-2826 - Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição:27- A bênção, quando ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos mando;28 - Porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.Tiago 1.16-18,22,2316 - Não erreis, meus amados irmãos.17 - Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.18 - Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.22 - E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.23 - Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural.

TEXTO ÁUREOBendito o Deus e Pai, [...] o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. Efésios 1.3

Lição 6

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Estudo semanal:

2ª feira - Gênesis 12.1-3A bênção de Deus sobre Israel

3ª feira - Génesis 2 5. 11A bênção de Deus sobre Isaque

4ª feira - Gênesis 30.43; 31.9-16A bênção de Deus sobre Jacó

5ª feira - Gênesis 4 5 . 1 - 11A bênção de Deus sobre José

6ª - feira - Deuteronômio 28.1-14A bênção de Deus sobre os israelitas

Sábado - Gálatas 3.14A bênção de Deus sobre a Igreja

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico deveremos ser capazes de:

• compreender o que vem a ser a bênção de Deus;• saber que, sob determinados aspectos, é possível limitar a ação do Senhor em nossa vida;• conhecer algumas marcas distintivas dos servos abençoados pelo Altíssimo.

COMENTÁRIO Palavra introdutória Nesta lição, estudaremos a respeito das bênçãos de Deus; elas são multifacetadas, abundantes e atendem às nossas necessidades. Analisaremos também as dádivas concedidas pelo Senhor ao Seu povo no Antigo e no Novo Testamento, as razoes que podem limitá-las em nossa vida e ainda as atitudes que devemos adotar em nossa jornada cristã.

1. AS BÊNÇÃOS DE DEUS

De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, dentre outras definições, bênção significa graça concedida por Deus. Também poderíamos dizer que indica a presença do Eterno entre nós. Alguns descrevem essa ideia como sendo a ação do Altíssimo com determinada pessoa para atraí-la mais profundamente para sua comunhão. As dádivas do Senhor nem sempre são expressas da forma como desejamos ou esperamos, mas elas são sempre boas e salutares e visam ao bem daqueles que o amam (Rm 8.28).

1.1. As bênçãos de Deus no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, de modo geral, o termo bênção foi utilizado para fazer referência ao bem-estar terreno, à segurança, às riquezas, à descendência, etc.; e essa dádiva estava expressamente condicionada à obediência aos mandamentos divinos (Dt 11.26-28). Esdras e Neemias referiram-se à bênção como mão de Deus sobre nós (Ed 7.6,9,28; 8.18,22,31; Ne 2.8). Eles utilizaram essa expressão para indicar a poderosa intervenção divina entre os homens. Deste modo, ambos adentraram o cerne da questão.

O texto bíblico revela-nos que Deus trata com pessoas e não apenas com nações. É o que aprendemos com Abraão. Na Antiga Aliança, as bênçãos eram para o presente, mas também apontavam para o porvir. Elas eram temporais, pois diziam respeito à realidade pessoal do patriarca, mas eram também eternas, referindo-se às promessas que seriam cumpridas na plenitude dos tempos (Gl 4.4).

1.2. As bênçãos de Deus no Novo Testamento

Para Israel, foram prometidas bênçãos terrenas (Gn 49.24-26); para a Igreja, elas têm uma conotação celestial correspondente: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef 1.3). A inefável graça do Eterno manifestou-se na encarnação do Messias, o Emanuel (Mt 1.23)!

As bênçãos, no Antigo Testamento, eram de natureza material, social e também espiritual. Em todos os casos, elas faziam sobressair o seu aspecto temporal em contraste com o Novo Concerto (Hb

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8.13; 10.34). O efémero pertencia ao Pacto Primitivo; o permanente ao Eterno (2 Co 3.1-11). Isto significa que o favor divino, em sua plenitude, estava reservado para o advento do Messias, o Consumador da Nova Aliança. Significa dizer que o que foi prometido a Abraão tem seu pleno cumprimento em Cristo.2. É POSSÍVEL LIMITAR A AÇÃO DE DEUS EM NOSSA VIDA?

Não raras vezes, a dureza do nosso coração faz-nos praticar ações que podem impedir, de certa forma, que as bênçãos celestiais nos alcancem mais abundantemente. Várias são as razões que podem limitar a ação de Deus em nossa vida. Vejamos algumas delas a seguir.

2.1. A precipitação

Saul é um exemplo claro de que antecipar-se ao tempo de Deus é uma forma rápida de perder as bênçãos que Ele tem preparado para nós (1 Sm 13.7-14).

Samuel orientou Saul a esperar por sete dias em Gilgal, até que ele chegasse naquele lugar para oferecer sacrifícios (1 Sm 10.8); o rei, portanto, não deveria começar a batalha antes de o profeta aparecer (1 Sm 10.8). Saul, no entanto, começou a ficar preocupado com a demora de Samuel (ele pensou que o povo poderia perder a coragem e espalhar-se); então, assumiu as prerrogativas sacerdotais e ofereceu o holocausto no lugar de Samuel (1 Sm 13.7-12).

O filho de Quis estava consciente dos mandamentos que restringiam a oferta de sacrifícios aos sacerdotes (Lv 1). Ao não atentar para as orientações de Samuel, o monarca desobedeceu tanto à Lei Mosaica como às instruções do profeta de Deus e, por esse motivo, foi rejeitado como governante da nação; além disso, nenhum dos seus filhos pôde assumir o seu lugar (1 Sm 13.13,14).

Agir precipitadamente é fracassar no teste da fé. Devemos permanecer confiantes quando o perigo aumentar, quando o medo se instalar e quando o apoio humano falhar. Ao agirmos de maneira precipitada, demonstramos que não confiamos no Senhor, e tal ato resulta em desobediência, em vãs desculpas e na perda de suas bênçãos.

Não sejamos como Saul, mas esperemos pelo tempo de Deus, sempre!

2.2. A incredulidade

A partir da leitura de Marcos 6.1-6, percebe-se que Jesus sentiu o desejo de passar pela cidade onde crescera para anunciar as boas-novas de salvação aos Seus amigos e vizinhos. Ele sabia exatamente o dia e o lugar em que encontraria tais pessoas. Assim, chegando o sábado, foi à sinagoga.

Naquela reunião, o Mestre leu o Livro de Isaías e passou a pregar, como registrou Lucas (4.16-21). Muitos ficaram maravilhados com seus ensinamentos e milagres, mas, ao mesmo tempo, confusos e incrédulos! Aquelas pessoas conheciam-no; elas sabiam que Ele era filho de Maria e que Ele tinha irmãos, por isso não conseguiam compreender as inexplicáveis evidências que diante delas se manifestavam.

Mas, afinal, o que impediu Jesus em Nazaré? A incredulidade! O Mestre admirou-se com tamanha descrença (Mc 6.4,6). A falta de fé pode ser um obstáculo para a nossa vida (Hb 11.6). Quando abraçamos a desesperança, trazemos sobre nós o mesmo que ocorreu àquelas pessoas: elas testemunharam apenas a cura de poucos enfermos (Mc 6.5).

Aqueles que não têm fé não podem ver além do mundo físico que os rodeia. São limitados por circunstâncias temporais e tornam-se cegos para o que Deus está fazendo. Mas os que abrem seus olhos espirituais podem ver as realidades divinas que transcendem este mundo. Sua esperança está na força e na fidelidade do Senhor (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 661).

2.3. O pecado

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De tudo o que vimos até aqui, a atitude deliberada de colocar-se como escravo do pecado é a mais funesta de todas, pois o Senhor o odeia: Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser (Rm 8.7).

O Livro dos Juízes retrata um tempo em que não havia rei em Israel (]z 18.1); cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos Jz 21.25). O pecado pode ser visto em todo o livro, pelo uso de uma expressão recorrente: os filhos de Israel tomaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor (Jz 2.11; 3.7,12; 4.1; 6.1; 10.6; 13.1). Os israelitas estavam em um círculo vicioso: faziam o que parecia mal; Deus enviava uma nação opressora; o povo clamava por Seu nome; Ele enviava um libertador; o opressor era derrotado; e o povo experimentava alívio, até que tornasse a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor.

Os israelitas mostraram um exemplo negativo: em vez de aprenderem com as experiências anteriores, eles continuaram a desobedecer a Deus e sofreram com Sua disciplina. Se permanecemos no pecado, podemos aguardar a correção divina, não porque o Senhor se alegra com o sofrimento humano (Lm 3.33), mas porque Ele corrige ao que ama (Hb 12.6).

3 MARCAS DISTINTIVAS DOS SERVOS ABENÇOADOS POR DEUS

Os verdadeiros servos de Deus praticam determinados atos, que se configuram em marcas que os identificam como tal. E, justamente porque eles reconhecem que do Senhor advém toda sorte de bênçãos (Ef 1.3), eles evidenciam essas características. Analisemos algumas delas a seguir.

3.1. Arrependimento, confissão e quebrantamento

Em Isaías 38.1-5, lemos que o rei Ezequias foi acometido por uma enfermidade mortal; contudo, ele orou, e Deus concedeu-lhe mais 15 anos de vida (2 Rs 20.1-6). Foi nesse período que Manasses nasceu.

O jovem rapaz aprendeu sobre a intervenção divina em favor de Judá durante o tempo em que conviveu com seu pai. Ele sabia que o seu nascimento fora possível porque o Senhor permitira; ele entendia que o exército assírio não conquistara Jerusalém, porque o Altíssimo o

impedira. Ele compreendia que as bênçãos derramadas sobre o povo de Deus eram fruto da fidelidade de seu pai.

Manasses assumiu o trono aos 12 anos de idade (quando Ezequias morreu). O texto de 2 Crónicas 33.1,2,11-13 revela--nos que ele, em seu reinado, fez o que era mau perante o Senhor. Ezequias havia derrubado os altares dos baalins e os postes-ídolos, mas seu filho tornou a levantá-los; o rei havia purificado o Templo de Jerusalém, mas seu substituto trouxe tudo de volta.

Apesar de ter a possibilidade de arrepender-se, Manasses ficou surdo à voz de Deus. Então, o Senhor decidiu falar mais alto por intermédio dos assírios. Aquele poderoso império invadiu Jerusalém, prendeu-o e levou-o para a Babilónia (2 Cr 33.11). Ali, o filho de Ezequias reconheceu o seu erro, humilhou-se e orou (2 Cr 33.12). O Altíssimo, então, ouviu o seu clamor, fazendo-o voltar para Jerusalém e para o seu reino (2 Cr 33.13).

O texto bíblico afirma que Manasses voltou-se totalmente contra Deus; todavia, apesar de toda rebelião, o Senhor não se voltou contra o rei; Seu infinito amor levou-o a tomar atitudes drásticas para trazer Seu filho de volta para casa. A prisão de. Manasses, nesse sentido, não revela apenas a crueldade Assíria, mas o amor divino.

Em tudo isso, vemos a manifestação da misericórdia divina: Manasses demonstrou arrependimento e quebrantou-se; e o Senhor, em resposta, fez o necessário para tirá-lo do pecado e para conduzi-lo de volta à vida de santidade.

3.2. Oração

Quando Ezequias rogou a Deus por sua vida, ele não considerou apenas suas necessidades particulares (2 Rs 20.1-6); ele olhou especialmente

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para o Senhor e para a salvação que Ele oferece. O interesse mais profundo do rei era fazer com que o nome do Altíssimo fosse exaltado e adorado. A resposta que Ezequias obteve beneficiou-o pessoalmente, mas também alcançou aqueles que estavam ao seu redor (2 Rs 20.6).

3.3. Santidade

A palavra santificação significa tornar santo, consagrar, separar do mundo e apartar-se do pecado. O processo de santificação conforma o salvo continuamente à imagem de Cristo (Rm 8.29), a qual consiste em verdadeira justiça e santidade (Ef4.24). A pureza de coração é o motivo de nossa eleição e o objetivo de nossa redenção (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p, 24).

O autor da Carta aos Hebreus escreveu: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). A santidade é uma das chaves que abre as portas, para que as inúmeras bênçãos de Deus sejam derramadas sobre nós. Fujamos, pois, das ofertas do pecado e conservemo-nos em santidade em Cristo.

3.4. Permanência

Abraão não foi obrigado a deixar sua casa, seus amigos, sua família e i r em direção a uma terra que ele não conhecia; o que o motivou a fazer tais escolhas foi o livre desejo de estar no centro da vontade de Deus (Gn 12.1-3); e isto lhe foi imputado por justiça (Gn 15.6; Rm 4.18-22). Da mesma forma, nós, servos do Senhor, precisamos estar dispostos a conhecer Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12.2), prosseguindo para o alvo, pelo prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3.14).

CONCLUSÃO

Reconheçamos os grandes benefícios que o Senhor nos tem concedido. Lembremo-nos de que Ele nos abençoa para sermos, também, uma bênção para aqueles que nos cercam. Toda boa dádiva nos é oferecida para ser compartilhada. Expressemos a nossa gratidão ao Pai não só pelo que Ele tem feito e ainda fará em nossa vida, mas principalmente por quem Ele é; pelo Deus soberano, maravilhoso, misericordioso e fiel que nos ama e salva, livrando-nos da escravidão, do inimigo cruel e da morte eterna.

ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO1. As Escrituras fazem-nos compreender que Deus é a fonte inesgotável de toda boa dádiva (Tg 1.17). De acordo com a hção de hoje, o que você entende por bênção?

2. No Antigo Testamento, o termo bênção tinha uma conotação singular. Descreva seu entendimento a respeito da perspectiva veterotestamentária em relação às dádivas celestiais, à luz do que foi estudado nesta lição.