Upload
prof-marciohilario
View
1.716
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
Literatura
Brasileira
CONCEITOS DE CONCEITOS DE LITERATURA LITERATURA
por
Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
?
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
LÍNGUA – é o idioma com o qual nos comunicamos“para o linguista Ferdinand de Saussure (1857-1913), o sistema abstrato de signos inter-relacionados, de natureza social e psíquica, obrigatório para
todos os membros de uma comunidade lingüística”(Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa)
LINGUAGEM – a forma como realizamos a língua“qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de
signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc”(Idem)
LITERATURA – “a arte da palavra”“uso estético da linguagem escrita; arte literária”
(Idem)
CONCEITOS PRELIMINARES
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
O objetivo da Arte é a expressão. Mesmo usando a
matéria-prima mais comum, o artista é capaz de moldá-la a
seu modo, imprimindo-lhe seus traços individuais e
transformando-a em algo absolutamente singular!
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
“A linguagem passou, com certeza, digamos, de um
estado rudimentar e pouco a pouco vai se tornando
mais complexa. Vai sendo capaz de exprimir
sentimentos, emoções. O que significa que quantas
mais palavras conhecemos, mais somos capazes de dizer o que sentimos e o
que pensamos.”(José Saramago)
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Carlos Drummond de Andrade
Literatura Brasileira Prof. Márcio HilárioÉpoca Definições de Literatura
AntigClás.
“É a arte que imita pela palavra.”(Aristóteles)
Séc. XIX
“Literatura é a arte e só pode ser encarada como arte. É a arte pela arte.”(Leconte de Lisle)
“A Literatura obedece a leis inflexíveis: a da herança, a do meio, a do momento.”(Hypolite Taine)
“A Literatura é expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem.”(Luis de Bonald)
Séc. XX
“Literatura é linguagem carregada de significado. Grande Literatura é simplesmente a linguagem carregada de significado até o máximo grau
possível.”(Erza Pound)
“A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as
formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade.”(Afrânio Coutinho)
“Literatura é a expressão dos conteúdos da ficção, ou da imaginação, por meio de palavras de sentido múltiplo e pessoal. Ou, mais sucintamente: Literatura é
ficção.”(Massaud Moisés)
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
Muitas vezes, em literatura, um texto ajuda a explicar o
outro. Leia, a seguir, a letra da
canção de Adriana Calcanhoto e veja como ela dialoga com outros textos
literários!
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
VAMBORAAdriana Calcanhoto
Entre por essa porta agora
E diga que me adoraVocê tem meia hora
Pra mudar a minha vidaVem vambora
Que o que você demoraÉ o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na salaPorque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiroDentro de um livro
“Dentro da noite veloz”“Na cinza das horas”
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
PELA RUAFerreira Gullar
Sem qualquer esperançadetenho-me diante de uma vitrina de bolsasna Avenida Nossa Senhora de Copacabana, domingo,enquanto o crepúsculo se desata sobre o bairro. Sem qualquer esperançate espero.Na multidão que vai e vementra e sai nos bares e cinemassurge teu rosto e somenum vislumbre
. e o coração disparate vejo no restaurantena fila do cinema, de azuldiriges um automóvel, a pécruzas a rua
miragemque finalmente se desintegra com a tarde acima dos edifíciose se esvai nas nuvens.
A cidade é grandetem quatro milhões de habitantes e tu és uma só.Em algum lugar estás a esta hora, parada ou andando,talvez na rua ao lado, talvez na praiatalvez converses num bar distanteou no terraço desse edifício em frente,talvez estejas vindo ao meu encontro, sem o saberes,misturada às pessoas que vejo ao longo da Avenida.Mas que esperança! Tenhouma chance em quatro milhões.Ah, se ao menos fosses mildisseminada pela cidade.
A noite se ergue comercialnas constelações da Avenida.Sem qualquer esperançacontinuo e meu coração vai repetindo teu nomeabafado pelo barulho dos motores
solto ao fumo da gasolina queimada.
(Dentro da noite veloz, 1975)
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
EPÍGRAFEManuel Bandeira Sou bem nascido. Menino,Fui, como os demais, feliz,Depois, veio o mau destinoE fez de mim o que quis. Veio o mau gênio da vida,Rompeu em meu coração,Levou tudo de vencida,Rugiu como um furacão, Turbou, partiu, abateu,Queimou sem razão nem dó –Ah, que dor!
Magoado e só,– Só! – meu coração ardeu: Ardeu em gritos dementesNa sua paixão sombria...E dessas horas ardentesFicou esta cinza fria. – Esta pouca cinza fria
DESENCANTOManuel Bandeira Eu faço versos como quem choraDe desalento... de desencanto...Fecha o meu livro, se por agoraNão tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente...Tristeza esparsa... remorso vão...Dói-me nas veias. Amargo e quente,Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia roucaAssim dos lábios a vida corre,Deixando um acre sabor na boca. – Eu faço versos como quem morre.
(A cinza das horas, 1917)
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
A flor e o espinho
Tire o seu sorriso do caminhoQue eu quero passar com a minha dorHoje pra você eu sou espinhoEspinho não machuca a florEu só errei quando juntei minh'alma à suaO sol não pode viver perto da lua (...)
(Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha)
Piercing
Tire o seu piercing do caminhoQue eu quero passarQuero passar com a minha dor
(Zeca Baleiro)
INTERTEXTUALIDADEDiálogo entre textos
Paródia: humorísticaParáfrase: séria
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
“(...) o objetivo da poesia (e da arte literária em geral) não é o real concreto, o verdadeiro, aquilo que de fato aconteceu, mas sim, o verossímil, o que pode acontecer, considerado na sua universalidade.”
(SILVA, Vítor M. de A. Teoria da literatura. Coimbra: Almedina, 1982.)
Verossímil. 1. Semelhante à verdade; que parece verdadeiro. 2. Que não repugna à verdade,
provável.(FERREIRA, A. B. de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986.)
VEROSSIMILHANÇA EXTERNA: maior compromisso as “leis” que regem a realidade.
VEROSSIMILHAÇA INTERNA: possibilidade de criar situações que valem apenas no contexto da obra.
VEROSSIMILHANÇA
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
CATARSEIdentificação do leitor com o texto
Processo de “higienização da alma”;
Expurgar sentimentos e/ou experiências ruins
Aristóteles Savater
Auto-identificação;Formação da personalidade
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
EPIFANIA“Insiht”/ Estalo / Revelação
Momento a partir do qual a existência passa a ter um
novo sentido
Literatura Brasileira Prof. Márcio Hilário
LITERATURAmanifestação
artística
FORMA
CONTEÚDO
Texto
Existência humana
Princípio estético
Verossimilhança
Catarse / Epifania
Intertextualidade
SÍNTESE DEMONSTRATIVA