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PROFESSORA MSC. HELOISA MARIA PAES DE SOUZA ETRB – 1º ANO - 2015 A CONSOLIDAÇÃO DAS MONARQUIAS NA EUROPA MODERNA

A formação das Monarquias Nacionais

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Slides referentes ao capítulo 10 - A formação das Monarquias Nacionais na Europa Ocidental: Portugal, Espanha, França e Inglaterra. Além de noções sobre Monarquia Absolutista e principais teóricos.

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PROFESSORA MSC. HELOISA MARIA PAES DE SOUZA

ETRB – 1º ANO - 2015

A CONSOLIDAÇÃO

DAS MONARQUIAS NA

EUROPA MODERNA

Palavras-chave para o entendimento do capítulo

Consolidar: tornar sólido; fortalecer; tornar estável; tornar firme.

Hegemonia: autoridade soberana; liderança, predominância ou superioridade.

Centralização política: Sistema político em que a administração está nas mãos do poder central.

Estado: organismo político-administrativo que exerce um poder soberano sobre determinado território, através da aplicação das leis e do funcionamento de aparatos judiciais e policiais encarregados de assegurar a obediência dos habitantes ao poder constituído.

Tradição e modernidade

A monarquia é hoje um sistema de governo adotado por mais de 40 países. Uma das mais conhecidas é a monarquia inglesa.

Monarquia é um sistema político que tem um monarca como líder do Estado. A monarquia hereditária é o sistema mais comum de escolha de um monarca.

O surgimento das monarquias nacionais está relacionado à crise do feudalismo, conflitos entre a nobreza e ascensão da burguesia.

Rainha Elizabeth II

do Reino Unido

Revisando

Durante a Idade Média, na maioria dos reinos da Europa Ocidental, o poder político esteve fragmentado, dividido entre o rei e os senhores feudais (nobreza) que o apoiavam.

Com o desenvolvimento do comércio e das cidades na Baixa Idade Média, os comerciantes reclamavam dos inúmeros impostos, moedas, pesos e medidas diferentes entre os domínios senhoriais, pois eram barreiras ao desenvolvimento mercantil.

Com a grande crise do feudalismo (Peste, diminuição da população e da produção, guerras), as revoltas populares se intensificaram, sobretudo por causa da superexploração dos trabalhadores.

Boa parte da nobreza feudal teve seus lucros diminuídos e sofreu muitos prejuízos. Além disso, senhores que participaram das Cruzadas, muitas vezes retornavam com seus exércitos em menor número e não conseguiam reprimir as revoltas em seus feudos.

Nobreza e burguesia: grupos sociais interessados na centralização do poder

NOBREZA BURGUESIA

REICOM PODERCENTRALIZA

DO

Viu no poder do rei um meio para controlar as rebeliões, de preservar

suas terras e alguns privilégios

A centralização política era interessante, pois

significava unificar as leis, a moeda, os impostos e os

padrões de pesos e medidas, muito

importantes para a produção e

comercialização

Os impostos recolhidos serviam

para manter forças armadas profissionais,

funcionários para a administração (burocracia) e manter cortes

luxuosas

Portanto ...

Na Baixa Idade Média podemos perceber que em alguns lugares da Europa Ocidental, os reis ganharam cada vez mais autoridade e poder.

A autonomia dos feudos cedeu lugar à centralização do poder nas mãos de um monarca, o que contribuiu para construir a noção de que todos os habitantes de determinado território deviam obediência ao rei.

A formação do Estado centralizado teve como resultado:

1) A superação do universalismo da Igreja Católica e dos particularismos dos poderes locais feudais.

2) A definição de fronteiras precisas entre um reino e seus vizinhos, com o estabelecimento de limites reais ou imaginários.

- Em alguns casos, os monarcas exerceram amplo poder. Foi o que aconteceu em Portugal, Espanha e França.

A formação de Portugal e da Espanha

GUERRA DE RECONQUISTA: contexto no qual Portugal e Espanha foram formados

Até o séc. XI, cristãos e muçulmanos conviveram na Península Ibérica alternando períodos de paz e conflito, quando começaram as lutas pela expulsão dos muçulmanos do território (Reconquista, concluída no séc. XV).

Portugal: nasceu a partir de uma faixa de terra retomada por cristãos sob o comando do rei Afonso VI de Leão e Castela, que passou sua administração ao nobre francês Henrique de Borgonha (em reconhecimento por sua luta contra os muçulmanos). O território recebeu o nome de Condado Portucalense e permaneceu nessa condição até 1139, quando Afonso Henriques (filho de Henrique) e seus apoiadores conquistaram a independência do condado, originando o Reino de Portugal.

Espanha: sua formação também ocorreu no contexto da expulsão muçulmana. Os territórios reconquistados tornaram-se reinos: Leão e Castela, Navarra e Aragão. Aos poucos, alguns reinos foram incorporados por meio de lutas ou então anexados por alianças de casamento.

Fernando (herdeiro do trono de Aragão) e Isabel (irmã do rei de Leão e Castela), casam-se em 1469,

promovendo a união desses reinos, consolidando o domínio sobre quase todo o atual território da atual

Espanha.

1492:- Conquista de Granada

(último bastião muçulmano na península).

- Chegada de Colombo às Américas.

As monarquias na França e na Inglaterra

A unificação da França

Reino da França em 1154

Início da Baixa Idade Média: o território da França estava tão fragmentado que alguns nobres eram mais poderosos que o próprio rei.

As disputas com a Inglaterra (disputa pela região da Flandres e a questão sucessória) possibilitaram aos reis franceses criar mecanismos para o fortalecimento do poder: alianças com setores da nobreza e formação de um exército profissional controlado pelo rei.

A vitória francesa na Guerra dos Cem Anos (meados do século XV) foi fundamental para o início da consolidação da monarquia e a unificação do território francês.

1661: o rei Luís XIV (rei Sol) passou a exercer o poder absoluto, tornando a França na monarquia mais fortalecida da Europa.

A MONARQUIA NA INGLATERRA

HENRIQUE II:

unifica a Inglaterra no séc. XII

O Reino Unido hoje

Antes da unificação: vários

reinos

Ricardo Coração de

Leão: sucessor de Henrique II, passou muito tempo lutando nas Cruzadas e

contra os franceses. Altos custos para os

ingleses.

João I: sucessor de Ricardo. É obrigado a

assinar a Magna Carta (1215) que

estabeleceu direitos e deveres para reis e

súditos.

Novas leis e impostos só com a

aprovação do Grande Conselho que,

depois, deu origem ao Parlamento

O PARLAMENTO BRITÂNICO

Sede do Parlamento na atualidade

Bicameral: Câmara dos Lordes (leigos e eclesiásticos escolhidos pelo rei) e Câmara dos Comuns (elementos da baixa nobreza – gentry – eleitos pelo voto censitário).

As duas câmaras passaram a exercer funções legislativas e a controlar a cobrança de impostos pelo Estado.

O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO

MONARQUIAS ABSOLUTISTAS NA EUROPA (IDADE MODERNA): ABSOLUTISMO

TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO E SUAS TEORIAS

Século XVI: surgem teorias filosóficas que procuram justificar o poder absoluto dos reis.

Nicolau Maquiavel (1469-1527): virtú e

fortuna

Thomas Hobbes (1588-1679): o Contrato Social

Jacques Bossuet (1627-1704): Teoria

do Direito Divino dos Reis

Alguns MONARCAS ABSOLUTISTAS

Na França: Luís XIV, Luís XV, Luís XVI

Na Inglaterra: Henrique VIII, Elizabeth I

FIM

A FORMAÇÃO DOS ESTADOS

MODERNOS

No fim da Idade Média, surge o interesse pela centralização do poder na Europa.

A figura do rei, em um governo centralizado, seria um meio de obter vantagens e direitos para a nobreza e a burguesia.

Nobreza: naquela época a situação dos nobres não era nada confortável. Muitos foram lutar nas Cruzadas e se endividaram para organizar seus exércitos. Ao voltar, muitos encontraram seus feudos numa situação de abandono, devido às fugas e às revoltas camponesas. Além disso, os exércitos dos nobres poderiam voltar com poucos homens, não dando conta de controlar as rebeliões.

Burguesia: desejava a centralização política para que as leis, a moeda e os padrões de pesos e medidas fossem unificados. Além disso, acabaria a cobrança de taxas senhoriais toda vez que os burgueses entrassem num feudo: o tributo seria pago somente ao rei.

Por sua vez, o rei, fortalecido de um lado pela injeção de dinheiro da burguesia e de outro pela dependência da nobreza, reuni as condições necessárias para consolidar seu poder.

Assim, entre os séculos XII e XV, várias monarquias se consolidaram na Europa.

As mais expressivas foram Portugal, Espanha, Inglaterra e França.

AS BASES DO ESTADO MODERNO

Para compreender o significado do surgimento do Estado Moderno é preciso entender o conceito de Estado.

ESTADOOrganismo político-administrativo que exerce um poder soberano sobre um determinado território.

Aplica leis para todos que vivem naquele território.

Utiliza a justiça, a polícia e as Forças Armadas para assegurar a obediência dos habitantes.

Resultados da formação de Estados centralizados:

1. Definição de fronteiras precisas entre um reino e seus vizinhos (o Estado deixava de ser apenas um agregado de feudos). Em geral, os limites eram fixados ao longo dos rios, mas também houve fronteiras determinadas por meio de linhas imaginárias. As fronteiras marítimas, principalmente após as grandes navegações, tornaram-se uma questão de Estado e muitas vezes exigiram a interferência do poder da Igreja. Um exemplo é o Tratado de Tordesilhas (1494), que dividiu as terras “por descobrir” entre portugueses e espanhóis.