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A Formação dos Reinos BárbarosOS FRANCOS
Prof. Alan Carlos Ghedini
Reinos Bárbaros
Após a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) Ruralização da Europa, com grande êxodo urbano Começa a se formar a Ordem Feudal
As invasões de vários povos, especialmente germânicos, sobre os territórios de Roma, reconfigura a Europa Ocidental
De um lado, as expansões árabe e bizantina, de outro, a germânica
Os “bárbaros” chegaram
Vândalos, liderados por Genserico, conquistam o Norte da África São absorvidos durante a Reconquista de Justiniano
Ostrogodos se fixam na Península Itálica, sob o comando de Teodorico, depois conquistados pelos Bizantinos
Lombardos invadem o norte da Itália fixando capital em Pavia
Visigodos se fixam na Península Ibérica e sul da Gália, sendo expulsos desta última região, pelos Francos
A Britânia
Ocupada por três povos germânicos Jutos, fixando-se ao Sul (Reino de Kent) Saxões, também ao Sul (Reinos de Essex, Wessex e Sussex) Anglos, no centro e nordeste (Reinos de East Anglia, Nortúmbria,
Bernícia e Deira)
Esses reinos pré-ingleses formavam a Heptarquia Anglo-Saxônica
Com a união deles, em 902, surgiria a Inglaterra
O Reino FrancoNAS RAÍZES DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO
Os MerovíngiosA Dinastia Merovíngia teve seu início com Clóvis, neto do chefe tribal Meroveu.
Clóvis, primeiro rei Franco (481 – 511): Comandou os Francos Sálios (Canal da Mancha) Incorporou os Francos Ripuários (Interior) Conquistou o Reino de Siágrio (um general Romano) Venceu os Alamanos Converteu-se ao cristianismo em Reims, tendo a Igreja se transformado em
sua aliada Combateu o arianismo
O Reino Franco era, assim, o primeiro reino bárbaro-cristão
Divisões do Reino dos Francos (511 – 687)
Com a morte de Clóvis, em 511, o Reino foi dividido em 4 partes.
As partes foram divididas entre os herdeiros varões, de Clóvis.
A divisão viria a enfraquecer o poderoso reino
Destacaram-se os Estados francos da Austrásia e a Nêustria
Os Prefeitos do Palácio (640 – 751)Com o enfraquecimento Merovíngio, o poder foi deixado nas mãos do Prefeito do Paço ou major domus (mordomos) Foi a fase dos reis indolentes
Carlos Martel, filho do major domus na Austrásia reunifica o Reino, criando a França. Foi Carlos Martel que, em 732, venceu os árabes na Batalha de Poitiers,
detendo o avanço islâmico
O filho de Carlos Martel, Pepino “o breve”, encerraria a Dinastia Merovíngia iniciando a Dinastia Carolíngia
O Império Carolíngio (800 – 843)
Com a morte de Pepino “o breve”, seu filho, Carlos e o irmão Carlomano, assumem o reino.
Carlomano morre e Carlos, depois Carlos Magno assume sozinho o Reino Franco.
Carlos Magno Estabeleceu com a Igreja uma aliança, sendo Coroado, em 800, Imperador dos Romanos, pelo papa Leão III.
Carlos Magno também:◦ Lutou contra os lombardos, tomando a Coroa de Ferro (dos Reis da Itália)◦ Criou as Marcas, áreas administrativas comandadas por marqueses◦ Ampliou o território do Império sobre a Germânia
O Governo de Carlos Magno
Administração centralizada no palácio imperial, e complementada por:
◦ Conde palatino, que tratava da administração◦ Arquicapelão, que cuidava de assuntos eclesiásticos◦ Chanceler, encarregado da legislação e diplomacia◦ Camareiro, responsável pelo Tesouro◦ Senescal, que tratava do abastecimento e◦ Condestável, responsável pela força militar
Outros destaques do Império CarolíngioMissi dominici
Inspetores imperiais
Assembléias de Maio Para o levantamento sobre a situação das administrações locais
Capitulares (um conjunto de leis)
Renascimento Carolíngio
O fim do Império Carolíngio
Com a morte de Carlos Magno, assume seu filho, Luís “o piedoso” que falece prematuramente
◦ O Império é, então, dividido entre os netos de Carlos Magno, que lutaram pelo poder, fato só resolvido com o Tratado de Verdun (843)
◦ França Ocidental – Carlos “o calvo”◦ França Oriental – Luís “o germânico”◦ Itália Setentrional e Mar do Norte (Lotaríngia) - Lotário
Cai o último Carolíngio Quando o último Carolíngio morre, sem herdeiros
◦ Nobreza aclamou o conde de Paris, Hugo Capeto, como o novo monarca
◦ Era o começo da Dinastia Capetíngia
O Sistema FeudalNOS TEMPOS DE SENHORES E SERVOS...
Origens do Feudalismo Contexto:
◦ Após a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) e as invasões germânicas
◦ Ocorre uma grande sensação de insegurança na Europa
◦ Isso leva a um êxodo urbano e um consequente processo de ruralização na Europa Ocidental
Fatores Estruturais e Conjunturais na formação do Feudalismo
Fatores Estruturais:
◦ As instituições econômicas, sociais, políticas e culturais dos Romanos, e dos povos Germânicos.
◦ Tratava-se assim, de um conjunto de “heranças” desses povos, à nova configuração social e política da Europa Ocidental
Fatores Conjunturais:
◦ As sucessivas ondas de invasões dos mais diferentes povos e culturas sobre a Europa.
Normandos, Varegues, Magiares e Eslavos...
Normandos: Vindos da Escandinávia, especialmente Noruega e Dinamarca, invadiram as Ilhas Britânicas e o Noroeste da França
Varegues: eram normandos suecos que invadiram áreas das atuais Rússia e Ucrânia
Magiares: também conhecidos como húngaros, vieram da Ásia Central invadindo a Europa e aumentando a sensação de insegurança no Continente.
Eslavos: oriundos das estepes russas, também invadem o continente europeu.
Forma-se o Sistema Feudal
Unindo elementos Romanos◦ Colonato◦ Regime Servil◦ A idéia de Estado
Com elementos Germânicos◦ Uso coletivo da terra◦ Juramento de lealdade (comitatus)
Cristianismo: elementos agregador
O feudo seria uma unidade auto-suficiente de natureza rural, controlada por um Senhor Feudal
R R RG G G
Cristianismo
Sistema Feudal
Característica do Sistema Feudal
Se trata de um sistema fundamentalmente Se trata de um sistema fundamentalmente caracterizado pela economia de consumo, caracterizado pela economia de consumo, trocas naturais, sociedade estática e poder trocas naturais, sociedade estática e poder
político descentralizado em torno, político descentralizado em torno, sobretudo, dos Senhores Feudais.sobretudo, dos Senhores Feudais.
A sociedade Feudal Sociedade Estamental
Orientada por relações de Vassalagem
Vinculação do servo ao feudo
Sem mobilidade Social
Os grupos sociais na Alta Idade Média
Camadas sociais básicas: Senhores
Servos
Outras: Vilões – Camponeses livres que
trabalhavam no feudo, em terras arrendadas
Ministeriais (também chamados de bailios ou senescais) – Funcionários livres, do senhor
O clero tinha fundamental importância
“Na Idade Média haviam os que rezavam, os que combatiam e os
que trabalhavam”
O FeudoO servo deveria pagar tributos ao senhor:
Corvéia: trabalho do servo nas terras do senhor
Talha: metade da produção do manso servil vai para o senhor
Banalidades: cobrança pelo uso de instalações do feudo
Vintém ou Tostão-de-Pedro: imposto da Igreja
Mão-morta: taxa de transmissão de herança
A VassalagemRelação dividida em:
Suserano: Aquele que concede um benefício
Vassalo: Aquele que recebe o benefício
O Rei era o 1º suseranoNessa época, porém, o poder não estava
concentrado no rei, mas descentralizado entre os Senhores Feudais que prestavam juramento de lealdade ao monarca
Igreja no período Medieval
Foi a “maior senhora feudal da Europa”
Dividia-se em:◦ Clero regular: monges◦ Clero secular: padres◦ Alto clero: bispos e abades
O papa concentrava um poder enorme◦ Poderia regular ações de Reis e Imperadores
Socialmente, a Igreja também condenava práticas como a usura, e defendia um mercado regulado pelo preço justo
Instituições PolíticasO sistema feudal contava com divisões internas em sua organização,
como no caso da nobreza que poderia ser
Alta Nobreza: que prestavam vassalagem direta ao Rei Baixa Nobreza: que prestavam vassalagem a outros Senhores
Essas relações eram consolidadas em uma Cerimônia de Investidura composta de:
Homenagem: reconhecimento da superioridade do Suserano Investidura: quando o vassalo era empossado do Feudo Juramento de Lealdade: prestado pelo Vassalo, ao Suserano
Cultura na Alta Idade Média
Não foi uma “Idade das Trevas”◦ Nela estão as raízes para o
Renascimento Cultural
◦ Filosofia:◦ Escolástica (São Tomás de Aquino)◦ Ideal Tomista: racionalismo aristotélico +
espiritualismo cristão
◦ Funda-se a 1ª Universidade (Bolonha)◦ Na educação, a Igreja manteve grande
presença na organização do curriculum base com◦ Trivium (Gramática, Dialética e Retórica)◦ Quadrivium (Aritmética, Geometria,
Astronomia e Música)