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22 A GAZETA DOMINGO, 6 DE OUTUBRO DE 2013 EDITORA: ELAINE SILVA [email protected] Tel.: 3321.8327 agazeta.com.br/dinheiro gazetadinheiro Economia. Histórias de crianças que se inspiram na carreira dos pais Pág.26 MICO DAS CONCESSÕES GOVERNO SÓ AFASTA O INVESTIMENTO PRIVADO Erros atrasam recuperação de rodovias, aeroportos e ferrovias RONDINELLI TOMAZELLI [email protected] BRASÍLIA A dificuldade em tirar obras estratégicasdopapelamea- ça o crescimento brasileiro, como revela a série de erros que o governo federal vem cometendo nas concessões à iniciativa privada. Logo na largada, praticamente todos os processos “mica- ram”, frustraram expectati- vas ou foram revistos. Embora não generali- zem as particularidades de cada leilão oferecido, espe- cialistas ouvidos por A GA- ZETA listam como proble- ma um grau elevado de im- provisação e intervencio- nismo do governo Dilma Rousseff (PT), que assusta as empresas interessadas em lucro máximo e reticen- tes a uma regulação exces- siva das atividades. A impressão é que o go- verno vive correndo atrás do prejuízo. Um exemplo é aconcessãodosaeroportos. Com poucos interessados, o Planalto decidiu mudar as regras, reduzir exigências e adiar o leilão de Confins (MG). o trem-bala Rio-São Paulo ninguém quis: o projeto sofre suces- sivos adiamentos. Especulava-se também que a privatização da BR 262 (ES-MG) seria atraen- te, mas às vésperas do leilão não apareceram interessa- dos e o governo bate cabeça com o fracasso. Não bastas- se, após cinco anos de espe- ra o leilão de blocos do pré-sal não atraiu as gigan- tes mundiais do petróleo, vencendo empresas chine- sasdeolhonãoemreservas, mas em matéria-prima pa- ra sua produção industrial. Por último, o Tribunal de Contas da União (TCU) questiona e exige um mo- delo mais claro de conces- sões das ferrovias. No no- vo marco regulatório dos portos, já há ameaças judi- ciais e a ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR), que coordena o pacote de con- cessões, promete agora acolher parte das três mil sugestões na consulta pú- blica em Santos (SP). Neste enredo complica- díssimo, especialistas apontam erros políticos e de gestão somados aos de elaboração técnica. Autor do livro “Privatize já”, o eco- nomista Rodrigo Constan- tino atribui ao ranço ideoló- gico do PT boa parte das confusões e percalços do pacote de concessões: “O governo tem ojeriza ao livre mercado, tendo que reali- zar concessões e privatiza- ções por extrema necessi- dade de investimentos. O fator ideológico acaba afu- gentando os melhores can- didatos, receosos do exces- sivo intervencionismo”. CONTRATO DE RISCO Antes do fiasco da BR 262, lembra Constantino, esse problema já havia sur- gido nas concessões dos ae- roportos: empresas desco- nhecidas, menores e sem experiência, ou estatais de outros países, haviam ven- cido importantes leilões. No caso de Guarulhos (SP), o maior aeroporto do país, o governo privatizou pelo maiorpreçointeressadoem arrecadar mais, mas não fez exigências mínimas de ca- pacidade de operação. Conforme lista a econo- mista Ana Paula Vescovi, as críticas ao modelo de con- cessões referem-se à defini- ção da taxa de retorno pri- vado, ao desenho dos con- tratos e à qualidade dos projetos de engenharia. Ga- nha os leilões quem apre- sentar a menor tarifa - um incentivo implícito para lu- cro baixo e, numa seleção natural, para competidores menos preparados. “A alternativa seria usar os leilões para definir – por competição – a taxa de re- torno do investimento. As- sim, ao invés do governo definir a taxa de retorno, o setor privado relevaria por meio da competição o que está disposto a oferecer, em conformidade com as con- dições e risco que percebe”, destaca Vescovi. O exemplo da BR 262 tem muito a dizer, frisa a economista: os equívocos no desenho do contrato re- duziram a aceitação popu- lar, o que aumentou a ex- pectativa de risco na execu- ção do contrato. “O dese- nho adequado seria uma parceria público-privada, com o governo aportando parte dos recursos para a re- dução tarifária em ambos os trechos, com a execução privada”, avalia Vescovi. Vale lembrar, acrescenta ela, que o governo somente aderiu ao modelo de con- cessões em larga escala após perceber a baixa e ine- ficiente execução direta nas obras de infraestrutura dos PACs (Programa de Acele- ração do Crescimento). Para o economista Ro- berto Piscitelli, houve maiores cautelas do gover- no evitando repetir as polê- micas privatizações do PSDB, em que tarifas altas puxaram insatisfações. “O tema é muito ideologizado. O governo tentou buscar tarifas razoáveis e frear a competição selvagem, mas houve certo conservadoris- mo limitando a cobrança e fixando regras rígidas e pouco atraentes”, pontua. INFRAESTRUTURA OS FRACASSOS NOS LEILÕES s Aeroportos Em Guarulhos (SP), o maior terminal do país, venceu um consórcio da África do Sul, afastando operadores experientes que pudessem transferir tecnologia nessa área para o Brasil. Agora, reconhecendo erros, o governo estabelece limites para Confins e Galeão. s Rodovias A BR 050 teve interessados, mas a BR 262 (ES/MG) empacou: as obras seriam feitas pela concessionária na parte mineira e pelo Dnit no trecho capixaba, gerando ameaça de atraso e de qualidade inferior no Espírito Santo, e com pouca diferença de tarifa. s Trem-bala Sem interessados e com baixa atratividade da menor tarifa (modicidade), o governo financia via BNDES com juro subsidiado e quer injetar 80% do dinheiro. Isso compromete mais recursos públicos, dada a insegurança implícita num projeto de viabilidade questionada. s Ferrovias Especialistas alertam para o “risco Valec”: pelo novo modelo, a estatal do setor comprará toda a capacidade das novas ferrovias e, depois, venderá a terceiros. Embora isso seja feito para garantir demanda, alguns veem uma interferência indesejada no negócio. s Pré-sal As regras do regime de partilha e o formato do leilão teriam afastado petroleiras com foco em outros países. O governo sofreu a ausência de 4 gigantes. Com o xisto e a esperada autossuficiência dos EUA, o pré-sal não é mais o “maná, o filé mignon imaginado”, dizem analistas.

A GAZETA Economia. - ijsn.es.gov.br · vencendo empresas chine-sasdeolhonãoemreservas, mas em matéria-prima pa-rasuaproduçãoindustrial. Por último, o Tribunal deContasdaUnião(TCU)

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22A GAZETA DOMINGO, 6 DE OUTUBRO DE 2013

EDITORA:

ELAINE [email protected]

Tel.: 3321.8327agazeta.com.br/dinheiro

gazetadinheiro

Economia. Histórias de criançasque se inspiram nacarreira dos paisPág.26

MICO DAS CONCESSÕESGOVERNO SÓ AFASTA OINVESTIMENTO PRIVADOErros atrasam recuperação de rodovias, aeroportos e ferrovias

RONDINELLI [email protected]

BRASÍLIA

Adificuldadeemtirarobrasestratégicasdopapelamea-ça o crescimento brasileiro,comorevelaasériedeerrosque o governo federal vemcometendo nas concessõesà iniciativa privada. Logona largada, praticamentetodos os processos “mica-ram”, frustraramexpectati-vas ou foram revistos.

Embora não generali-zem as particularidades decada leilão oferecido, espe-cialistas ouvidos por A GA-ZETA listam como proble-maumgrauelevadode im-provisação e intervencio-nismo do governo DilmaRousseff (PT), que assustaas empresas interessadasemlucromáximoereticen-tes a uma regulação exces-siva das atividades.

A impressão é que o go-verno vive correndo atrásdo prejuízo. Um exemplo éaconcessãodosaeroportos.Compoucosinteressados,oPlanalto decidiu mudar asregras, reduzir exigências eadiar o leilão de Confins(MG). Já o trem-balaRio-São Paulo ninguémquis: o projeto sofre suces-sivos adiamentos.

Especulava-se tambémque a privatização da BR262 (ES-MG) seria atraen-te,masàsvésperasdoleilãonão apareceram interessa-doseogovernobatecabeçacomofracasso.Nãobastas-se,apóscincoanosdeespe-ra o leilão de blocos dopré-sal não atraiu as gigan-tes mundiais do petróleo,vencendo empresas chine-

sasdeolhonãoemreservas,mas em matéria-prima pa-ra sua produção industrial.

Por último, o TribunaldeContasdaUnião(TCU)questiona e exige um mo-delo mais claro de conces-sões das ferrovias. No no-vo marco regulatório dosportos, jáháameaças judi-ciais e a ministra GleisiHoffmann (PT-PR), quecoordena o pacote de con-cessões, promete agoraacolher parte das três milsugestões na consulta pú-blica em Santos (SP).

Neste enredo complica-díssimo, especialistasapontam erros políticos ede gestão somados aos deelaboração técnica. Autordolivro“Privatizejá”,oeco-nomista Rodrigo Constan-

tinoatribuiaorançoideoló-gico do PT boa parte dasconfusões e percalços dopacote de concessões: “Ogovernotemojerizaaolivremercado, tendo que reali-zar concessões e privatiza-ções por extrema necessi-dade de investimentos. Ofator ideológico acaba afu-gentando os melhores can-didatos, receosos do exces-sivo intervencionismo”.

CONTRATO DE RISCOAntes do fiasco da BR

262, lembra Constantino,esse problema já havia sur-gidonasconcessõesdosae-roportos: empresas desco-nhecidas, menores e semexperiência, ou estatais deoutros países, haviam ven-cido importantes leilões.

NocasodeGuarulhos(SP),omaioraeroportodopaís,ogoverno privatizou pelomaiorpreçointeressadoemarrecadarmais,masnãofezexigências mínimas de ca-pacidade de operação.

Conforme lista a econo-mista Ana Paula Vescovi, ascríticas ao modelo de con-cessões referem-seàdefini-ção da taxa de retorno pri-vado, ao desenho dos con-tratos e à qualidade dosprojetosdeengenharia.Ga-nha os leilões quem apre-sentar a menor tarifa - umincentivo implícito para lu-cro baixo e, numa seleçãonatural, para competidoresmenos preparados.

“A alternativa seria usaros leilões para definir – porcompetição – a taxa de re-

torno do investimento. As-sim, ao invés do governodefinir a taxa de retorno, osetor privado relevaria pormeio da competição o queestá disposto a oferecer, emconformidade com as con-diçõese riscoquepercebe”,destaca Vescovi.

O exemplo da BR 262tem muito a dizer, frisa aeconomista: os equívocosno desenho do contrato re-duziram a aceitação popu-lar, o que aumentou a ex-pectativaderisconaexecu-ção do contrato. “O dese-nho adequado seria umaparceria público-privada,com o governo aportandopartedosrecursosparaare-dução tarifária em ambosos trechos, com a execuçãoprivada”, avalia Vescovi.

Vale lembrar, acrescentaela,queogovernosomenteaderiu ao modelo de con-cessões em larga escalaapósperceberabaixae ine-ficienteexecuçãodiretanasobras de infraestrutura dosPACs (Programa de Acele-ração do Crescimento).

Para o economista Ro-berto Piscitelli, houvemaiores cautelas do gover-noevitandorepetiraspolê-micas privatizações doPSDB, em que tarifas altaspuxaram insatisfações. “Otemaémuitoideologizado.O governo tentou buscartarifas razoáveis e frear acompetição selvagem, mashouvecertoconservadoris-mo limitando a cobrança efixando regras rígidas epouco atraentes”, pontua.

INFRAESTRUTURA

OS FRACASSOS NOS LEILÕES

s Aeroportos

Em Guarulhos (SP), o maiorterminal do país, venceu umconsórcio da África do Sul,afastando operadoresexperientes que pudessemtransferir tecnologia nessaárea para o Brasil. Agora,reconhecendo erros, ogoverno estabelece limitespara Confins e Galeão.

s Rodovias

A BR 050 teve interessados,mas a BR 262 (ES/MG)empacou: as obras seriamfeitas pela concessionáriana parte mineira e pelo Dnitno trecho capixaba,gerando ameaça de atrasoe de qualidade inferior noEspírito Santo, e com poucadiferença de tarifa.

s Trem-bala

Sem interessados e combaixa atratividade da menortarifa (modicidade), ogoverno financia via BNDEScom juro subsidiado e querinjetar 80% do dinheiro. Issocompromete mais recursospúblicos, dada a insegurançaimplícita num projeto deviabilidade questionada.

s Ferrovias

Especialistas alertam para o“risco Valec”: pelo novomodelo, a estatal do setorcomprará toda a capacidadedas novas ferrovias e,depois, venderá a terceiros.Embora isso seja feito paragarantir demanda, algunsveem uma interferênciaindesejada no negócio.

s Pré-sal

As regras do regime departilha e o formato do leilãoteriam afastado petroleirascom foco em outros países.O governo sofreu a ausênciade 4 gigantes. Com o xisto ea esperada autossuficiênciados EUA, o pré-sal não émais o “maná, o filé mignonimaginado”, dizem analistas.

Documento:AG06CAEO022;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:05 de Oct de 2013 12:28:08

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ECONOMIA23DOMINGO, 6 DE OUTUBRO DE 2013 A GAZETA

INFRAESTRUTURA

262: fiasco no meio do caminhoProblemas namodelagem, risco Dnite suposto acordãomarcaram fracasso

RONDINELLI [email protected]

BRASÍLIA

Soaatéhojeestranhaafaltade empresas interessadasem administrar a BR 262.Além de problemas técni-cosedo“riscoDnit”,osboa-tos incluem um acordãoentre empresas para obtermelhores condições numasegunda oportunidade.

O “deserto” do primeiroleilão faria o governo cedernascondições.Noscasosda262 e do trem-bala, o pro-fessor de finanças públicasRobertoPiscitelli (UnB)rei-teraahipótesedecombina-ção entre grandes competi-dores por mais vantagens.

O fiasco na privatizaçãoda rodovia, porém, aindarepercuteemMinasGerais,assinala o deputado oposi-cionista Marcos Pestana(PSDB-MG):“Foiumsinto-ma da falta de solidez econvicção do governo, quefez adesão tardia às parce-rias com o setor privado.Houveintervencionismo:ogoverno arbitrou a taxa deretorno interna, modificousem maiores explicações”.

Se nenhuma empresamostrouinteressenoleilão,é porque o edital tem equí-vocos e deformações e háproblema na modelagem,frisam Pestana e o senadorRicardo Ferraço (PMDB),para quem o governo deveter humildade para reco-nhecer que errou.

“É patético o ministroCésar Borges (PR-BA,

Transportes)nosresponsa-bilizar. O governo estavamuito senhor da razão emmanter isso e nos tratavaaté com indiferença, masesqueceudecombinarcomo mercado e quis desafiar aleidagravidade.Otempoea prática mostraram nossarazão”,criticaFerraço.Paraele, cabe ao DepartamentoNacional de InfraestruturadeTransportes(Dnit) fazerconcorrência para a obra eseguir o previsto desde2009: duplicar a 262/EScom dinheiro do PAC.

Ao culpar a bancada, oministroquerarranjarbodeexpiatório para aliviar abarradogoverno,mas,comtantainsegurança,essedes-fechoeraprevisível,pontuao deputado César Colnago(PSDB):“Nãoforamacolhi-das as sugestões capixabas

nas audiências públicas.Houve projetos técnicosmal elaborados e falta degarantiaparaoconsórcioseo Dnit não cumprisse a du-plicação em cinco anos”.

Com isso, conclui, a via-bilidadedaconcessãoficousobsuspeita,agravadapelatarifa alta em meio à ressa-cadosprotestospelofimdopedágio da Terceira Ponte.

Seadotadaumaparceriapúblico-privada, a tarifacomplementaria o retornodo investimento privado,além de assegurar recursospara a posterior manuten-ção da rodovia, enfatiza aeconomista Ana Paula Ves-covi:“Quantomaioroapor-tederecursospúblicos,me-noratarifaparaosusuáriosdeumamesmarodovia.Pe-lo improviso, porém, nãofoi essa a opção adotada”.

PETRÓLEO

“O novo modelo paraexploração do pré-salnão tem justificativastécnicas, a não ser apreocupação exageradado governo para mantero controle do processo”ANA PAULAVESCOVIECONOMISTA

CONTRADIÇÃO

“O governo precisaatrair investidores, masnão tolera essa ideia.O resultado é essadesconfiança mútua, emenos investimentos emnossa infraestrutura”RODRIGOCONSTANTINOECONOMISTA

Gigantes fora do pré-sal em LibraA decepção com o leilão

do campo do pré-sal de Li-bra seexplica tambémpelarenovação da matriz ener-gética mundial e pelo sur-gimentodoxisto,oquedei-xa grandes operadorasamericanas e europeias re-ticentes diante de receitasduvidosas para os próxi-mos anos, avalia o profes-sordefinançaspúblicasRo-bertoPiscitelli,daUniversi-dade de Brasília (UnB).

“Além disso, a Petrobrastem que ser operadora dobloco com 30% de partici-pação. São regras que as-sustamosgrandes‘players’privados. Não confiam nas

regras do jogo, não enxer-gam clareza regulatória, enão acham que o retornoserá de mercado”, observao economista RodrigoConstantino.

Aausênciadequatrope-troleiras gigantes do leilãosurpreendeu o Planalto e aAgência Nacional do Pe-tróleo (ANP), que previamuma disputa mais acirra-da,comcercade40empre-sas, enãoapenasas11queacabaram se inscrevendo.

A CHINAComo as gigantes priva-

das do setor desistiram, atábuadesalvaçãosãoases-

tatais chinesas, menospreocupadas em retorno fi-nanceiro do que em garan-tir suprimento de óleo paraa indústria manufatureira,já que a China cresce a ele-vadas taxas e não detémgrandes reservas.Oschine-ses, assim, exportam pro-dutosdemaiorvaloreusamcommodities importadas,como petróleo e minério.

“O caso de Libra é sinto-mático. Após cinco anossem leilões somente porranço ideológico, o gover-nosedeucontadequeaPe-trobras não tem condições,sozinha, de explorar nossopotencialdepetróleo–pelo

visto,menorqueovendidonapropaganda.Ogoverno,seabreespaçoparaoinves-timento privado com umamão, deseja controlar cadadetalhe com a outra”, ana-lisa Constantino.

Conformeespeculações,haveria incerteza em rela-çãoàentregadoóleoànovaestatal do pré-sal, que cui-dará dos contratos de par-tilha de produção, definin-do o que pode ser abatidocomo custo operacional. Adesistência das gigantes si-nalizaria também maiordesconfiançaemrelaçãoaopaís, jáapontadanadificul-dade do leilão de rodovias.

Oposição atacaO deputado Marcos Pestana (PSDB-MG) critica o modelo dasconcessões: “O fiasco do leilão da 262 foi sintoma da falta deconvicção do governo, que fez adesão tardia à parceria privada”

ZECA RIBEIRO/AGÊNCIA CÂMARA

VITÓRIA/ES

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Walter Lídio NunesJosé Armando Campos Rodrigo ConstantinoPaulo Guedes

Documento:AG06CAEO023;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:05 de Oct de 2013 12:29:22