27
Regulação dos serviços públicos de saneamento básico e aproveitamento energético do gás metano de aterros sanitários Eng. Marcos Helano Fernandes Montenegro Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal - ADASA

A Gestão Associada nos Serviços Públicos de Saneamento ...feam.br/images/stories/arquivos/mudnacaclimatica/cursos/biogas/... · Seminários ABAR/NARUC. 1. O Brasil: população

Embed Size (px)

Citation preview

Regulação dos serviços públicos

de saneamento básico e

aproveitamento energético do

gás metano de aterros sanitários

Eng. Marcos Helano Fernandes MontenegroAgência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal - ADASA

1. O Brasil: população e municípios

2. Serviços públicos de manejo de resíduos sólidos

3. Marco legal

4. Regionalização e consorciamento

5. Regulação (Lei 11.445/2007)

6. Seminários ABAR/NARUC

1. O Brasil: população e municípios

BRASIL 2010

Pop. Total 190.733 mil

Taxa anual 1,17%

Pop Urbana 160.880 mil (84%)

1. O Brasil: população e municípios

Classes de tamanho da

população municipal

Número de

Municípios

População dos

Municípios

Total 5.565 190.732.694

Até 10.000 2.515 12.939.483

De 10.001 a 50.000 2.443 51.123.648

De 50.001 a 100.000 324 22.263.598

De 100.001 a 500.000 245 48.567.489

De 500.001 a 1.000.000 23 15.703.132

De 1.000.001 a 2.000.000 9 12.505.516

De 2.000.001 a 5.000.000 4 10.062.422

De 5.000.001 a 10.000.000 1 6.323.037

Mais de 10.000.000 1 11.244.369

Número de Municípios e População

Censo Demográfico de 2010 (IBGE)

2. Serviços públicos de manejo de resíduos

sólidos

Vazadouro a céu

abertoAterro controlado Aterro sanitário

1989 88,2 9,6 1,1

2000 72,3 22,3 17,3

2008 50,8 22,5 27,7

Destino final dos resíduos sólidos, por unidades de

destino dos resíduos Brasil - 1989/2008

Destino final dos resíduos sólidos, por unidade de destino

dos resíduos (%)Ano

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e

Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

1989/2008

2. Serviços públicos de manejo de resíduos

sólidos

2. Serviços públicos de manejo de resíduos

sólidos

2. Serviços públicos de manejo de resíduos

sólidos

Plano Nacional de Saneamento Básico

(PLANSAB) – 2011

Meta de eliminação de lixões: 2015

3. Marco legal

Lei 11.445/2007 – Diretrizes para os serviços

públicos de saneamento básico

Os serviços públicos de disposição final de resíduos sólidos em

aterros sanitários são serviços públicos de saneamento básico de

competência local (municípios)

Lei 12.305/2010 – Política Nacional de

Resíduos Sólidos

Incentivo: coleta seletiva e reciclagem

gestão regionalizada (intermunicipal)

aterramento exclusivo de rejeitos

Lei n° 11.079, de 2004.Institui normas gerais para licitação e contratação de

parceria público-privada no âmbito da administração

pública.

Lei nº 11.107, de 2005Dispõe sobre normas gerais para a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios

contratarem consórcios públicos para a realização

de objetivos de interesse comum e dá outras

providências.

3. Marco legal

Lei nº 8.666, de de 21 de junho de 1993 Dispõe sobre normas gerais de licitação e

contratação para a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios.

Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 .Estabelece normas para a concessão de serviços

públicos pela União, os Estados, o Distrito Federal e

os Municípios.

3. Marco legal

Gestão associada de

serviços públicos

(Lei nº11.107/2005)

4. Regionalização e consorciamento

Regionalização: uma tendência no

mundo...

Itália

Portugal

A (r)evolução portuguesa

Evolução do número de aterros

sanitários nos Estados Unidos

(EPA – 2008)

Regionalização e cooperação intermunicipal

Regionalização e cooperação intermunicipal

Lei 11.107/2005 - um novo tipo de órgão público

Consórcio público

de direito público

Órgão autárquico integrante da administração pública dos

entes federados consorciados.

5. Regulação (Lei 11.445/2007)

Regulação dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo de resíduos

sólidos

Plano Nacional de Saneamento

Básico (PLANSAB) – 2011Meta de municípios com serviços regulados:

2015 – 30%

2020 – 50%

2030 – 70%

Objetivos da regulação

– estimular a eficiência econômica dos serviços e

assegurar a modicidade das taxas e tarifas para

os usuários ou consumidores, com eqüidade

social;

– buscar a universalização, a sustentabilidade

técnico-econômica dos serviços e sua

continuidade;

– proteger a qualidade e controlar os padrões dos

serviços;

– estabelecer canais para atender eventuais

queixas dos usuários, consumidores ou

prestadores de serviços e dirimir conflitos;

Objetivos da regulação

– estimular a inovação, a padronização

tecnológica e a compatibilização dos

equipamentos;

– estimular a operação eficiente e a alocação

eficaz de investimentos;

– minimizar os custos de intervenção

regulatória com a máxima transparência das

decisões tomadas;

– zelar pelo cumprimento da legislação de

defesa da concorrência;

– promover a participação do cidadão no

processo decisório.

Desafios da regulação

• a fragilidade institucional e técnica da prestação

dos serviços e a ausência de planejamento;

• a prestação dos serviços por meio de contratos de

prestação de serviços continuados com base na lei

8.666/93;

• o ineditismo da regulação de serviço público;

• a impossibilidade legal de cobertura integral dos

custos desses serviços por meio de taxa, exigindo

aporte de recursos de outras fontes para cobertura

dos custos específicos da limpeza urbana;

Desafios da regulação

• a inadequação da gestão de resíduos

tipicamente de responsabilidade dos geradores

(entulho, de serviços de saúde, eletrônicos,

pneus,, veículos abandonados etc) que se

reflete no aumento de custos dos serviços

públicos;

• a regulação de serviços prestados com base

na gestão regionalizada.

• o nível de desenvolvimento incipiente da

coleta seletiva e da reciclagem e a situação

desumana de trabalho dos catadores de

material reciclável

1. Aterro Central de Salvador (Bahia)

2. Aterro de Belo Horizonte (encerrado)

3. Aterro de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro)

4. Aterro de Minas do Leão (Rio Grande do Sul)

5. Aterro de Paulínia (São Paulo)

6. Seminários ABAR/NARUC

Pontos de destaque:

• dois tipos de contrato de aterramento: concessão

e prestação de serviços continuados;

• ausência de regulação em todos os casos;

• a venda de crédito de carbono (MDL) e o

aproveitamento energético do gás metano induzem

a melhoria da operação do aterro;

• já há experiência tecnológica consolidada no país;

• incertezas na previsão da geração de gás;

• o processo de contratação dos projetos MDL é

oneroso, burocrático e lento;

6. Seminários ABAR/NARUC

Pontos de destaque:

• os incentivos por parte da ANEEL para a geração

de energia tem evoluído;

• o tratamento da energia como receita acessória

da concessão do aterro;

• o porte e o tempo de vida útil são aspectos

essenciais para viabilizar projetos de

aproveitamento do gás;

• as concessões precisam considerar o período pós

encerramento (passivo remanescente).

6. Seminários ABAR/NARUC

1. Ampliação do número de aterros sanitários

(rejeitos)

2. Aumento dos casos de aproveitamento de

gás

3. Continuidade da pesquisa tecnológica

(modelagem da geração de gás)

4. Melhoria da regulação local e federal

Perspectivas

Obrigado!

Marcos Helano MontenegroSuperintendente de Regulação Técnica

[email protected]

www.adasa.df.gov.br