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Fernando Brandão
“A gestão e o financiamento na efetivação do SUAS”
Fonaceas
Conjuntura do financiamento no suas
Pilares do Financiamento no SUASCofinanciamento
Cofinanciamento
● Art. 195 da CF/88; § 3º do Art. 28 da Lei 8743/93 - LOAS
Fundos, sob controle dos conselhos
Fundos, sob controle dos conselhos
● § 1º do Art. 28 da Lei 8743/93 - LOAS
Conselhos deliberativos
Conselhos deliberativos
● Inciso II, Art.204 da CF/88; § 2º Art. 6º e Art. 16 da Lei 8743/93 - LOAS
Plano de Assistência Social
Plano de Assistência Social
● LOAS, Art. 30; e Capítulo III, Resolução CNAS 33/2012 (norma recente)
Bases para o cofinanciamentoInstituído por lei
Transferências automáticas entre fundos
Os fundos como “
Equidade no financiamento
UniãoUnião
● Implantou por meio da Lei 8742/93
● Alguns instituíram critérios p/ repasses
● A maioria ainda utiliza repasses por convênios
● Alguns instituíram regras simplificada de convênios
● A maioria utiliza convênios (descontinuidade e sobreposição)
EstadosEstados
● Implantou por meio da Lei 8742/93
● Alguns instituíram critérios p/ repasses
● A maioria ainda utiliza repasses por convênios
● Alguns instituíram regras simplificada de convênios
● A maioria utiliza convênios (descontinuidade e sobreposição)
MunicípiosMunicípios
● Implantou por meio da Lei 8742/93
● Alguns instituíram critérios p/ repasses
● A maioria ainda utiliza repasses por convênios
● Alguns instituíram regras simplificada de convênios
● A maioria utiliza convênios (descontinuidade e sobreposição)
Cofinanciamento – Instituído por lei
CF; Art. 195 ; [...] § 10 - A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
Cofinanciamento – transferências automáticas
Art. 30-A. O cofinanciamento [...] no Suas se efetuam por meio de transferências automáticas entre os fundos de assistência social e mediante alocação de recursos próprios nesses fundos nas 3 (três) esferas de governo.
UniãoUnião
● Implantou por meio da Lei 8742/93 e Decreto 7.788/2012
● Nenhum Estado implantou a transferência automática
● Não se aplica aos Municípios
EstadosEstados
● Implantou por meio da Lei 8742/93 e Decreto 7.788/2012
● Nenhum Estado implantou a transferência automática
● Não se aplica aos Municípios
MunicípiosMunicípios
● Implantou por meio da Lei 8742/93 e Decreto 7.788/2012
● Nenhum Estado implantou a transferência automática
● Não se aplica aos Municípios
Cofinanciamento – fundos,“locus” da execução orçamentária e financeira “ Estes (fundos) deveriam reunir
todos os recursos destinados às ações e serviços, permitindo maior transparência no acompanhamento da política. [...] assegura (r) também regularidade ao financiamento da política [...] Assim, parece que é justamente a regularidade do financiamento associada aos fundos que afasta muitos estados da utilização desse instrumento, [...]”
IPEA – Texto para discussão 1724 – Cofinanciamento e responsabilidade federativa na política de Assistência Social, Brasília, 2012 – pag. 8.
• 61% dos municípios que responderam ao Censo 2011 declararam que executam os recursos próprios nos fundos municipais;
• Pesquisas em balanços anuais das prefeituras de municípios de diferentes portes apontam significativo percentual de execuções fora dos fundos; (Finbras, STN)
• Em municípios de pequeno porte e em alguns de médio, a utilização dos fundos é matéria desconhecida por gestores, conselheiros e prefeitos, embora sua existência seja mencionada. Há ausência de transparência na sua utilização.
Cofinanciamento – fundos,“locus” da execução orçamentária e financeira
Cofinanciamento – equidade no financiamento
Municípios agrupados por porte - Brasil
Origem dos recursos do FMAS, segundo porte dos municípios/2009 (%)
Recursos transferidos pelo FNAS
Recursos Municipais
Recursos transferidos pelo FEAS
Recursos totais
alocados nos municípios
(FMAS)
Até 20.000 hab. 22 75 3 100
De 20.001 a 50.000 hab. 24 72 4 100
De 50.001 a 100.000 hab. 30 65 5 100
De 100.001 a 500.000 hab. 19 77 4 100
Mais de 500.000 hab. 19 72 9 100
Fonte: Demonstrativo Sintético Anual da Execução Físico-Financeira do Suas – 2009 (base encaminhada pelo MDS e Elaboração do Ipea/Disoc.
Cofinanciamento – equidade no financiamento
Fonte: IBGE/MDS – Munic 2009
• Segundo o Censo SUAS 2011, o percentual de municípios que declararam receber cofinanciamento estadual foi de 53% dos que responderam à pesquisa (5.415).
Percentual de Municípios com cofinanciamento na política de Assistência Social
Total de municípios
Cofinanciamento Federal (%)
Cofinanciamento Estadual (%)
Brasil 5.565 85 38
Fundos sobre controle dos conselhos
Fundos sobre controle dos conselhos
LOAS, Art. 28.; [...] § 1o Cabe ao órgão da Administração Pública responsável pela coordenação da Política de Assistência Social nas 3 (três) esferas de governo gerir o Fundo de Assistência Social, sob orientação e controle dos respectivos Conselhos de Assistência Social.
•Dificuldades para constituir o controle técnico e político sobre a execução dos serviços e benefícios;• Dificuldades para exercer as atividades de fiscalização e regulação que lhe são atribuídas.
Características presentes em boa parte dos conselhos municipais
Conselhos deliberativos
Constituídos para o cumprimento formal das exigências do governo federal e,
para garantir o repasse dos recursos do Sistema;
Forte presença do executivo na sua composição, comprometendo o seu caráter democrático, autônomo e plural;
Características presentes em boa parte dos conselhos municipais
LOAS - Art. 16. As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: I - o Conselho Nacional de Assistência Social; II - os Conselhos Estaduais de Assistência Social; III - o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; IV - os Conselhos Municipais de Assistência Social.
Conselhos - Atribuições incompatíveis com as infraestruturas disponíveis
ü Constituir comissão temática para o tema financiamento;
ü Discutir e aprovar o Plano de Assistência Social;
ü Deliberar sobre o PLOA;
ü Deliberar sobre reprogramação, remanejamento ou suplementação do orçamento;
ü Aprovar o Pacto de Aprimoramento da Gestão;
ü Deliberar sobre o Plano de Providências e Plano de Apoio;
ü Analisar em plenário o relatório mensal de recursos aplicados elaborado pela comissão;
ü Deliberar sobre os critérios de repasses para as entidades da rede socioassistencial;
ü Regulamentar os benefícios eventuais (que devem ser implantados por leis);
ü Avaliar os resultados do PBF ou acompanhar a comissão local;
ü Acompanhar os pactos da CIB;
ü Acompanhar a implementação do Plano Decenal;
ü Regulamentar o registro de entidades em conformidade com a Resolução CNAS 16/2010
Atribuições dos Conselhos perante o financiamento no SUAS
Conjuntura da execução financeira no suas
Porte População No. Municípios Percentual
PP I 32.655.873 3.902 70
PP II 31.952.851 1.054 19
MP 22.431.161 324 5
GP 64.147.916 271 4
Metrópole 42.729.282 17 2
Total 193.917.083 5.568 100
Distribuição potencial dos sistemas de gestão por porte
Notas: Fonte – IBGE, Estimativa população, julho/2012;Inclui os municípios de Balneário Rincão (SC), Pescada Brava (SC) e Pinto Bandeira (RS)
Sistemas de gestão predominantes são de pequeno porte.
Organização do financiamento
i) a estruturação dos Fundos como o “lugar” onde se materializa o gasto público com a política;
ii) a organização dos “pisos” como orientadores dos gastos, em consonância com as diretrizes da PNAS/2004;
iii) a sistemática de transferência “fundo a fundo” ; e,
iv) a “partilha” como ferramenta de regularidade e viabilizadores do cofinanciamento federal
Os grandes avanços na formulação do financiamento da política de Assistência Social podem ser assim enumerados:
A organização dos fundos - situação atualØ Em muitos municípios os fundos são
utilizados apenas para receber os recursos da transferência federal;
Ø O cofinanciamento municipal, quando existe, é executado em outras unidades orçamentárias que não a do fundo; e,
Ø O cofinanciamento dos governos estaduais nem sempre é realidade.
Muito embora a legislação exija que os recursos de cofinanciamento dos três entes ali estejam alocados.
Ø A maioria dos Estados ainda utilizam a sistemática de convênio e não conseguiram estabelecer um fluxo automático de transferências de seus recursos aos seus respectivos Municípios.
Ø O provimento das capacidades técnicas e operativas as fundos Estaduais e Municipais ainda é um desafio ao Sistema
A organização dos fundos - situação atual
A organização dos fundos - situação atualØ Os “Pisos”, com suas regras específicas de aplicação,
acabaram por suscitar dúvidas sobre a correta aplicação.
Ø Gestores diante da ausência de capacitação técnica ou conhecimento da correta aplicação das normativas acabam por deixar de oferecer ou subdimensionam a “oferta” de serviços socioassistenciais financiados.
Ø Essa incapacidade para superar as dúvidas ou impedimentos técnicos à utilização dos recursos transferidos tem gerado acúmulo de saldos financeiros nas contas dos Municípios.
A organização dos fundos - situação atualØ Algumas vezes questões simples, como a
suplementação de dotações ou abertura de créditos adicionais, tornam-se grandes barreiras ao gasto eficiente e oportuno.
Ø Vão deste a simples adequação da estrutura programática nos orçamentos municipais a questões mais complexas como a formação de um quadro técnico.
A organização dos fundos - situação atualInscrição no CNPJ não confere personalidade jurídica aos fundos.
Ø Os esforços devem se concentrar na utilização de contabilidade “particularizada” no âmbito do sistema contábil setorial (LRF, art. 50, I);
Ø Isso não determina um sistema de contabilidade próprio, mas “particularizado”, ou seja, as receitas e despesas, incluindo as aquisições patrimoniais, devem ser escrituradas em separado, para controle e apuração dos saldos de recursos vinculados, que serão preservados nos exercícios seguintes.
A organização dos fundos - situação atual
A maioria dos municípios de PP e grande parte dos de MP possuem contabilidade terceirizadas que utilizam sistema padronizado, onde a customização ou “particularização” pode vir a ser um grande empecilho.
Talvez o maior desafio do Sistema seja a formação de quadros técnicos aptos a operá-lo.
A Conjuntura do financiamento e a nob 2012
A NOB 2005 e a organização do financiamento
Ø Estruturado com base no C.P.F.;Ø Formula sobre a função do Conselhos e a
implantação dos Fundos;Ø Pouco dispõe sobre o Planejamento;Ø Na implantação do cofinanciamento federal o
plano de assistência é substituído pelo “Plano de Ação”.
A NOB 2012 resgata a dimensão do planejamento
PLANEJAMENTO
ACOMPANHAMENTO
COOPERAÇÃO FEDERATIVA
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Estrutura do plano de assistência social;
Estrutura do diagnóstico socioterritorial;
Plano de aprimoramento de gestão e plano de apoio;
Blocos de financiamento;
Definição de indicadores, metas e acompanhamento.
Conjuga planejamento e correção de implantação
O Planejamento no SUAS (nova NOB)Planejamento
● Cad-Único● Rede Suas● Sistema de Monitoramento● Censo SUAS
● Sistema de Monitoramento
● Cad-Único● Censo SUAS● Rede Suas
Informação
● Outros● ID-CRAS● IGD-SUAS● ID SUAS
● IGD-SUAS● Outros● ID SUAS● ID-CRAS
Definição de indicadores e monitoramento
Plano de Assistência Social
Formulação x implantação
FORMULAÇÃO
IMPLANTAÇÃO
GAP
NOB 2005 NOB 2012Reduzir
o GAP
FORMULAÇÃO
IMPLANTAÇÃO
FORMULAÇÃO
IMPLANTAÇÃO
Aumentar o GAP
Riscos na implantação da NOB 2012Aumentar a complexidade da gestão dos municípios de PP ( 89% do sistema );
Impossibilidades dos Estados em acompanhar a implantação e avaliar o desenvolvimento, principalmente MG (853); SP (645); RS (497) e BA (417);
Aumento da complexidade com a criação dos blocos sem a extinção dos pisos.Ex.: Art. 65; §1º O Piso Básico Variável poderá ser desdobrado para permitir o atendimento de situações ou particularidades, a partir da análise de necessidade, prioridade ou ainda em razão de dispositivos legais específicos.
Onde atuar para minimizar riscos
q Art. 138. A aplicação das Subseções I e II da Seção III do Capítulo VI desta NOB SUAS fica condicionada à edição de ato normativo complementar referente aos Blocos de Financiamento.q Art. 139. A aplicação do Capítulo IV se dará a partir da implantação efetiva do sistema de informação que permita o planejamento dos entes federativos para o alcance das prioridades e metas do Pacto Aprimoramento do SUAS e o respectivo acompanhamento.