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A GESTÃO SOB A ÓTICA DA EDUCAÇÃO POPULAR
Maria da Conceição Teixeira Brito1
RESUMO
Este estudo teve como objetivos geral, constatar o que a educação popular tem provocado na unidade escolar por meio dos projetos sociais. O específico foi verificar como o gestor tem contribuído para que as educações populares, por meio dos projetos sociais, se efetivem de fato na unidade escolar e os comportamentos que um gestor de educação popular deve ter para a gestão ser geradora de mudanças. Os participantes foram escolhidos de forma randômica, sendo, os usuários dos projetos sociais e os funcionários (atores sociais) do Centro Educacional Fé e Alegria Paroquial Bernardo Sayão em Gurupi. O estudo baseia-se na pesquisa-ação, que de acordo com Franco (2005) tem como precussor o Kurt Lewin e aponta que a pesquisa-ação anda ladeadas tendo como prisma de uma situação social concreta a modificar. A pesquisa consistiu na construção dos amparos teóricos, coleta de dados e sua análise que fora sistematizada em quatro etapas: a primeira residiu em fazer um levantamento dos projetos sociais na unidade escolar e seus respectivos objetivos; a segunda delimitou aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas com os usuários e funcionários. Já, a terceira análise dos dados coletados com base dos princípios da educação popular. E na quarta, identificou o que gestor tem feito para realização destes projetos sociais e os comportamentos de um gestor na educação popular. Através dos projetos sociais, a educação popular se efetiva dando uma nova condição de ser nos atores sociais que fazem parte. E o gestor sendo um facilitador para a concretização destas ações por meios da efetividade, humanidade, espiritualidade, liderança democrática e criatividade.
Palavras-chave: Educação popular. Projetos sociais. Gestão escolar.
ABSTRACT
This study had as general objective to verify what the popular education has been provoking in the school unit through the social projects. The objective specifies it was in verifying as manager he/she has contributing so that the popular educations through the social projects are executed in fact in the school unit and a manager's of
1 Diretora do Centro Educacional Fé e Alegria Paroquial Bernardo Sayão em Gurupi. Pedagogia em Orientação Educacional pela Universidade Católica de Goiás. Especialização em Administração Escolar, Orientação Educacional, Planejamento Educacional, Psicopedagogia.
popular education behaviors should have for the administration to be generating of changes.The participants were chosen of form randmica, being, the users of the social projects and the employees (social actors) of the Center Educational Faith and Happiness Parochial Bernardo Sayão in Gurupi. The study bases on the research action, that in agreement with Franco (2005) the research action has as precursory Kurt Lewin it defines that the research action walks flanked tends as prism starting from a concrete social situation to modify. The research consisted of four stages: Thefirst consisted of doing a rising of the social projects in the school unit and your respective objectives: The second delimited application of questions wtith opens and closeds questionnaire with the users and employees. The third, did it analyzes of the date collected with base of the beginnings of the popular education. On fourth, it identified what manager has been doing for accomplishment of these social projects and a manager's behaviors in the popular education. Through the social projects, the popular education she execute giving a new condition of being in the social actors that are part. And the manager being a facilitator for the materialization of these actions through the effectiveness, humanity, spirituality, democratic leadership, creativity.
Key-word: Popular education. Social projects. School administration.
INTRODUÇÃO
Desde janeiro de 2005, no Centro Educacional Fé e Alegria Paroquial
Bernardo Sayão, foi implantado o convênio com a Fundação Fé e Alegria Brasil;
sendo assim, ocorreu grandes mudanças na gestão, pelo fato, dos princípios
norteadores deste convênio serem pautados na educação popular.
Vale ressaltar que a Fé e Alegria é um movimento de Educação
Popular Integral e Promoção Social, uma das obras sociais dos jesuítas. A sua ação
impulsionada pela fé cristã, desenvolve-se com os empobrecidos e os excluídos,
principalmente crianças e adolescentes; a fim de auxiliá-los na busca de autonomia
e defesa dos seus direitos.
Segundo Esclarín (2005), a proposta da Educação Popular de Fé e
Alegria é transformar a sociedade marcada pela injustiça, o desequilíbrio, a
desigualdade, a inquietude e possibilitar o desenvolvimento integral dos atores dos
processos educativos.
Para isto, continuamente, são realizados capacitações entre os
servidores para adaptações dos novos papéis a serem adquiridos. Vimos que a
2
mudança não ocorreu somente com o corpo de funcionários, mas também com a
inserção de projetos sociais; a qual mudou o foco da gestão.
A Educação Popular é um campo desconhecido diante do contexto da
gestão pública. Dessa forma, torna-se necessário refazer os pilares de
conhecimento quanto à educação popular. Assim, questiona até que ponto esta
mudança traz algum benefício para a unidade escolar, seja no campo do processo
de ensino e aprendizagem, quanto estabelecimento de redes sociais.
Com isso, este trabalho pretende como objetivo geral, verificar o que a
Educação Popular tem provocado na unidade escolar por meio dos projetos sociais,
sendo que, o objetivo específico seria verificar como o gestor da escola tem
contribuído para que a educação por meio dos projetos sociais se efetivasse de fato
nessa instituição e o comportamento de um gestor de educação popular deve ter
para que a gestão seja geradora de mudanças.
Nesta pesquisa participaram os usuários dos projetos sociais do Centro
Educacional Fé e Alegria e servidores deste Centro. A unidade escolar possui os
seguintes projetos sociais: capoeira, dança, teatro, esporte, bolsa família (geração
de renda), acompanhamento da aprendizagem e música.
Esta pesquisa possui como enfoque a metodologia de pesquisa-ação.
Segundo Franco (2005), a pesquisa-ação originou-se nos trabalhos de Kurt Lewin,
em 1946, tendo como foco o estudo em grupos. A pesquisa-ação deveria partir de
uma situação social concreta a modificar. E para modificar a dinâmica dos grupos,
os membros deveriam ter um consentimento explícito. O pesquisador na pesquisa-
ação deve ser tanto pesquisador quanto participante.
Enfim, Franco (2005) esclarece que a pesquisa-ação andam ladeadas.
O autor é participante da pesquisa e busca tornar científico um processo
anteriormente desencadeado pelo sujeito do grupo. A pesquisa-ação deve focar-se
em transformações que vão ocorrendo em si próprio e no processo, gerando assim,
um processo de reflexão-ação coletiva.
Este trabalho consistiu na elaboração dos amparos teóricos, coleta de
dados e sua análise que foram sistematizadas em quatro etapas: A primeira etapa
foi a sondagem sobre quais os projetos sociais que existentes na unidade escolar e
os seus respectivos objetivos. A segunda etapa reside em coletar as informações,
por meio de questionários com perguntas abertas e fechadas, aos beneficiários e
funcionários observando os seguintes aspectos: mudanças depois da implantação
3
dos projetos sociais e as contribuições do gestor nos projetos sociais. Cabe ressaltar
que a escolha dos participantes2 para responder aos questionários foi feita de forma
aleatória em cada projeto social.
Na terceira etapa, a análise dos dados coletados fundamentou-se com
a base teórica da Educação Popular. Na quarta etapa, buscou identificar o que
gestor tem feito para realização destes projetos sociais e os comportamentos de um
gestor nessa tipologia de educação em questão.
1 UM BREVE OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO POPULAR
Nos meados da década de vinte, do século passado, após a semana
da Arte Moderna (1922) e posteriormente com os manifestos da Escola Nova, já se
propagava uma Educação Popular que fosse direito de todos (BARBOSA, 2007).
Nos anos 1950 e 1960, surgem experiências educativas desenvolvidas
por movimentos populares pela igreja, por grupos de esquerda e certas
personalidades/intelectuais, que possibilitou a expressão de uma prática política-
pedagógica e se forjou pelo intercâmbio de experiências de pessoas e movimentos
que se viram completados e fortalecidos no seu fazer educativo quando partilharam
as suas vivências e testemunhos (CONSEA-MG, 2009).
Nos anos 1960, surge a Educação Popular idealizada por Paulo Freire
com suas primeiras iniciativas de conscientização política do povo, buscando a
emancipação social, cultural e política das classes menos favorecidas. Nos ideais de
Paulo Freire, os princípios dessa educação destinava-se à mudança da realidade
opressora, o reconhecimento, a valorização e a emancipação dos diversos sujeitos
individuais e coletivos (BARBOSA, 2007).
De acordo com Brandão (2002), Paulo Freire além de ser idealizador
da educação popular, é também os movimentos de cultura popular a sua agência
prioritária de criação de ideias e de realização de experiências. Entre tantas
questões já estudadas e discutidas muitas vezes, surgem três que devem ser
2 Os participantes foram identificados no decorrer do texto por um código, por exemplo: A, A1, etc. E também foi identificado a idade e o projeto social ou função que o participante é vinculado. Nesta pesquisa teve-se 84 sujeitos (57 alunos e 27 pais) que fizeram o questionário um. Já, o questionário dois participaram 34 funcionários.
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enfatizadas. A primeira é que as propostas e as iniciativas não se originaram de uma
fonte social única: o estado e a sociedade civil. Ao contrário, o seu espaço de
germinação é uma polissêmica de ideias e ações, nunca tão política ou
ideologicamente centralizada. A segunda, refere-se à mobilização em prol da crítica
de condições sociais de produção cultural vigentes. E a terceira, centra-se os
fundamentos ideológicos, os percursos pedagógicos e os objetivos imediatos da
educação popular que tornam-se uniformes.
Em meados dos anos 1980, os grupos de movimentos populares se
articulam e criam organizações nacionais em que o sujeito da transformação é o
operariado e passando a refletir em diversidade de sujeitos. O entendimento que
predominava nesta época, era que a Educação Popular foi feita exclusivamente em
centros de educação popular. Ressalta-se também, que em 1980, cria-se o conselho
de educação de adultos da América Latina e juntamente com outros movimentos,
elabora-se a Educação Popular como concepção metodológica dialética (CONSEA-
MG, 2009).
No novo milênio, novos referenciais entram em vigor na Educação
Popular, porém, ainda há alguns conceitos antigos que permanecem, o que
ocasiona dualismos e incompreensões, como o holismo e a teoria da complexidade
como ideologia social. Há também movimentos no sentido de reafirmação da
pedagogia de Paulo Freire e da contribuição da dialética para pensar e educação
(CONSEA-MG, 2009).
Dentro desta perspectiva histórica, vê-se o destaque da educação
popular permeando durante várias décadas. Sendo assim, reportar-se-á as etapas
deste trabalho e posteriormente far-se-á um paralelo com a influência dos projetos
sociais por via da Educação Popular, posteriormente a gestão enquanto prática na
visão da Educação Popular, isto sendo possível através do olhar dos usuários e
funcionários do Centro Educacional Fé e Alegria Paroquial Bernardo Sayão de
Gurupi.
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2 UM “FLASH” SOBRE OS PROJETOS SOCIAIS DO CENTRO EDUCACIONAL FÉ E ALEGRIA PAROQUIAL BERNARDO SAYÃO DE GURUPI
A capoeira é uma atividade histórico-cultural e esportiva que, através
do estudo teórico, da pesquisa e da prática, objetiva aprofundar os conteúdos das
disciplinas do currículo formal; desenvolver habilidades físicas e motoras como:
flexibilidade, equilíbrio, força, controle muscular; trabalhar valores universais, sendo:
honestidade, ética, justiça; valorizar a competência linguística, a tolerância e o
respeito à diversidade de gênero, religiosa, étnica; confeccionar instrumentos de
capoeira, maculelê, puxada de rede, aulas práticas de uso de instrumentos como o
berimbau e o atabaque.
A dança que objetiva ampliar e aprofundar os conteúdos formais de
maneira criativa, lúdica através de atividades como: jogos ritmados, dinâmicas de
socialização, interpretação coreográfica de músicas, pesquisas culturais, aulas sobre
conteúdos musicais, exposição de vídeos relacionados à dança, criação de
coreografias, ensaios e apresentações, realizações de dança fora da escola, criação e
confecção de figurinos, participação em eventos gerais.
O projeto social “teatro” visa ao aprimoramento das habilidades dos
educandos inscritos nesta ação nos aspectos da linguagem verbal e não-verbal, à
comunicação oral e escrita, à produção textual, por meio das seguintes atividades:
jogos teatrais, oficinas de interpretação e dramatização, estudo das técnicas de
oratória, leitura e discussão de textos literários e não literários, participação no
projeto “Viver de cara limpa, uma escolha”, de prevenção contra as drogas,
desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação – SEDUC – realizações de
oficinas sobre cinema, produção de vídeo, leitura, criação e apresentação de peças
sobre folclore e meio ambiente; implementação da rádio escolar, apresentações de
teatro dentro e fora da unidade escolar, participação (em 2009) de “Festivais
Estudantis de Teatro” promovidos pelas escolas das redes municipal e estadual.
O esporte é desenvolvido nas modalidades: tênis de mesa, atletismo,
handebol, xadrez, Futsal e Voleibol com o objetivo de melhorar a integração, a
socialização, a disciplina e contribuir para a afirmação de valores necessários para
formação integral do educando.
6
A bolsa família é uma atividade que prevê a concessão de Bolsa
Família mensal no valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) que são, em parte,
investidos em atividades de geração de renda. Assim, são selecionados 35
mães/pais ou responsáveis (avó/avô) dos alunos do Centro Educacional Fé e Alegria
que, sob a orientação e com o acompanhamento de um educador social e do serviço
social, cotizam-se para custear oficinas que lhes permitam desenvolver habilidades
de técnicas de costura, culinária, panificação e bordados. Objetiva-se despertar
nesses grupos sensibilidade e disposição para o trabalho em equipe; além da
capacidade empreendedora que possam ser revertidas em benefícios para cada
núcleo familiar e, consequentemente, para a comunidade.
O acompanhamento de aprendizagem, consiste numa prática
pedagógica que envolve e trabalha a realidade escolar do estudante, de forma com
que se torne, com a mediação do educador social, capaz de analisar sua realidade,
identificar as causas de suas inquietações e dificuldades de aprendizagem e que
autonomamente, promova intervenções eficazes com vistas ao sucesso escolar,
colaborando assim para a redução dos altos índices de reprovação e
consequentemente, aumentando o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica). Após a uma triagem dos professores regentes dos educandos com
dificuldades de aprendizagem, o educador social determinará a frequência semanal
e o prazo adequado para o desenvolvimento integral daquelas habilidades
defasadas. O acompanhamento escolar refere-se tanto à realização das tarefas de
casa quanto ao esclarecimento de dúvidas nas diversas disciplinas escolares;
especialmente naqueles conteúdos básicos em que o educando apresenta maior
defasagem.
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3 EDUCAÇÃO POPULAR: DAR A VOZ AO OPRIMIDO
Com isso, afirmando a própria definição de popular entendendo popular
como sinônimo de oprimido aquele que vive sem as condições elementares para o
exercício de sua cidadania por estar fora da posse e uso dos bens materiais
produzidos socialmente (FREIRE, 2008). Uns dos enfoques da Educação Popular é
principalmente, no ser humano oprimido; aquele que internaliza, o faz dentro de si o
opressor que lhe tolhe a voz, a palavra, a ação autônoma e a liberdade. Logo,
permite ao oprimido extrojetar dentro de si mesmo. Sendo que, o que é importante
na educação é mostrar a sua história e a existência humana como feixe de
possibilidade que podem pela prática histórica, ser levada à conscientização
(FREIRE, 2008).
Protagonizada pelos educadores sociais, pretende-se alcançar os
seguintes objetivos com o desenvolvimento da ação de acompanhamento da
aprendizagem: maximizar a aprendizagem do estudante na escola onde estuda,
despertar o prazer em aprender, desenvolver senso de responsabilidade,
organização e concentração, conscientizar o estudante sobre a importância do auto-
desenvolvimento.
4 A PERSPECTIVA DE MUDANÇA NA EDUCAÇÃO POPULAR
Segundo Cendales e Marinõ (2006) há várias maneiras de compreender
e assumir a educação. A Educação Popular seria uma corrente de pensamento, uma
forma intencional de fazer educação a partir dos interesses dos meios populares e
um modo de contribuir para os processos de transformação social.
Observa-se que mudança de transformação social é percebida nestes
trechos dos sujeitos da pesquisa: “Traz muita alegria para família em situação difícil,
orienta-nos como ajudar as famílias pobres“(G, 25anos, geração de renda). “Veio,
desenvolver proposta inovadora na nossa vida, depois que estou no programa
nunca passei dificuldade, ensinou-me a trabalhar, até ter um projeto de vida, hoje
vejo uma graça este programa, estou agradecendo pela ajuda” (X, 39 anos, geração
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de renda).“Era uma pessoa extremamente triste, sem coragem na vida. Hoje sou
outra pessoa, cheia de vida, bebia bastante, usava droga, recuperei rápido, deu-me
oportunidade de crescimento, confiar em mim” (X, 39 anos, geração de renda).
Sendo assim, a Educação Popular não requer somente uma opção
pelos mais pobres e excluídos, mas exige a criação de uma proposta educativa
digna e cidadania responsável, capazes de construir coletivamente a própria história.
(ESCLARÍN, 2005)
Nota-se por meio desta proposta educativa, dignidade e cidadania
responsável por meio destas palavras: “Gosto de aprender coisas novas como
bordados das sandálias, flores de meias, sabonetes caseiros. E no comportamento,
ganhei várias amigas, trocamos lições de vida, família enfim, saímos de casa, pois,
encontramos apoio e juntas somos uma grande família. Lêvo minhas filhas junto
comigo e elas também aprendem e temos mais tempo de ficarmos juntas” (D1, 44
anos, geração de renda). “O grande benefício foi em ajudar a planejar minha vida,
pois, não conhecia gerar qualidade vida, comer melhor, ter vida melhor” (A1,
30anos, geração de renda).
Para isso, deve-se garantir-lhes uma educação que evite o fracasso e
que lhes garanta as competências essenciais para desenvolverem-se eficazmente,
no mundo do trabalho e da vida. Para que isto aconteça, é necessário a
discriminação positiva que é incluir os excluídos; o que implica atender também com
especial acolhimento, as crianças, jovens, adultos que nunca foram a escola, ou
deixaram de frenquentá-la antes do tempo. Para isto, é necessário variedades nos
programas educativos para levantarem a sua autoestima, cultivar seus valores,
fornecer capacitação para o trabalho formais e informais; formação humana e
política (ESCLARÍN, 2005).
Os programas educativos propostos pelo Centro Educacional Fé e
Alegria Paroquial Bernardo Sayão têm levantado várias particularidades; o que se
aponta nessas falas retiradas dos questionários: “Integrei-me, desenvolvi-me entre
as pessoas, fiz mais amizades, descobri o que realmente gosto de fazer e passei a
ver o mundo de uma forma melhor. A dança para mim, hoje em dia, está sendo uma
realização. Portanto, a dança em minha vida é uma das opções em que quero seguir
uma carreira” (C1, 14 anos, dança) “Os projetos sociais proporciona o
conhecimento, a autoestima, a vergonha e o socialismo” (D, 15 anos, teatro e
voleibol) “Mudou muito porque brigava muito” (M,15 anos, futsal) “O benefício que os
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projetos sociais trazem para a escola é o incentivo, pois motiva as crianças e
adolescentes a experimentarem coisas novas, e principalmente a participar; para
que não fiquem em casa (em horas vagas) ou até mesmo que não fiquem na rua; o
que é muito perigoso” (G1, 14 anos, dança). “A partir do meu desenvolvimento
comecei a receber elogios e convites para estar dançando em academias e bandas
profissionais” (C1, 14 anos, dança). “Mudou várias coisas na minha vida e uma das
principais coisas que mudou, foi a minha timidez. Era muito tímida, inibida, no início,
aí com a dança eu me desenvolvi melhor, expressei-me” (G1, 14 anos, dança). “O
benefício de expressar-nos melhor e fazer novas amizades é uma coisa que
gostamos de fazer, ajuda-nos agente até como pessoa” (H1, 14 anos, dança).
Segundo Paludo (2008), Paulo Freire argumenta que a Educação
Popular tem uma concepção educativa como “Educação libertadora”; ou melhor, de
“Educação como prática da liberdade”; uma vez que ela, embora esteja sustentada
em grandes lineamentos, faz-se e refaz continuamente, na experiência dos
indivíduos e coletivos que a fazem. Não sendo qualquer indivíduo e nem qualquer
coletivo, mas os oprimidos e os que com eles se comprometem na perspectiva da
transformação social. Não qualquer transformação, mas a transformação radical da
sociedade.
Vemos também algumas transformações com a implementação dos
projetos sociais, o que se revela nestas argumentações: “Meu comportamento era
agressivo, brigava pela minha situação de pobreza que vivíamos, meu dinheiro não
dava para eu viver nesta situação (G, 25anos, geração de renda). “Minha vida
mudou bastante, estou feliz, sem vício, cuidando de meus filhos” (H, 36 anos,
geração de renda). “Eu era agressiva, não tinha oportunidade de vida, achava que
eu era incompetente, chorava muito, trabalhava muito e o retorno financeiro era
pouco” (A1, 30 anos, geração de renda).
As premissas da Educação Popular sendo que a primeira era da
educacão popular, é o da iguladade plena do ser humano que passa pela
democratização do ensino na busca da inclusão social. (CARVALHO; VIANA, 2002)
A inclusão social pode-se averiguar nos seguintes dados expressos:
“Mudou minha condição física, eu me socializei na escola, em vez de ficar sem fazer
nada em casa e vir para a escola ” (J. 16 anos, futsal). “Tenho mais controle para
pensar no que vou fazer, faz muito bem para a saúde e no futuro, podemos ganhar
um dinheiro com isso ”(C, 12 anos, voleibol). “Enriquecer conhecimentos, aprender
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fazer as coisas, que pode ser útil a si e aos outros” (B1, 37 anos, geração de renda).
“Porque podemos ser capazes de fazer algo melhor na vida” (B1, 37 anos, geração
de renda).
A Educação Popular deve buscar a valorização do saber. Ela deve ser
a fonte de construção de uma nova forma de pensar que brote do próprio indivíduo e
de suas condições de vida. O aprendizado deve ser ligado à realidade de quem
apreende, dando a este a possibilidade de expor seus verdadeiros sentimentos
(CARVALHO; VIANA, 2002).
Através dos projetos sociais percebe-se que no momento de expressar
sua nova condição de vida, analisa-se por meio desses dizeres: “Não tinha paciência
com meus filhos, batia muito, agredia muito, meu companheiro em casa me ajudou,
saí das drogas, bebia, fumava, usava remédio controlado; o grande benefício que
estou curada” (H, 36 anos, geração de renda). “Hoje sou uma aluna melhor, minhas
notas têm melhorado. Antes era bem fechada, não conversava muito com que eu
não conhecia, não era de fazer amigos e hoje, tenho amizades praticamente na
escola toda e com minha família mudou meu comportamento para melhor” (H1, 14
anos, dança).
5 AS PREMISSAS DA EDUCAÇÃO POPULAR
A primeira premissa (a formação da pessoa e do cidadão) tem que
ajudar a nascer o homem ou a mulher que traz consigo. Logo, educar é ajudar as
pessoas a conhecerem-se, compreenderem-se, valorizarem para poder
desenvolver-se plenamente todos os talentos pessoais e realizar sua missão na vida
com os demais. (ESCLARÍN, 2005) Sendo assim, observa-se com os projetos
sociais, uma descoberta do ser em cada instante; o que se verifica por meio desses
dizeres: “Mudou porque comecei a desenvolver-me nas coisas não só na casa, mas
sim na escola, além de ter desenvolvido também na saúde, raciocínio e
aprendizagem (Q, 13 anos, dança e voleibol). “Uma forma que o aluno descobre os
seus dons, em que descobre o que gosta de fazer e passa a fazer com dedicação,
com disposição, obtendo responsabilidade e caráter, encontrando a sua própria
personalidade, o melhor desenvolvimento nos estudos e social com as pessoas”
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(C1, 14 anos, dança). “Os benefícios que me dá é acreditar que eu posso ser o eu
quero ser, e que nós não podemos pensar que somos os melhores e, sim, pensar
que existe sempre uma pessoa melhor que nós mesmos. Então, o benefício é
também a oportunidade”. (I1, 14 anos, dança). “O projeto tem a finalidade de tirar os
alunos da rua e mostrar o valor da vida através da luta para com o aluno possa se
defender corporalmente”. (J1,12 anos, capoeira). “Aprendemos a reeducar o nosso
corpo e mente. Era uma pessoa indisposta para fazer alguma coisa, agora não, me
tornei melhor e feliz”(R,13 anos, Futsal).
A segunda premissa é o diálogo que considerou como método
educativo por excelência: o ser humano se torna pessoa com o diálogo com o
mundo e com os outros. Dialogar implica busca permanente, criação coletiva.
Significa aceitar que toda pessoa sabe e que nem todos sabem o mesmo e que os
saberes precisam confrontar-se para que nasça um novo saber (ESCLARÍN, 2005).
Dentro do questionamento socrático que busca indagações, os atores
sociais questionam; o que se percebe neste monólogo: “Nossa aprendi bastante,
aprendi a pensar primeiro antes de falar, porque depois de ditas jamais voltaram,
igual disse antes que sempre existe uma pessoa melhor que eu, aprendi a respeitar
as pessoas e saber me comportar seja lá onde estiver. Mas, tenho certeza que
tenho muito mais o que aprender” (I1, 14 anos, dança). Assim, enfatiza a proposta
da educação libertadora que Freire (1979) declara que terá no diálogo: a essência.
Como condições para dialogar Freire, propõe uma intensa fé nos homens, no poder
fazer, no poder criar e recriar.
Outra premissa é o questionamento e reflexão que são fundamentais
para a libertação do indivíduo. A Educação Popular deve ser a fonte de construção
de uma nova forma de pensar que brote do próprio indivíduo e de suas condições de
vida. O aprendizado deve ser legado à realidade de quem aprende, dando a este a
possiblidade de expor seus verdadeiros sentimentos (CARVALHO; VIANA, 2002).
6 O PAPEL DO EDUCADOR POPULAR
O educador popular deve lutar para que a educação se coloque a
serviço dos interesses da maioria da população que seja considerada um direito e
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não um favor que propicie o desenvolvimento independente do educando; que leve
em conta, os saberes das pessoas envolvidas que estimule o respeito pelo outro e
por si mesmo, valores de solidariedade, organização dos grupos, para conquista de
melhorias para todos (FERREIRA, 2002). Logo, verifica-se nas falas o que reflete a
conquista do respeito; o que se verifica a seguir: “Educação, respeito, ordem
disciplina” (E1, 13 anos, capoeira). “Educação e mais respeito porque muitas
pessoas têm preconceito” (Z, 13 anos, capoeira). “Disciplina, respeito e melhorar a
condição corporal para todos” (N, 13 anos, futsal). “A colaboração, o respeito ao
próximo e a convivência sem discriminação” (U, 11 anos, Futsal).
Segundo Paulo Freire (2000, apud FERREIRA, 2002, p.33), o educador
“deve ser o de quem, dizendo não a qualquer possiblidade face dos fatos, defende a
capacidade do ser humano de avaliar, de comparar, escolher, decidir e finalmente,
intervir no mundo.” Isso nota-se em um dizer de uns atores sociais: “A nossa diretora
procura beneficiar mais os alunos com esses projetos, à fim de ajudar-nos em nosso
comportamento escolar, e com isso formar futuros cidadãos responsáveis para o
nosso mundo” (J1,12 anos, capoeira).
O educador popular considera docente da humanidade; o que implica
estar comprometido com a própria superação enquanto pessoa. Como prisma, o
educador popular deve ensinar como se aprender de modo que os educandos
adquiram a capacidade de pensar como autonomia e independência (ESCLARÍN,
2005).
O diretor quanto educador deve ser um facilitador; o que nota nestes
relatos: “O diretor é um grande mediador, acompanha, anima, orienta-nos na
qualidade de vida” (A1, 30 anos, geração de renda). “A diretora traz para a escola
meios de facilitar o desenvolvimento escolar e da família. Com isso, temos vários
projetos sociais, como: bordado, sabão, chocolate, confecção de caixas. Para
viabilizar esses projetos a diretora busca parceiras com pessoas da comunidade e
outras instituições” (D1, 44 anos, geração de renda).
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7 O OLHAR DA GESTÃO NA EDUCAÇÃO POPULAR
Uma das áreas da educação é a gestão escolar que no seu desenrolar
de um modo geral apresenta os seguintes papéis: realizar o planejamento, a
organização, orientação, mediação, coordenação, o monitoramento e a avaliação
dos processos necessários à efetividade das ações educacionais orientadas para
promover a aprendizagem e formação dos alunos (LUCK, 2008).
Nos discursos dos atores sociais, retratam-se algumas das funções do
diretor, sendo elas: “Dá apoio, acompanha os projetos nas apresentações e da
forma que pode consegui recursos para os projetos, sempre proporcionando o
melhor para os projetos sociais na escola” (C1, 14 anos, dança). “Ela corre atrás
para organizar tudo e ajuda-nos projetos sociais” (C,12 anos, voleibol). “Ela procura,
corre atrás e organiza tudo” (D, 15 anos, teatro e voleibol). “O diretor é atento, ele
nunca fica de mão cruzada e corre atrás” (E,13 anos, voleibol).“O diretor batalha e
corre atrás” (F, 13 anos, voleibol). “Articula procura ajudar todos a nós, ajuda corre
atrás, facilita nosso trabalho” (G, 25 anos, geração de renda).
Vale lembrar que “gestão escolar é o ato de gerir a dinâmica cultural
da escola, afinando com as diretrizes e políticas educacionais públicas para a
implementação de seu projeto político-pedagógico e compromissado com os
príncipios de democracia” (LUCK, 2008, p.24). O que se comprova nestes
fragmentos: “Estimula e promove a cultura para a comunidade, pais e alunos.
“Estimula o sentimento de pertencer à comunidade educativa” (Q1, 38 anos, geração
de renda).
Borjas (2006), define a gestão como um conjunto de ações realizadas
de um objetivo previsto. A gestão designa um momento em que planeja, o que se
deseja fazer, a execução do que foi planejado e os processos de controle e
avaliação. “Ela ajuda, beneficia e organiza tudo e o que estiver precisando, e até
mesmo influencia em alguma coisa” (Q, 13 anos, dança e voleibol) “Ela organiza os
procedimentos para que o projeto possa ter um bom desenvolvimento ”(B, 13 anos,
teatro e voleibol).
Na Educação Popular, a gestão adquire algumas características
específicas. O clima do centro educacional torna-se uma preocupação de todos. O
gestor está concentrado nas pessoas envolvidas no processo educativo, em seu
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crescimento como pessoa e como cidadão. Sendo assim, os aspectos mais
relevantes na gestão sao o aspecto formativo e reflexivo (BORJAS, 2006). Isso se
verifica nesta expressão: “Contribui bastante tanto como apoio, verbas,
oportunidade, ajuda com figurino se preocupa com o nosso desempenho tanto como
aluno, mas também como pessoa. Dedica-se cada vez mais, mesmo não
precisando, ela está sempre ali querendo ajudar, faz tudo para nos fazer favoráveis
ao que fazemos” (I1, 14 anos, dança).
A gestão deve se ater com a situação social do momento. E as ações
devem visar ao melhoramento da comunidade. No dia-a-dia, a gestão deve procurar
o diálogo e o consenso nas decisões que dizem respeito à coletividade, buscando a
autonomia do sujeito (BORJAS, 2006). Com isso, a gestão da unidade escolar,
nota-se nestas palavras: “A diretora é competente, corre atrás da solução dos
problemas, busca solução para resolver as dificuldades, desenvolve a integração
entre os alunos” (Y, 23anos, geração de renda). “Dá apoio, conselho, promove
acordo”. (E1, 13 anos, capoeira). “Ensina ao aluno, apoio para nós, corre atrás da
gente, e faz com que as coisas aconteçam, dá conselho para a gente e ensina
educação” (R,13 anos, Futsal).
De acordo com Esclarín (2005), a missão da direção no Fé e Alegria é
articular e dinamizar pedagogicamente, a vida do centro. As suas atuações devem
centrar-se em atividades pedagogicamente ricas como a coordenação do projeto, a
estímulo, motivação e o fomento do entusiasmo e da inovação; a preocupação pela
qualidade. Assim, verifica-se no seguinte comentário: “Desenvolvi uma prática para
formação da cidadania, amplia o conhecimento e corre para ajudar conscientizar nos
projetos” (O1, 31 anos, geração de renda). Com isto, reafirma o Projeto Político-
Pedagógico dos Centros Culturais e Educativos da Regional Centro Leste (2004) a
direção é uma função administrativa que tem por finalidade, organizar e orientar os
recursos humanos e mateiriais disponíveis de modo a obter os comportamentos
desejados para a consecução dos objetivos e metas da instituição. O exercício da
direção pressupõe a capacidade de relacionamento interpessoal em que busca
compreender os sentimentos das pessoas e aptidões. Efetiva-se pela interação de
pessoas entre si e entre pessoas e grupos, por meio do exercício, da liderança,
comunicação e da motivação.
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CONCLUSÃO
Recordamos que o objetivo geral deste trabalho foi verificar o que a
educação tem provocado na Unidade Escolar por meio dos projetos sociais. Sendo
assim, pode se perceber o tanto que os projetos sociais transformaram a unidade
escolar, dando a possibilidade dos atores sociais se reconhecerem quanto cidadãos
em uma sociedade em que a desigualdade social é ainda uma das causas de
exclusão do seu meio, tornando-se efetiva a Educação Popular dando voz ao
oprimido.
O gestor tem possibilitado as implantações e execuções dos projetos
sociais na busca de parcerias. Baseando-se na participação, organização,
mediação para que os projetos possam realizar-se de fato. E, quanto aos
comportamentos de um gestor da Educação Popular, sustenta-se no princípio da
efetividade, humanidade, criatividade e espiritualidade; assim como a gestão
democrática que tem apontamento, requerem mais estudos posteriores para o
detalhamento da questão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, R. C. Educação popular e a construção de um poder ético. Espaço Acadêmico, n. 78, nov. 2007. Disponível em: <http:ww.espacoacademico.com. br/078/78 barbosa.htm.>. Acesso em: 10 dez. 2009.
BRANDÃO, C. R. A educação popular na escola cidadã. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
BORJAS, B. A gestão educativa a serviço da inovação. São Paulo: Loyola, 2006.
CARVALHO, A. M.; VIANA, F. C. Princípios Constitutivos da Educação Popular. Revista Educação Popular, Uberlândia, n.1, p. 73-76, nov. 2002.
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CENDALES, L; MARINÕ, G. Educação não-formal e Educação Popular. São Paulo: Loyola, 2006.
CONSEA-MG. Educação Popular Historia e Fundamentos. Disponível em: <www.consea.mg.gov.br/.../Educacao%20Popular%20historia.pdf.> Acesso em: 10 dez. 2009.
ESCLARÍN, A. P. A educação popular e sua pedagogia. São Paulo: Loyola, 2005.
FERREIRA, J. da S. Educação Popular, cidadania e inclusão social: Reflexões sobre políticas públicas includentes. Revista de Educação Popular, Uberlândia, n.1, p. 50-54, nov.2002.
FRANCO, M. A. S. Pedagogia da pesquisa-ação. Educação Pesquisa. São Paulo, v.31, n. 3, p. 483-502, set/dez. 2005.
FREIRE, P. Educação e mudança. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
_________. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008.
LUCK, H. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Positivo, 2008.
PALUDO, C. Movimentos Sociais e Educação Popular: Atualidade do legado de Paulo Freire. nov. 2008. Disponível em: <www.ufpel.edu.br/fae/./Conceição Paludo.pdf.> Acesso: 14 dez. 2009.
Projeto Político Pedagógico dos Centros Culturais e Educativos da Regional Centro Leste. São Paulo: Fé e Alegria do Brasil, 2004.
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ANEXOS
QUESTIONÁRIO 1
Dados pessoais:
Sexo: F ( ) M: ( )
Idade:
Projeto Social:
Série:
1) O que diretor faz para acontecer o projeto social na escola?
2) Em sua opinião, qual o benefício do projeto social?
3) Depois que você começou a participar do projeto social, mudou alguma coisa na
sua vida, no seu comportamento? Se sim, quais são as coisas?
4) O que deveria ser melhorado nos projetos sociais?
Obrigada pela sua participação na minha pesquisa!!!! Conceição
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QUESTIONÁRIO 2
Dados pessoais:
Sexo: F ( ) M: ( )
Idade:
Função:
Assinale a alternativa que melhor caracterize a diretora e justifique a sua escolha.
Em caso, não possua nenhuma característica abaixo coloque outra.
( ) Efetividade ( ) Coerência ( ) Liderança Democrática
( ) Empreendedora ( ) Administradora ( ) Participativa
( ) Dinamismo ( ) Autonomia ( ) Comunhão
( ) Comunicativa ( ) Humanidade ( ) Criatividade
( ) Apoio ( ) Articuladora ( ) Mediadora
( ) Solidariedade ( ) Iniciativa ( ) Liderança Autoritária
( ) Ética ( ) Espiritualidade ( ) ___________________
( )________________ ( ) _________________( )___________________
Justifique a sua resposta
Obrigada pela sua participação na minha pesquisa!!!!
Conceição
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