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Ana Teresa A História do Pai Natal Era uma vez, há muito, muito tempo, viveu um homem muito grande e forte mas também muito velhinho. As barbas brancas quase lhe tocavam no peito e o seu cabelo comprido estava em desalinho. Um dia, Afonso - assim se chamava ele - sentou-se ao pé da janela a pensar. A certa altura, olhou através da vidraça: lá fora nevava. Os vários pinheiros do seu jardim estavam cobertos de um manto espesso e branco. Contudo, umas pegadas na neve despertaram-lhe a atenção. Um pouco mais adiante, estava um mendigo. Esse pobre homem, que era um sem-abrigo, estava mal agasalhado, descalço e sozinho. Afonso, que tinha um coração de ouro, abriu a janela e chamou-o: - Vem cá, homem! Onde é a tua casa? - Ah! A minha casa?! Eu não tenho casa. - E a tua família? - Esses…nunca os conheci. Vivia com a minha avó, mas ontem ela morreu, não aguentou o frio deste Inverno… - Meu Deus! Mas, que vida tão triste a tua! E agora?! Com quem vives? Sozinho? - Sim, agora vivo sozinho. - Mas… e não tens frio, mal agasalhado e descalço? Bem que precisas de um par de sapatos, de uma camisola e de um casaco! Vou pedir à minha mulher que te faça uma camisola e vou fazer-te eu próprio um par de sapatos! - Oh! Muito obrigado, senhor. Que devo fazer para colaborar consigo? - Eu vou explicar tudo: a minha mulher andava a dizer-me que eu precisava de um trabalho para me entreter. Eu fiquei um bocado confuso: como poderia eu arranjar um emprego de um dia para o outro? E então, quando te vi, lembrei-me imediatamente de um bom passatempo para nós os dois! E até fazíamos uma boa ação e tudo! A minha ideia era construirmos uma fábrica de brinquedos onde trabalharíamos todo o ano para obtermos os melhores e mais bonitos presentes para oferecermos aos meninos bem comportados no final do ano. Podíamos também dar um nome à data de entregar as prendas. Hummm, pode ser NATAL, em honra da minha mulher Natália. - O senhor, isto é, o Afonso tem ideias fabulosas! Para mim o senhor é um verdadeiro santo! - Oh! Oh! Oh! Não sou nada! Sou apenas o Pai Natal! É um bom nome para quem inventa o NATAL! No NATAL, todas as prendas devem estar prontas. Treinarei as minhas renas para grandes viagens, prepararei o meu trenó e… já me estou a ver a cruzar os céus! Só tu poderás estar comigo no trenó, para levares o saco com as prendas! - Mas, Pai Natal, quando é que vai ser o NATAL? - Oh! Meu Deus! Não tinha pensado nisso! Mas, até pode ser no dia em que nasceu Jesus! Ele ficaria orgulhoso de nós! Portanto o NATAL é no dia 25 de Dezembro! É verdade, como te chamas meu amigo? - Chamo-me Cristóvão. - Muito bem, Cristóvão, vamos já contar tudo à minha mulher! Natália ficou encantada com a ideia do marido e prontificou-se logo a chamar todos os duendes empregados para ajudarem na construção da fábrica. Estes adoraram a ideia de passar a trabalhar numa fábrica e empenharam-se mais que nunca na sua construção. Em menos de cinco dias a fábrica estava pronta! Naquele ano todos os duendes tiveram de trabalhar em velocidade máxima, pois o NATAL estava à porta! Todos os dias a fábrica de brinquedos do Pai Natal recebia dezenas de cartas de todos os meninos e meninas do mundo, a encomendarem os seus presentes de NATAL. A todas as cartas o Pai Natal respondia dizendo que se portassem bem. E o prometido é devido: os duendes carregaram as prendas até ao trenó e Cristóvão pô-las no grande saco do Pai Natal. À meia-noite em ponto, o trenó cruzava o céu puxado pelas renas, carregando o saco dos presentes, o Pai Natal, e, claro, Cristóvão! Ainda hoje, sempre que é a noite de Natal, podemos ver o grande trenó com o Pai Natal e Cristóvão, se olharmos para o céu à meia-noite em ponto.

A história do pai natal

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Page 1: A história do pai natal

Ana Teresa

A História do Pai Natal Era uma vez, há muito, muito tempo, viveu um homem muito grande e forte

mas também muito velhinho. As barbas brancas quase lhe tocavam no peito e o

seu cabelo comprido estava em desalinho.

Um dia, Afonso - assim se chamava ele - sentou-se ao pé da janela a pensar. A

certa altura, olhou através da vidraça: lá fora nevava. Os vários pinheiros do seu

jardim estavam cobertos de um manto espesso e branco. Contudo, umas pegadas

na neve despertaram-lhe a atenção. Um pouco mais adiante, estava um mendigo.

Esse pobre homem, que era um sem-abrigo, estava mal agasalhado, descalço e

sozinho. Afonso, que tinha um coração de ouro, abriu a janela e chamou-o:

- Vem cá, homem! Onde é a tua casa?

- Ah! A minha casa?! Eu não tenho casa.

- E a tua família?

- Esses…nunca os conheci. Vivia com a minha avó, mas ontem ela morreu, não aguentou o frio deste

Inverno…

- Meu Deus! Mas, que vida tão triste a tua! E agora?! Com quem vives? Sozinho?

- Sim, agora vivo sozinho.

- Mas… e não tens frio, mal agasalhado e descalço? Bem que precisas de um par de sapatos, de uma

camisola e de um casaco! Vou pedir à minha mulher que te faça uma camisola e vou fazer-te eu

próprio um par de sapatos!

- Oh! Muito obrigado, senhor. Que devo fazer para colaborar consigo?

- Eu vou explicar tudo: a minha mulher andava a dizer-me que eu precisava de um trabalho para me

entreter. Eu fiquei um bocado confuso: como poderia eu arranjar um emprego de um dia para o

outro? E então, quando te vi, lembrei-me imediatamente de um bom passatempo para nós os dois!

E até fazíamos uma boa ação e tudo! A minha ideia era construirmos uma fábrica de brinquedos

onde trabalharíamos todo o ano para obtermos os melhores e mais bonitos presentes para

oferecermos aos meninos bem comportados no final do ano. Podíamos também dar um nome à

data de entregar as prendas. Hummm, pode ser NATAL, em honra da minha mulher Natália.

- O senhor, isto é, o Afonso tem ideias fabulosas! Para mim o senhor é um verdadeiro santo!

- Oh! Oh! Oh! Não sou nada! Sou apenas o Pai Natal! É um bom nome para quem inventa o

NATAL! No NATAL, todas as prendas devem estar prontas. Treinarei as minhas renas para grandes

viagens, prepararei o meu trenó e… já me estou a ver a cruzar os céus! Só tu poderás estar comigo

no trenó, para levares o saco com as prendas!

- Mas, Pai Natal, quando é que vai ser o NATAL?

- Oh! Meu Deus! Não tinha pensado nisso! Mas, até pode ser no dia em que nasceu Jesus! Ele

ficaria orgulhoso de nós! Portanto o NATAL é no dia 25 de Dezembro! É verdade, como te chamas

meu amigo?

- Chamo-me Cristóvão.

- Muito bem, Cristóvão, vamos já contar tudo à minha mulher!

Natália ficou encantada com a ideia do marido e prontificou-se logo a chamar todos os duendes

empregados para ajudarem na construção da fábrica. Estes adoraram a ideia de passar a trabalhar

numa fábrica e empenharam-se mais que nunca na sua construção. Em menos de cinco dias a

fábrica estava pronta!

Naquele ano todos os duendes tiveram de trabalhar em velocidade máxima, pois o NATAL estava

à porta! Todos os dias a fábrica de brinquedos do Pai Natal recebia dezenas de cartas de todos os

meninos e meninas do mundo, a encomendarem os seus presentes de NATAL. A todas as cartas o

Pai Natal respondia dizendo que se portassem bem.

E o prometido é devido: os duendes carregaram as prendas até ao trenó e Cristóvão pô-las no

grande saco do Pai Natal.

À meia-noite em ponto, o trenó cruzava o céu puxado pelas renas, carregando o saco dos presentes,

o Pai Natal, e, claro, Cristóvão!

Ainda hoje, sempre que é a noite de Natal, podemos ver o grande trenó com o Pai Natal e Cristóvão,

se olharmos para o céu à meia-noite em ponto.