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A História dos Sapatos Muito além do sapatinho de cristal. Uma das pérolas da estilista Coco Chanel era: “Uma mulher elegantemente calçada nunca será feia.” A estilista não podia ser mais certeira. Calcanhar de Aquiles para as milhares de Carrie Bradshaw espalhadas pelo mundo, os sapatos presenteiam os pés femininos com a sensação de bem-estar, beleza e poder, ao longo da história. Na introdução do livro Sapatos: Uma festa de sapatos de salto, sandálias, chinelos… (Editora Könemann/Editora Workman, 1996), a autora Linda O’Keeffe diz: “O começo de uma nova vida, uma promessa de romance e de emoção – todas as meninas crescem acreditando no mito da Gata Borralheira de que os sapatos podem transformar as suas vidas de uma forma mágica [...]”. No entanto, antes mesmo de Cinderela encontrar seu príncipe graças a um sapatinho de cristal, antes de Marilyn Monroe dizer “give a girl the right shoes and she can conquer the world”, antes de Sarah Jessica Parker cristalizar a paixão por sapatos com o romântico lema “a girl’s right to shoes” em episódio célebre na série Sex & The City, os sapatos fizeram e fazem história. Linda O’Keeffe lembra que, nos contos de fadas, os sapatos são o veículo na fuga das vidas tediosas das belas princesas e heroínas, em busca de aventuras, magia e romance.

A História dos Sapatos

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A História dos Sapatos

Muito além do sapatinho de cristal.

Uma das pérolas da estilista Coco Chanel era: “Uma mulher elegantemente calçada nunca será feia.”A estilista não podia ser mais certeira. Calcanhar de Aquiles para as milhares de Carrie Bradshaw espalhadas pelo mundo, os sapatos presenteiam os pés femininos com a sensação de bem-estar, beleza e poder, ao longo da história.Na introdução do livro Sapatos: Uma festa de sapatos de salto, sandálias, chinelos… (Editora Könemann/Editora Workman, 1996), a autora Linda O’Keeffe diz: “O começo de uma nova vida, uma promessa de romance e de emoção – todas as meninas crescem acreditando no mito da Gata Borralheira de que os sapatos podem transformar as suas vidas de uma forma mágica [...]”.

No entanto, antes mesmo de Cinderela encontrar seu príncipe graças a um sapatinho de cristal, antes de Marilyn Monroe dizer “give a girl the right shoes and she can conquer the world”, antes de Sarah Jessica Parker cristalizar a paixão por sapatos com o romântico lema “a girl’s right to shoes” em episódio célebre na série Sex & The City, os sapatos fizeram e fazem história. Linda O’Keeffe lembra que, nos contos de fadas, os sapatos são o veículo na fuga das vidas tediosas das belas princesas e heroínas, em busca de aventuras, magia e romance.

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Livro 'Sapatos', de Linda O'Keffe(Editora Konemann/Editora Workman)

No livro, ela diz: “Os sapatos são um impulso de mudança, uma forma de deixar o passado para trás e de seguir rumo ao futuro. Durante grande parte da história, os sapatos das mulheres mantiveram-se na obscuridade, ocultos debaixo do volume dos saiotes ou do balão da crinolina. Porém, embora fossem um dos mais escondidos dos adornos femininos, ironicamente, eram e continuam a ser um dos mais reveladores. Os olhos podem bem ser as janelas da alma, mas os sapatos são a entrada para a mente feminina.” A estilista Diane Von Furstenberg vai além: “Quando olhamos para os nossos pés, é como se piscássemos o olho a nos próprias.”

Um Salto no Tempo

Antigas sandálias egípcias expostasno British Museum, em Londres.

Considera-se que os sapatos foram inventados na Mesopotâmia. Feitos de couro, eles eram as peças ideais para que os homens cruzassem trilhas montanhosas e enfrentassem as intempéries entre os rios Tigre e Eufrates.No Egito Antigo, as sandálias eram feitas de palha, com sola de papiro trançado e tiras de couro cru. Os nobres faraós egípcios usavam sandálias de couro com enfeites de ouro.Na escalada social, os sapatos no Império Romano trilhavam lógica similar. Enquanto senadores usavam sapatos marrons presos por fitas de couros, os cônsules usavam modelos brancos, ao passo que os esquadrões calçavam botas de cano curto. As imperatrizes, por sua vez, vestiam sandálias de ouro fundido e tiras brilhantes, com incrustações de pedras raras. Uma curiosidade

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desvendada por Linda O’Keeffe é que os egípcios e os romanos desenhavam o rosto de seus inimigos nas solas das sandálias, para que pudessem literalmente pisá-los.

 

Da América Latina ao Oriente Médio:Confira os sapatos que fizeram história ao redor do mundo

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A simplicidade das primeiras sandálias

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À esquerda, sandália dos nativos norte-americanos na pré-história. À direita, sandálias egípcias.

O’Keeffe considera que, devido à sua simplicidade na construção, “não é de se admirar que as sandálias tenham sido o primeiro calçado feito pelo homem, sucedendo às primitivas peles de animais enroladas à volta dos pés.”Além das sandálias egípcias e romanas, outros povos se destacaram na arte dos sapatos. Os japoneses tinham as zoris, sandálias entrançadas que inspiraram as contemporâneas Havaianas.

 

Um dos sapatos mais antigos da história,de pano e cordas.

Os persas e indianos esculpiam sandálias com solas de madeira. Os eslavos faziam sandálias de feltro, enquanto os espanhóis inventavam modelos com corda.Na Idade Média, os sapatos se assemelhavam às atuais sapatilhas, feitas de couro – o que já sinaliza um avanço no tratamento dos materiais para a confecção dos sapatos. Além disso, nos tempos medievais, os saltos conquistaram um novo patamar nas ilustríssimas cortes. Para os nobres, como bem simboliza a rainha pré-fashionista Maria Antonieta e suas damas de companhia, o salto passa a signficar elegância, estilo e riqueza.

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Na Idade Contemporânea, não faltaram materiais, técnicas e tecidos para isso. Design e estilo passam a fazer parte do maravilhoso mundo dos sapatos, elevando as peças do solo aos céus ao transformá-las em luxuosos sonhos de consumo.

Caminhar pela linha do tempo:Confira os sapatos que fizeram história, da Antiguidade ao século 20)

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Alto e Bom Tom

O segredo do salto alto

Nebulosa como quase toda a história dos sapatos, a história dos saltos altos não revela muitos seus detalhes e segredos. Talvez faça parte da atmosfera de mistério criada em torno desse ícone da moda. Mas Linda O’Keeffe conta uma história bem menos glamourosa: os açougueiros egípcios usavam saltos para manter os pés acima da carne. Os cavaleiros mongóis, para segurar os estribos.Os saltos passaram a simbolizar vaidade e sofisticação a partir de 1533, com os sapatos de Catarina de Médicis, importados de Florença a Paris, para seu casamento com o Duque de Orleans. Desde então, saltos altos se tornaram sinônimo de elegância, destinados  para ocasiões e eventos especiais.

“Os melhores amigos da mulher não são os diamantes, mas sim os saltos”

William Rossi

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Os Primeiros Grandes SapateirosNa década de 1980, designers como Maud Frizon, Manolo Blahnik e Bennis Edwards criaram as sandálias sofisticadas e sensuais. No livro, a autora Linda O’Keeffe conta: “Esses designers mostraram-nos que os egípcios tinham razão: uma sandália bem desenhada realça a sensualidade natural do pé, permitindo à mulher que a usa ser sedutora até a ponta dos dedos.”

Mule de André Perugia, de 1938

Mas antes dos grandes sapateiros de luxo como Manolo Blahnik e Christian Louboutin, há um nome de destaque no design de sapatos: o francês André Perugia. Inspirado pela busca pela beleza em suas peças, o sapateiro fazia sapatos de pele de cobra em tons de pedras preciosas, camurça púrpura, pelica dourada e pele de lagarto cor de pérola, combinando originalidade e elegância. Ao se tornar sócio de Paul Poiret no fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1919), conquistou o sucesso.

Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Christian Dior e Salvatore Ferragamo inflamavam a paixão feminina por sapatos com criações extravagantes, quase como um convite  às mulheres para escapar das restrições vividas em um dos maiores conflitos da história usando os encantos da moda como válvula de escape.

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Manolo Blahnik

Christian Louboutin

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Pierre Hardy

Sergio Rossi

Diversos Estilos em Um Século EfervescenteAo longo do século 20, diversos estilos de sapatos estiveram em voga. Na década de 1920, uma época proibitiva na esteira da Primeira Guerra Mundial, os sapatos femininos eram frívolos, feitos de veludo carmesim e calfe, como se o mundo não estivesse à beira do colapso. Já na década de 1930, os modelos mais discretos, reservados e com biqueiras redondas, ilustravam as imagens das boas moças em uma época mais conservadora.

Na década de 1950, Roger Vivier cristalizava um salto inovador, batizado de “vírgula”, mas também lembrado como “agulha”, “pirâmide” e “caracol”. De acordo com Marlene Dietrich, o designer criou um salto alto delgado, cuja ponta atravessava uma bola de pedras falsas. Na maison Dior a partir de 1953, Vivier criou sapatos para celebridades como Josephine Baker, Catherine Deneuve e os Beatles. “Os meus sapatos são esculturas”, dizia Vivier.

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Roger Vivier, o inventor do revolucionário salto "vírgula"

Além dele, Salvatore Ferragamo cravou seu nome na história dos sapatos. Na incerteza da autoria do salto “stiletto” de 10 centímetros, os dois designers são lembrados como nomes importantes na década de 1950. “Todos eles tinham o mesmo princípio de construção, que se assemelhava ao de um arranha-céu: uma longa e delgada estrutura de plástico com um espigão de metal no interior, como se tratasse de uma viga de suporte para o peso de uma mulher”, pondera O’Keeffe.

Na década de 1960, David Evins se destacou com suas criações de sapatos clássicos. Para Ava Gardner, criou mules fabulosos. Para Judy Garland, saltos estrondosos. Para Marlene Dietrich, botins de pele de leopardo. Vestiu ainda os pés de Grace Kelly, com sapatos para seu casamento com o Príncipe Rainier.

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Diversos Estilos de Um Século Efervescente

Mosaico de estilos

A era disco na década de 1970 ficou marcada pelos saltos plataforma, ao lado das calças boca-de-sino.Na década de 1980, os esportes saíram das quadras e conquistaram a moda. All Star (da Converse, lançada em 1919) e tênis se tornaram peças essenciais no mundo moderno. Nessa época, Nike e Reebok se consolidaram. Quem disse que não é possível aliar um tênis a um look estiloso?E na década de 1990, a moda não para. Diversos estilos foram revisitados, desde os clássicos oxford aos ousados stilettos passando por escarpins, mules e mocassins, com experimentações criativas mesclando o tradicional couro a fibras sintéticas como o náilon e demais matérias-primas a fim de atender às inquietudes estéticas de uma época efervescente.

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Cena do episódio "A woman's right to shoes", de Sex & The City

No século 21, basta um leve olhar para as passarelas internacionais – e talvez para nossos próprios closets – para notar que a paixão por sapatos não tem limites. E, para Cinderelas contemporâneas como Carrie, nem no espaço. Talvez Roger Vivier estivesse certo ao dizer: “Ser transportado pelos sapatos, levados nas suas asas. Usarmos sonhos nos pés é começarmos a transformar os nossos sonhos em realidade.”

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A Confecção de Um Sapato

Espaço para todos os estilos no século 21

À primeira vista, um sapato é um sapato assim como uma cadeira é uma cadeira. No entanto, a peça preferida no closet das mulheres é resultado de uma série de operações artesanais. O primeiro passo é a criação da forma, emoldurando os pés em uma talha de madeira com uma curvatura encantadora.

Antes de conquistar a fama com mestres como Manolo Blahnik, Christian Louboutin e Jimmy Choo, os sapateiros sempre lidaram com delicadas palavras-chaves a fim de montar um sapato. Além do design e do estilo, questões como sola, curvatura, vira, biqueira, palmilha, decote, enfranque, boca do salto, contra-forte, salto e talão estrelam o rol de preocupações para se confeccionar um sapato adequado ao formato dos pés, considerando ainda a distribuição do peso do corpo nessas pequenas peças.

Medidas minuciosas são imprescindíveis para conquistar a simetria e calibrar a curvatura do selado e do peito do pé, além de proporcionar espaço para os movimentos. Linda O’Keeffe lembra: “Para o construtor da forma, o desafio consiste em respeitar todas essas medidas sem comprometer a beleza arquitetural do desenho do sapato.”

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TEMA: SAPATOS... MEU TEMA: MUSEU DOS SAPATOS!!! SANDÁLIA EGÍPICA DE 200 A.C1...

SANDÁLIA GRECO- ROMANA DO SEC. V A.C(465)...

SANDÁLIA GRECO- ROMANA DO SEC. V A.C (464)...

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quarta-feira, 27 de agosto de 2008HISTÓRIA DO CALÇADO. Existem evidências que a história do sapato começa a partir de 10 mil a.C. ou seja, no final do Paleolítico, pois pinturas desta época, em cavernas na Espanha e no sul da França, fazem referência ao calçado.Entre os utensílios de pedra dos homens das caverna existem vários que serviam para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é muito antiga. Nos hipogeus egípcios, que eram câmaras subterrâneas usadas para enterros, e que têm idade entre seis e sete mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados.No Antigo Egito, as sandálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancamon usava sandálias e sapatos de couro simples, apesar dos enfeites de ouro.Na Mesopotâmia eram comuns os sapatos de couro cru, amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social.Na Grécia Antiga, os gregos chegaram a lançar moda, como a de modelos diferentes para os pés direito e esquerdo.Na Roma Antiga, o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, e o calçado tradicional das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos.Na Idade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma forma semelhante ao das sapatilhas.Os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado.O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.A padronização da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo I foi quem uniformizou as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642, quando Thomas Pendleton forneceu quatro mil pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos.Em meados do século XIX começaram a surgir as máquinas para auxiliar na confecção dos calçados mas, só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível.A partir da quarta década do século XX, grandes mudanças começam a acontecer na Indústria calçadista, como a troca do couro pela borracha e

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pelos materiais sintéticos, principalmente nos calçados femininos e infantis.

Sapato de couro de 800 a 400 a.C no Museu Hallstatt, Áustria.

Sapatos dos índios estadunidenses , no museu Britânico em Londres.

Reprodução de um sapato alemão de couro do século II.

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Sapatos

Sapato é a peça do vestuário que possui a finalidade de proteger os pés. Nos países frios, o mocassim e as botas servem como protetores e aquecedores para os pés, ao passo que, nos países mais quentes, usa-se mais a sandália e o chinelo, protegendo o pé, mas sem o abafar.Hoje, esta peça transcendeu sua finalidade inicial e serve como adorno e acessório de moda, tendo também uma função social.

OrigemMuitos atribuem aos egípcios a arte de curtir couro e fabricar sapatos, porém, existem evidências de que os sapatos foram inventados muito antes, no final do Período Paleolítico.Existem evidências que a história do sapato começa a partir de 10 mil a.C., ou seja, no final do Paleolítico, pois pinturas desta época, em cavernas na Espanha e no sul da França, fazem referência ao calçado.

Entre os utensílios de pedra dos homens das caverna existem vários que serviam para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é muito antiga. Nos hipogeus egípcios, que eram câmaras subterrâneas usadas para enterros, e que têm idade entre seis e sete mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados.

No Antigo Egito, as sandálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os

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nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancamon usava sandálias e sapatos de couro simples, apesar dos enfeites de ouro.

Na Mesopotâmia eram comuns os sapatos de couro cru, amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social.

Na Grécia Antiga, os gregos chegaram a lançar moda, como a de modelos diferentes para os pés direito e esquerdo.

Na Roma Antiga, o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadoresmarrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, e o calçado tradicional das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos. sapatos

Na Idade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma forma semelhante ao das sapatilhas. Os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado. O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.

A padronização da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo I foi quem uniformizou as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642, quando Thomas Pendleton forneceu quatro mil pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos.

Em meados do século XIX começaram a surgir as máquinas para auxiliar na confecção dos calçados mas, só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível.

A partir da quarta década do século XX, grandes mudanças começam a acontecer na Indústria calçadista, como a troca do couro pela borracha e pelos materiais sintéticos, principalmente nos calçados femininos e infantis.

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O Sapato no BrasilUtilizados somente como proteção dos pés, com a vinda da côrte portuguesa ao Brasil, em 1808, o comércio sofreu um incremento e os costumes europeizaram-se, passado o sapato a fazer parte da moda. Nesta época os escravos eram proibidos de usar sapatos, mas quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social. Como muitos não se acostumavam a usá-lo, viravam objeto de decoração ou de prestígio, carregando-os, orgulhosamente, nos ombros ou nas mãos.

Apesar de existerem várias sapatarias no Rio de Janeiro para atenderem o mercado da alta sociedade local, o calçado normalmente era importado da Europa. No final do século XIX o modelo básico do calçado era a botina fechada de camurça, de pelica ou de seda para as mulheres mais abastadas, e os chinelos para o restante da população feminina.

Nas décadas de 1910 e 1920 o modelo de sapato feminino mais usado no Brasil era o borzeguim ou a botina, evitando os pés expostos, mesmo que os vestidos já tivessem subido seu comprimento.

No pós-guerra houve uma mudança muito grande na maneira de vestir e de calçar. A mulher passou a sair às ruas, praticar esportes e cuidar do corpo, sendo o tênis inventado nessa época. Além disso, como os vestidos encurtaram, os sapatos ficaram mais à mostra, aumentando a preocupação com a estética do calçado.

Mas hoje em nossos tempos modernos nós conseguimos ter uma vasta opção de sapatos um mais lindo do que o outro, e vale a pena ter quantos possiveis!

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aii vai as outra fotinhas... essas foram tiradas do

site(http://fashionbubbles.com/moda/acessorios-para-o-inverno-2010-sapatos-parte-13/)

Chloé