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COMENTÁRIOS ADICIONAIS

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A Igreja de Cristo

CO M E N TÁ R I O S A D I C I O N A I S

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2 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 3

Definição. “A igreja é a comunidade de todos os cristãos de todos os tempos. Essa definição compreende que a igreja é feita de todos os verdadeiros salvos (...) O próprio Jesus edifica a igreja chamando o seu povo para si mesmo. Ele prometeu: ‘Edificarei a minha igreja’ (Mt 16.18). (...) Mas esse processo pelo qual Cristo edifica a igreja é apenas uma continuação do modelo estabelecido por Deus no Antigo Testamento, por meio do qual ele chamou a povo para si mesmo para ser uma as-sembléia em adoração diante dele”. (GRUDEM, W. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999, p.715).

A igreja é invisível, ainda que visível. “Em sua realidade verdadei-ramente espiritual como a comunidade de todos os cristãos genuínos, a igreja é invisível. Isso se dá porque não podemos ver a condição es-piritual do coração de ninguém. (...) Foi por isso que Paulo afirmou: ‘O Senhor conhece os que lhe pertencem’ (2Tm 2.19). (...) Por outro lado, a verdadeira igreja de Cristo certamente tinha também um aspecto visível. Podemos usar a seguinte definição: A igreja visível é a igreja como os cristãos a vêem na terra”. (GRUDEM, W. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999, pp. 716-7).

O uso do vocábulo ekklesia. “... no Novo testamento a palavra ekklesia é empregada no sentido muitas vezes mais que em outros sentidos. Refere-se a um grupo autônomo unido em Cristo, unido tanto física como espiritualmente, ou seja, uma comunidade local (...). Ao mesmo tempo, em algumas passagens do Novo Testamento emprega-se o termo igreja para designar, os crentes em regiões geo-gráficas (...). Entende-se que, quando ekklesia aparece no sentido me-tafórico (...), trata-se da unidade espiritual da igreja”. (MULHOLLAND, D. Teologia da Igreja: uma igreja segundo os propósitos de Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2004, pp. 24-5).

3 OUT 2009

Definir é preciso1Ef 1:22. “Jesus Cristo é o Senhor sobre todas as coisas, mas, em parti-

cular, esta é a Sua relação com a Igreja, porque o Pai O deu à igreja, para ser o Cabeça sobre todas as coisas. (...) Aqui, o pensamento é primeiro de Sua presidência sobre a Igreja (5:23 e Cl 1:18) (...). A Igreja tem auto-ridade e poder para superar toda oposição porque seu Líder e Cabeça é Senhor de tudo. Jesus mesmo possuía autoridade porque estava sob a autoridade do Pai; estava fazendo a Sua vontade e tinha, portanto, toda a autoridade de Deus (Mt 8:9; 11:27; Jo 17:2)”. (FOULKES, F. Efésios: introdução e comentário. 2 ed. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, Série Cultura Bíblica, 1986, p. 56).

Ef 1:23. “... o propósito de Deus é de que a Igreja venha a ser a expres-são plena de Jesus Cristo, que traz plenitude a todas as coisas que existem. Colossenses 2:10 prossegue dizendo “nEle estais aperfeiçoados”. Neste sentido, os cristãos devem ser “tomados de toda a plenitude de Deus (...), isto é, receber a plenitude dos atributos e dons de Deus que é possível aos homens receber”. (FOULKES, F. Efésios: introdução e comentário. 2 ed. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, Série Cultura Bíblica, 1986, p. 57).

Ef 1:22-23. A expressão “tudo” ou “todas as coisas” não deve limitar-se a “todas as coisas na igreja” (...). Portanto, nada pode frustrar a “es-perança” dos crentes. Nada permitirá a obstrução das vias que levam à aquisição e ao pleno desfruto daquela gloriosa “herança” da qual desfrutam por antecipação aqui e agora. (...) já que a igreja é o corpo de Cristo, com a qual ele está organicamente unido, seu amor por ela é tão imenso que ele faz uso de seu poder infinito para que o universo inteiro, com tudo que nele existe, coopere em benefício dela, seja ou não de bom grado. (HENDRIKSEN, W. Comentário do Novo Testamento: Efésios e Filipenses. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005, pp. 122-3).

Ef 1:15-23. À medida que nos rendermos à força do poder de Deus, ele nos levantará do túmulo do egoísmo e fará com que nos assentemos com Cristo nos lugares da vida e poder espirituais. (...) Isso é um salmo de ascensão (romagem). Nós até podemos visualizar suas pegadas, cada vez mais altas, enquanto todos os poderes do mal que dominam as trevas ficam abaixo dele. O Senhor está subindo e acha-se bem acima de todos. (MEYER, F. B. Comentário Bíblico: Antigo e Novo Testamentos. 2 ed. Belo Horizonte: Betânia, 2002, pp. 207-8).

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4 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 5

I Co 3:8. “Paulo e Apolo jamais pensaram em rivalidade, mas, na qualidade de servos de Cristo, serviram à igreja de Corinto para a glória de Deus. Por essa razão, Paulo pode dizer que ambos eram um só. (...) Na segunda metade desse versículo, Paulo observa que a individualidade é um fator que Deus também leva em conta (...). Nos versículos subseqüentes, Paulo não restringe as aplicações das palavras cada um, de forma que é possível dizer que ela se refere a cada obreiro do reino de Deus”. (KISTEMAKER, S. Comentário do Novo Testamento: 1 Coríntios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 156).

I Co 3:9. “O termo cooperadores denota a relação entre Paulo e Apolo ou a relação entre esses dois obreiros e Deus? A primeira interpretação resultaria na tradução ‘cooperadores para Deus’ e a segunda em ‘cooperadores com Deus’ (...). Gordon D. Fee observa que a posição enfática da forma de Deus, (...) sugere a idéia possessiva. Ele conclui que ‘o argumento do parágrafo in-teiro enfatiza a unidade deles em cooperação sob Deus’. Não obstante, a re-petição por três vezes da palavra Deus no versículo 9 não tira a possibilidade de que o primeiro uso seja objetivo (‘para Deus’). Essa possibilidade apóia-se em dois fatores: a mudança da primeira pessoa do plural nós para a segunda pessoa do plural vocês a torna provável; os versículos anteriores (VS. 7 e 8) a tornam plausível, pois Deus é o agente”. (KISTEMAKER, S. Comentário do Novo Testamento: 1 Coríntios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, pp. 156-7).

A cabeça tem proeminência. “Não pode haver duas cabeças num corpo. Há uma só cabeça: Jesus! Isto é senhorio. Jesus é Senhor da igreja, realidade esta que se colocada em prática influenciará positivamente em tudo o que a igreja fizer (...). Os problemas da igreja geralmente come-çam quando alguma personalidade humana passa a se elevar a si própria para competir em autoridade com Jesus. Quando isso acontece, a comu-nhão na igreja começa a se desintegrar”. (DARREL, Robson W. Vida total da igreja: uma estratégia para o século 21 inspirada no modelo de igreja do primeiro século. Rio de Janeiro: Juerp, 2001, p. 56).

10 OUT 2009

Imagens que ensinam2

Unidade da cabeça aos membros. “A unidade é essencial para a igre-ja cumprir a missão de sua cabeça. Um corpo rompido, dividido, não tem poder. Mas o corpo de Cristo unificado possui tudo o que for necessário para fazer todas as coisas que Deus quer que ele faça (...). A cabeça é o unificador da igreja. Atrai Seu povo a Si mesmo e à unidade de uns com os outros (...). Formação, cultura, instrução, interesses e objetivos humanos não conseguem unir todos os que fazem parte de uma igreja. O único que pode unir pessoas tão diversas é Jesus”. (DARREL, Robson W. Vida total da igreja: uma estratégia para o século 21 inspirada no modelo de igreja do primeiro século. Rio de Janeiro: Juerp, 2001, pp. 61-62).

A diversidade no corpo. “É natural pensar que unidade requer a anula-ção da diversidade. Mas não é bem assim. Emil Brunner disse corretamente que ‘uma comunidade só pode existir onde existe diversidade. Sem diver-sidade pode haver unidade mas não comunidade, pois esta requer recipro-cidade’ (...). Nenhum dom se manifesta em todos os membros da igreja. Uma orquestra não se forma com apenas um músico ou com apenas um instrumento, mas com diversos instrumentos tocados em harmonia por di-versos músicos”. (MULHOLLAND, D. Teologia da Igreja: uma igreja segundo os propósitos de Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2004, pp. 11-2).

A noiva de Cristo. “Noiva é uma ilustração usada tanto no AT quanto no NT para descrever a união e comunhão de Deus com seu povo (2 Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 19.7; 21.2; 22.17). Mas devemos lembrar que se trata somente de linguagem figurada, não se deve forçar sua interpretação. O propósito de um símbolo é apenas iluminar determinado lado da ver-dade, e não prover o fundamento para uma doutrina”. (PEARLMAN, M. Conhecendo as doutrinas bíblicas. 3 ed. São Paulo: Vida, 2009, p. 346).

Metáforas da igreja. “A ampla gama de metáforas usadas para referir-se à igreja no Novo Testamento deve lembrar-nos de que não devemos concentrar-nos em apenas uma delas. Por exemplo, embora seja verdade que a igreja é o corpo de Cristo, precisamos lembrar que essa é apenas uma das metáforas dentre muitas. Se nos concentrarmos apenas nessa metáfora, provavelmente nos esqueceremos de que Cristo é o nosso Se-nhor que reina nos céus bem como aquele que habita entre nós. (GRU-DEM, W. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999, 719).

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6 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 7

A doutrina da unidade da igreja. “De ajuda na compreensão da na-tureza da igreja é uma doutrina claramente ensinada no Novo Testamen-to, a unidade da igreja. O ideal de unidade é salientado na oração sacer-dotal de Jesus (Jo 17:20-23), bem como em Efésios 4:1-16, na dissertação de Paulo sobre a Igreja. Isso também se reflete numa referência à igreja local de Jerusalém (At 4:32) e num apelo para que os crentes tenham um coração e uma mente (Fp 2:2).” (ERICKSON, Millard J. Introdução à teolo-gia sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997, p.439).

Andeis de modo digno (Ef 4:1). “A dignidade da vida cristã só pode ser determinada pela natureza da chamada divina... Primeiro é só povo (...). Em segundo lugar, é um povo santo (...). A união e a pureza são dois aspectos fundamentais de uma vida digna do chamamento divino da igreja. O apóstolo trata da união da igreja nos versículos 1-16, e da pu-reza igreja de 4:17 até 5:21 (...). É muito importante, então, olhar com novos olhos Efésios 4:1-16, visto que esta é uma das duas passagens neotestamentárias clássicas sobre a questão da união cristã (a outra é João 17).” (STOTT, John. A mensagem de Efésios: A nova sociedade de Deus. São Paulo: ABU, 2007, p. 103-4).

Devemos nos esforçar pela unidade. “Essa unidade não é algo que possa ser criada pelo homem, e sim, que lhe é dada, juntamente com a responsabilidade de preservá-la e de resguardá-la em face das muitas tentativas de dentro e de fora da igreja de destruí-la. A expressão: esforçando... diligentemente não traduz toda a força do termos grego spoudazontes, pois ela sugere a legítima possibilidade de falha mas não ressalta que essa unidade requer o empenho ao máximo de todo zelo e cuidado (I Ts 2:17; 2 Tm 2:15; 2 Pe 1:10, 15; 3:14).” (FOULKES, Francis. Efésios: Introdução e Comentário. São Pau-lo: Vida Nova, 1986, p. 92).

17 OUT 2009

Vivam unidos3Uma marca da igreja verdadeira. “A igreja é uma, e sua unidade pro-

cede do fundamento no único Deus (cf. Ef 4:1-16). Todos os que a ela pertencem formam um só povo; portanto, a igreja verdadeira será distin-guida por sua unidade. Em João 17:20-23, Jesus orou para que seu povo permanecesse unido. E a unidade pela qual ele ora é uma unidade de amor; na verdade, trata-se da participação deles na unidade de amor que existe eternamente entre o Pai e o Filho.” (FERREIRA, Franklin & MYATT, Alan. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2007, p.966).

A essência do cristianismo (Jo 17:21,23). “É uma unidade visível, uma singularidade, que revela a pura essência do evangelho cristão (...) a uni-dade no Corpo de Cristo, de forma miraculosa, nos revela que Cristo é mesmo Deus. Daí a razão da estratégia de Satanás, através da história da Igreja, se concentrar no afã de destruir a unidade do Corpo de Cristo, o que, do ponto de vista dele, faz bastante sentido. Se ele destruir a unidade eliminará o mais poderoso meio para comunicar que Jesus é Deus.” (GETZ, Gene A. Um Por Todos, Todos por Um. Brasília: Palavra, 2006, p. 47).

Unidade na diversidade (Ef 4:7-11). “Nesta seção, Paulo passa dos ele-mentos comuns a todos os cristãos para diversidade entre os cristãos. Trata da diversidade e da individualidade dentro da unidade do Espírito. Deus concede a cada cristão pelo menos um dom espiritual (I Co 12:1-12), que deve ser usado para unir e edificar o corpo de Cristo (...). De que maneira o cristão pode descobrir e desenvolver seus dons? Pela comunhão com outros cristãos na congregação local.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bí-blico expositivo: NT, vol. II. Santo André, SP: Geográfica, 2006, p. 47-48).

O amor e verdade na unidade. “Assim, a unidade espiritual não é algo que criamos. Antes, é algo que já possuímos em Cristo, que deve-mos proteger e manter. A verdade une, mas as mentiras dividem. O amor une, mas o egoísmo divide. Assim, ‘seguindo a verdade em amor’, prepa-remos e edifiquemos uns aos outros, para que todos possamos crescer e nos tornar mais semelhantes a Cristo.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: NT, vol. II. Santo André, SP: Geográfica, 2006, p. 49).

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8 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 9

24 OUT 2009

Sejam mais puros4A igreja perante Deus. “Deus é o Criador e Arquiteto da igreja. Cristo

deu a sua vida por ela, seu corpo. O Espírito Santo foi enviado para lhe dar poder para cumprir sua missão de testemunhar de Cristo em toda a parte da terra (Jo 14.16-17; At 1.8) e chamar pecadores para a comunhão nesta nova humanidade que ele está edificando (...). O livro de Apoca-lipse descreve a condição de sete igrejas na Ásia perante seus ‘exames clínicos’. Jesus Cristo, que vive entre as igrejas, examinou-as, uma por uma. O Espírito Santo transmitiu pelo apóstolo João cartas às igrejas, dando-lhes os resultados das análises feitas pela Cabeça do corpo (Ap 2-3)”. (MULHOLLAND, D. Teologia da Igreja: uma igreja segundo os propó-sitos de Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2004, pp. 11-2).

A igreja nas opiniões humanas. “Muitas pessoas (...) procuram solu-ções para suas frustrações e ambições pessoais e para os problemas que abalam as nações. Elas deveriam buscar uma igreja para lhes dar uma palavra vinda de Deus, mas consideram que as igrejas nada têm a ofe-recer à sociedade pós-cristã (...). As pessoas não encontram nas igrejas uma alternativa para a sociedade, mas sim o conformismo. Decepcio-nadas, concluem que as igrejas são inúteis no mundo do utilitarismo”. (MULHOLLAND, D. Teologia da Igreja: uma igreja segundo os propósitos de Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2004, pp. 12-3).

Ef 5:22-27. “Nossos relacionamentos terrenos são figuras e símbolos das re-alidades sagradas, e quanto mais introduzirmos na esfera do tempo a inspira-ção e a virtude das realidades eternas, mais transcendentais e belas as terrenas se tornam. O Senhor nos ensinou que o amor se caracteriza por uma renún-cia total. Os homens do mundo sempre querem saber quanto amor podem conseguir; os filhos da eternidade, quanto podem dar; mas essa forma de dar implica em receber de volta com juros capitalizados”. (MEYER, F. B. Comentário bíblico: Antigo e Novo Testamentos. 2 ed. Belo Horizonte: Betânia, 2002, p. 211).

Ef 5:25-27. “O plano do noivo é santificá-la e finalmente apresentá-la a si mesmo. A santificação parece referir-se ao processo presente de torná-la santa no caráter e na conduta pelo poder do Espírito que nela habita, ao passo que a apresentação é escatológica, e ocorrerá quando Cristo voltar para tomá-la para si mesmo (...). É com esse fim construtivo que Cristo tem trabalhado e continua trabalhando. A noiva não se torna apresentável; é o noivo que trabalha para embelezá-la a fim de apresen-tá-la a si mesmo”. (STOTT, J. A mensagem de Efésios: a nova sociedade de Deus. 2 ed. São Paulo: ABU, 2007, p. 171).

Ef 5:26. “Efésios 6.26, dificilmente pode se referir a qualquer coisa senão ao batismo. Isto é bastante evidente. Contudo, isto significa que o rito como tal purifica e santifica? (...) Não é o rito do batismo que salva. (...) quando o significado do batismo é explicado, entendi-do e aplicado pelo prisma da operação do Espírito Santo às mentes e corações daqueles que são batizados – sem dúvida que isso ocorre ao longo de toda a vida –, o propósito da morte de Cristo é consu-mado e os crentes são santificados e purificados”. (HENDRIKSEN, W. Comentário do Novo Testamento: Efésios e Filipenses. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005, pp. 298-9).

Ef 5:27. “O ponto enfatizado é, sem dúvida, que ela, a igreja, nada pode fazer movida por sua própria força. Ela deve toda a sua beleza a ele só, o esposo. É por esta única razão que, quando ela se manifestar em sua plenitude, será vista tão resplendente em pureza que poderá corresponder à descrição aqui apresentada, ou seja: não tendo mancha nem ruga ou qualquer coisa semelhante, porém que fosse santa e imaculada”. (HENDRIKSEN, W. Comentário do Novo Testamento: Efésios e Filipenses. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005, p. 301).

Ef 5:26-27. “Inúmeras vezes o Novo Testamento refere-se à santifica-ção como um ato realizado no passado, tal como a justificação ou o per-dão (1 Co 1:2; 6:11; 2 Tm 2:21; Hb 10:29). As duas palavras emprebadas aqui descrevem dois aspectos da mesma experiência; a obra de Cristo é ‘purificar do velho, e consagrar o novo’, e ‘no tempo os dois aspectos são coincidentes’ (Robson). (...) São descritas duas maneiras de tornar possível a purificação. É por meio da lavagem de água e pela palavra”. (FOULKES, F. Efésios: introdução e comentário. 2 ed. Vida Nova e Mundo Cristão: São Paulo, 1986, p. 130).

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10 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 11

Adorar significa servir. “O culto implica também em serviço (la-treia), termo também usado por Jesus para responder ao diabo (Mt 4.10). (...) O significado central deste termo surge de latron (‘ordenado’, no grego secular foi usado para indicar um trabalho pago e, mais tarde, um trabalho não pago). Mantém a idéia de servir. Tanto no AT como no NT a relação entre o homem e Deus não deixa de ser a de servir como escravo.” (SHEDD, R. A adoração Bíblica: os fundamentos da verdadeira adoração. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2007, p. 21).

O culto verdadeiro requer amor de todo o coração. “Para o hebreu, o coração (...), no sentido metafórico, representava o centro da vida inte-lectual e espiritual. Associado de perto com a alma (...), o leitor original de Deuteronômio teria pensado em seus sentimentos, suas avaliações, sua vontade, todos emanando do coração (...). Em seu coração o homem é responsável diante de Deus, por todos os seus atos e palavras. Somente um coração inclinado para Deus é capaz de adorá-lo, agradá-lo e amá-lo.” (SHEDD, R. A adoração Bíblica: os fundamentos da verdadeira adora-ção. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2007, p. 28).

O culto pessoal. “Como cristãos, temos o altíssimo privilégio de nos relacionar com o Senhor, seja no quarto (Mt 6.6), no lar, na rua ou onde quer que estejamos. Ouvimos a voz do Senhor através da Bíblia, na qual vemos seu caráter e obras e confessamos a nossa pecaminosi-dade e pecados. Purificados mediante a palavra (Ef 5.26-27; Jo 17.18), o louvamos.” (MULHOLLAND, D. Teologia da Igreja: uma igreja segundo os propósitos de Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2004, p. 156).

Equilíbrio pessoal. “Individualmente, os cristãos podem basear toda a vida e suas atividades nestas questões: O que fiz hoje para adorar a Deus em temor e admiração? O que fiz hoje para ajudar um irmão em Cristo,

31 OUT 2009

A nossamaior missão5

para confortar, ensinar, discipular? O que fiz hoje para testemunhar a al-guém de fora da família da fé? Isso também vai influenciar e regular nossas atividades. Você pode perguntar: essa atividade glorificará a Deus? Isso vai fazer um irmão crescer? Vai fazê-lo tropeçar? Isso vai ser um bom testemu-nho para os descrentes?” (ALLEN, R. & BORROR, G. Teologia da adoração: o verdadeiro sentido da adoração. São Paulo: Vida Nova, 2002, p. 59).

Equilíbrio coletivo. “Quando os cristãos se reúnem, os encontros de-vem ser planejados para tratar de todos os aspectos do ministério. Com certeza, cada reunião deve ter sua direção e ênfase específica, mas cada uma também deve incluir elementos que dirijam atenção a Deus, ao cor-po e ao mundo descrente (...). A mensagem pregada não deve ser apenas sobre Deus, seus atributos e sua relação com os homens, ela própria deve também ser um ato de adoração. O sermão deve ser preparado e apresentado não apenas com retórica artística, mas com integridade teológica.” (ALLEN, R. & BORROR, G. Teologia da adoração: o verdadeiro sentido da adoração. São Paulo: Vida Nova, 2002, p. 60).

A substituição do templo. “Os Evangelhos dão várias demonstrações de como Jesus substitui o templo de Jerusalém no plano e propósito de Deus (...). Como filho encarnado de Deus, Jesus representa a presença e autoridade real de Deus mais plenamente do que o templo (...). No final dos evangelhos, o Jesus ressuscitado mostra que continuaria a trazer mui-tas pessoas para um relacionamento com ele por meio do testemu¬nho e ensino dos discípulos, tornando-se assim o centro da salvação e bênção para as nações (Mt 28.18-20; Lc 24.46-49; cf. Jo 12.20-33).” (Novo dicionário de teologia bíblica \ editores: T. Desmond Alexander, Brian S. Rosner; edito-res consultores: D. A. Carson, Graeme Goldsworthy; editor e organizador; Steve Carter; tradução: William Lane. São Paulo: Vida, 2009, p. 555).

Adoração “em espírito e em verdade”. “Adoração ‘em espírito e em ver-dade’ (4.23) envolve o reconhecimento de Jesus como a verdade (14.6). É ele quem revela de modo singular o Pai e seus propósitos (8.45; 18.37). Também significa receber dele o Espírito que está à disposição de todos que creem nele (7.37-39). Jesus não era o objeto de adoração em João 4, mas o meio para uma adoração que honrasse a Deus sob a nova aliança.” (Novo dicioná-rio de teologia bíblica \ editores: T. Desmond Alexander, Brian S. Rosner; edi-tores consultores: D. A. Carson, Graeme Goldsworthy; editor e organizador; Steve Carter; tradução: William Lane. São Paulo: Vida, 2009, p. 555).

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12 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 13

O comissionamento dos apóstolos. “Aqui estava a consumação da primeira tarefa dos apóstolos. A comissão foi dada aos Onze como re-presentantes da Igreja que viria a se formar. Isso não é uma ordem a cada indivíduo (mais pessoas são chamadas a permanecer em casa do que para ir), mas à Igreja como um todo. Pode haver boas razões para que este ou aquele indivíduo não vá, mas nunca há boas razões para que a Igreja deixe de ir e alcançar os perdidos”. (BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, pp. 1600-1).

O dever dos apóstolos. “Eles devem ensinar os mandamentos de Cris-to, não as suas próprias invenções, mas aquilo que foi instituído por Cristo. Eles devem aderir religiosamente aos mandamentos, e os cristãos devem ser instruídos no conhecimento deles. Um ministério firme é aqui esta-belecido na igreja, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à condição de varão perfeito (Ef 4.11-13). Os herdeiros do céu devem estar sob os cuidados de tutores e governadores, até que cheguem à maioridade.” (HENRY, M. Comentário Bíblico Novo Testamento: Mateus a João. Edição completa. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 401).

Mt 28:19-20. “... aqui ele é reconhecido como Rei da Terra, porque to-mou o caminho mais difícil da obediência até à morte. A gloriosa incum-bência entregue à Igreja tem caráter universal. Ela reúne os ministérios do arauto e do pastor, e garante a cada humilde discípulo que jamais haverá um dia em que o Senhor não esteja perto, embora ele possa até ser tem-pestuoso”. (MEYER, F. B. Comentário Bíblico: Antigo e Novo Testamentos. 2 ed. Belo Horizonte: Betânia, 2002, pp. 43).

“Ensine-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. A comissão vai além de evangelismo; fazer prosélitos e deixá-los cuidar de si mesmos não é o bastante. Eles devem ser ensinados a obedecer aos

7 NOV 2009

Além de adorar6mandamentos de Cristo como delineados no NT. A essência do discipu-lado é tornar-se como o Mestre, e isso é conseguido por ensinamento sistemático da Palavra e submissão à mesma. Em seguida, o Salvador acrescentou a promessa de sua presença com os discípulos até a consu-mação do século (...). Em todo serviço e viagens, eles conheciam a pre-sença do Filho de Deus”. (MACDONALD, W. Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 105).

A edificação. “... a Bíblia prescreve os cuidados para que os novos cren-tes cresçam e, juntamente com o corpo de Cristo, cheguem “à maturida-de, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4.13) (...). O ensino das Escrituras é central na educação cristã. “Estudar a Bíblia” é um ato incom-pleto se não chegarmos ao verdadeiro alvo de conhecer e louvar ao Se-nhor, fazer sua vontade (Tg 1.22) e ser semelhante a ele”. (MULHOLLAND, D. Teologia da Igreja: uma igreja segundo os propósitos de Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2004, pp. 161-2)

Igrejas que cultivam fortes relacionamentos entre os membros. “Igrejas que prevalecem cuidam, zelam por seus membros, mas estão ao mesmo tempo voltadas para os de fora (...). Acredito firmemente que igre-jas que se tornam amáveis e acolhedoras, independentemente do porte ou classe social, adquiriram esse perfil porque resolveram investir forte-mente em relacionamentos, usando especialmente a celebração e os pe-quenos grupos. Essas igrejas vão crescer muito neste tempo em que vive-mos.” (PAES, C. Igrejas que prevalecem: 24 princípios para um crescimento saudável e equilibrado. São Paulo: Vida, 2003, p. 128).

Comunhão. “Se somos o Corpo vivo de Cristo agindo na Terra, precisa-mos vivenciar a dinâmica da unidade desse corpo. Precisamos sentir-nos um e, ao mesmo tempo, agir sinergicamente como um (...). Agir para que a unidade no Espírito seja experimentada no contexto da comunidade vi-sível dos salvos, a igreja local, é um propósito permanente da igreja que permite que ela faça diferença na comunidade em que está inserida.” (PI-RAGINE JR., Paschoal. Crescimento integral da igreja: uma visão prática de crescimento em múltiplsa dimensões. São Paulo: Vida, 2006, pp. 92-3).

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14 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 15

... as armas da nossa guerra ... (II Co 10:4a). “... embora os apóstolos vivessem em um corpo de carne, não travavam batalhas cristãs segundo os métodos e motivações carnais. (...) As armas da [...] milícia cristã não são carnais. Os cristãos não usam, por exemplo, espadas, revólveres ou estratégias militares modernas para levar o evangelho por todo o mundo. Mas o apóstolo não se refere apenas a essas armas carnais. Os cristãos também não usam riquezas, glória, poder, influência ou esperteza, para alcançar seus alvos”. (MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 569).

...fortalecei-vos no Senhor... (Ef 6:10). “Nós lutamos contra a oposição dos poderes das trevas e contra muitos inimigos que querem nos manter afastados de Deus e do céu. Temos inimigos que devemos combater; um capitão por quem pelejar; uma bandeira para defender e certas regras de guerra a seguir (...). Força espiritual e coragem são muito necessárias na nos-sa guerra espiritual. Sejam fortes no Senhor, na sua causa e por amor do seu nome. Não temos força suficiente em nós mesmos. Nossa coragem natural não passa de covardia, e nossa força natural, de completa fraqueza. Mas toda a nossa suficiência vem de Deus”. (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento, Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 604).

... para destruir fortalezas (II Co 10:4b). “A palavra grega ochuroma, en-contra-se apenas aqui em todo o Novo Testamento. “Fortaleza” nos papiros ti-nha o significado de prisão. Essas fortalezas são muralhas que resistem, portas que se fecham, e paredes que aprisionam (...). O inimigo tem suas fortalezas. Essas fortalezas parecem inexpugnáveis. Mas as armas que nós usamos podem detonar essas muralhas, fazer ruir essas resistências. O evangelho é a dinamite de Deus que quebra pedreiras graníticas, arrebenta rochas sedimentadas e demole toda oposição”. (LOPES, Hernandes Dias. 2 Coríntios: o triunfo de um homem de Deus diante das dificuldades. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 227).

14 NOV 2009

Somos fortes7... não é contra pessoas ... (Ef 6:12). “Essa guerra não é contra os

filósofos ateus, sacerdotes mentirosos, praticantes de cultos que negam a Cristo ou governantes desleais. A batalha é contra forças demoníacas (...). Mesmo sendo verdade que não pode habitar num crente verdadei-ro, eles podem oprimi-lo e molestá-lo. O crente não deve se preocupar continuamente com o demonismo, tão pouco deve viver com medo dos demônios. Na armadura de Deus ele tem tudo que precisa para suportar os seus ataques”. (MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 651).

... as ciladas do diabo (Ef 6:11b). “As forças em ordem de batalha contra nós têm três características principais. Em primeiro lugar, são poderosas (...). Em segundo lugar, são malignos (...). Em terceiro lugar, são astutos. Paulo es-creve aqui das ciladas do diabo (...). É um lobo perigoso, mas também entra no rebanho de Cristo disfarçado de ovelha. Por vezes ruge como leão, mas muito freqüentemente é sutil como a serpente (...). Apenas o poder de Deus pode defender-nos e livrar-nos da força, da maldade e da astúcia do diabo”. (STOTT, John R. W. A mensagem de Efésios. 2 ed. São Paulo: ABU, 2007, pp. 201-203).

Destruímos todo o raciocínio... (II Co 10:5a). “A palavra grega logismos significa raciocínio, reflexão, pensamento. A batalha é travada no campo das idéias. Essa guerra não é travada contra pessoas em si, mas contra pa-drões de pensamentos, filosofias, teorias, visões e táticas. O diabo cega o entendimento dos incrédulos (4.4). Ele distorce a verdade, dissemina o erro e espalha a mentira. As nossas armas desmantelam estes sofismas, desnudam estes artifícios e aniquilam esses raciocínios falazes”. (LOPES, Hernandes Dias. 2 Coríntios: o triunfo de um homem de Deus diante das dificuldades. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 227).

...permanecei firmes... (Ef 6:14). “Esta quádrupla ênfase dada à neces-sidade de ‘ficar firme’ ou ‘resistir’ demonstra que o apóstolo se preocupa com a estabilidade cristã. Cristãos instáveis que não têm os pés firmes em Cristo são uma presa fácil do diabo (...). Para tal estabilidade, tanto de caráter como na crise, a armadura de Deus é essencial. A expressão toda armadura de Deus traduz a palavra grega panoplia, que é ‘a armadura completa de um soldado pesadamente armado’ (AG) embora ‘os aspecto divino, mas do que caráter completo do equipamento, é que é enfatiza-do’. A lição é que este equipamento é feito e fornecido por Deus”. (STOTT, John R. W. A mensagem de Efésios. 2 ed., São Paulo: ABU, 2007, p. 211).

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16 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 17

Ordens são ordens. “As ordenanças da igreja local são ritos externos ou observâncias simbólicas ordenados por Jesus que estabelecem verdades cristãs essenciais. O termo ‘ordenança’ vem do latim ordo, que significa ‘fila’ ou ‘ordem’, ou, por extensão, ‘algo imposto e tornado obrigatório pela autoridade apropriada’ (...). Na sua ultima Páscoa, Jesus instituiu a orde-nança de comer o pão e tomar o suco da videira em memória de sua mor-te expiatória.” (DUFFIELD, P. & CLEAVE, Nathaniel M. Van. Fundamentos da Teologia Pentecostal. Vol 2. São Paulo: Quadrangular, 1991, p. 244 e 246).

Ele lavou os pés dos discípulos. “Lavar os pés era uma tarefa delegada tipicamente ao mais baixo escravo. Normalmente, num ce-náculo alugado como esse, um criado estaria à disposição para lavar os pés dos convidados quando eles entravam... (cf. Lc 7:44). Lavar os pés era necessário por causa do pó, da lama e outras sujeiras encontradas por um pedestre nas estradas sem pavimento dentro e ao redor de Jerusalém. Mas evidentemente não havia nenhum servo para executar a tarefa quando Jesus e os discípulos chegaram ao ce-náculo; então, em vez de se apresentarem para executar uma tarefa tão humilhante um para outro, os discípulos tinham simplesmente deixado os seus pés sem lavar.” (MACARTHUR, John. A morte de Jesus. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 41).

A humildade do Mestre. “Jesus lhes ensinou uma lição inesquecível sobre a humildade (...). O Pai depositou todas as coisas nas mãos do Filho e, no entanto, Jesus pegou uma toalha e uma bacia! Sua humil-dade não vinha de sua pobreza, mas sim de sua riqueza. Era rico e, no entanto, se fez pobre (II Co 8:9). De acordo com um provérbio malaio: “Quanto mais repleto de grãos é o cacho de arroz, mais ele se curva.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: Novo Testamento - vol. I. Santo André, SP: Geográfica, 2008, p. 444).

21 NOV 2009

Ordens são ordens8

A centralidade da Ceia do Senhor. “A Ceia do Senhor está centrali-zada na morte expiatória de Cristo e no Seu sacrifício vicário. A cruz de Cristo e não o egoísmo humano está no centro dessa celebração. O san-gue de Cristo é o selo da nova aliança. Por meio dele Deus perdoa e nos salva da ira vindoura (...). Não podemos assentar à mesa sem olhar para o sacrifício de Cristo.” (LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 214).

O que se espera dos participantes? “... têm que ser pecadores arre-pendidos, prontos a admitir que, por si mesmo, estão perdidos. Devem ter uma fé viva em Jesus Cristo, de modo que, para a sua redenção, con-fiam no sangue expiatório do Salvador. Além disso, devem ter correta compreensão da Ceia do Senhor, devem fazer correta avaliação dela, devem discernir entre ela e as refeições comuns, e devem fixar o fato de que o pão e vinho são lembrança do corpo e do sangue de Cristo. E, finalmente, devem ter um santo desejo de crescimento espiritual e de cada vez maior conformidade com a imagem de Cristo.” (BERKHOF, Louis. Teologia sistemática. 3 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 605).

Bebendo e comendo indignamente. “Há necessidade de uma ex-plicação sobre a advertência contra ‘comer... ou beber... indignamente’ (I Co 11:27-29). Muitos crentes por não entenderem bem essas adver-tências, abstiveram-se desnecessariamente da ceia do Senhor. Deve ser notado que ‘indignamente’ é um advérbio que modifica os verbos ‘comer’ e ‘beber’, e está ligado à maneira de participar e não à indig-nidade das pessoas. A advertência referia-se à atitude ávida e descon-trolada dos coríntios, descritas em I Coríntios 11:20-22.” (DUFFIELD, P. & CLEAVE, Nathaniel M. Van. Fundamentos da Teologia Pentecostal. Vol 2. São Paulo: Quadrangular, 1991, p. 248).

Ceia e vinda do Senhor. “Quando participa da Ceia, você não olha so-mente para trás, mas também para frente. Paulo diz: Porque, todas as ve-zes que comeres este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha (I Co 11:26. A ceia nos aponta para a segunda vinda de Cristo (...). Há um clima de expectativa em toda celebração da Ceia do Se-nhor (...). ‘A Ceia do Senhor é o elo entre Suas duas vindas, o monumento de uma, a garantia de outra’.” (LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 215).

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18 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 19

Irmãos, vós mesmos sabeis... (I Ts 2:1). “... os cristãos tessaloni-censes conheciam bem Paulo e seu ministério. Ele não era uma celebri-dade remota; nem um executivo indiferente, num terno listrado, que só se comunicava por meio de memorandos entre os departamentos. Pelo contrário, andava entre eles ao lado deles. É bem provável que comesse em sua casa aos domingos e que fizesse amizade com as famílias dessas pessoas. Ele as conhecia intimamente e permitia que se aproximassem dele”. (SWINDOLL, Charles R. Paulo: Um homem de coragem e graça. São Paulo: Mundo Cristão, 2003, p. 254).

...apesar dos sofrimentos... (I Ts 2:2). “Paulo e Silas tinham sido es-pancados e ultrajados em Filipos e mesmo assim foram para Tessalônica e pregaram o evangelho. Muitos poderiam tirar férias ou dar um tempo no ministério depois de tão grande perseguição, mas Paulo se dispôs a pregar a palavra de Deus ousadamente em Tessalônica (...). Havia quem dizia em Tessalônica que Paulo tinha ficha policial e que não era mais que um delin-qüente que estava fugindo da justiça (...). Porém, (...), as acusações mentiro-sas dos inimigos não puderam destruir a reputação do apóstolo”. (LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 49-50).

...o evangelho nos fosse confiado (I Ts 2:4). “Eles eram mordomos, a quem o evangelho foi confiado: e exige-se que um mordomo seja fiel. O evangelho que Paulo pregava não era dele, mas o evangelho de Deus. Observe: Os ministros têm um grande benefício mostrado a eles, e uma honra colocada sobre eles, e uma confiança depositada neles. Eles não devem ousar corromper a Palavra de Deus: eles devem diligentemente fazer uso daquilo que foi confiado a eles, de acordo com a permissão e ordem de Deus, sabendo que serão chamados para prestar contas, quan-do não forem mais mordomos”. (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento, Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 654).

28 NOV 2009

9 O pastoraprovado

...Deus, que testa o nosso coração (I Ts 2:4b). “Aqui o verbo (gr. dokimazõ, é usado primariamente no sentido de ‘examinar’ ou ‘testar’) e a referência ao coração (...) indica que Deus não se preocupa com a im-pressão externa feita pelos homens mas, acima de tudo, com os motivos interiores que ditam a sua conduta. O verbo aqui está no aspecto contí-nuo (um particípio presente) que sugere que o escrutínio de Deus não é, por assim dizer, um vestibular único, de uma vez para sempre, para Seus servos; e, sim, um processo continuamente operativo daquilo que hoje em dia poderia ser chamado de ‘controle de qualidade’”. (MARSHALL, I. Howard. I e II Tessalonicenses: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1988, p. 88).

...vos tornastes muito amados (I Ts 2:8). “Tão profunda era a preocu-pação com aqueles irmãos que preferiu repartir com eles a receber deles. Sua pregação do evangelho de Deus não era fria e nem mecânica; era um derramamento do própria alma, Ele os amava, e o amor não olha para o custo. Tal qual seu Mestre, ele não veio para ser servido, mas para servir e sacrificar a própria vida (Mc 10:45)” (MACDONALD, William. Comentário Bí-blico Popular – Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 716).

...trabalhamos dia e noite para não ser um peso (I Ts 2:9). “Apesar de a igreja de Filipos enviar dinheiro para ajudá-lo em Tessalônica duas vezes (Fp 4.15,16), embora, fosse direito seu exigir sustento da igreja (2.7), Paulo deci-diu trabalhar para se sustentar (2Ts 3.6-12). (...) Ninguém podia acusá-lo res-ponsavelmente de ganância financeira (...). Mesmo tendo o direito legítimo de exigir sustento, não dependia dele para fazer a obra de Deus. Paulo não estava no ministério por causa do salário. Sua motivação nunca foi dinheiro, mas a glória de Deus, a salvação dos perdidos e a edificação da igreja” (LO-PES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 57).

Vós e Deus sois testemunhas de como nos portamos... (I Ts 2:10). “Os crentes podiam dar testemunho do comportamento exemplar de Paulo, as-sim como Deus (...). Ele era reto em seu caráter e em sua conduta irrepreensí-vel perante Deus e os homens. Sendo o melhor sermão uma vida santa, então Paulo era um notável pregador. Ele não era como certo pregador, cuja eloqü-ência era melhor que o seu comportamento: ‘ Quando estava no púlpito, os ouvintes queriam que nunca mais o deixasse. Quando estava fora do púlpito, queriam que nunca mais o ocupasse!’” (MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 717).

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20 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 21

5 DEZ 2009

10 Submissãoé preciso

E rogamo-vos ... (I Ts 5:12a). “Em suas notas finais [de I Tessalo-nicenses], Paulo fez caber apertadamente um mundo de idéias. Apa-rentemente, as pessoas que estavam sendo perturbadas a respeito da segunda vinda também eram insubordinadas e/ou fracas, dadas ao mal, talvez para escapar à perseguição. É triste quando os inimi-gos externos conseguem quebrar a unidade dentro da igreja”. (ALLEN, Clifton J. (Editor Geral). Comentário Bíblico Broadman: Novo Testamen-to. Rio de Janeiro: Juerp, 1985, volume II, p. 342-3).

... irmãos ... (I Ts 5:12b). “Paulo gosta de se dirigir aos cristãos como irmãos. Emprega esse forma de tratamento pelos menos 60 vezes nesta carta [I Tessalonicenses] e se refere aos seus leitores desse modo 72 vezes nas duas epistolas aos Tessalonicenses. Paulo considera a congregação local uma família. Cada membro nasceu de novo pelo Espírito de Deus e possui a natureza de Deus (1 Pe 1:22-25); 2 Pe 1:3, 4). Todos fazem parte da família de Deus.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Santo André: Geográfica, volume 6, 2007, p. 242).

... que reconheçais ... (I Ts 5:12c). “Existe um dever mútuo entre os ministros e o povo. Se os ministros devem trabalhar no meio do povo, então: (1) O povo deve conhecê-los. Como o pastor deve co-nhecer o seu rebanho, assim as ovelhas devem conhecer o seu pas-tor: Elas devem conhecer a sua pessoa, ouvir sua voz, reconhecê-lo como seu pastor e dar o devido valor ao seu ensino, governo e ad-moestações. (2) Eles devem estimar grandemente os seus ministros em amor; deveriam valorizar o ofício do ministério, honrar e amar as pessoas ou seus ministros e mostrar sua estima e afeto de todas as maneiras apropriadas; e isso por causa do trabalho deles”. (SOUZA, Ronaldo Rodrigues (Editor Geral). Matthew Henry Comentário Bíblico: Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 666).

... os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor ... (I Ts 5:12d). “O líder espiritual exerce a função de um pai espiritual na igreja. Sua liderança não é auto-imposta, mas delegada por Deus. Ele exerce essa presidência não com truculência, mas no Senhor. Sua liderança é espiritual. Como irmãos, os líderes estão ‘entre vós’; e como líderes, eles estão ‘sobre vós no Senhor’, ou seja, ‘vos presidem no Senhor’. Estar ‘entre’ e ‘sobre’ ao mesmo tempo não é fácil. A autoridade do líder precisa ser firme e ao mesmo tempo com doçura.” (LOPES, Hernandes Dias. I e 2 Tessalonicenses: como se preparar para a segunda vinda de Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 139).

... e que presidem sobre vós no Senhor... (I Ts 5:12e) “Toda e qualquer autoridade espiritual deve ser respeitada, na suposição correta que foram eles levantados pelo Espírito de Deus, o qual destaca alguns dentre os crentes para que sejam ministros de sua Palavra. (...) Se porventura nos sentirmos insatisfei-tos e infelizes com certas coisas que eles fazem, então deveríamos admoestá-los como irmãos, e não fazer campanhas traiçoeiras contra eles, a fim de lhes causarmos dificuldades.” (CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento in-terpretado versículo por versículo. São Paulo: Milenium, 1979, vol. 5, p. 215).

... e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra (I Ts 5:13a). “Na igreja do Novo Testamento, honra não é dada às pessoas por cau-sa de quaisquer qualidades que porventura possuem devido ao nascimento ou à posição social, nem aos dons naturais, mas somente com base na tarefa espiritual para a qual são chamadas. (...) É difícil separa respeito pela men-sagem do respeito pelo mensageiro. (...) Paulo acrescenta que esse respeito deve ser demonstrado com amor. Não advém do medo, de uma submissão involuntária ao poder do seu cargo, mas do amor e da gratidão pelo serviço no evangelho.” (MARSHALL, I. Howard. I e II Tessalonicenses: introdução e co-mentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1984, p. 178).

Tende paz entre vós. (I Ts 5:13b) “O problema número um entre os crentes de toda parte é o relacionamento de uns com os outros. Existe em todos os crentes carne bastante para dividir e destruir qualquer igre-ja local. Somente quando estamos sob o poder do Espírito Santo é que podemos produzir o amor, o quebrantamento, a paciência, a bondade, a ternura e o perdão, que são indispensáveis para termos paz. A ameaça à paz sobre a qual Paulo está falando é a formação de grupos que seguem líderes humanos.” (MACDONALD, William. Comentário bíblico popular: Novo testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 730).

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22 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 23

Eles estavam juntos. “[Os cristãos primitivos] não compareciam aos cultos como uma sacola de bolinhas de gude que faziam muito barulho quando batiam umas contra as outras, e depois saíam dali em fila indiana. Não, eles vinham com um cacho de uvas maduras. À medida que as perseguições os comprimiam uns contra os outros, eles sangravam uns nos outros. Suas vidas se entremeavam natural-mente. (...). Os momentos em que nos reunimos se tornam muitos mais preciosos quando nossas vidas se entrelaçam umas com as ou-tras, aproximando-nos cada vez mais, cada qual sentindo as ten-sões e lutas dos outros, interessando-nos profundamente uns pelos outros”. (SWINDOLL, Charles. A noiva de Cristo: renovando a paixão pela igreja. São Paulo: Vida, 2006, p. 61).

A interdependências dos membros. “Os membros são responsáveis uns pelos outros, no corpo. A atitude do tipo o-que-eu-fizer-é-assunto-meu-e-não-de-vocês enfraquece o corpo de Cristo. Embora o Senhor conduza cada indivíduo pessoalmente, o que eu faço é assunto que in-teressa a você. E o que você faz é assunto meu. Somos partes de um mesmo corpo. O que eu faço afeta você. O que você faz me atinge. (...) Os membros do corpo são responsáveis uns pelos outros. Todos são inter-dependentes. Eu preciso de você. Você precisa de mim. Nós nos amamos um ao outro. Temos que nos dar apoio mútuo.” (ROBINSON, Darrel W. Vida Total da Igreja – Uma estratégia para o século 21 inspirada no mode-lo de igreja do primeiro século. Rio de Janeiro: JUERP, 2001, p. 68).

A vida cristã é relacional. “Ninguém pode dizer que se relaciona com Deus se não tem amigos, anda errante e solitário sem que ninguém o compreenda, sem compreender seus semelhantes. Amizade é o grande tema das Escrituras. Podemos dizer que o Deus da Bíblia é a eterna ami-zade entre o Pai, O Filho e o Espírito Santo, desejoso de nos tornar seus amigos para que vivamos como amigos entre nós. Esse é o grande man-damento, sob o qual se sujeita toda revelação de Deus: ama a Deus, a si e a seu semelhante. Em outras palavras, devemos estabelecer relaciona-

12 DEZ 2009

11 Uns aos outrosmentos de amizade e intimidade com Deus, conosco e com o próximo”. (LUDOVICO, Osmar. Meditário. São Paulo: Mundo Cristão, 2007, p. 81).

Mutualidade entre os cristãos. “O N.T. fala de maneira bem clara sobre o que significa a mutualidade entre os cristãos. Ali se encontra uma série de mandamentos, tanto diretos, quanto indiretos, que especificam como devem ser as relações entre cristãos; o que eles devem fazer uns com os outros; e aquilo que não devem fazer uns para os outros. Esses se chamam manda-mentos recíprocos. O estilo de vida que chamamos de mutualidade baseia-se, portanto, na obediência aos mandamentos recíprocos do N.T.” (SOLON-CA, Paulo. O cordão de três dobras: uma postura de vida baseada nas bênçãos do relacionamento interpessoal. 2 ed. São Paulo: Abba Press, 2005, p. 128).

Viver em aliança. “Concordamos em ajudar e encorajar uns aos outros, quando necessitamos ser lembrados da obra de Deus em nossa vida ou quando precisamos ser exortados a respeito das grandes discrepâncias entre o nosso falar e o nosso viver. (...) Precisamos, individualmente, viver em aliança com outros para seguirmos a Cristo. A vida cristã não se resu-me em você e naqueles aos quais você procura alcançar com o evangelho. Deus também tenciona que você seja parte comprometida em ajudar a fazer discípulos do rebanho que Ele já salvou” (DEVER, Mark. Nove marcas de uma igreja saudável. São José dos Campos (SP): Fiel, 2007, p. 166).

Felicidade e relacionamento. “Recentemente, um grupo pioneiro de pesquisadores estudou a velha questão de identificar o que torna as pessoas felizes. A resposta não é o que você poderia estar imaginando. O que apa-rece no topo da lista não é sucesso, riqueza, conquistas, beleza e nenhuma daquelas coisas invejáveis que todo mundo gostaria de ter. O grande vence-dor foram os relacionamentos, os relacionamentos íntimos (...). Precisamos de amizade, afeto, amor. Não é uma questão de opção de vida nem de sen-timentalismo. Faz parte do kit de sobrevivência de nossa espécie. Precisamos de alguém.” (PARROTT, Les e Leslie. Relacionamentos: orientações práticas para enriquecer todo tipo de relacionamento. São Paulo: Vida, 1999, p. 9).

Precisamos da comunhão. “Não há conhecimento verdadeiro fora dos relacionamentos. Penso que a dificuldade que muitos encontram para vi-ver em comunhão é porque ela revela nossas feridas, medos, pecados, ansiedades e toda sorte de ambigüidades. É na comunhão com Deus, família e igreja que entro em contato com a realidade de quem sou (...). Se as pessoas rejeitam a comunhão por achá-la chata, enfadonha, complica-da, é porque ainda resistem ao amor, à entrega e ao encontro real consigo mesmas.” (BARBOSA, Ricardo. 2 ed. Janelas para a vida: resgatando a espi-ritualidade do cotidiano. Curitiba: Encontro, 2008, p. 20-21).

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24 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 25

Surpreendido nalguma ofensa (Gl 6:1b). “Digamos que aqui está uma pessoa que, sem haver planejado deliberadamente efetua uma má ação ou ser desonesto, ‘é surpreendida numa transgressão’. Tal pessoa foi ‘surpreendida’. Então suscita a seguinte pergunta: ‘Como tal caso deve ser tratado?’ A respos-ta é que os membros da igreja de maior consistência em seguir os impulsos do Espírito (5.16, 18, 25) devem (...) restaurara aquele que cometeu a transgressão. O verbo restaurar significa corrigir, ou seja, conduzir algo ou alguém a sua po-sição anterior de integridade ou pureza.” (HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Gálatas. São Paulo: Cultura Cristão, 2009, pp. 276-277).

O que devemos fazer. “O que devemos fazer quando um membro da igreja em que nos congregamos for surpreendido em pecado? Dar as costas para ele? Espancá-lo com palavras até morrer? Excluí-lo da comu-nidade? Portar-nos como se nada estivesse acontecendo? Tratá-lo com aquela graça barata que não cobra convicção do pecado, tristeza pelo pecado, arrependimento do pecado e volta às primeiras obras? Alisar a cabeça desse querido (ou não tão querido) irmão que foi vencido pelo pecado? Dar-lhe boas-vindas ao rol dos crentes caídos e que jamais se levantam?” (In: QUANDO um irmão é surpreendido em pecado. Revista Ultimato. Viçosa (MG): Ultimato, edição 306, maio-junho de 2007, p. 8).

O sábio conselho de Paulo. “Precisamos aprender a lidar com o pro-blema de maneira acertada e bem-sucedida. Para tanto, basta pôr em prá-tica o sábio conselho de Paulo: ‘Queridos irmãos, se um cristão for vencido por algum pecado, vocês que são de Deus devem ajudá-lo, com mansidão, lembrando-se de que da próxima vez poderá ser um de vocês a cair no erro’ (Gl 6.1, BV). Os dois componentes dessa exortação, não aos caídos, mas aos que estão (ou pensam estar) em pé são a mansidão e a humilda-de. A mansidão diz respeito ao trato com a pessoa que caiu. A humildade diz respeito ao cuidado que a pessoa que não caiu deve ter consigo mes-ma. Nem a mansidão nem a humildade devem ser subestimadas” (idem).

19 DEZ 2009

Ajudem os caídos12Mansidão e humildade. “Mansidão não significa passar a mão na

cabeça do pecador, mas aproximar-se dele com brandura, misericór-dia, simpatia (...), amor, acolhimento, com o objetivo de trazer o cul-pado de volta ao bom caminho. Deve-se ter em mente a misericórdia dispensada por Deus a nós próprios. O modo como Jesus tratou a mulher samaritana (Jo 4.1-26), a mulher adúltera (Jo 8.1-11) e a mu-lher pecadora (Lc 7.36-50) é o melhor modelo à nossa disposição. Humildade não significa pedir desculpas pelo recado que nos cabe dar, mas dar o recado com temor e tremor, sem complexo de superio-ridade, tendo certeza de que o desvio do meu irmão poderá ser mais tarde o meu próprio desvio” (idem).

A fragilidade da carne. “Porque a propensão pecaminosa, a fragili-dade da carne, o gigantismo do eu e as tentações são problemas tanto para o meu irmão que recuou como para mim mesmo, que ainda não recuei — a humildade é indispensável. Se ela não for lembrada nem pra-ticada, certamente o próximo escândalo será de minha autoria. Não só por causa de minha soberba, mas também como juízo da parte de Deus, que não suporta a arrogância (1 Pe 5.5). Todas as vezes que reunirmos mansidão e humildade para restaurar o querido irmão surpreendido em pecado, nossa delicada missão terá grande chance de ser bem-sucedida. O pecado dele é corrigido e eu não caio em pecado!”. (Idem).

Corrigi-o (Gl 6:1). “Observe como a orientação de Paulo é positiva. Se apanharmos alguém fazendo alguma coisa errada, não devemos perma-necer inertes, sobre o pretexto de que não é da nossa conta e não quere-mos nos envolver. Nem devemos desprezá-lo ou condená-lo em nossos corações e, se ele sofrer as conseqüências, não devemos dizer ‘bem feito’ ou ‘colheu o que plantou’. Nem devemos (...) fazer fofocas com os nossos amigos da congregação. Não: devemos ‘corrigi-lo’; temos a obrigação de trazê-lo ao bom caminho.” (STTOT, John R. W. A mensagem de Gálatas: somente um caminho. São Paulo: ABU, 2007, p. 147).

Desonra a Cristo. “... quando um membro da igreja permanece em pecado de maneira indubitavelmente óbvia para os outros, em particular para os descrentes, isso traz, sem dúvida, desonra a Cristo. É semelhante à situação dos judeus que desobedeciam a lei de Deus e levavam des-crentes a ridicularizar e a blasfemar o nome de Deus (Rm 2:24: ‘o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa’).” (GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999, pp. 752-753).

Page 14: A I˜˚˛˝˙ ˆ˛ C˚ˇ˘ - portaliap.orgportaliap.org/wp-content/uploads/2015/11/licoesbiblicas-out-dez... · continuação do modelo estabelecido por Deus no Antigo Testamento,

26 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 27

O final feliz e o quádruplo aleluia. “Um dia ouviremos (...) quatro ‘aleluias’ (vv. 1,3,4,6). Seus ecos chegarão aos limites do universo. Eles não serão inspirados por vingança nem por sentimento de represália, mas serão exultantes pela convicção de que Deus demonstrou e provou que o bem pode vencer o erro; a verdade vence a falsidade; e o amor, o ódio (...). Contemporâneas com a queda de Babilônia serão as bodas do Cordeiro. Antes de ele assumir, com seus santos, a tarefa de governar o mundo, a união de supremo amor se consumirá, e a ceia das bodas esta-rá cheia de convidados.” (MEYER, F. B. Comentário Bíblico: Antigo e Novo Testamento. Belo Horizonte: Betânia, 2002, p. 313).

As bodas do Cordeiro (Ap 19:1-10). “A fim de se entender o signi-ficado dessa passagem sublime, é preciso rever, brevemente, os costu-mes dos hebreus quanto ao casamento (...). Primeiro há o contrato de casamento, considerado um compromisso mais sério do que o nosso noivado (...). A partir desse dia o noivo e a noiva são, legalmente, mari-do e mulher (II Co 11:2). Depois, há o intervalo entre o contrato e a festa de casamento. Então há a procissão quase ao fim do intervalo. A noiva se prepara e se adorna.” (HENDRIKSEN, William. Mais que vencedores. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 239).

A procissão e a festa do casamento. “O noivo, vestido em suas me-lhores roupas e acompanhado dos seus amigos, que cantam e portam tochas, se encaminhava para o local da cerimônia de contrato. Ali ele re-cebe a noiva e a conduz, ainda em procissão, à sua própria casa ou à casa dos seus pais (Mt 9:15; cf. também Mt 25:1). Quando o noivo chegava a esse ponto, a festa às vezes se estendia até a casa da noiva. Finalmente, há a festa do casamento, que inclui o jantar. Geralmente, as festas dura-vam, em média sete dias.” (HENDRIKSEN, William. Mais que vencedores. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 239).

26 DEZ 2009

Final feliz13O noivo e a noiva. “O noivo é descrito como Cordeiro (Ap 19:7).

Ele quer ser lembrado pelo Seu sacrifício pelo pecado. Como noivo da igreja, Jesus quer se amado e lembrado como aquele que deu a vida por Sua amada, a igreja. As bodas falam da consumação gloriosa do relacionamento de Cristo com a Sua igreja. O casamento de Cristo com Sua igreja será um casamento perfeito, sem crise, sem divórcio. A palavra ‘esposa’ é a tradução correta (gene), e não ‘noiva’ (numphe).” (LOPES, Hernandes Dias. Apocalipse: O Futuro chegou, as coisa que em breve devem acontecer. São Paulo: Hagnos, 2005, p. 336).

O futuro certo da igreja. “Na batalha final, o Rei dos Reis, seguido pelos exércitos do céu, vencerá e Cristo estabelecerá seu Reino eterno. O povo de Deus será unido a seu Redentor (II Co 11:2; Ef 5:27; Ap 19:7) e reinará com ele ( I Co 6:2; Ap 1:6; 3:21; 20:4,6; 22:5; II Tm 2:11-13). A Noiva, a Nova Jerusalém, será a moradia de Deus para sempre. Este é futuro glorioso da igreja.” (MULHOLLAND, Dewey M. Teologia da Igreja. São Paulo: Shedd Publicações, 2004, p. 234).

Convicção cristã de um final feliz. “... todos os cristãos que têm a Bíblia por autoridade final concordam que a conseqüência defini-tiva e última da volta de Cristo será o julgamento dos incrédulos e a recompensa final dos que crêem e que os que crêem viverão com Cristo, por toda a eternidade, num novo céu e numa nova terra. Deus Pai, Filho e Espírito Santo reinará e será cultuado num reino eterno em que não haverá pecado, dor ou sofrimento.” (GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 934).

Este encontro será glorioso. “A vinda de Cristo será um dia de tre-vas para os inimigos do Cordeiro e um dia de glória para a igreja. A Babilônia, o falso profeta, o anti-cristo, o dragão, a morte e aqueles que não tiveram seus nomes inscritos no livro da vida serão lançados no lago de fogo. Porém, os remidos, com corpos luminosos como o sol em seu fulgor, subirão para reinarem com Cristo por toda eternidade. Entrarão, enfim, naquele lar onde não haverá mais dor, nem lágrimas, nem luto (...). O apóstolo Paulo diz que essa esperança bendita nos ajuda a enfrentar os sofrimentos do tempo presente (Rm 8:18).” (LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses: Como se preparar para a segunda vinda de Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008, p. 115).