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A importância da Gestão Responsável de Produtos

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Em Agosto a BioGene lança uma publicação para o mercado sobre a importância da gestão responsável de produtos (stewardship). Trata-se de um folheto que, além de apresentar o comprometimento e preocupação da BioGene com todo o ciclo do produto, desde pesquisa até a retirada do produto do mercado, apresenta também uma série de boas práticas de manejo de resistência de insetos e manejo de resistência de plantas daninhas. O objetivo desta publicação é conscientizar os agricultores e canais de vendas sobre a importância do comprometimento de todos para prolongar pelo máximo de tempo possível os benefícios oferecidos pelas tecnologias existentes que conferem resistência a insetos (tecnologias Bt) assim como realizar o manejo de plantas daninhas com o objetivo de evitar o desenvolvimento de espécies resistentes. “A adoção das melhores práticas no manejo da biotecnologia é responsabilidade de todos que fazem parte da cadeia produtiva. Os esforços da indústria somados ao comprometiment

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A cada lançamento de produto ou tecnologia rea-lizado pela BioGene®, a empresa pensa a longo prazo. Todos os produtos são cuidadosamente testados antes do lançamento para assegurar que o produtor tenha acesso a uma semente de qualidade, posicionada para a região e com seus benefícios bem determinados. Características conferidas através do melhoramento convencional, como por exemplo, potencial produtivo, tolerância a doenças, ou precocidade, são comple-mentadas por características introduzidas através da biotecnologia, como a tolerância a herbicidas ou a in-setos. São anos de pesquisa e altos investimentos para oferecer ao produtor opções para o plantio sempre buscando o aumento da rentabilidade da lavoura.

A BioGene busca a gestão responsável destes produtos em cada passo do caminho. Desde a pes-quisa inicial, até a retirada do produto do mercado, o objetivo é manter a longevidade do produto, para que este continue entregando as características e benefí-cios com os quais foi lançado no mercado.

Para isso, a BioGene conta com toda a sua rede de funcionários, representantes comerciais autoriza-dos, canais parceiros, e com você, produtor. É muito importante que o manejo das novas tecnologias seja

compreendido por todos os integrantes da cadeia de produção, assim como o respeito à legislação e regula-mentação do país, visando obter os melhores resulta-dos nas lavouras e permitir o investimento em inovação tão necessário para o aumento da produtividade.

A BioGene, assim como outras marcas de empre-sas da indústria de sementes, é membro participante de uma entidade denominada Excelence Through Stewardship® – ETS (Excelência através da Gestão Res-ponsável; http://excellencethroughstewardship.org/), que promove a adoção universal de programas de gestão responsável e sistemas de qualidade no ciclo completo de produtos vegetais. Esta entidade possui regras básicas que devem ser seguidas pelas empresas participantes, e que determinam os padrões mínimos de gestão responsável de um produto em nosso mer-cado.

Adquirindo um produto marca BioGene, ao abrir sua embalagem, o produtor compromete-se a cumprir com essas determinações, que se encontram especifi-cadas no Guia de Uso do Produto (disponível no site www.biogene.com.br e entregue juntamente com a nota fiscal do produto), na etiqueta que acompanha o produto, e no verso da embalagem.

- Seguir as recomendações descritas na etiqueta e embalagem do produto, e obedecer à legisla-ção vigente no país;- Implementar práticas de Manejo de Resistência de Insetos e de Manejo de Resistência de Plantas Daninhas, antes e depois do plantio, ao adquirir produtos que contenham tecnologias específicas

para esse fim;- Não enviar sementes ou grãos a países em que este produto ou tecnologia não seja permitido, inclusive através de terceiros (traders);- Cumprir com os requerimentos da Norma de Coexistência, respeitando assim o direito do pro-dutor vizinho.

Introdução

Comprometimento com a Gestão Responsável de Produtos

É necessário o comprometimento de todos para a manutenção da eficácia das tecnologias pelo maior tempo possível, e para evitar qualquer perturbação no mercado nacional e internacional. Assim, é dever de cada produ-tor que planta sementes marca BioGene:

ExpedienteAutor: Brescia Terra - Strategic Agreements & Compliance Manager da DuPont PioneerCoordenação: Joseane Becker e Camila Barreto

Não é de responsabilidade do autor nenhum dano, direto ou indireto, relacionado ou proveniente de qualquer ação tomada como resultado de qualquer informação ou conselho contido neste material.Todas as consequências advindas de qualquer ação tomada com base nesse material são, única e exclusivamente, de responsabilidade do leitor.

Ago/2015

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Manejo de Resistência de Insetos e Manejo de Resistência de Plantas Daninhas

O plantio da área de refúgio é parte das recomenda-ções de utilização de produtos geneticamente modifica-dos resistentes a insetos. O refúgio consiste em uma área plantada com híbridos que não contenham proteínas Bt. O objetivo da área de refúgio é possibilitar que possíveis insetos resistentes à proteína cruzem com insetos sus-cetíveis, aumentando assim o número de descendentes suscetíveis e a durabilidade da tecnologia.

Existem alguns pontos que devem ser considerados no plantio da área de refúgio:

- A área de refúgio deve ser de no mínimo 10% do tamanho da área total plantada;

- A área de refúgio deve estar a no máximo 800 m de distância da área plantada com híbridos com a tecnologia Bt. Para uma maior efetividade como ferramenta de MRI, recomenda-se a implantação em faixas, ou dentro do mesmo bloco (veja imagem abaixo);

- O plantio deve ser feito no mesmo momento, e com híbridos de ciclo semelhante aos híbridos Bt utilizados;

- Inseticidas químicos ou biológicos podem ser uti-lizados na área de refúgio, desde que estes não sejam à base de Bacillus thuringiensis;

- A aplicação de inseticidas químicos no refúgio deve visar a manutenção da população de insetos sus-cetíveis, respeitando assim a recomendação de nível de dano para a aplicação recomendada (quando 20% das plantas atingirem o nível de dano 3 de acordo com a Escala Davis);

- A aplicação de inseticidas químicos no refúgio de-ve-se restringir a um máximo de duas aplicações até o estágio V6;

- Híbridos com tolerância a herbicidas que não con-tenham a tecnologia Bt podem ser utilizados no plantio das áreas de refúgio.

1) Plantio de Refúgio Estruturado Efetivo

BlocoPlante uma área de refúgio na forma de um bloco de milho convencional adjacente à área Bt

PerímetroPlante uma área de refúgio na forma do perímetro ou 4 a 6 linhas do campo de milho Bt

Em conjunto comoutra lavouraPlante uma área de refúgio de milho convencional até 800m da área de milho Bt

FaixaPlante uma área de refúgio de 4 a 6 linhas de milho convencional dentro da área de milho Bt

Pivô CentralPlante o refúgio na proporção recomendada pela empresa produtora da semente dentro da área irrigada

Fonte AbrAsemOutra Cultura

Exemplos de áreas de refúgio estruturado efetivo

Refúgio Milho Bt

2) Rotação de CulturasA rotação de culturas pode auxiliar na quebra do

ciclo das pragas existentes na lavoura, reduzindo assim a população das mesmas para o próximo cultivo. Algumas pragas como, por exemplo, a Spodoptera frugiperda, pos-suem várias culturas e espécies de plantas daninhas como hospedeiras, o que faz com que a efetividade da rotação de culturas para o seu controle seja reduzida. Assim, é im-portante que todas as práticas de manejo de resistência de insetos sejam aplicadas concomitantemente.

4) Utilização de Inseticidas no Pré-Plantio

Recomenda-se o monitoramento para determinar a necessidade de se realizar uma aplicação de inseticida em préplantio. Geralmente as pragas já existentes na palhada estão em estágios de desenvolvimento mais avançado, sen-do de difícil controle, ou não controladas pela biotecnologia.

3) Dessecação AntecipadaA dessecação da tiguera da cultura anterior ou das

plantas daninhas existentes em área de pousio possibilita o plantio “no limpo” além de contribuir para eliminar as potenciais plantas hospedeiras para as pragas que po-dem atacar as culturas do milho e da soja reduzindo a infestação inicial.

5) Utilização de Produtos Geneticamente Modificados para o Controle de Insetos e Plantas Daninhas

A utilização da biotecnologia para o controle de inse-tos e plantas daninhas é mais uma ferramenta disponível ao agricultor. Contudo, não deve ser considerada como a única medida de controle, e sim como parte da estratégia de controle da propriedade.

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Obedecer a Norma de Coexistência (Resolução Normativa N. 4, 16 de Agosto de 2007 da CTNBIO - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), é obri-gatório para produtores que efetuem plantio de or-ganismos geneticamente modificados. A coexistência consiste no respeito ao direito de escolha do produtor vizinho, evitando o possível cruzamento entre uma la-voura de produtos geneticamente modificados e uma lavoura de produtos convencionais.

A Resolução Normativa n. 4 dispõe:“Art. 2º - Para permitir a coexistência, a dis-

tância entre uma lavoura comercial de milho gene-ticamente modificado e outra de milho não gene-ticamente modificado, localizada em área vizinha, deve ser igual ou superior a 100 (cem) metros ou, alternativamente, 20 (vinte) metros, desde que acrescida de bordadura com, no mínimo, 10 (dez) fileiras de plantas de milho convencional de porte

e ciclo vegetativo similar ao milho geneticamente modificado.”

O sucesso das estratégias de coexistência depen-de da cooperação, comunicação e respeito mútuo dos produtores. Sempre converse antecipadamente com seu vizinho para saber qual a intenção de plantio, e determinar a possível necessidade de práticas especiais de manejo na área.

A Gestão Responsável de Produtos é responsabili-dade de todos. O acesso a novas tecnologias depende de anos de pesquisa, e a manutenção das tecnologias existentes é essencial para que o produtor continue alcançando os resultados desejados.

A BioGene está comprometida com a Gestão Res-ponsável de seus produtos, e constantemente realiza ações de comunicação a seus clientes e parceiros para que estes estejam informados e possam realizar o ma-nejo adequado dos produtos adquiridos.

6) Utilização do Tratamento de SementesO tratamento de sementes auxilia no controle das pragas e doenças iniciais e na manutenção do estande da cultura. A manutenção do vigor das raízes e da parte aérea da planta é importante para que esta consiga absorver luz e nutrientes e manter seu desenvolvimento.

8) Utilização de Defensivos na Dose, Produto e Época recomendada

É importante que o produtor siga as recomenda-ções de bula e somente utilize produtos registrados para a cultura e modalidade de uso. Consulte sempre um engenheiro agrônomo para saber qual o produto mais recomendado para a sua área e busque infor-mações sobre a associação de produtos e período residual dos produtos aplicados. A aplicação dos pro-dutos deve ser feita sempre na dose recomendada, pois a utilização de subdoses pode favorecer o desen-volvimento da resistência tanto de insetos quanto de plantas daninhas.

10) Preserve os Inimigos NaturaisOs inimigos naturais auxiliam no controle das

pragas e fazem parte do sistema de manejo integrado. A utilização de inseticidas seletivos para esses insetos auxilia na manutenção da população dos mesmos.

7) Monitoramento da ÁreaO monitoramento constante da área é importante para qualquer decisão tomada pelo agricultor. A decisão de aplicação de controle químico deve ser baseada no monitoramento e nas recomendações para cada tecnologia utilizada.

9) Pratique a Rotação de Princípios Ativos de Defensivos

A rotação de princípios ativos é fator extrema-mente importante no manejo de resistência de plan-tas daninhas e de insetos. A utilização constante do mesmo produto ativo favorece a seleção de indivíduos resistentes.

11) Controle de plantas daninhas e voluntárias

As sementes de algumas culturas podem per-manecer no solo após a colheita, germinando no ano seguinte, tornando-se plantas daninhas “voluntárias” em um sistema de rotação de culturas. Monitore os campos para detectar escapes de plantas daninhas ou novas germinações. Se uma planta daninha po-tencialmente resistente, ou uma população de plantas daninhas resistentes for detectada, utilize métodos de controle disponíveis para evitar a dispersão das sementes no campo.

Obedecer as Normas, Regulamentações Vigentes e Restrições de Mercado

Coexistência

Os produtos e materiais contendo biotecnologia somente podem ser exportados, utilizados, processa-dos ou vendidos em locais onde todas as aprovações regulatórias necessárias forem concedidas para essas culturas e materiais. É uma violação da legislação na-cional e internacional a movimentação de materiais

contendo biotecnologia para países em que a impor-tação do produto não seja permitida. Antes de efetuar a venda de grãos, o produtor deve assegurar-se de que o comprador esteja ciente de qualquer restrição de exportação para a tecnologia existente nos produtos adquiridos.