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1 Pós-graduanda em Fisioterapia Neurofuncional
2 Fisioterapeuta. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestre em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da
Saúde. Doutoranda em Saúde Pública.
A importância da fisioterapia na prevenção de incapacidades em
pacientes com hanseníase no Brasil
Alexandra de Freitas Costa1
Dayana Mediija2
Pós-graduação em Fisioterapia em Neuro-Funcional – Faculdade Sul-Americana/FASAM
Resumo
Hanseníase é uma doença infectocontagiosa que acomete pele e nervos periféricos, podendo
ocorrer reações hansênicas antes, durante e após o tratamento. O objetivo da pesquisa é
descrever a importância da fisioterapia na prevenção de incapacidades em paciente com
hanseníase no Brasil; a relevância do preenchimento e utilização da ficha de avaliação
neurológica simplificada e o comprometimento do serviço de saúde. A metodologia utilizada
foi através de acessos aos artigos por revistas eletrônicas, livros didáticos, periódicos e
manuais preconizados pelo Ministério da Saúde, datados a partir do ano de 2005 até os dias
atuais. Os resultados demonstraram as condutas de fisioterapia aplicadas e as que podem ser
utilizadas; monitoramento com a ficha de avaliação neurológica contribuindo de forma
estatística e colaborando com o diagnóstico precoce das reações hansênicas e
consequentemente amostras de redução do grau de incapacidades e a influência na qualidade
de vida e melhorias quanto ao acesso a esses serviços na rede pública. Ao final da pesquisa
percebe-se a importância da fisioterapia na prevenção de incapacidades com suas técnicas e
recursos utilizados, observando e analisando com a ficha neurológica simplificada, a
participação da fisioterapia na rede pública e o acesso ao serviço colabora para o controle
da eliminação da hanseníase. Palavras-chave: Hanseníase; Fisioterapia; Prevenção de incapacidades.
1. Introdução
A lepra, como é conhecida mundialmente, mesmo antes de Cristo, teve a sua nomenclatura
diferenciada no Brasil, passando a ser conhecida como Hanseníase. Essa alteração foi feita
para tentar mudar o quadro de estigma que assola a sociedade (SAMPAIO, 2008).
É caracterizada como uma doença infectocontagiosa e altamente incapacitante, vista como um
problema de saúde pública, sempre foi considerada contagiosa, mutilante, incurável, causava
isolamento em leprosários, levando a exclusão do convívio social e como consequentemente
ao estigma da doença (MANUAL, 2013).
É transmitida pelo Mycobacterium leprae que tem predileções por células cutâneas e nervos
periféricos (SAMPAIO, 2008). Foi descoberta no final do século XIX por Armauer Hansen,
pelo método de Ziehl-Neelsen, bacilo diferenciado do Mycobacterium tuberculosis, por
apresentar uma tendência para a formação de aglomerados do tipo feixes ou massas
compactas e arredondadas, conhecidas como glóbias, que são unidas por uma substância
denominada geléia (OLIVEIRA, 2005). Após esse evento ficou definido que a doença não era
hereditária e mostrando a sua natureza infectocontagiosa (BRASIL, 2009).
Desde 1940 com a introdução da Dapsona, acreditou-se mais na busca para a cura da
hanseníase e em 1981 foi introduzido a poliquimioterapia (junção de 3 medicações:
Rifampicina, Dapsona e Clofazimina), a eliminação da doença estaria mais próxima ou pelo
menos, a diminuição de ocorrências de sequelas e mutilações (BOECHAT e PINHEIRO,
2012).
2
1 Pós-graduanda em Fisioterapia Neurofuncional
2 Fisioterapeuta. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestre em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da
Saúde. Doutoranda em Saúde Pública.
Segundo pesquisas científicas, a propagação da doença depende dos fatores climáticos,
nutricionais, econômicos, movimentos migratórios e principalmente a terapia inadequada
(SAMPAIO, 2008).
As drogas medicamentosas utilizadas para combater as reações hansênicas e o diagnóstico
precoce das incapacidades físicas auxiliam na prevenção ou reabilitação física do indivíduo
(autocuidado e técnicas fisioterapêuticas), melhoram a qualidade de vida, reduzem o estigma
consequentemente, a inserção na sociedade e no mercado de trabalho é mais tolerada
(GONÇALVES et al., 2010).
O papel da equipe multidisciplinar é de fundamental importância para a detecção,
acompanhamento, tratamento e pós-tratamento, e a fisioterapia neste caso atua na prevenção e
reabilitação de incapacidades físicas que comprometem os olhos, mãos e pés (SANTOS,
2007).
O Ministério da Saúde (MS) possui protocolos de atendimentos que são atualizados
constantemente para um melhor resultado aplicado nos indivíduos, de forma a colaborar para
a prevenção ou reabilitação das incapacidades. Estes são acompanhados através de uma ficha
de protocolo denominada “Ficha de Avaliação Neurológica Simplificada” (Anexo 1);
especificando a sensibilidade com a utilização dos estesiômetros de semmes-westein (quadro
1); avaliação dos olhos, mãos e pés utilizando a escala de força ou escala de Oxford (quadro
2), classificando-os em graus: (Grau “0” para ausência de incapacidades, Grau “1” para
diminuição ou ausência de sensibilidade e o Grau “2” quando ocorrer sequelas mais
comprometedoras fisicamente, por exemplo, úlceras plantares, reabsorções ósseas, garras dos
artelhos, lagoftalmo, triquíase e outras complicações (quadro 3) (BRASIL, 2008; LEHMAN
et al, 2009).
Sendo assim, este artigo teve por objetivo descrever a importância da fisioterapia na
prevenção de incapacidades em pacientes com hanseníase no Brasil, a partir da análise dos
artigos evidenciando a participação do fisioterapeuta no programa de saúde destinado ao
atendimento de pacientes acometidos pela hanseníase durante e após o tratamento e
verificando a relevância do preenchimento e utilização da ficha de avaliação neurológica
simplificada e o comprometimento do serviço de saúde.
2. Fundamentação Teórica
A hanseníase ainda é considerada uma doença endêmica e de evolução lenta, manifesta-se
através de lesões na pele e nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. Esse
tropismo pode causar neuropatia hansênica comprometendo fibras nervosas sensitivas,
motoras e autonômicas, sendo classificada como Mononeurite Múltipla (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2008).
O homem é considerado o principal reservatório do bacilo, mas, segundo alguns estudos
foram encontrados em musgos da Costa de Marfim e da Noruega. Tatus e macacos, também
foram encontrados infectados, mas, essa pesquisa foi irrelevante para que mudasse a cadeia de
transmissão (SAMPAIO, 2008). O papel dos reservatórios naturais e a transmissão zoonótica
de outras espécies para o homem ainda permanece sem esclarecimentos, ainda acredita-se que
o Mycobacterium leprae possa ser encontrado no solo, vegetações, água e artrópodes
(MANUAL, 2013).
O contágio da doença ocorre por vias aéreas superiores e áreas da pele ou mucosas erosadas,
mas, também podem ser eliminados pela urina, fezes, suor, leite materno, secreções vaginais e
esperma (SAMPAIO, 2008).
Por ser uma doença altamente incapacitante pode levar a deformidades físicas e
consequentemente sociais, laborativas e psicológicas quando não tratada precocemente e
corretamente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
3
3. Epidemiologia
O Brasil está entre os 12 países considerados endêmicos. É também o país com alta
prevalência na América latina, registrando 90% dos casos no mundo (DIAS, 2011).
No Amazonas foram detectados 781 casos de hanseníase subdivididos em recidivas, outros
reingressos e transferência de outros estados. Desse total 682 (88,6%) são de casos novos sem
tratamento e desse total registrados 240 residiam em Manaus e os demais nos 56 municípios
do Amazonas que atualmente ainda é considerado de endemia alta (18.17/100.000 hab.)
conforme os parâmetros do Ministério da Saúde (BOLETIM, 2013).
A organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) por meio da CD.R19/20092, incluiu a
hanseníase no grupo das doenças negligenciadas e outras relacionadas com a pobreza. No
grupo 1 temos as doenças com grande potencial de eliminação, por exemplo: doença de
Chagas, filariose linfática, hanseníase, malária, oncocercose, peste, raiva humana transmitida
por cão, sífilis congênita, tracoma e tétano neonatal, há uma boa perspectiva de eliminação.
No grupo 2 encontramos doenças como: as geohelminitíases. Quanto ao conceito de
eliminação como problema de saúde pública, este representa redução drástica da carga da
doença ao nível aceitável, de modo que a prevalência da doença não limite a produtividade
social nem o desenvolvimento de ambos os grupos (BRASIL, 2013).
A eliminação depende da melhoria dos serviços de saúde, estratégias e metas estabelecidas,
contudo essas metas globais são consideradas não apenas redução na detecção de casos novos,
mas também de incapacidades, o que terá impacto na redução do estigma e discriminação
relacionados à doença. Por esta razão, além da redução do coeficiente de prevalência é preciso
que haja também redução do coeficiente geral de detecção e do coeficiente de detecção de
casos com incapacidades grau II (BRASIL, 2013).
4. Diagnóstico e Classificação
O diagnóstico é realizado através dos sinais clínicos como: manchas, placas esbranquiçadas
ou avermelhadas na pele ou áreas da pele com alteração de sensibilidade, comprometimento
dos nervos periféricos (através da palpação neural e avaliação simplificada neurológica),
exames de contagem de linfa (baciloscopia) e o histopatológico para a confirmação ou exame
complementar para esclarecer diagnóstico (BRASIL, 2008; SAMPAIO, 2008 e MANUAL,
2013).
Existem duas classificações utilizadas:
a) Ridley Jopling, 1966, muito utilizada em pesquisas dividindo-se em: - Tuberculóide-tuberculóide (TT);
- Lepromatoso-lepromatoso (LL), subdividindo-se em:
(1) Borderline-tuberculóide (BT); (2) Borderline-boderline (BB); (3) Borderline-lepromatoso (BL).
b) A Classificação de Madri, 1953, proposta em Congresso Internacional é a mais
utilizada sendo:
- Forma indeterminada (I);
- Tuberculóide (T);
- Dimorfa (D) e
- Virchowiana (V) que se baseia em polaridade dos bacilos.
Em 1982, um Comitê da Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs uma classificação
simplificada e operacional, simplificando o trabalho de campo, correlacionando as
classificações utilizadas nos critérios dos exames de números de linfas através da baciloscopia
4
e avaliação clínica dividindo-se em Paucibacilares e Multibacilares, influenciando na
determinação do tipo e tempo de tratamento (SAMPAIO, 2008 e MANUAL, 2013).
Cor Gramas (peso)
Verde 0,05
Azul 0,20
Lilás 2,00
Vermelho fechado 4,00
Vermelho cruzado X 10,00
Vermelho aberto 300,00
Preto Sem resposta
Quadro 1. Legenda das Cores do Estesiômetros
Grau de Força
Muscular
Observação
Clínica
Condição
Funcional
5 Amplitude de movimento completo contra a gravidade e resistência máxima Forte
4 Amplitude de movimento completa contra a gravidade e resistência manual
moderada Diminuída
3 Amplitude de movimento completa contra a gravidade Diminuída
2 Amplitude de movimento incompleta Diminuída
1 Evidência de contração muscular, sem movimento articular Paralisado
0 Sem evidência de contração muscular Paralisado
Quadro 2. Escala de Força
Grau Características
0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés decorrente da hanseníase.
I Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos.
Diminuição ou perda de sensibilidade nas mãos e ou pés (não sente 2g ou toque com a caneta).
II
Olhos: lagoftalmo e/ou não conta dedos a 6m.
Mãos: lesões tróficas e/ou traumáticas, garras, reabsorção, mão caída.
Pé: caído, contratura do tornozelo, garras, lesões tróficas e/ou traumáticas.
Quadro 3. Grau de Incapacidade
Fonte: Andrade et al., (2007) e Ministério da Saúde, (2008).
4.1 Formas clínicas
Forma Indeterminada (figura 1) – Possui lesão ou área de hipoestesia, máculas de
hipopigmentação com discreta área eritematosa, mais ressecada que a pele ao redor de
pequeno diâmetro, geralmente lesão única (SAMPAIO, 2008 e MANUAL, 2013).
Fig.1 - Forma Indeterminada
Fonte: Ministério da Saúde, 2008
5
Forma Tuberculóide (figura 2) – Apresentam lesões cutâneas hipocrômicas ou eritematosas,
delimitada por micropápulas ou placas difusamente infiltradas, limites externos bem nítidos e
definidos, além da pele ocorre o envolvimento dos troncos nervosos causando alterações de
sensibilidade, motoras e autonômicas (SAMPAIO, 2008 e MANUAL, 2013).
Fig.2 - Forma Tuberculóide
Fonte: Sampaio, 2008
Forma Dimorfa (figura 3) – Apresentam lesões cutâneas, máculas, eritematosas, hipocromia,
dependendo da tonalidade da pele, pode apresentar área com uma cor acobreada, pápulas,
tubérculos, nódulos e placas diversas (SAMPAIO, 2008 e MANUAL, 2013).
Fig.3 - Forma Dimorfa
Fonte: Ministério da Saúde, 2008 Forma Virchowiana – Apresentam máculas disseminadas, progressivamente pelo tegumento,
distintas, elevadas, infiltração difusa, nódulos, polimorfismo de lesões com pápulas apesar de
ser uma forma contaminante, tem pouco comprometimento neural (SAMPAIO, 2008 e
MANUAL, 2013).
Fig.4 - Forma Virchowiana
Fonte: Sampaio, 2008
5. Estados Reacionais com as incapacidades físicas e suas sequelas
Os episódios reacionais são eventos inflamatórios agudos, podendo ocorrer antes, durante ou
após o tratamento, apresentam dor ou não, são classificados em: reação reversa (RR) quando
ocorre uma reação do organismo em resposta exacerbada do hospedeiro aos antígenos em
resposta a carga bacilar (Reação tipo1); eritema nodoso hansênico (ENH) ocorre quando há
uma resposta da imunidade humoral., ligada a destruição dos bacilos e estímulo à produção de
anticorpos (Reação tipo 2), promovendo a formação de imunocomplexo e a neurite isolada
(NEU) é inflamação propriamente dos troncos nervosos periféricos, com alteração das
funções sensitivas, motoras e autonômicas (ANDRADE et al., 2007; ANTONIO et al., 2011).
O diagnóstico precoce, o monitoramento através da avaliação neurológica simplificada e os
cuidados adotados pelo paciente orientados pelos profissionais de saúde possibilita reduzir as
6
chances de desenvolverem incapacidades prevenindo e recuperando fisicamente, avaliando as
funções de sensibilidade e motora dos olhos, mãos, pés e a palpação dos nervos (SANTOS et
al., 2007; BORGES et al., 2010).
As sequelas mais encontradas podem ser: paralisia facial do tipo periférico unilateral ou
bilateral ou paralisia do ramo orbicular do nervo zigomático (lagoftalmo), epífora, triquíase e
exposição da córnea; mão em garra, reabsorções de falanges, mão caída e úlceras tróficas
palmares; pé caído, garra de artelhos e úlceras plantares e reabsorções ósseas (CALDAS et al.,
2007 e BRASIL, 2008)
As neurites durante as reações hansênicas causam dor espontânea ou a palpação e causam as
alterações neurais, também podem apresentar-se sem dor, causando sequelas mais visíveis e
tardias, portanto, mais difícil a recuperação. Os nervos mais acometidos na hanseníase são:
nervo auricular; nervo facial no segmento cutâneo; nervo ulnar; nervo mediano; nervo radial;
nervo radial cutâneo; nervo tibial posterior; e nervo fibular comum (CALDAS et al., 2007;
ANDRADE et al., 2007; MANUAL, 2013).
6. Metodologia
Realizado revisão bibliográfica, no período de janeiro a março de 2015, referente aos artigos
científicos, consultados na biblioteca virtual (citados na referência bibliográfica), o período
que compreende de 2005 a 2014, sendo:
12 (doze) artigos científicos;
03 (três) manuais de apoio elaborados pelo Ministério da Saúde
02 (dois) periódicos (Boletins epidemiológicos);
02 (duas) dissertações de mestrado;
02 (dois) apoios didáticos (livros) e
01 (um) Manual do Estado de Minas Gerais; Todos referentes à hanseníase e sobre a importância da participação da fisioterapia e as suas
condutas aplicadas nos pacientes.
Foram excluídos os artigos e livros anteriores ao ano de 2005, com a finalidade de explorar
mais o que tem sido realizado na atualidade de pesquisa na área da fisioterapia em se tratando
de hanseníase. As análises foram descritas na ordem cronológica da pesquisa, conforme a
idéia dos autores e foram utilizadas as palavras-chave: Fisioterapia; Prevenção de
incapacidades e Hanseníase.
Esses dados analisados descrevem o papel da fisioterapia e suas condutas aplicadas de várias
formas em várias regiões diferentes mais com objetivos claros de prevenção e reabilitação
física atuando em conjunto ou não com o tratamento medicamentoso, combatendo as
deformidades físicas e o acesso a esses profissionais e a disposição de acompanhamento pela
rede pública.
.
7. Resultados
Após a análise criteriosa dos dados levantados, foi possível realizar o quadro 4 contendo os
resultados encontrados na pesquisa:
Autores Tipo de
Pesquisa Resultados
Caldas et al.,
(2007)
Pesquisa de
Campo
Estudo realizado analisando o grau de incapacidade no início e no final do
tratamento ocorreu uma redução significativa do grau de incapacidades com
o recurso e participação da fisioterapia no diagnóstico precoce da avaliação
neurológica.
7
Dias et al.,
(2007)
Pesquisa de
Campo
Estudo
qualitativo
Pesquisa realizada com 51 estudantes finalistas do curso de fisioterapia de
uma universidade localizada no município de São Paulo, foram aplicados
questionários sobre hanseníase e seus conceitos, ao final conclui-se que os
formandos saem com total despreparo no quesito de conhecimento sobre a
doença, a sugestão foi uma reestruturação no ensino quanto ao manejo de
tratamento e importância do conhecimento sobre a mesma, melhoria de
conhecimento dos profissionais envolvidos na formação acadêmica
contribuindo para o controle de eliminação da hanseníase.
Diaz et al.,
(2008)
Pesquisa de
Campo Estudo
Experimental
Estudo experimental comparando duas técnicas utilizadas na fisioterapia uma
para cada grupo composta de 6 integrantes cada, incluindo pacientes de
hanseníase, foram aplicadas duas sessões por cinco semanas, avaliando
ganho de ADM (amplitude de movimento) e melhora na qualidade de vida. A
técnica de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) foi a que obteve
maior ganho de ADM e o grupo AEP (alongamento estático e passivo).
Obteve melhora na qualidade de vida.
Gonçalves et
al., (2010)
Estudo
Descritivo
Retrospectivo
Detecção precoce e a importância da avaliação neurológica e a intervenção
fisioterapêutica contribuindo para a redução do grau de incapacidades.
Jensen
(2010)
Revisão
bibliográfica
Pesquisa
exploratória
Levantamento bibliográfico referindo à importância da participação no
processo do diagnóstico precoce prevenindo as futuras sequelas, na fase de
reabilitação física e utilizando o método de orientações aos pacientes e
familiares. Contudo melhorando as taxas de incidência e prevalência da
hanseníase.
Arantes et
al., (2010)
Pesquisa de
campo
Estudo
descritivo
transversal
No município de São José do Rio Preto – SP foram entrevistados 263
pacientes com perguntas abertas e fechadas, com resultados de que a maior
dificuldade de atendimento era o transporte, a rede pública teve maior
numero de identificações de casos em comparação aos serviços particulares
pela demora na descoberta do diagnóstico, mesmo assim quando avaliado os
graus de incapacidades, observou-se um aumento no grau 2 no diagnóstico e
uma redução para o grau 1 na alta. Conclui-se que a descentralização seria a
melhor forma de acompanhar esses pacientes em tratamento, tendo visto que
a concentração estava em apenas 2 centro de saúde em todo munícipio e
redução de queixas quanto a distancia (meio de transporte) e um
acompanhamento mais eficiente quanto as funções neurais.
Borges et
al., (2010)
Revisão
Bibliográfica
Foram analisados alguns artigos com referência a participação do
fisioterapeuta no programa de saúde da família, os autores perceberam a
escassez desse material., mesmo assim notaram o quão é importante à
atuação do profissional fisioterapeuta nas regiões abrangedoras que possuem
esse profissional no quadro, atuando principalmente de forma preventiva,
promovendo saúde a todos da comunidade nos programas que fazem parte da
rede pública, atuando de forma primária, sendo visto como um processo em
evolução.
Souza et al.,
(2011)
Revisão
bibliográfica
A revisão literária evidenciou que os recursos utilizados na fisioterapia como:
laser, ultrassonoterapia, infravermelho, ultravioleta e a massagem superficial
podem ter uma boa contribuição para a cicatrização de úlceras plantares na
hanseníase, mas, constatou que não foram registrados estudos nessa área com
esses recursos. Destacando a importância da participação do fisioterapeuta e
seus recursos na cicatrização de úlceras plantares neuropáticas.
8
Dias et al.,
(2011)
Estudo
descritivo
retrospectivo
O estudo retrospectivo revelou que os pacientes não obtiveram um
acompanhamento que evitassem as sequelas precocemente, mesmo tendo
apresentado melhoria do grau e propôs mais ação educativa continuada para
os profissionais de saúde.
Sousa et al.,
(2011)
Estudo de
campo
transversal
quantitativa
Aponta a qualidade de vida comprometida através do questionário SF36 e
enfatiza o comprometimento multidisciplinar, promovendo a reabilitação
física e psicossocial.
Delai;
Wisniewski
(2011)
Estudo quali-
quantitativo
Estudo realizado em Rio Grande do Norte com fisioterapeutas em 31
municípios, coordenados pela Regional de Saúde. Foram entregues 39
questionários com perguntas abertas e fechadas, detectou-se que dos 31
municípios, oito não possuíam o serviço de fisioterapia e somente 24
questionários retornaram para avaliação, na análise somente 3 fisioterapeutas
atuavam de forma indireta ao PSF. Os autores chegaram a conclusão que os
gestores municipais deveriam dar mais importância a participação do
fisioterapeuta na área preventiva da doença, principalmente no PSF.
Conti et al.,
(2013) Relato de Caso
Apresentação de um caso clínico que caracteriza um indivíduo acometido
pela hanseníase e suas sequelas pós-tratamento e a importância de um
acompanhamento fisioterapêutico como parte integrante da equipe
multiprofissional.
Quadro 4. Resultado da análise bibliográfica
8. Discussão
A partir da coleta dos dados foi possível comparar as ideias dos autores sobre as técnicas e
métodos utilizados na prevenção e tratamento da hanseníase a fim de evitar ou reduzir o
índice de deformidades que a doença pode causar a participação desses profissionais na saúde
pública e o acesso ao tratamento.
A pesquisa de campo realizada no município de São Luís – MA detectou a importância da
utilização e acompanhamento da ficha neurológica simplificada e a importância da abordagem
da fisioterapia, pois, em um grupo de 51 pacientes que no início apresentaram algum grau de
incapacidade, no final apresentaram um aumento de pessoas com grau “1” de deformidade,
isso não é bom estatisticamente, por isso a detecção desses comprometimentos precocemente
são muito importantes para evitar as sequelas indesejáveis, como: perda de sensibilidade e de
força motora (CALDAS et al., 2007).
O conhecimento da abordagem fisioterapêutica nos pacientes acometidos pela hanseníase,
apresentam um fraco conhecimento proveniente da universidade, revela uma pesquisa
realizada a partir do projeto de pesquisa “O processo de ensino-aprendizagem da
hansenologia na formação profissional de graduandos de fisioterapia”, desenvolvido na Pós-
graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp, realizou uma
pesquisa com 51 estudantes graduandos finalistas do curso de fisioterapia, foram aplicados
questionários auto-aplicado com algumas modificações, cada resposta levou a conclusão da
necessidade de um conhecimento mais profundo em hansenologia, para quando chegar no
atendimento público (Saúde Pública) saber abordar, afastando os estigmas e conceitos
preconceituosos, então, existe uma importância para a qualificação dos profissionais para
abordagem das técnicas corretamente (DIAS et al., 2007).
Estudo realizado na clínica de fisioterapia do Centro de Especialidade Médicas da Prefeitura
de Foz do Iguaçu – PR, de forma experimental comparando abordagens fisioterapêuticas
aplicadas em pacientes com hanseníase sem sequelas neurológicas, reumatoides ou
9
ortopédicas, para comprovar ganhos de articulação de movimentos (ADM) e melhora na
qualidade de vida, estes pacientes foram selecionados 12 ao total e divididos igualmente em
dois grupos, um grupo realizou alongamento estáticos e passivos (AEP) e o outro grupo
utilizou o conceito de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP), das duas utilizadas, a
primeira teve ganho de qualidade vida em alguns pontos pesquisados através do questionário
FS-36 na versão brasileira (Item Short – For Survey) que avalia o bem estar, a percepção do
paciente sobre a forma como sua saúde, e a maneira como desempenha suas atividades de
vida diária interferem em sua qualidade de vida, e a segunda obteve ganho de ADM em
extensão do punho esquerdo, dorsiflexão esquerda e plantiflexão direita bem significativo
(DIAZ et al., 2008).
Outra pesquisa de campo descritivo e retrospectivo foi descrita em Belo Horizonte – com
pacientes diagnosticados com hanseníase, constataram que as avalições neurológicas
simplificadas aplicadas no início do tratamento e no final foram fundamentais para o
diagnostico precoce das reações hansênicas, pois, esse monitoramento avalia a eficácia do
tratamento medicamentoso e as reações do corpo, dentre os pacientes avaliados, muitos que
receberam o tratamento fisioterápico após a detecção da “neurite” (inflamação do nervo)
obtiveram redução de grau, por exemplo, quem recebeu grau 1 evoluiu para grau 0 e quem
recebeu grau 2 evoluiu para grau 0 ou poucos para o grau 1. O autor concluiu que a interação
das abordagens de técnicas de prevenção de incapacidades, monitoramento neural frequente,
as orientações de autocuidado, educação em saúde, exercícios e órteses, o diagnóstico precoce
das neuropatias e o diagnóstico precoce para o tratamento medicamentoso são essenciais para
o controle das deformidades na hanseníase (GONÇALVES et al., 2010).
A revisão literária realizada de caráter exploratória teve como objetivo expor e familiarizar
com a hanseníase e suas sequelas, pois, a atuação do fisioterapeuta desde a prevenção até a
reabilitação física é de fundamental importância, tendo visto que o ganho de confiança no
tratamento e as intervenções realizadas durante esse tempo são como base para o sucesso e
prevenções das sequelas, por isso essa interação profissional depende desse trabalho em
equipe, da participação do paciente e da família, mas, para que isso ocorra os órgãos
competentes também precisam se envolver proporcionando educação na saúde de forma que
essas informações cheguem a população e as mesmas procurem o serviço e ganhem confiança
(JENSEN, 2010).
Em uma pesquisa realizada no município de São José do Rio Preto – SP foram entrevistados
234 pacientes com perguntas abertas e fechadas, protocolos do ministério da saúde incluindo
as avaliações neurológicas simplificadas onde observou-se o grau 2 mais presente no início do
tratamento e na alta um aumento do grau 1 e avaliação dos escores EHF (eyes-band-feet) ao
final sem alteração significativa, outra observação importante foi a descentralização do
tratamento, pois, a concentração maior estavam apenas em dois centro de saúde em todo o
município, o meio de transporte e a distância desses centros fazem com que ocorra uma
desmotivação da continuidade do tratamento, caso a descentralização e a qualidade do serviço
continue seria mais fácil a monitorização das funções neurais (ARANTES et al., 2010).
A inserção do fisioterapeuta na rede pública objetiva o atendimento a promoção de saúde
preventiva, reabilitativa e ações de saúde promovendo bem estar nas três esferas de
atendimento primária, secundária e terceirizada, mas, a pesquisa realizada pelos autores na
revisão literária avaliou a participação desses profissionais nos programa de saúde da família,
unidades de saúde ou nas estratégias de atenção a família, concluindo que a participação da
abordagem fisioterapeuta é ampla em todos os programas de assistência, a hanseníase e
diabetes estão inclusas principalmente por ocorrer alterações de sensibilidade, mas,
precisamente em membros inferiores e na hanseníase atuam na avaliação dermato-neurológica
ou avaliação neurológica simplificada, estabelecendo graus e as limitações físicas, mas, essa
10
atuação tão importante é pouca encontrada nos programas com os multiprofissionais,
interferindo na integridade do atendimento aos pacientes ou a comunidade. Algumas regiões
citadas foram: do município de Uberlândia-MG com atuação mais comunitária com
orientações de saúde; em Camaragibe – PE apresentou um programa mais voltado a pacientes
com deficiência, a presença do fisioterapeuta ocorre em duas equipes do PSF, nas regiões
mais populosas e no núcleo de reabilitação; em Santarém – PA apresenta-se de forma
incipiente onde os atendimentos ocorrem de forma combinada e compartilhada entre
atendimentos hospitalares e na comunidade; Sobral – CE foi bastante apreciado quando atuou
com atendimentos domiciliares, atuando no trabalho multidisciplinar e interdisciplinar; Em
Macaé – MG realizam atividades em grupo e individual; em Londrina – PR atuam em
algumas unidades básicas e em grupos específicos de forma comunitária; Natal – RN atuação
forte com o programa da diabetes (BORGES et al., 2010).
Baseado nesses levantamentos os autores concluíram que ainda é escasso a participação do
fisioterapeuta na rede de assistência pública principalmente em atendimentos domiciliares e
comunitários sendo atendimentos que integram a rede básica de saúde, mas, sugere novas
pesquisas, pois, a crescente participação na atenção primária está ficando mais procurada
(BORGES et al., 2010).
Este relato nos dias atuais principalmente com a entrada da poliquimioterapia não deveríamos
mais ter notícias, temos todas as ferramentas para ser utilizado nos pacientes a fim de evitar
essas sequelas, o autocuidado deve ser mais enfatizado, pois, apresenta a aceitação da doença
e suas consequências, tendo visto que isso não é fácil por parte do indivíduo, mas, deve ser
insistido por todos da equipe multiprofissional., tendo como objetivo a qualidade de vida.
Sobre os vários métodos que podem ser utilizados na fisioterapia para a prevenção e
recuperação ocasionadas pela hanseníase outro autor fez uma revisão literária com intuito de
verificar a atuação da fisioterapia em pacientes portadores de úlceras plantares utilizando
ferramentas baseadas em evidencias, nessa literatura, foram citadas algumas abordagens
fisioterapêuticas como: Massagem manual superficial., laserterapia de baixa intensidade,
radiação infravermelha, radiação ultravioleta e eletroestimulação pulsada de baixa e alta
voltagem, testados em processo de cicatrização de úlceras, mas, com relação à hanseníase o
único recurso utilizado comprovado foi a laserterapia, os outros se evidenciou capacidade
para realizar cicatrização das úlceras, mas, sem comprovação e estudo mais aprofundado na
patologia citada. O autor sugeriu na sua conclusão que a participação dos fisioterapeutas e
suas técnicas podem ser usadas na prevenção e recuperação desses pacientes (SOUZA et al.,
2011).
Em comparação ao estudo retrospectivo realizado no município de Bragança Paulista – SP
que avaliou prontuários de 1999 a 2006 revelando que as incapacidades estavam em alta
evidência, pois, não tiveram um acompanhamento mais criterioso segundo o protocolo do
Ministério da Saúde durante o tratamento, foram avaliados 171 prontuários, destes, uns foram
avaliados no início ou no final do tratamento, pouquíssimos realizaram um acompanhamento
nos dois tempos, por exemplo, se durante o tratamento surgissem intercorrências devido às
reações hansênicas as intervenções fisioterapêuticas eram realizadas de forma rápida e eficaz
e desses poucos avaliados ainda conseguiram a redução do grau (DIAS et al., 2011).
Entrando no mérito da qualidade de vida desses pacientes em pesquisa realizada no Centro de
Referência Dona Libânia, localizada na cidade de Fortaleza – CE, foram aplicados 2
questionários em 100 pacientes selecionados com hanseníase afim de avaliar a qualidade de
vida (utilizando o FS-36) e o outro com abordagem socioeconômica, aspectos
epidemiológicos e característica da doença. Os resultados do primeiro questionário apontam
os domínios de limitação por aspecto físico, dor e aspecto emocional como os mais
comprometidos, abalando a qualidade de vida dos pacientes, principalmente pelo fator do
11
estigma, a discriminação e a exclusão social por parte do doente e da sociedade mesmo e o
outro questionário apontou aspectos como: maior frequência em homens, a idade mais
acometida foi na faixa de 26 a 45 anos, o nível de escolaridade maior em pessoas com o
primeiro grau incompleto, com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos e a forma clínica
mais encontrada foi a Virchowiana, esta forma demonstra um diagnóstico tardio, isto quer
dizer, são diagnosticados com algum tipo de agravamento da doença (SOUSA et al., 2011).
Mas, na pesquisa realizada em Rio Grande do Sul, na região norte, avaliou os fisioterapeutas
através de questionários enviados aos profissionais dos 31 (trinta e um) municípios presentes
na área, 8 (oito) não possuem profissionais de fisioterapia. Somente 24 (vinte e quatro)
profissionais responderam e retornaram os questionários, mas, nenhum desses trabalha ou
atua nos programas ou estratégias de saúde da família (DELAI E WISNIEWSKI, 2011).
Como mostra um relato de caso sobre um paciente pós tratamento multibacilar que o realizou
de forma irregular com várias entradas e desistências, com uma queixa principal “o pé direito
que dói frequentemente – fisga (sic) e não sara” no decorrer desses tratamentos essa queixa
era tratada, mas, pelo fato do paciente não levar a sério as recomendações acabou piorando
com excesso de queratose “calos” por causa da pressão exercida pela pisada incorreta e a
perda de sensibilidade evidente evoluindo para úlcera plantar, como não seguiu as orientações
prestadas e como consequência de que tinha que trabalhar para sustentar a família, deixava de
se cuidar e por fim acabou ganhando a aposentadoria por invalidez. A interação e participação
do fisioterapeuta são evidentes com seus objetivos e planos de tratamento precoce ou
reabilitativo, o apoio emocional, socioeconômica e a monitorização da função neural
contribuem até para a qualidade de vida dos pacientes (CONTI et al., 2013).
9. Conclusão
Ao final da pesquisa, foi possível descrever a importância da fisioterapia na prevenção de
incapacidades em pacientes com hanseníase no Brasil, observando a relação da avaliação
através do protocolo instituído pelo Ministério da Saúde, onde se pode observar a redução do
grau de incapacidades em pacientes monitorados, acompanhados e tratados com as ações
fisioterapêuticas eficientes, influenciando na qualidade de vida desses pacientes.
Atuação preventiva primária do fisioterapeuta na rede pública contribui para a qualidade de
vida e psicossocial também influencia na redução de sequelas e de filas, evitando o
comprometimento dos serviços de saúde nas atenções secundárias e terciárias.
A descentralização do atendimento para hanseníase foi uma das propostas citadas, por facilitar
o diagnóstico e os comprometimentos por parte dos pacientes, motivando-os a tratarem de
forma séria e sem desistências, pois facilita o acesso, evitando assim, futuras sequelas
irreversíveis.
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14
Anexos
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Fonte: Ministério da Saúde, 2008