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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ – REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE A INFORMÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ALINE AFONSO DA SILVA Prof. MARCO ANTÔNIO CHAVES Rio de Janeiro, RJ , dezembro/2001

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ – REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

A INFORMÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ALINE AFONSO DA SILVA

Prof. MARCO ANTÔNIO CHAVES

Rio de Janeiro, RJ , dezembro/2001

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ – REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

A INFORMÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ALINE AFONSO DA SILVA

Rio de Janeiro, RJ , dezembro/2001

Trabalho Monográfico apresentado como requisito para obtenção do Grau de Especialista em Marketing.

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O TRABALHO: INFORMÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Elaborado por ALINE AFONSO DA SILVA aluna do curso de Marketing

Foi analisado e aprovado com

grau:...............................

Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2001.

________________________________

Membro

________________________________

Membro

____________________________

Professor Orientador

Presidente

Rio de Janeiro, RJ, dezembro/2001

ii

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Agradeço aos meus pais e ao meu noivo

pela oportunidade e incentivo durante

esta caminhada.

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RESUMO

Este trabalho foi elaborado por: ALINE AFONSO DA SILVA, aluna do curso de Marketing.

Dedico este trabalho de pesquisa a

todos os professores que fazem de suas

aulas algo a mais para acrescentar na

vida de seus alunos.

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Com a evolução da informática na mundo, tornou-se uma necessidade e não

apenas um modismo, introduzir também na Educação Infantil, o uso de computadores. As

instituições devem tomar conscientização e incluir em sua grade curricular, em todos os

níveis, tornando-se assim, uma “Competência” a ser usada e aproveitada. Além da

necessidade em os alunos aprenderem usar um Computador, é preciso que os docentes

estejam sempre em reciclagem para passarem uso do mesmo corretamente à suas crianças.

Portanto, hoje em dia, computador não deve ser encarado como máquina de modismo, mas

como uma aprendizagem necessária ao futuro de todos os educandos.

v SUMÁRIO

Página

1. Apresentação do Problema........................................................................... 1

1.1. Os Objetivos do Estudo

1.2. Questões de Pesquisa

1.3. Operacionalização de Termos

2. Educação e a realidade da escola de Educação Infantil.................................. 4

2.1. A educação e a constituinte escolar

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2.2. Condições básicas ao processo de desenvolvimento na Educação Infantil

2.3. Valores na Educação Infantil

3. A Criança e seu desenvolvimento................................................................. 7

3.1. Período pré-operatório

3.2. Atividades na pré-escola

3.3. A atividade simbólica

3.4. A linguagem dos desenhos

4. A Informática Educativa .............................................................................. 11

4.1. Histórico

4.2. Informática, novo recurso para a alfabetização

5. A Informática Educativa como ferramenta de trabalho na Educação Infantil...

15

5.1. O computador e o processo de Alfabetização

5.2. Tecnologia a serviço da Educação

6. Conclusões e Recomendações........................................................................... 18

7. Referências Bibliográficas ................................................................................. 20

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O PROBLEMA

1. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

Para se entender a relação computador na educação,se faz necessário

compreender a essência tanto do computador quanto da educação; quanto o entendimento

desta última faz – se necessário conhecer o ser humano e como ele se desenvolve com a

idade.

Devido ao avanço tecnológico, as instituições sentem a necessidade de

implantarem em seu currículo, a informática educativa, começando principalmente na

educação infantil. De acordo com a visão pedagógica, verificamos a aplicação do

instrumento como uma ferramenta que venha auxiliar no processo educativo ou apenas

como um simples aparelho de modismo, por sua vez, atraindo um maior número de alunos.

Com base em estudos realizados verifica-se que a informática tem sido nas

escolas mais um recurso didático contribuindo para a construção do conhecimento.

A informática tem como uma das finalidades contribuir para a socialização das

crianças por trabalharem em dupla com muita cooperação e troca. Elas trabalham em um

ambiente harmonioso onde a frente do computador, de maneira lúdica exteriorizam seus

sentimentos colocando sua criatividade para fora, explorando e desenvolvendo suas

percepções.

O professor precisa integrar sua disciplina com a informática, mas as vezes

encontra-se com dificuldades de fazer uso desse instrumento. O uso do mesmo vem como

auxílio no seu trabalho para enriquecimento das suas aulas, pois é uma ferramenta que atrai

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as crianças pelos seus recursos de som, efeitos, movimentos, cores, levando-as a viajarem

pelo mundo de suas imaginações.

A Educação Infantil é sabiamente uma das etapas mais importantes do

desenvolvimento intelectual da criança, a Informática tem o enfoque diferenciado nesse

processo, pois é utilizada como um recurso pedagógico.

Esta pesquisa será feita através de consultas bibliográficas e pela Internet a fim

de analisar as idéias dos autores comparando e tirando conclusões sobre o trabalho de

Informática na Educação Infantil.

Portanto o problema, objeto de estudo é:

Até que ponto a Informática Educativa auxilia o desenvolvimento integral da

criança na Educação Infantil (de 3 à 6 anos de idade)?

1.1.. 0S OBJETIVOS DO ESTUDO

Objetivo Geral

Compreender a importância da Informática Educativa como auxílio no

desenvolvimento integral da criança na Educação Infantil.

Objetivo Específicos

1- Diferenciar os níveis sócio-econômicos da clientela;

2- Explicar como qualificam os profissionais da Informática;

3- Verificar se as atividades da disciplina estão sendo aplicadas pedagogicamente;

4- Distinguir os tipos de softwares usados na Educação Infantil;

5- Demonstrar os aspectos desenvolvidos na criança.

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1.2. QUESTÃO DE PESQUISA

1. Qual o tipo de criança que tem acesso a informática na Educação Infantil?

2. Até que ponto os profissionais da área estão qualificados para trabalhar com

seus alunos?

3. Que tipo de atividades estão sendo aplicadas na Informática Educativa?

4. Os softwares utilizados são adequados à faixa etária?

5. Que aspectos são desenvolvidos na criança usuária de Informática Educativa?

1.3 OPERACIONALIZAÇÃO DE TERMOS:

1- Informática Educativa – Ciência que trabalha a educação com a

informatização, utiliza a informática como mais uma ferramenta de ensino.

2- Desenvolvimento Integral da criança – Desenvolvimento completo

do ser humano no período da infância.

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2. A EDUCAÇÃO E A REALIDADE DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1. A EDUCAÇÃO E A CONSTITUINTE ESCOLAR:

Referente à Constituinte Escolar, foro de oportunização de debates, através

de mecanismos como seminários, painéis, encontros e conferências que visam a

suscitar discussões, reflexões, ações e atitudes propícias à construção de uma escola

verdadeiramente popular e democrática.

A criança é um cidadão em desenvolvimento e a LDB confere à Educação

Infantil, o status de primeira etapa da Educação Básica, enquanto as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil destacam a necessidade de

eliminar-se a cissão entre os termos (funções de cuidar e educar). Nesse sentido

pode-se investir na concepção criança cidadã, enquanto sujeito social, inserido

num grupo e determinada cultura.

A escola deve investir no respeito à especificidade de cada criança, sem

perder de vista o seu contexto.

2.2- CONDIÇÕES BÁSICAS AO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Visualiza - se o espaço da Educação Infantil como um ambiente social,

político e pedagógico, por constituir-se em espaço de produção de aprendizagens

onde a criança, na troca interativa com seus pares, e com o meio físico e social,

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constrói conhecimentos. Esses conhecimentos são entendidos como um processo

progressivo de atribuição de significados à realidade, mediante o qual o sujeito

dessas aprendizagens busca uma apreensão cada vez mais nítida dos diversos

sentidos que se fazem presentes no mundo, na vida, ao mesmo tempo em que se

torna consciência das possibilidades de ressignificar e redimensionar esses

conhecimentos. Ao construir a significação do mundo externo, o sujeito constrói a

si mesmo, uma vez que as estruturas do conhecimento surgem e se desenvolvem

através da interação entre o sujeito e o seu meio.

2.3 - VALORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A escola assume o compromisso com uma educação que estimule a

autonomia dos alunos e que os oriente para o respeito a si mesmo e aos demais,

para a solidariedade, para o compromisso com os mais frágeis, que os prepare para

respeitar a natureza, ser sensíveis ao multiculturalismo, para fazer o que estiver ao

seu alcance para trabalhar pela paz e pela igualdade entre os povos e as pessoas.

Considerar os grupos a que a criança pertence é ponto de referência para o

trabalho pedagógico.

Compreende-se que a etapa da Educação Infantil é uma instância privilegiada

para que a criança vivencie valores, para que se reconheça no outro e para que se

sinta pertencente a determinados grupos, situados em determinados lugares e

tempos, pode-se compreender melhor a importância que podem assumir as

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atividades de expressão da criança, como campo de cultivo à sensibilidade, de

exemplos de respeito ao outro, solidariedade e cooperação, de respeito às perguntas

e aos questionamentos das crianças, de valorização das expressões da cultura do

lugar onde se vive e da cultura universal.

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3. A CRIANÇA E SEU DESENVOLVIMENTO

3.1 PERÍODO PRÉ - OPERATÓRIO (2 À 7 ANOS)

Por volta dos dois anos, um acontecimento considerável se produz no

desenvolvimento intelectual da criança: o aparecimento da função simbólica.

No período pré - operatório, a imagem antecipa a atividade, mas por outro

lado, é ainda a imitação que propicia a formação dos símbolos, que se manifestam

na aquisição da linguagem e no jogo simbólico. A linguagem é formada por signos

ou palavras que têm significados públicos, utilizados e compreendidos pela

sociedade, o que se contrasta com os símbolos que são privados e pessoais, e

freqüentemente compreendidos apenas por cada criança. Para Piaget, a linguagem

não constitui a fonte do pensamento lógico, mas ao contrário é estruturada pelo

pensamento. Ele enfatiza que o desenvolvimento da linguagem é estruturado pelo

desenvolvimento cognitivo e depende dele.

A maior parte do interesse de Piaget se centrou nos jogos simbólicos que

“implicam na representação de um objeto ausente”, e são imitativos e imaginativos.

Ente 2 e 4 anos o jogo simbólico atinge seu ápice. No simbolismo lúdico, termo

utilizado por Piaget para definir os jogos infantis do faz de conta, o bastão vira

revolver, a caixa vira um carro. Assim, o faz de conta estimula o desenvolvimento

do pensamento sobre os objetos não existentes, representados por esses símbolos.

Piaget ressalta, ainda, o jogo compensatório onde a criança amplia sua consciência

através de novas experiências ou se vinga da realidade quando esta lhe é

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desagradável. Ao revivê-la através da transposição simbólica, reduz parte do

desprazer e torna as situações mais toleráveis. No caso da imitação, a representação

mental é uma cópia da realidade ou uma imagem do objeto pensado e no caso da

atividade lúdica, o objeto é um símbolo que sugere algo mais existente na mente da

criança.

3.2 ATIVIDADES DA PRÉ - ESCOLA

As atividades da pré - escola devem, portanto, enriquecer as experiências

das crianças de modo a atender as necessidades próprias dessa fase, favorecendo o

desenvolvimento integral e harmonioso de suas potencialidades.

A liberdade de explorar, conhecer o espaço físico e o mundo que a cerca é

fundamental para seu desenvolvimento afetivo e cognitivo. O mundo material não é

uma série de objetos ordenados ocupando um determinado lugar, mas uma extensão

do próprio corpo da mesma forma que o ambiente social é uma necessidade de

expansão do eu.

O desenvolvimento da criança se faz num contínuo relacionamento entre ela

e o mundo. É através dessa ação livre, espontânea, dinâmica, que a criança abstrai e

assimila conceitos básicos ao desenvolvimento do pensamento lógico. Em sua

atividade manipuladora e perceptiva, a criança constrói esse conhecimento,

descobrindo propriedades ou atributos dos objetos, como: peso, formas,

temperatura, cor, som, etc.

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Essas noções são gradativamente construídas durante os estágios do

desenvolvimento cognitivo até a adolescência.

3.3 A ATIVIDADE SIMBÓLICA.

Durante esse período, todas as crianças dominam toda uma gama de

símbolos. Elas aprendem a falar e compreender a linguagem natural, usando-a para

fazer pedidos, contar histórias, tagarelar, ampliando sua compreensão do mundo

físico e social. Nessa fase as crianças são plenamente simbólicas. A linguagem é

um sistema simbólico, por excelência, mas é importante salientar o potencial de

outros sistemas simbólicos. Muitos conhecimentos são aprendidos e comunicados

através de gestos e outros meios para - lingüísticos. A descrição de aspectos do

mundo através de desenhos, construção com blocos, ou argila, ou ainda outros

veículos ecônicos é, também, um acesso simbólico de grande significação na

primeira infância.

Durante a construção do esquema corporal, a imagem que a criança tem do

seu corpo se revela freqüentemente nos desenhos que ela faz de si mesma. A

riqueza das particularidades neste desenho, como a presença de extremidades dos

membros, dos detalhes do rosto, das orelhas, etc., demonstra uma boa elaboração

do esquema corporal.

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3.4 A linguagem dos desenhos

O desenho por sua própria natureza, está associado à criação de símbolos,

permitindo a expressão visual de idéias, sentimentos, sensações e fantasias. Através

do desenho, a criança mantém uma analogia com o objeto representado,

estabelecendo relações entre os elementos dessa linguagem, seus grafismos e sua

leitura de mundo.

O desenho evoca a forma, a estrutura, a essência dos objetos e dá forma a

lembranças, sonhos e emoções. Assim, o desenho, como imagem visual, não é uma

cópia dos objetos, mas uma recriação, uma interpretação desses objetos numa

linguagem gráfica.

A compreensão do processo do desenho, baseado na representação do

sujeito, leva a uma nova abordagem, sobre como a criança simboliza, pensa, faz

suas hipóteses e cria soluções. É a análise dos representados, de abstração e de

generalização envolvidas nesse sistema.

A criança não desenha o que vê, mas o que sabe, o que sente, seu saber é o

seu sentir e perceber.

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4. A INFORMÁTICA EDUCATIVA

4.1 Histórico

Quando o alemão Jonhannes Gutenberg inventou a imprensa, no século XV,

muitos questionaram a necessidade de aprender a ler e a escrever. O principal

argumento baseava-se na idéia de que ler e escrever não eram condições essenciais

para a sobrevivência, além de exigirem uma habilidade que parecia imensamente

complexa na época. Quinhentos anos depois, o surgimento do computador faz a

humanidade sentir-se diante de desafio semelhante.

São muitos os questionamentos a respeito do computador, ele é realmente

necessário? Alguém que não trabalhe diretamente com ele precisa entendê-lo? Ele

será realmente benéfico a longo prazo ou é moda passageira? A resposta é que o

computador em função de sua flexibilidade quase ilimitada, está destinado a ter

uma presença jamais alcançada por outro invento humano: nos lares, nas escolas,

nas empresas, nos ambientes de lazer.

Esta obra não visa glorificar os feitos da tecnologia. Ao contrário, acreditamos que

a atitude crítica e o conhecimento das franquezas e limitações das máquinas atuais

são requisitos indispensáveis para extrair a melhor do que elas oferecem. O

objetivo é permitir que todos, sem exceção, possam por esta tecnologia a seu

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serviço desde já, para estudar, trabalhar e/ou brincar. Além disso, a estrutura e a

organização do conteúdo fazem desta obra um excelente ponto de partida para

aqueles que descobrirem uma vocação dentro do enorme leque de novas

oportunidades abertas pela tecnologia.

Algumas descobertas ou invenções humanas acabam sumindo de vista, não devido

ao fracasso, mas ao grande sucesso. A eletricidade e a água encanada são ótimos

exemplos disso; só nos damos conta de sua existência quando faltam. Não é

exagerado dizer que acontece o mesmo com o computador. Sua tecnologia já está

embutida em casas, escolas, escritórios e parques de diversão e nos serve de forma

tão automática que passa despercebida, controlando a temperatura ambiente,

cuidando do consumo de eletricidade, zelando pela segurança, ajudando no trabalho

e na educação.

4.2- Informática, novo recurso para a alfabetização

com a introdução dos computadores na educação, imediatamente começaram a

surgir “softwares” que propõem aumentar a eficiência do ensino através de

verdadeiras “cartilhas eletrônicas”, continuando sem considerar o conhecimento do

processo pelo qual o aluno aprende. Como este conhecimento é pressuposto, e não

questionado, os técnicos acreditam que basta colocar na máquina as rotinas

utilizadas na sala de aula pelo professor, para que a criança usufruía das vantagens

da tecnologia.

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Emília Ferreiro apresentou uma contribuição significativa para a superação deste

equívoco. Tomando como suporte teórico a epistemologia genética de Jean Piaget,

pela primeira vez e postulada a existência de um sujeito cognoscente, que interage

com a palavra escrita bem antes do seu ingresso na escola.

A escrita passa a ser considerada não apenas um código, mas um objeto cultural

que pode ser explorado e conceituado. Os resultados que Ferreiro encontra revelam

que a interação da criança com a palavra escrita, em seu ambiente, propicia uma

elaboração conceitual, isto é, a criança estrutura formas de pensar a palavra escrita

que se constituem em condições fundamentais para que haja aprendizagem de

leitura e da escrita. Considerando-se a palavra escrita um objeto da cultura, um

objeto simbólico por excelência, a interação que leve a sua apropriação

necessariamente deve propiciar trocas simbólicas. Uma criança aprende a ler e

escrever quando interage com um ambiente cultural que pode ser o familiar, o

escolar, o lúdico, o informático, etc., onde existam trocas simbólicas com os

elementos deste ambiente.

Retomando a questão da informática na educação, nos perguntamos se a introdução

dos computadores poderia se dar num outro sentido, no de enriquecer os ambientes

escolares com recursos que propiciem e estimulem as trocas simbólicas ao invés de

tentar uma reprodução do professor na educação formal.

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O contínuo avanço da tecnologia está permitindo que até crianças tenham acesso a

pequenos autômatos, os computadores, que permitem criar um mundo de

representações e realizar livremente interações simbólicas.

Entretanto, mais relevante que a multiplicação e a variedade de uso dos

computadores, são as idéias inovadoras que podem gerar a escolha de seus modos

de emprego.

A informática educacional na pré –escola visa criar um ambiente que favoreça a

expressão simbólica da criança, possibilitando que ela brinque com as letras, com

os números, desenhe, imite, jogue simbólicamente e, consequentemente desenvolva

aspectos essenciais sobre os quais, posteriormente, toda a aprendizagem será

calcada. Ao utilizar o computador, a criança expressa seu pensamento, faz

representações o que permite que o seu raciocínio seja mais facilmente

“observado”, pois o micromundo criado pela linguagem Logo concretiza as formas

de pensar em situações variadas, criadas pela própria criança.

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5 – A Informática Educativa como uma Ferramenta de trabalho na Educação

Infantil.

5.1 – O Computador e o processo de Alfabetização.

As atividades da Informática Aplicada à Educação junto às turmas de

Alfabetização devem respeitar os processos cognitivos envolvidos na aquisição e

desenvolvimento da linguagem oral e escrita, tendo como objetivo criar condições

para o aluno desenvolver sua criatividade e potencialidades intelectuais, como

também a construção e socialização do conhecimento de trabalho, que permite um

desenvolvimento natural da expressão simbólica da criança, fator importante no

processo da leitura e da escrita. Como na maioria de nossas escolas são aplicados

métodos variados para alfabetizar as crianças, temos que buscar formas de

trabalho que não se choquem com a orientação da escola e que ao mesmo tempo

dêem oportunidades às crianças de testarem suas hipóteses, de desenvolverem a

expressão criativa e o gosto pela leitura e pela escrita.

5.2 – Tecnologia a Serviço da Educação

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A escola é um lugar excelente para os primeiros contatos com o computador. As

pessoas que aprendem a usar a tecnologia computacional na escola certamente

terão menos dificuldades do que as que entram em contato com ela somente no

mercado de trabalho. Além disso, poderão se preparar melhor para as exigências

cada vez maiores nessa área. Com a crescente evolução tecnológica, a informática

tornou-se um ponto de destaque na Educação a ponto de poder dizer que os

“analfabetos do próximo século”, serão aqueles que não possuírem nenhum

conhecimento de informática, do manuseio do microcomputador e seus

programas.

Todos os alunos a partir da pré – escola precisa ser apresentado ao computador

não apenas como uma máquina, mas sim como um facilitador, trazendo para as

crianças, programas atividades referentes as disciplinas estudadas em sala de que

pelas turmas. As atuais tecnologias de hardware e software servindo como apoio

pedagógico para professores e alunos, auxiliando assim, o aprendizado e

acelerando de uma forma inovadora, todo o processo de Ensino – Aprendizagem.

Com computadores, Multimídia de última geração e profissionais capacitados,

nossos alunos utilizarão programas educacionais totalmente voltados às matérias

estudadas em sala de aula e, gradativamente, a utilização operacional dos

programas existentes no micro.

A utilização desses materiais na escola requer um critério cuidadoso por parte dos

professores, pais e alunos. Tanto as obras desenvolvidas no Brasil quanto as de

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origem estrangeira têm qualidade bastante variável. No caso da produção

importada, os cuidados devem ser redobrados. Além de avaliar sua qualidade, é

preciso verificar se os conteúdos são adequados aos currículos brasileiros.

É importante encorajar desde cedo uma atitude equilibrada e crítica em relação ao

computador. Ele não deve ser visto como algo assustador ou complexo demais.

Isto é a informática não pode ser encarada como a solução para os problemas de

ensino e que o computador pode ajudar a melhorar, mas jamais substituirá a

inteligência humana. Os educadores precisam estar alertas para o fato de que o

conteúdo computadorizado deve adequar-se ao ensino, e não ao contrário.

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6 – Conclusões e Recomendações

6.1 – Conclusões

Com a introdução da informática educativa na educação infantil, podemos

observar como o desenvolvimento da criança fica mais acelerado, pois através

dela, a criança começa a criar habilidades para criatividade de vivência para este

mundo totalmente informatizado.

Ao contrário do que pensamos, a informática educativa na educação infantil, não

serve apenas como personagem de simples modismo, mas sim como uma

ferramenta necessária no processo educativo dos alunos, acarretando assim, no

seu desenvolvimento integral. Nos dias atuais, todas as instituições descriam

incluir a informática educativa em seu currículo, trabalhando com profissionais

qualificados, não fazendo disso, uma maneira apenas de atrair alunos, mas de

conscientização que a máquina (computador) deverá ser, se não totalmente

dominada, pelo menos conhecida por seus alunos, para que não cheguem

futuramente ao mercado de trabalho e encontrem dificuldades.

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6.2 – Recomendações

Recomendamos que as escolas reformulem seus velhos moldes de ensinar

adequando-se ao mundo novo da informática que já está no dia a dia de nossa

sociedade.

Abrir as portar das escolas e acreditar que esta nova era nos auxiliará no processo

de alfabetização como um enriquecimento para se alcançar as metas de ensinar e

formar cidadãos mais atuantes, já que na atual globalização é tão necessário estar

por dentro do mundo tecnológico.

Que os computadores não sirvam como peças de atrativos e modernismo nas

escolas e sim deve ser uma ferramenta que juntamente com educadores

capacitados, que saibam utilizá-lo como um aliado na sua dinâmica educacional.

Com o tempo o educando vai se familiarizando naturalmente com a “máquina”

sem achar que é um bicho de sete cabeças.

Que os educadores não podem cruzar os braços e ignorar esta porta que se abre,

além do quadro negro, das antigas salas de aula e tentar-mos pouco a pouco

caminhar em passos firmes também na Revolução Tecnológica.

Que em nenhum momento devemos nos transformar em máquinas, deixando

também para o computador o papel de educador, que jamais vai substituir a

atenção, o estímulo e o contato humano entre o educador e o educando.

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7 – Bibliografia

PIAGET, Jean – A Psicologia da Criança. Martins Fontes.

GARDNER, Howard – A Criança Pré-Escolar. Como Pensa e Como a Escola

pode ensiná-la. Ed. Artes Médicas, 1994.

DUTRA PILAR, Analice – O desenvolvimento e a Construção do Conhecimento.

FERREIRO, Emília – Alfabetização em Processo.

PROJETO TREND, Informática Educacional na Pré-escola. 1996.

GLOBO, O – Help! Informática . Sistema de consulta Interativa.

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ANEXOS