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1 RENATA FERRAZ A INTERAÇÃO ENTRE O CIRURGIÃO DENTISTA E O TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2010

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RENATA FERRAZ

A INTERAÇÃO ENTRE O CIRURGIÃO DENTISTA

E O TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2010

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RENATA FERRAZ

A INTERAÇÃO ENTRE O CIRURGIÃO DENTISTA

E O TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do certificado de Técnico em Prótese Dentária da Escola Técnica Estadual Philadelpho Gouvêa Netto. Orientador: Prof. Gustavo Cosenza B. Nogueira

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2010

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Dedico este trabalho de Conclusão de Curso as minhas amigas inseparáveis,

Lívea, Edilamar, Aline, Kenia e Jucilene

e também aos meus mestres por seus ensinamentos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que acima de tudo me proporcionou Saúde,

Paciência e Realização.

A minha família por acreditar em meu potencial e a meu namorado Tiago O. Naime,

que devido aos seus incentivos e compreensão obtenho a conclusão deste curso.

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“Para oferecer um serviço verdadeiro você deve adicionar algo que não pode ser

comprado ou calculado com o dinheiro, e isso é a sinceridade e a integridade.”

(Donald A. Adams)

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RESUMO

A relação entre o Cirurgião Dentista (CD) com o Técnico de Prótese Dentária (TPD)

assume um papel primordial no planejamento e no tratamento dos casos clínicos.

Dessa forma, nota-se que não basta que estes profissionais executem suas tarefas

separadamente, sendo assim, a interação torna-se fator de extrema relevância para

o alcance de resultados satisfatórios que proporcionem qualidade e êxito ao

paciente.

Palavras-chave: Cirurgião Dentista, Protético, Interação, Paciente, Resultado,

Qualidade.

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ABSTRACT

The relationship between the Dental Surgeon (CD) with the dental technicians (TPD)

plays a major role in planning and treatment of clinical cases. Thus, there is not

enough for these professionals to perform their tasks separately, so the interaction

becomes very important factor for obtaining satisfactory results that it brings quality

and success to the patient.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Disponível em:www.bahiapress.com.br /por Giulio Sanmartini.

Figuras 2 e 3: Disponível em:www.cirurgiasplasticas.com.br

Figuras 4 e 5: Disponível em:www.eflog.com.net

Figura 6: Disponível em: publicado pela Revista brasileira de prótese

clínica&laboratorial. PCL, v.3, n.16, p511-518,2001.

Figura7: disponivelem:www.eflog.com.net

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LISTA DE ABREVIATURAS

TPD: técnico em prótese dentária

CD: cirurgião dentista

PPR: prótese parcial removível

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SUMÁRIO

Introdução.......................................................................................................11

História da Prótese Dentária no Brasil............................................................12

Revisão de Literatura......................................................................................15

Sequência Clínica e Laboratorial no planejamento de uma P.P.R.................18

Conclusão.......................................................................................................20

Referências bibliográficas...............................................................................21

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INTRODUÇÃO

A qualidade final de um trabalho protético provém do trabalho clínico, no

qual envolve o cirurgião-dentista; e do trabalho laboratorial, envolvendo o técnico em

prótese dentária.

O objetivo deste trabalho é mostrar que uma relação de troca de

informações, de cumplicidade entre o CDs e os TPDs pode melhorar no resultado

final, sendo necessário tanto á etapa clínica como a laboratorial para conclusão e o

sucesso do trabalho protético.

O cirurgião-dentista deve trabalhar em conjunto e em harmonia com o

protético, pois um bom entrosamento entre ambos irá influenciar, como já dito, na

qualidade final do trabalho protético, ou seja, um bom relacionamento,uma boa

comunicação, organização e métodos auxiliares como: (modelo de gesso bem

confeccionados e demarcados, fichas (contendo materiais, ligas, cores de dentes,

observações clínica, e etc.), o acompanhamento clínico nas etapas laboratoriais e

vice-versa são de grande importância.

Na maioria das vezes o nível superior dos CDs frente ao nível técnico dos

TPDs dificulta a interação profissional e faz com que fatores como o intelecto e o

grau de escolaridade sejam maximizados. Essa relação de poder não deve existir,

pois cada uma das partes deve estar capacitadas em fazer bem o que lhe foi

proposto e o que cabe a elas, e devem interagir entre si, complementando-se, e

formando uma equipe que troca idéias e conhecimentos, realizando o trabalho

protético da melhor forma possível, tendo-se, assim, profissionais em harmonia e

satisfeitos.

Ao decorrer de minhas pesquisas encontrei a história da prótese no Brasil

juntamente com dados que relatam todo o desenvolvimento dessa profissão e inclui

no meu trabalho.

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HISTÓRIA DA PRÓTESE DENTÁRIA NO BRASIL1

Fazer prótese era atividade de dentista. Quando muito, ele próprio incumbia

alguém, um auxiliar, um boy, para executar certas tarefas de prótese. A própria

odontologia tinha seus problemas com os chamados práticos licenciados,

profissionais que exerciam a atividade sem formação superior.

Até que na revolução de 30, o Presidente Getúlio Vargas (figura1) resolveu

tomar providencias, com um decreto-lei referente á odontologia, que citava o

protético.

Figura1:Presidente Getúlio Vargas na revolução de 30

Foi criado um Serviço de Fiscalização da Saúde Pública, que ia aos

consultórios e, conseqüentemente, aos laboratórios, já que na época estes não

passavam de “cantinhos” dos consultórios dentários, pequenas salas anexas.

Esse foi o primeiro passo para em 1935, o governo desse um fim aos

práticos licenciados, instituindo um exame de habilitação com certificado para quem

quisesse exercer a odontologia.

O protético só entra em cena em 1943, através do Departamento Nacional

de Saúde Pública, que criou a portaria nº 29, que obrigava o protético a prestar

exame, passando por uma bancada examinadora, para só então, trabalhar com a

prótese. Graças a essa exigência, os profissionais começaram a se conhecerem.

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Acabavam se encontrando na inscrição e posteriormente, na Faculdade de

Odontologia para prestar exame prático e oral. A prova escrita pouco exigia do

candidato. Eram questões simples, de terceira série primária, e na oral, as perguntas

faziam referencias aos aparelhos usados na atividade, ou seja, era uma prova

apenas para legalizar os que já praticavam a profissão. Todos os inscritos foram

aprovados. Depois de legalizados os protéticos passaram a sofrer uma maior

fiscalização e a ter que requerer alvarás da prefeitura, para abrir seus laboratórios.

Legalizada, a profissão começou a ganhar mais força e os profissionais

foram ficando mais unidos. Tanto que fundaram em 1944 a Associação Profissional

dos Protéticos Dentários, idealizado por um grupo de 65 profissionais na cidade do

Rio de Janeiro.

No dia 18 de janeiro de 1944, a Associação passa a ser Sindicato. Nascia

então o primeiro sindicato dos protéticos do Brasil. Formado pelos profissionais:

Alcides de Oliveira, Oswaldo Ramos, Jair Manzzoni, Orlando Volga, José Pereira da

Silva, e outros se reuniam mensalmente para tratar da admissão de novos sócios -

tarefas que exigia um trabalho de “Catequisação” da classe, elaboração de

estatutos, estudo de tabela de preços dos serviços de próteses, e a velha questão

do relacionamento entre os protéticos e dentistas.

Em 1957, com a eleição de Alcides de Oliveira o sindicato ganha novo

impulso. Alcides provocou em “rebuliço” na prótese, criando Delegacias Regionais,

indiciando o movimento para fiscalização do ensino da prótese, fundando a

Associação Brasileira de Prótese Dentária, incentivando pelo Brasil a fora, o

surgimento de novos sindicatos e associações.

Só na década de 70, durante a gestão de Neufran Baptista Chaves no

sindicato, o Ministério da Educação criou a portaria 86, instituindo a obrigatoriedade

do 2º grau para técnico em prótese.

A UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - montou um curso

para auxiliar de prótese, com duração de um ano. Com a procura, o curso passou a

ter dois anos, formando técnicos em prótese dentária.

E a história não para por aí. E um sonho antigo aos poucos está se

realizando, o de criar o curso Superior de Prótese Dentária.

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Figura 2: Imagem antiga de um laboratório de prótese

Figura 3: imagem atual de um laboratório de prótese

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REVISÃO DE LITERATURA

De acordo com o cirurgião-dentista e técnico em prótese dentária, Calamita,

A. Marcelo2, et al., em seu artigo sobre o papel decisivo do TPD no tratamento

interdisciplinar, descreve que em um conceito de um trabalho ideal o TPD deveria

atuar rotineiramente na clínica, mas, na maioria das vezes, isto não é possível.

Nessas circunstâncias, pode-se comunicar á distância através de e-mail, MSN, ou

outras tecnologias multimídias. As imagens digitais (fotos) são ferramentas

essenciais para o diagnóstico e a comunicação com o paciente, que:

• possibilita ao TPD conhecer a imagem do rosto do paciente, antiga e/ou atual,

com todas as suas referências para a reconstrução do sorriso. (figuras 4 e 5)

• viabiliza a distribuição de cor, efeitos e textura dos dentes e dos tecidos

gengivais.

• permite a visualização da peça in vivo (Fig.4) durante as sessões de provas,

evidenciando as potenciais modificações necessárias.

Figura 4: Dente com preparo para receber o trabalho confeccionado pelo protético.

Facilidade na percepção da cor, aparência e outros detalhes.

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Figura 5: Trabalho terminado.

E ressalta que o paciente, por sua vez, sente-se seguro quando consciente

do comprometimento de cada membro da equipe, em atingir os melhores resultados

e interferir positivamente com sua auto-estima e qualidade de vida.

Assim como os materiais e as técnicas são constantemente atualizados, o

processo de comunicação também precisa evoluir, dando-se abertura para que o

TPD participe ativamente do processo de planejamento, estimulando uma interação

sinérgica de raciocínios entre os membros da equipe laboratorial.

Planejamento: é o ato sistemático, porém criativo e dinâmico de definir

planos para atingir determinado objetivo. Há necessidade de se planejar qualquer

procedimento antes de executá-lo para obter resultados satisfatórios.

Segundo Calamita2, cerca de 90% das falhas de diagnósticos são pela falta

de planejamento e não da técnica em si, sendo que os resultados do tratamento não

dependem apenas da todas as variáveis envolvidas, das etapas a serem cumpridas

e da importância de se seguirem certos parâmetros clínico-laboratoriais.

Em outro trabalho, Gouvêa, Depes V. Cresus3 et. al, em seu artigo sobre a

Relação Profissional entre cirurgião dentista e técnico em prótese dental, faz uma

pesquisa envolvendo cerca de 120 profissionais dentistas, chegando a levantar

quesitos interessantes sobre essa interação.

Em sua pesquisa ele questionou sobre a fidelidade desses dentistas com os

laboratórios, e o que concluiu foi que aproximadamente 37% dos entrevistados já

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haviam trabalhado com muito mais de três laboratórios, enquanto 28% destes

haviam se estabelecido com apenas um ou dois laboratórios.

Em outra questão, o pesquisador interroga ao dentista quando ocorre algum

erro por parte do CD, e este identifica como sendo seu. Mais de 60% dos

entrevistados não assumem o erro ou culpam o técnico pelo ocorrido.

Assim como essas questões, várias outras definem o caráter da relação

entre ambas as partes profissionais, em outra questão sobre os CDs se sentirem

superiores ao TPDs. 81,67% afirmam essa superioridade enquanto 18,33% não se

consideram superiores.

Quando foi avaliada a importância da comunicação com o laboratório,

38,33% não achavam a comunicação um fator importante, e 30,83% achavam que

poderia ser melhor e apenas, 2,50% consideravam a comunicação excelente.

Na exigência sobre o trabalho laboratorial o que CD avaliava em primeira

demanda, uns CDs optavam pelo preço, outros pela a rapidez da entrega enquanto

63,33% avaliavam a qualidade final da prótese, por que não exigirem também na

qualidade da interação profissional entre ambas as partes.

Outra questão mostra que mais de 92% dos CDs entrevistados, quando

estão em dúvida sobre um trabalho protético, recorrem sempre a um colega CD, ou

não julgam necessário pedir orientação ao técnico que executará seu trabalho, e

somente 2,50% responderam recorrer ao TPD no caso de dúvida.

Perante essa pesquisa, pode-se perceber e concluir quão grande ainda são

as barreiras que impedem a relação entre os profissionais propriamente dito.

Porém objetiva-se, que tais questionamentos podem levar a uma melhora

da qualidade do serviço prestado aos pacientes, além de, através de uma melhoria

da comunicação e relacionamento humano entre as referidas partes, o crescimento

profissional de ambos.

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SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL NO PLANEJAMENTO DE UMA P.P.R:

Na clínica dentária, o dentista decide o que é melhor para o paciente de

acordo com suas necessidades: como por exemplo a questão financeira, a estética,

a exigência no prazo de entrega e outros fatores que chamamos de planejamento,ou

orçamento, chegando em um acordo com o paciente é feita assim a primeira

moldagem, juntamente com os preparos da boca,como:onde colocar os grampos

planejando a P.P.R.

Essa moldagem é enviada para o laboratório de prótese dentária em um

recipiente umidificado, com umidade próxima a 100%, para a conservação do

material hidrocolóide (Fig.6), através de um moto boy de preferência cuidadoso para

evitar assim possíveis distorções.

Ao receber o trabalho, que provavelmente já tenha sido combinado entre os

profissionais sobre procedimentos a serem tomados, o TPD, executa: a 1ª

modelagem que dá origem ao modelo de estudo. Logo em seguida, realiza na

mesma moldagem a 2ª modelagem para através dela confeccionar o modelo que

dará base para a confecção da moldeira individual (Fig.7). Essa moldeira é enviada

ao CD, que por sua vez recebe novamente a visita do paciente para fazer a os

preparos de boca necessários e também a 2ª moldagem com a moldeira individual.

A nova moldagem é enviada ao laboratório.

O TPD planeja os grampos delineando o modelo de estudo, no modelo de

trabalho faz o alívio em cera, duplica com hidrocolóide reversível e obtém o modelo

refratário. Neste modelo que vai ao forno, ele faz o enceramento de toda a armação,

inclui em revestimento e realiza a fundição.

Faz então o acabamento e o polimento da peça metálica e adapta esta no

modelo de trabalho. A estrutura metálica é envia para o CD, para ser provado na

boca do paciente.

A peça retorna ao laboratório para que sejam feitas a finalização do

trabalho: Montagem dos dentes e enceramento da gengiva. O trabalho é enviado

novamente para o consultório para prova pelo dentista e paciente.

Feito a prova e aprovado a montagem, o trabalho retorna ao laboratório

para finalização: inclusão, acrilização, e por fim o acabamento no motor e no torno

(polimento).

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O serviço do protético termina aqui, ele envia seu trabalho polido e

esteticamente acabado a clinica, e recebe pelo trabalho executado.

É feita assim a adaptação da peça no paciente, e alguns ajuste se

necessário do material, e por fim a alta e satisfação do paciente, e posteriormente

dos profissionais envolvidos no trabalho clínico e laboratorial.

Através desse trabalho de P.P.R nota-se a importância do entrosamento

entre o TPD e o CD, a cada vez que o material é enviado aos profissionais.

Por isso à necessidade de ambos os profissionais fazerem bem feito sua

parte, respeitanto-se e comunicando-se, pois assim amplia ainda mais seus

conhecimentos e enriquece sua vida profissional e pessoal.

Figura 6: Recipiente com esponja umedecida, com o molde de alginato

Figura 7: moldeira individual de PPR

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CONCLUSÃO

A literatura atual ainda é bastante restrita e pouco específica, não se

encontrando muitas referências diretas às relações entre os Cirurgiões Dentistas e

os Técnicos em Prótese Dentária.

Perante as pesquisas feitas pelos artigos foi observado que cada um dos

profissionais deve assumir a parte de responsabilidade diante das falhas que

ocorrem, para que a relação entre ambos fique bem estabelecida. A troca de

conhecimento entre os profissionais envolvidos deve ser norma praticada com

freqüência para o engrandecimento de todos, como profissionais, e da relação,

como um todo.

A busca por melhores condições de vida tem levado os profissionais a

buscarem conhecimento cada vez com mais afinco.

A valorização do conhecimento que cada um possui se faz essencial, a

humildade diante do outro e de si mesmo, levando ao próprio a admitir que só

conhece uma parte do todo, o que é outro fator importante, pois assim surge o

respeito que favorece uma comunicação clara entre ambos.

Os CDs e os TPDs não possuem uma relação amistosa, pois entre eles há

uma competitividade que termina por um invadir o espaço do outro. Os CDs se

acham superiormente melhores cientificamente do que os TPDs, que possuem

apenas o nível técnico. O desconhecimento por parte do CD sobre prótese

laboratorial é notório, bem como a sua não necessidade de saber. Eles não

assumem, na maioria das vezes, seus erros. Porém, também é notório que este CD

“desinformado” opta sempre por um técnico que possua conhecimento e qualidade

final da prótese.

A comunicação, o conhecimento, a experiência, nas relações afetivas,

empatia, nível social e intelectual influem nas relações interpessoais e

interprofissionais entre os CDs e os TPDs.

Objetiva-se que tais estudos possam levar a uma melhoria da qualidade do

serviço prestado, através de uma melhoria da comunicação e relacionamento

humano entre as referidas partes, o crescimento profissional de ambas as

profissões.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ABPD - associação brasileira de prótese dentária. A História da Prótese no

Brasil Disponível em: www.abpd.odo.br. Acesso em 28/03/2010 ás 18:20

2. Calamita, Marcelo A.; Coachamn, Christian; Sesma, Newton. O Papel Decisivo

do Técnico em Prótese Dentária no Tratamento Interdisciplinar. cap.1.

2010

3. Gouvêa, Cresus V. Depes; Faria, Márcia Aguiar; De Paula,Lígia Dias. Avaliação

da relação profissional entre o cirurgião dentista e o técnico em prótese

dental, interferindo na qualidade final da prótese. Odontologia. Clín.-

Científ., Recife, Ano 5 vol.3. p. 215-221, jul/set., 2006

4. Nogueira, Gustavo C. B. Sequencia para a Confecção de uma PPR. ETEc

Philadelpho Gouvêa Netto. 1998.