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À LA CARTE Vera Ribeiro de Carvalho (você poderá ver a explicação desse título clicando aqui) ESCLARECIMENTO TENHO RECEBIDO VÁRIAS RECLAMAÇÕES DE PESSOAS QUE NÃO CONSEGUEM VER ONDE POSTAR OS COMENTÁRIOS PARA ESTA COLUNA. SE QUISER COMENTAR, OBSERVE, LOGO QUE CLICA PARA ABRIR A COLUNA, QUE ABAIXO ESTÁ ESCRITO: "POSTE COMENTÁRIOS ABAIXO QUANDO QUISER. " ESSE “ABAIXO” FICA NA PÁGINA ANTERIOR A ESTA. ÀS VEZES O ESPAÇO APARECE LOGO ABAIXO MESMO; ÀS VEZES, LÁ “EMBAIXÃO”, AO PÉ DO SITE. VEJA: Vira e mexe, agora, até em Goioerê somos surpreendidos com cenas de violência nas escolas. O que acontece? O que move tudo isso? Ih! São tantas as causas! Não só daqui, como do Brasil inteiro...

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À LA CARTE

Vera Ribeiro de Carvalho

(você poderá ver a explicação desse título clicando aqui)

ESCLARECIMENTO

TENHO RECEBIDO VÁRIAS RECLAMAÇÕES DE PESSOAS QUE NÃO CONSEGUEM

VER ONDE POSTAR OS COMENTÁRIOS PARA ESTA COLUNA.

SE QUISER COMENTAR, OBSERVE, LOGO QUE CLICA PARA ABRIR A COLUNA,

QUE ABAIXO ESTÁ ESCRITO: "POSTE COMENTÁRIOS ABAIXO QUANDO QUISER. "

ESSE “ABAIXO” FICA NA PÁGINA ANTERIOR A ESTA. ÀS VEZES O ESPAÇO

APARECE LOGO ABAIXO MESMO; ÀS VEZES, LÁ “EMBAIXÃO”, AO PÉ DO SITE. VEJA:

Vira e mexe, agora, até em Goioerê somos surpreendidos com cenas de violência nas escolas.

O que acontece? O que move tudo isso?

Ih! São tantas as causas! Não só daqui, como do Brasil inteiro...

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Comecemos olhando o panorama atual de nosso país. Com todo o noticiário da mídia, todos

percebem – os jovens, principalmente – a impunidade que grassa por aqui... é “gente importante”,

dirigindo embriagada, matando inocentes com seus carros... é político corrupto se locupletando

financeiramente com o dinheiro do povo... é policial mal formado ou mau caráter matando até crianças...

tantos outros desmandos... e nada acontece. Por que aconteceria com eles nas escolas1?

Podemos continuar nossa análise abordando o problema das drogas, cujo tráfico muitas vezes

acontece dentro dos próprios estabelecimentos de ensino.

Ou a educação recebida (ou “não” recebida?) em casa. Talvez por falta de valores familiares,

pais permissivos, agressivos, alienados, drogados... que geram filhos com comportamentos absurdos

como o do vídeo abaixo (é curto, mas nem precisa ver inteiro para entender do que estou falando...):

https://www.youtube.com/watch?v=UwbVFybA138

Observaram a absoluta falta de iniciativa dos professores que estavam vendo aquilo? Aí vem a

pergunta... Mas será que estariam tão errados diante da ameaça do ECA? (esse é um problema... uma lei

que veio para proteger mas que, em muitos casos, só faz “passar a mão na cabeça”...)

“Apontam-se, também, fatores como a exclusão social a falta de perspectiva em relação ao

futuro profissional e acadêmico. A educação, nesse sentido, deixou de ser uma alternativa ao ciclo de

pobreza e desagregação familiar vivido por estudantes de periferias”2.

Aí, o que acaba acontecendo é uma cômoda parceria: os pais trabalham com um ideal de filho,

e a escola, pensa o aluno da mesma maneira. "É uma ótima parceria: ninguém olha a criança como de

fato ela é. Assim, a escola não se sente desafiada a desenvolver práticas educativas que aprimorem seu

desenvolvimento"3.

Não vamos nos iludir achando que essa violência acontece somente em escolas de periferia...

Ela já chegou à classe média. “Nas escolas, estima-se uma grande porcentagem de estudantes que usam

ou já usaram algum entorpecente. A droga, nesse caso, começa na infância e dentro da própria escola.

Primeiro a criança ganha, depois passa a comprar. As campanhas antidrogas não estão surtindo o efeito

desejado, o consumo das drogas, por estudantes, continua a crescer”.

Também não vamos nos iludir achando que a escola é o “paraíso dos paraísos” e o que

acontece dentro dela é o que poderia haver de melhor... Há que torná-la mais interessante, ou os jovens

vão preferir ficar na internet, no laptop ou no celular, em vez de prestar atenção nas aulas. Há que parar

com essa preocupação prioritária com o que prega o “currículo”, e dar mais atenção à realidade “lá

fora”... adequar os conteúdos ao tempo presente... utilizar-se mais dos recursos existentes nela, como

laboratórios de Química, de Informática... Trazer o “presente” para a sala de aula.

Difícil? Claro que sim! Mas... parece até impossível quando se vê atitude também como esta do

vídeo a seguir. Em que planeta isso se dá, meu Deus?!! Como pode uma professora ter uma atitude

dessas? E como é que os alunos compactuam com isso, fazendo igualmente de conta que nada está

acontecendo?? (assistam ao menos até os 46 segundos, para saberem o que de fato está havendo...)

https://www.youtube.com/watch?v=ayvFi23a9S0

Ou, então, o palavreado desse “professor” em meio à sua aula:

https://www.youtube.com/watch?v=B--6gRdi3Ws

São absurdos como esses que vêm comprovar que a escola não é sempre, realmente, aquilo que

deveria ser. É o outro lado da moeda...

Agora... dentro ainda do lado original da moeda... Sinceramente... eu, que nunca tive problemas

sérios com alunos em sala, não sei como reagiria diante das situações dos dois primeiros vídeos a seguir

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(são todos rapidinhos...). Observem como é traiçoeira a menina quem já chega dando uma “voadora” na

distraída colega. Não sei como pode haver tanta maldade encarada como normal:

https://www.youtube.com/watch?v=ulTS5HuILG4

E esta menina de 14 anos, agredindo a diretora por causa de um celular que esta tomou dela na

sala? Olhem o tamanho dela!!

https://www.youtube.com/watch?v=srO1ryEpdUY

E... só para terminar esta série de vídeos... uma “pérola” que mostra um incrível bate-boca entre

professora e diretora na frente dos alunos!!!

https://www.youtube.com/watch?v=GStTXyMF9N8

Então... o que posso dizer diante de tudo isso?

Que, diante de tantas provas, o homem nasce mesmo bom, como afirmou Rousseau, mas a

sociedade é que o corrompe. Claro! Nenezinhos nascem puros, inocentes. Como eles se transformam em

seres violentos, senão através da sociedade em que vivem? E o que estamos fazendo diante dessa

sociedade em que vivem?...

... dizer que, por isso, a violência “não é fruto da escola, não se origina nela (e sim, na

soiciedade). A escola trabalha com o efeito, as causas lhe são externas. (...) Ela é fruto de um conjunto

de fatores socioculturais, por isso, a escola sozinha não tem como resolver o problema. É necessária

uma ação de todas as instituições, ações multidisciplinares e interdisciplinares envolvendo escola,

família, igreja, judiciário, polícia...4”

Viram que sugestão? Talvez indique uma solução, mas... como envolver tudo isso? Quanto

tempo demoraria até que algum objetivo fosse alcançado? Enquanto isso, como sobreviver a essa onda

nas instituições de ensino? É uma solução a loooooooooooooooonnnnnnnnngo prazo, que merece, sim,

nossa atenção...

Só que, enquanto isso... confesso...

Estou horrorizada e confusa!!

1.http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/27367/opiniao-

violencia-nas-escolas/

2.http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/violencia-nas-escolas-

das-ruas-para-a-sala-de-aula.htm

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3.http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/153/artigo234699-1.asp

4.http://www.izabelsadallagrispino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&i

d=1447

PAINEL

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Por aquele motivo que todos já conhecem, fui procurar algo interessante para substituir

meus entrevistados... acabei achando uma entrevista com Caetano Veloso, que fala de importante

período de nossa história: a Tropicália... Achei pertinente...

“O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular

e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos

destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações

da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério

Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o

grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus

principais mentores intelectuais.

Irreverente, a Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só quanto à

música e à política, mas também à moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e ao vestuário. A

contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das

roupas escandalosamente coloridas”.

No site que segue ao final para quem quiser ler na íntegra, segue a entrevista, a qual editei

para esta publicação, feita por Ana de Oliveira (há muito mais do que a entrevista, nesse link):

Ana: Quando você ouviu pela primeira vez o termo Tropicália?

Caetano: Num almoço em São Paulo, dito por Luiz Carlos Barreto, em 1967. O disco já estava

praticamente pronto, e a música já estava gravada, mas não tinha título. Luiz Carlos pediu pra cantar as

músicas novas – naquela época se cantava muito com violão em reuniões assim. Quando eu cantei essa,

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ficou maravilhado. Achou parecida com o filme Terra em Transe e com a obra de um artista do

Rio, Hélio Oiticica, chamada “Tropicália”. Dizia que eu devia dar esse título à música. Respondi que

não conhecia nem a pessoa nem a obra, e que não ia botar o título de uma coisa de outra pessoa na

minha música. A pessoa podia não gostar. Manoel Barenbein, produtor do disco, adorou e escreveu na

lata: Tropicália. Era provisório, mas ficou lá.

Ana: Mas você não achava bonito o nome Tropicália?

Caetano: Até que é uma palavra bonita. Mas é o nome de uma outra coisa. E depois essa coisa

de tropical... Naquela época, queria evitar isso.

Ana: Parece que o termo Tropicália sempre agradou a você mais do que Tropicalismo, não é?

Caetano: É. “ismo” já dá uma ideia meio chata, mas mesmo assim me acostumei depois.

Ana: Que significado da palavra Tropicalismo você percebia e rejeitava?

Caetano: Tropicália parece uma coisa viva, que está acontecendo. Tropicalismo parece uma

escola, um movimento num sentido mais convencional. A palavra Tropicalismo apareceu na imprensa

num texto de Nelsinho Motta e noutro de Torquato Neto, parecido com o de Nelsinho. Até hoje acho

simpáticos ambos os textos, mas equivocados e ingênuos, tal como achava na época. Eu não sentia tanta

atração pela ideia de Tropicalismo, porque botar esse nome parecia que a gente queria fazer um negócio

dos trópicos, no Brasil e do Brasil. Não queria que fosse esse o centro da caracterização do movimento,

porque ele queria ser internacionalista e anti-nacionalista. Tendia mais pra o som universal, outro

apelido que a gente ouviu e adotou também durante um período, mais pra ideia de aldeia global, de

Marshall MacLuhan, muito presente na época. A gente tinha muito interesse nas conquistas espaciais,

no rock’n’roll, na música elétrica e eletrônica, enfim, nas vanguardas e na indústria do entretenimento.

Tudo isso era vivido como novidade internacional que a gente queria abordar assim

desassombradamente. Mas hoje acho que foi o nome mais certo possível.

Ana: Num texto do livro Expresso 2222, Antonio Risério diz que a Tropicália foi básica e

essencialmente coisa da cabeça de Caetano. Jamais nenhum tropicalista disse outra coisa. Você

concorda, ou isso foi exagero de Risério?

Caetano: Talvez seja um pouco de exagero de Risério. Num dos prefácios da coletânea de

poemas de Torquato, organizado por Waly Salomão, Décio Pignatari escreveu que o verdadeiro

intelectual do Tropicalismo tinha sido o Torquato. Acho que talvez Risério tivesse dito isso porque não

gostou de ver Décio dizer aquilo. Também não gostei. Porque não está certo, quer dizer, seria uma

injustiça comigo e com Torquato.

Ana: Então qual teria sido a nascente da Tropicália?

Caetano: Eu diria que é mais o resultado da aproximação das personalidades de Gilberto Gil e

Caetano Veloso. Sem ele eu não faria nem música, quanto mais essa coisa toda dentro da música. Ainda

assim, uma vez que eu já estava dentro da música, sobretudo por causa de Gil, só desencadeei esse

movimento tão responsável pela questão da música popular no Brasil porque o próprio Gil estava muito

excitado pra que algo nesse sentido acontecesse. Dizer que a Tropicália é exclusivamente da minha

cabeça peca contra essa verdade.

Ana: Qual foi o papel de Maria Bethânia na Tropicália?

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Caetano: Ela foi um estopim quando disse que assistia todo domingo ao programa de Roberto

Carlos e que eu deveria fazer o mesmo. Ela me disse que a Jovem Guarda tinha muito mais vitalidade do

que o nosso ambiente de pós-bossa nova, bom gosto e tudo, que era muito defensivo. Como também

aqueles slogans de esquerda, aquelas músicas... Todo mundo com medo do iê-iê-iê. De repente as

pessoas não estavam ouvindo o que se passava. Eu, pra ser sincero, morava no Solar da Fossa e nem

suportava televisão. Mas por causa do conselho de Bethânia procurei ver, quando podia, na casa da avó

de Dedé, aos domingos, o programa de Roberto Carlos, e percebi, de fato, que Bethânia tinha razão.

Ana: De certo modo, você também já sentia essa inquietude naquele ambiente meio estagnado

da música popular brasileira?

Caetano: Sentia isso quando ouvia o que os meus amigos faziam, o seu tipo de crítica às coisas,

essas limitações do bom gosto e da estilização que se aprovava. Eu tinha vindo da Bahia fazia pouco

tempo, e Bethânia foi fundamental porque trouxe esse primeiro estímulo.

Ana: Como surgiu a ideia de fazer o disco-manifesto Tropicália ou Panis et Circensis?

Caetano: Acho que a ideia partiu de mim. Quem tocou mais esse disco fui eu.

Ana: É o disco tropicalista de que você mais gosta, não é?

Caetano: É. Assim que ficou pronto, Gil não gostou, mas eu adoro.

Ana: O que você recorda do agressivo debate com os estudantes da Faculdade de Arquitetura da

USP (FAU), em 68?

Caetano: Os estudantes organizaram um debate sobre Tropicalismo e convidaram Torquato, Gil,

Décio, Augusto e a mim. Na porta, os garotos entregavam um panfleto contra o Tropicalismo, um texto

de Augusto Boal escrito talvez pra Feira de Opinião, e entregaram até pra gente. Lá dentro, em vez de

deixar a gente falar e fazer o debate como tinham proposto, jogavam banana e bombinhas de São João

na nossa cara. Foi duro. Mesmo assim discutimos, tentamos superar a agressão. Algumas pessoas na

plateia contiveram os mais exaltados. Mas todo mundo era unanimemente contra nós. Todas as

perguntas tentavam nos botar na parede. Mas respondemos muito bem porque, modéstia à parte, tratava-

se de uma mesa de pessoas muito inteligentes.

Ana: Houve posteriormente algum encontro/confronto entre os tropicalistas e os seus opositores

daquele episódio?

Caetano: Nunca ouvi um depoimento que dissesse: “Eu estava ali! Vaiei e depois reconheci isso

ou aquilo”. As pessoas que foram covardes naquele momento continuaram covardes pro resto da vida.

Ana: E o Festival Internacional da Canção, em 1968, no qual você e os Mutantes defenderam “É

Proibido Proibir”?

Caetano: Eu não queria botar música ali. Não gostava desse festival da TV Globo, no Rio.

Achava mais legal o da Record. Sem sombra de dúvida, achava o ambiente de São Paulo muito melhor

do que o do Rio.

Ana: O que lhe parecia tão terrível nos festivais do Rio?

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Caetano: A total incapacidade de admitir que alguma coisa nova ou diferente pudesse acontecer,

característica muito violenta do Rio. Naquela época, isso era asfixiante. Em São Paulo havia uma certa

sensação de território virgem, uma capacidade de surpresa e confiança, uma pureza de olhar de que

o Rio era incapaz. No Rio havia o tom que há nas cortes, nas capitais de países onde o mundo cultural

ficou centralizado.

Ana: Você não gostava da música “É proibido proibir”?

Caetano: Não! Achava “É proibido proibir” uma música boba. Não queria usar esse refrão

porque era o que os estudantes de Paris tinham escrito na parede em maio de 68. Apareceu na

revista Fatos & Fotos, Guilherme achou bonito. Também achei, mas daquele tipo de bonito meio fácil,

meio enjoativo.

Ana: Um bonito surrealista de uma frase que é um paradoxo, não é?

Caetano: É. Tem certa graça, mas não se pode extrair muita coisa dali. Há uma alegria de

brincar de dizer que é “proibido proibir” porque uma coisa nega a outra e o paradoxo nunca pára de

girar. Só que não é o meu jeito de fazer as coisas. Transformando a música num happening, salvava a

situação. Fiz isso de uma maneira bem escandalosa, e aí veio uma vaia brutal, que aproveitei pra dizer

tudo o que eu pensava sobre a atitude daquela juventude de esquerda. Fiz um discurso inflamado na

segunda apresentação da música. Eles vaiavam e jogavam coisas pra cima da gente.

Ana: Em poucas palavras, como você definiria a Tropicália?

Caetano: A Tropicália foi simplesmente um esforço no sentido de defender o que era essencial

na Bossa Nova.

http://tropicalia.com.br/v1/site/internas/entr_caetano.php

Fique agora com o...

Álbum de recordações

Documentário Tropicália

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Caetano, Gil, Rita Lee e Gal (olhem a moda!)

A mesma foto acrescida de Jorge Ben (como era conhecido na época)

Alguns componentes (aqui dá para apreciar melhor aquela moda...)

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Tom Zé à esquerda

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Panis et Circensis – 68 - álbum-manifesto

Extravagância era a palavra...

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Caetano e Gil hoje

Do mais fundo do baú...

O menino

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Reprodução das fotografias do pai, José Telles Veloso e dona Canô, exposta na parede da

residência de dona Canô em Santo Amaro na Bahia

Caetano, Bethânia e D. Canô, a mãe

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Com a família

O jovem ainda “comportado”...

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1942 – Os pais dançando

1971 - Caetano Veloso com Dedé Gadelha, Maria Bethânia e Dona Canô e o pai Zezinho

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Outra, no mesmo dia, só com os pais

Chamego de “mainha”...

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Em fuga - Caetano e Gil em Londres

Dona Canô (in memorian)

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Gil bebê

Um pouquinho maior

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Também era “comportado”...

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Com os pais

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Salute

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O que há pelo Brasil que eu conheci...

Calçadão de Matinhos – Litoral do PR – em 2014

Galeria dos aniversariantes

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Adivinhem quem está soprando as velinhas HOJE? Ela, Mara Carvalho, minha amiga que

“apronta” números belíssimos pela Secretaria da Cultura! Mara, continue assim, cheia de garra,

persistência e... competência! Parabéns, felicidades mil e me convide pra festança! kkkk!!!

E no próximo dia 16, minha amiga Odete Oliveira, sem a qual minha vida seria um caos! rsrsrs!

Odete, “faz alguns anos que Deus enviou você à terra para iluminar a todos com a sua presença. E neste

dia mais que especial que evidencia a sua chegada ao mundo, palavras não bastam pra homenageá-la.

Você é uma obra preciosa que Deus criou e revestiu com muitas e boas qualidades, uma grande pessoa

que admiro e quero muito bem! Parabéns hoje e felicidades sempre!”

ORIENT abre até 17 horas no sábado para facilitar as compras do Dia dos Namorados

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QUESTÃO

''Encerrado o discurso, todos aplaudiram.'' Sem alterar o sentido, essa frase poderia ser

corretamente substituída por:

A. Se o discurso se encerrar, todos aplaudirão.

B. Embora o discurso se encerre, todos aplaudem.

C. Mesmo que o discurso se encerrasse, todos aplaudiriam.

D. Quando o discurso se encerrou, todos aplaudiram.

Você saberia dizer qual a classificação da palavra acima (de cuja alternativa você escolheu)

que estabelece a relação lógica entre as frases? (conhecida, no ensino tradicional, como “conjunção”)

A. Causa

B. Conseqüência

C. Tempo

D. Concessão

Clique aqui e veja a resposta da questão