35

A LINGUAGEM das HISTÓRIAS EM · criança, jovem ou adulto, ela tem uma maneira particular de assimilar. ... publicação da Turma da Mônica. Mas a Abril não esmorece, pois seus

Embed Size (px)

Citation preview

1

A LINGUAGEM das HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

ELENIZA DO ROCIO DE SOUZA

CURITIBA/PR

2011

2

FICHA PARA CATÁLOGO

Título: A LINGUAGEM DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Autor Eleniza do Rocio de Souza

Escola de Atuação Colégio Estadual Manoel Ribas – Ensino Fundamental

Município da escola Curitiba

Núcleo Regional de Educação Curitiba

Orientador Luiz Antonio Zahdi Salgado

Instituição de Ensino Superior FAP – Faculdade de Artes do Paraná

Disciplina/Área (entrada no PDE) Arte

Produção Didático-pedagógica Caderno Pedagógico

Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa

Público Alvo

Alunos da 5ª série do Ensino Fundamental

Localização

Colégio Estadual Manoel Ribas – Ensino Fundamental

Rua: Guabirotuba, nº 600, bairro: Prado Velho – Curitiba/PR

Apresentação:

O intuito deste Caderno Pedagógico visa exemplificar e

sugerir uma proposta de trabalho para a linguagem das

histórias em quadrinhos nas aulas de arte. A partir destas

expectativas foi pensado em atividades que possam

estimular e desenvolver um meio para o ensino

aprendizagem de maneira muito prática e simples, podendo

destacar e compreender as linguagens que estão

embutidas nos mais variados tipos de histórias em

quadrinhos. O objetivo é conhecer as linguagens das

histórias em quadrinhos e como esta linguagem é

importante para o leitor poder entender realmente a

mensagem por traz dos quadrinhos.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Linguagem; quadrinhos; imagem; mídias.

3

CADERNO PEDAGÓGICO

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...........................................................................................05

INTRODUÇÃO................................................................................................06

UNIDADE 01 O QUE SÃO AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E AS

LINGUAGENS NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS....................................08

UNIDADE 02 CONSTRUÇÕES DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS.........14

UNIDADE 03 ATIVIDADES PRÁTICAS UTILIZANDO OS QUADRINHOS...20

SUGESTÕES DE ATIVIDADES......................................................................21

SUGESTÕES DE LITERATURA.....................................................................32

SUGESTÕES DA WEB...................................................................................33

REFERÊNCIAS...............................................................................................34

4

IMAGENS

IMAGEM 01 – Primeira Sátira política na Inglaterra em 1891....................................10

IMAGEM 02 – Novela Radiofônica.............................................................................11

IMAGEM 03 – Mangás...............................................................................................12

IMAGEM 04 – Tira de jornal “Calvin e Bacon”...........................................................13

IMAGEM 05 – Imagem do livro Reinventando os quadrinhos – Maccloud................15

IMAGEM 06 – A ordem da leitura dos quadrinhos – Eisner.......................................16

IMAGEM 07 – Exemplo de balões.............................................................................18

IMAGEM 08 – Tirinha com balões em forma de diálogo............................................18

IMAGEM 09 – Exemplos de onomatopéias................................................................19

IMAGEM 10 – Tirinha utilizando uma onomatopéia...................................................19

IMAGEM 11 – Tela inicial do HagáQuê......................................................................31

5

APRESENTAÇÃO

Este Caderno Pedagógico foi idealizado com o intuito de colaborar com os

estudos sobre as histórias em quadrinhos e seu uso em sala de aula, focando o

aspecto das linguagens, como também, de promover reflexões e ações acerca

desse conteúdo. As histórias em quadrinhos podem e devem despertar um

significativo interesse de leitores de todas as idades e, por este motivo, esta

linguagem tem sido utilizada nas mais diversas formas e áreas da cultura

contemporânea, desde os tradicionais meios, como as revistas e jornais, até mesmo

como motivo para produções cinematográficas e games.

Pensar num material didático de subsídios e interação, esta foi à intenção ao

iniciar este Caderno Pedagógico, buscando explicar como as histórias em

quadrinhos podem ser um recurso de apoio didático nas aulas de arte e, dessa

forma, permitir abordar conteúdos e conceitos em qualquer área e nível da

aprendizagem.

Para tanto, este Caderno Pedagógico está dividido em três Unidades.

A primeira unidade está dividida num recorte histórico das histórias em

quadrinhos e suas origens em nível mundial, relatando alguns precursores e

principais autores, além de mostrar a linguagem dos quadrinhos de uma maneira

clara e objetiva.

A segunda unidade é designada aos passos de construção das histórias em

quadrinhos, utilizando as referências de McCloud (2005), no seu livro “Reinventando

os quadrinhos”.

Na terceira Unidade será realizado um processo de explicação, passo a

passo, para a confecção das histórias em quadrinhos, com sugestões de atividades

a serem feitas e um enfoque ao software HagáQuê (HQê), que possibilita, através

de suas ferramentas, a confecção de história em quadrinhos.

6

INTRODUÇÃO

Poder trabalhar a questão das histórias em quadrinhos como forma

pedagógica em sala de aula deve proporcionar a percepção da leitura de quadrinhos

e estimular a linguagem que eles obtêm através de suas histórias e, dessa maneira,

levar o aluno a adquirir conhecimento. Assim, com esta perspectiva, este Caderno

Pedagógico visa exemplificar e sugerir uma proposta de trabalho para a linguagem

em histórias em quadrinhos nas aulas de arte.

A partir destas expectativas e de outras questões surgidas durante a pesquisa

foi pensado em atividades que possam subsidiar, estimular e desenvolver um meio

para o ensino-aprendizagem de uma forma muito prática e simples, podendo

destacar e compreender as linguagens que estão embutidas nos mais variados tipos

de histórias em quadrinhos.

Desde as clássicas histórias em quadrinhos até as mais contemporâneas

pode-se observar que um simples gibi, charge, tira de jornal ou cartuns têm sua

maneira de expressar ou transmitir algo. Os quadrinhos podem ser considerados

uma literatura com vida própria, pois além da narrativa tem as imagens/ilustrações

para poder expressar todo um conjunto de uma criação de uma história em

quadrinhos.

E, dessa forma, o autor/criador deve ter muito claro o que quer e saber que

podem ocorrer mudanças até o processo de finalização da história, tanto no texto

como nas ilustrações. A partir do seu conhecimento das linguagens dos quadrinhos

ele pode dar à trama, à história, ou ao conto um contorno diferente, dependendo do

seu objetivo, do público a ser alcançado e da maneira como será representado.

Quando alguém lê um gibi, uma charge, uma tirinha de jornal ou revista, seja

criança, jovem ou adulto, ela tem uma maneira particular de assimilar. Isso porque o

que se busca numa leitura desse tipo é poder transpor ao seu irreal ou material e

7

dessa forma, o sentimento, o argumento ou a crítica por traz da história do autor

deve ser assimilada por seus leitores tanto pela parte visual como pelo conjunto do

texto.

O objetivo é conhecer as linguagens das histórias em quadrinhos e, a partir

dele, verificar, através da literatura pesquisada, como a sua linguagem é importante

para o leitor poder entender realmente a mensagem por traz das suas histórias.

Neste Caderno Pedagógico observar-se-á a partir da parte histórica dos

quadrinhos, desde o seu inicio até os dias de hoje, as formas e maneiras de criação,

os softwares e meios tecnológicos auxiliares que ajudam na produção e criação

dessas novas histórias, e como essas ferramentas da web podem de alguma forma,

auxiliar o aluno no processo ensino-aprendizagem de uma maneira positiva, o

trabalho do professor.

8

UNIDADE 01

O QUE SÃO HISTÓRIAS EM

QUADRINHOS E AS

LINGUAGENS UTILIZADAS

Will Eisner é o responsável pela reformulação dos quadrinhos, com seu personagem Spirit. Graças aos seus traços limpos, detalhados e, principalmente, aos enquadramentos inusitados e à própria disposição das cenas. (PDL, E-BOOK 2011)

9

As histórias em quadrinhos são definidas e conhecidas como narrativas

realizadas através da sequência de imagens, desenhos ou figuras impressas, com

falas dos personagens inseridas em espaços delimitados chamados de "balões",

geralmente publicadas em gibis, tiras de jornais ou revistas.

Existe uma distinção entre linguagens verbais e não verbais, elas são

divididas em duas: a Linguistica, ciência da linguagem verbal e a Semiótica, ciência

de toda e qualquer linguagem.

A maneira como nos comunicamos está muito presente no dia-a-dia, seja

através da linguagem falada, escrita ou simplesmente vista (transmitida pelo próprio

corpo). Assim, nos quadrinhos podemos perceber como que essas linguagens são

importantes para o entendimento do leitor em poder analisar de diferentes maneiras

uma história em quadrinhos.

Quadrinhos, a primeira vista, pode ser uma sequência de quadros. Esta é

uma definição bem simples, no entanto, essa sequência expressa uma história, uma

informação ou uma ação. Ao refletimos sobre as imagens que vemos, devemos

sempre considerar o caráter ideológico e qual a ideia essencial que quer ser

transmitida através delas.

As histórias em quadrinhos são um instrumento de comunicação, que aliam o

texto à imagem, transformando-os em uma literatura visual de comunicação e de

expressão artística.

Observou-se, pela literatura consultada, que os primeiros relatos sobre

histórias em quadrinhos surgiram nas sátiras políticas publicadas por jornais

europeus e norte-americanos do século XIX, que traziam caricaturas acompanhadas

de comentários ou pequenos diálogos humorísticos entre os personagens

retratados. Mais tarde, esse recurso daria origem aos hoje famosos "balões", recurso

gráfico que indica ao leitor qual das personagens em cena está se expressando ou

falando.

10

O primeiro personagem que marcou presença semanal em um jornal foi o

Menino Amarelo, criado por Richard Outcault, perdurou no período de 1895 até 1896

(http://multimidiahq.blogspot.com/2010/01/breve-historia-dos-quadrinhos.html, 2011).

Imagem 01: refere-se à primeira imagem de uma sátira política na Inglaterra, que aconteceu em 11/04/1891, publicada em um jornal local. O site também tem muitos outros artigos em inglês com

tradutor para outras línguas, de fácil manuseio e navegação. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Britishcomics

Já no Brasil, para enfrentar a forte concorrência dos heróis americanos, foram

transpostos para os quadrinhos nacionais aventuras de heróis de novelas juvenis

radiofônicas, como O Vingador, de P. Amaral e Fernando Silva e Jerônimo - o Herói

do Sertão, de Moisés Weltman e Edmundo Rodrigues.

Muitos estudiosos querem o crédito pela invenção do gênero ao cartunista

italiano Angelo Agostini, que, radicado no Brasil, escreveu, As Aventuras de Nhô

Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte, uma autêntica história em quadrinhos.

Quinze anos depois, ele seria responsável pela criação dos primeiros quadrinhos

brasileiros de longa duração, com as Aventuras do Zé Caipora (META, 2009).

11

Os quadrinhos da Disney chegaram ao Brasil por meio da editora Abril, nos

anos 50. Na mesma década, a revista Sesinho foi responsável pelo aparecimento de

figuras carimbadas nas histórias em quadrinhos no país, como Ziraldo, Fortuna e

Joselito Matos (SOLERA).

Imagem 02 – Esta imagem da versão de uma novela radiofônica ganhou um formato em quadrinhos de O vingador. Disponível em: http://www.carosouvintes.org.br/blog/?p=4260

O jornal Pasquim, famoso por sua linha revolucionária, destacou-se também

por suas tirinhas de quadrinhos, colocando nomes como Jaguar e o cartunista Henfil

(1988). Daniel Azulay criou um herói brasileiro, o Capitão Cipó, que representou um

dos melhores momentos dos quadrinhos nacionais nesse período. (SOLERA).

No Brasil, a editora Globo tem grande destaque, já que é a responsável pela

publicação da Turma da Mônica. Mas a Abril não esmorece, pois seus quadrinhos

de heróis das americanas Marvel, DC e Image continuam com grande expressão.

Além disso, a revista Heavy Metal lança a edição brasileira chamada Metal Pesado e

editoras menores publicam materiais de outras origens.

12

Paralelamente à evolução dos quadrinhos ocidentais, os Mangás, a forma

japonesa de fazer historinhas em quadrinhos, datam do período Nara (século VIII

d.C.), com o aparecimento dos primeiros rolos de pinturas japonesas: os

emakimono.

Eles associavam pinturas e textos que juntos contavam uma história à medida

que eram desenrolados

Os mangás não tinham, no entanto, sua forma atual, que surge no início do século XX sob influência de revistas comerciais ocidentais provenientes dos Estados Unidos e Europa. Tanto que chegaram a ser conhecidos como Ponchie (abreviação de Punch-picture) como a revista britânica, origem do nome, Punch Magazine (Revista Punch), os jornais traziam humor e sátiras sociais e políticas em curtas tiras de um ou quatro quadros (MOLINÉ, 2008 p. 29).

Imagem 03 – Um dos mangás de maior sucesso no Brasil, “Os cavaleiros do Zodíaco”, até hoje fazem sucesso, tanto nas versões impressas como nos seriados e cinema. Disponível em:

http://cdzforever.zip.net/

13

O primeiro desses emakimono, o Ingá Kyô, é a cópia de uma obra chinesa e

separa nitidamente o texto da pintura, e dessa forma, tem conquistado leitores e

mercados mundo afora, pela sua maneira de expor as histórias.

História em quadrinhos, charges e gibis são formas de expressão que

conjugam texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados

gêneros e estilos (ANDRAUS, 2006, p. 13). São, em geral, publicadas no formato de

revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais.

Imagem 04 – Tira de jornal, Calvin e Bacon, disponível em: http://depositodocal vin.blogspot.com/

Para McCloud (2005, p. 09) as Histórias em Quadrinhos são: “Imagens

pictóricas e outras justapostas em sequência deliberada destinadas a transmitir

informações e/ou a produzir uma resposta no espectador”.

Desde o seu surgimento, no final do século XIX, as histórias em quadrinhos

têm renovado constantemente sua linguagem e revelado artistas geniais e

personagens inesquecíveis em todos os gêneros. Delas saíram alguns dos mais

bem sucedidos e populares sucessos do cinema e da televisão nas últimas décadas.

14

UNIDADE 02

CONSTRUÇÕES DAS

HISTÓRIAS EM

QUADRINHOS

McCloud (2005, p. 09) afirma que as Histórias em Quadrinhos são: “Imagens pictóricas e outras justapostas em sequência deliberada destinadas a transmitir informações e/ou a produzir uma resposta no espectador.

15

Nos quadrinhos, os planos pictóricos traduzem a distância entre o observador

e a cena. Esses enquadramentos trazem ao leitor informações que variam de acordo

com o plano e o ângulo escolhido pelo autor para contar a história. Para McCloud

(2005), algumas das HQs se configuram como imagens pictóricas e outras,

justapostas em sequência deliberada. Há, pois, além das ilustrações, outras

“imagens” presentes nos quadrinhos como a verbal, que assume um caráter

pictórico nesse meio. A justaposição se dá pela sua característica seqüencial. Mas

não se trata apenas de um ajuntamento de linguagens. Na verdade, as relações

entre estas várias linguagens é que se tornam, nos quadrinhos, mais importante do

que as próprias linguagens em si. O exemplo a seguir mostra como criar uma

sequência de uma história em quadrinhos:

Imagem 05 – Uma página do Scott Mcloud tirada de seu livro “Reinventando os Quadrinhos” onde ele

ensina como fazer para entrar no “ramo dos quadrinhos”. http://4mundo.com/2008/01/18/como-fazer-

uma-historia-em-quadrinhos/

16

Neste contexto de sequência de quadrinhos do livro Arte Sequencial de Will

Eisner, pode-se entender e exemplificar duas informações sobre o formato dos

quadrinhos. A primeira é sobre a ordem canônica de leitura de quadrinhos, da

esquerda para a direita e de cima para baixo, algumas vezes desenhando essa

marca do Zorro.

Imagem 06 - A ordem de leitura quanto à sua passagem do tempo, segundo Einser.

Vale destacar que, assim como os desenhos animados, a animação é

sequencial em tempo, enquanto nos quadrinhos os quadros ocupam espaços

diferentes no papel. A utilização do espaço neste meio é, portanto, um importante

recurso para a sua composição.

A montagem nos quadrinhos não apresenta todos os enquadramentos num

fluxo contínuo como acontece em um filme, mas revela em poucos elementos o

essencial para que o leitor, através de sua imaginação, complete os quadros

colaborando decisivamente para o processo de montagem.

17

Outro recurso utilizado na elaboração dos quadrinhos e que contribui para sua

eficiência comunicativa é a forma dos quadros. Segundo McCloud o quadro (vinheta)

é o ícone mais importante dos quadrinhos, revelando-se como um indicador da

divisão do tempo e do espaço nessa produção artística. Um quadro sem contorno

pode dar mais leveza ou agilidade à leitura, enquanto uma imagem que extrapola os

espaços pode intensificar a dramaticidade de uma cena, isto só para citar algumas

das muitas possibilidades interpretativas.

A narração nos quadrinhos se faz através das imagens (pictóricas e verbais),

do uso dos balões (com ou sem texto) e das legendas (caixas de informação que

acompanham as imagens).

O balão, onde é inserido a fala ou o pensamento das personagens, é

importante elemento das HQs. Conforme explica Cagnin, “o balão, criação original

dos quadrinhos (...) é o elemento que indica o diálogo entre as personagens e

introduz o discurso direto na sequência narrativa” (CAGNIN, 1975, p.121).

O apêndice (ou rabicho) em forma de flecha que sai do balão e que está

voltado para a personagem marca a relação do texto com a imagem referente,

indicando quem está falando. Outro aspecto importante do balão é que este também

assume um papel imagético, já que seu formato pode indicar sentimentos, atitudes e

as mais variadas emoções e intenções.

A legenda (caixa de informações) aparece ao lado do balão como outro

importante elemento narrativo. Normalmente ocupa a parte de cima do quadro

(vinheta) que contém a imagem, porque é convencionalmente onde se inicia a

leitura. É nesse espaço que, quando se faz necessário, o narrador toma a palavra e

conta suas aventuras em retrospecto, numa narração que não se origina das

imagens mostradas na respectiva vinheta que a acompanha.

Existem diferentes tipos de balões, entre eles podemos destacar: de

pensamento, de sussurro ou cochicho, de grito, de choro ou lamento, de diálogo ou

fala, de idéia. Alguns exemplos:

18

Imagem 07 – exemplos de balões. Disponível em:

http://www.google.com.br/imgres=baloes+pensamentos+exemplos/como-fazer-uma-historia-em-

quadrinhos

Imagem 08 – exemplo de tirinha com balões em forma de diálogo. Disponível em: http://tiras-snoopy.blogspot.com/page/108

A onomatopéia é outro importante recurso usado nos quadrinhos. Por meio

dela procura-se transmitir, sobretudo, a idéia de ruído. Seu uso, além da significação

lingüística e sonora dos grafemas, traz uma característica extremamente visual

bastante explorada pelos desenhistas.

Vale ressaltar que algumas delas, devido à influência dos quadrinhos

americanos no mundo, originam-se de vocábulos oriundos daquele país, como por

exemplo: crash (colidir, bater), splash (chapinhar, esguichar), sniff (cheirar).

As linhas e a utilização do fundo borrado, com um destaque para a imagem

em primeiro plano, são empregadas para intensificar a idéia de movimento,

ampliando a expressividade das narrativas em quadrinhos.

19

Imagem 09 – Exemplos com imagens de algumas onomatopéias mais utilizadas. Disponível em: http://meganakas.blogspot.com/2011/04/o-que-e-onomatopeia.html

Imagem 10 – exemplo de tirinha utilizando a onomatopéia. Disponível em:

http://arteemanhasdalingua.blogspot.com/

20

UNIDADE 03

ATIVIDADES PRÁTICAS:

UTILIZANDO OS

QUADRINHOS

Estou sinceramente convencido de que a arte dos quadrinhos é uma forma de arte autônoma. Reflete sua época e a vida em geral com maior realismo e, graças a sua natureza essencialmente criativa, é artisticamente mais válida do que a mera ilustração. O ilustrador trabalha com máquina fotográfica e modelos; o artista dos quadrinhos começa com uma folha de papel em branco e inventa sozinho uma história inteira - é escritor, diretor de cinema, editor e desenhista ao mesmo tempo

Alex Raymond (1909-1956, criador de Flash Gordon, Jim das Selvas e Nick Holmes)

21

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 01 - INVESTIGANDO REPERTÓRIOS

Professor! Converse com seus alunos sobre histórias em quadrinhos,

personagens, vinhetas e desenhos animados que eles conhecem. Pergunte-lhes

quais histórias e personagens são os seus preferidos e por quê. Anote faça um

registro particular seu, pois essas personagens serão retomadas no final da

atividade. Pergunte-lhes se conhecem os autores dessas histórias e desses

personagens. Diga-lhes que nem sempre o autor da história é o autor do desenho,

que em muitas delas, existem roteiristas e desenhistas trabalhando em equipe.

Peça para seus alunos que desenhem de memória, suas personagens

preferidas. Coloque todos os trabalhos na parede e tentem identificá-los. Discuta

suas características de personalidade, sua atuação nos quadrinhos e quais seus

autores.

Converse com a turma sobre a razão desse nome “história em quadrinhos” ou

arte sequencial, como diz Scott McLoud: “imagens pictóricas justapostas e outras

em sequência deliberada”.

Traga para a reflexão do grupo as imagens sequenciais encontradas nas

cavernas da pré-história, nas antigas tumbas e templos egípcios, assim como os

baixo-relevos e tapeçarias medievais que, de certa forma, são antecipações dos

quadrinhos tais quais os conhecemos hoje.

Essas imagens são facilmente encontradas em livros de História da Arte e em

inúmeros sites na Internet. Vale discutir sobre a necessidade do ser humano de

contar histórias, de elaborar registros sobre sua passagem neste planeta e de

construir outros mundos como o da ficção.

22

Como tarefa, peça ao grupo que pesquise um pouco sobre o histórico das

histórias em quadrinhos no mundo e no nosso país. Marque um prazo para as

apresentações. Para a próxima aula, solicite aos alunos que, além de trazerem

muitas revistas de histórias em quadrinhos, façam uma entrevista/conversa com

seus pais, avós ou vizinhos mais velhos, sobre sua relação com quadrinhos,

personagens e revistas da época em que eram adolescentes, e se lêem quadrinhos

até hoje.

ATIVIDADE 02 - ESTUDANDO OS QUADRINHOS

Organize os alunos em grupos e peça-lhes que discutam a pesquisa que

fizeram em casa com os mais velhos. A seguir, solicite aos alunos que relatem o que

cada grupo descobriu sobre quadrinhos e personagens que ainda não sabiam. Você,

professor, pode anotar as novas personagens que surgiram para que, juntos com os

seus alunos, em outro momento, elaborem o seu próprio repertório.

Solicite agora que todos, ainda em grupos, observem as revistas que

trouxeram como tarefa. Esse momento requer grande concentração, pois os alunos

irão analisar nas revistas os elementos e recursos principais presentes nos

quadrinhos.

Peça-lhes que observem e analisem:

A forma dos quadrinhos, seu contorno – chamado requadro - é sempre igual?

A organização desses quadrinhos, sua composição, é sempre uniforme?

As personagens estão sempre na mesma posição? Como o artista

representa as figuras de frente, de lado, de costas?

Como é a representação do movimento? Como se percebe que as

personagens estão paradas, andando, correndo, pulando, saltando, girando?

Como notar que estão no ato de se sentar, de se ajoelhar, de se deitar?

Como se apresentam os desenhos? Coloridos, preto e branco? Como é a

utilização das luzes e das sombras? Aparecem silhuetas? Há representação

de texturas?

23

Como é a expressão fisionômica das personagens? Como se percebe que

“heróis e bandidos” estão felizes, alegres, com raiva, com sono, com fome,

sérios, indecisos, pensativos, desconfiados, apaixonados e, enfim, todas as

possibilidades de estados de espírito humanos?

Há cenas e/ou detalhe em primeiro plano? Aparecem cenas vistas de muito

longe, a longa distância? Existem cenas vistas do alto, de cima? E, ao

contrário, cenas desenhadas como se fossem vistas de baixo para cima?

Como é representada a perspectiva? Existe a representação de

profundidade? Quantos planos de representação aparecem?

Como são mostradas as relações com o tempo? Como se percebe se a

trama acontece durante o dia, à noite, à tarde, pela madrugada? Como se

nota que se passaram muitas semanas ou anos durante o desenrolar da

história?

E as situações climatológicas e atmosféricas? Faz frio, calor, chove? Tem

neblina, neve, é uma tempestade? Existe poluição, poeira, fumaça? Como

tudo isso é representado? E as catástrofes? Terremotos, maremotos,

furacões?

As histórias acontecem num mundo “real” ou de ficção? Como se percebe

isso?

As histórias são contadas apenas com imagens, sem o uso de palavras?

Quando aparecem os textos, como se dá a relação texto/imagem? Como se

distribuem os textos? Como são os balões? Apresentam desenhos

diferentes? Como se percebe quem está falando, “quem é o dono” do balão?

Como perceber se a personagem está falando ou pensando? Como se nota

que a personagem está gritando ou sussurrando? Como é feito o registro dos

sons, das onomatopéias? Como se notam os ruídos de vidros partidos,

mergulhos na piscina, trovões, ventanias, estalar de dedos e toda a infindável

gama de sons existentes – ou não! – no planeta? Como se percebe que há

música no ambiente?

Como é feita a ocupação do espaço em cada quadrinho? Lembrando que

cada quadrinho é como se fosse um palco, como se apresentam as

personagens, os objetos ou a cena? De frente para o leitor? Como centro do

quadro? Vistos em profundidade?

24

Quais são as personagens principais?

Onde acontece a história?

Qual é a trama?

A história tem começo, meio e fim?

Quem é o autor dos desenhos?

Quem é o autor da história?

É o mesmo autor dos desenhos?

Professor! A quantidade de elementos para análise nos quadrinhos é

infindável! Selecione você o que achar mais necessário no momento para

seus alunos, assim como, de acordo com as necessidades e

questionamentos que surgirem, encaminhe para outras atividades.

Cada item citado acima pode se transformar em várias aulas de desenho! Por

exemplo: se o item estudado for o que diz respeito ao movimento, você pode dedicar

o tempo que for necessário ao estudo de como se representam gestualidades e

locomoções.

ATIVIDADE 03 – CONSTRUÇÃO DE PERSONAGENS

Qualquer – literalmente – qualquer pessoa, animal, objeto ou até aquilo que

ainda não existe pode se transformar em personagem! Uma gota de água, um

graveto, um pregador de roupas, uma caneta, uma planta, o fogo, uma girafa, uma

pedra, um prédio, um caminhão, uma minhoca, um ser de outro planeta, enfim, o

que a imaginação quiser adquire “alma” e se transforma em personagem. Aliás, é

daí que vem a palavra “anime” e também animação – de ânima, alma – atribuir

características e sentimentos humanos a objetos, animais...

Professor! Comece por perguntar aos seus alunos que objetos eles têm

consigo agora: lápis, canetas, clipes, celulares, cadernos, relógios, borrachas,

mochila, tênis, lanche, garrafa com refrigerante. Peça-lhes que escolham um deles e

que o desenhem, olhando-o. Assim, “coloque a garrafa ou a caneta à sua frente,

observe-a muito bem e a desenhe, ocupando todo o espaço da folha de papel”.

25

Feito isso, peça aos seus alunos que coloquem olhos, nariz, boca, cabelos,

pernas, braços, chapéus, roupas e o que mais quiserem nesses objetos. Pronto!

Está criado um novo ser! Podem batizá-lo!

ATIVIDADE 04 - RIR OU CHORAR É SÓ COMEÇAR?

Professor! O desenvolvimento desta atividade é bastante similar aos das

anteriores, ou seja, peça aos alunos para voltar aos “gibis”. Examinem as

expressões fisionômicas: dor, alegria, tristeza, saudade, raiva, sono, medo,

desconfiança, indisposição, paixão, irritação, felicidade. Coletem também estas

imagens de pessoas reais em fotos de jornais e revistas. Separem por categorias e

organizem painéis para estudo. Um painel só de gente feliz, outro só de pessoas

com sono; dezenas de rostos assustados!

Peça a grupos de alunos que façam “caras” de medo, de dúvida, de

desconfiança, de terror entre outros, enquanto os colegas os observam, discutem

cada expressão e os desenham.

Voltem às suas criações e desenhem seus bonecos dezenas de vezes, no

maior número possível de possibilidades de expressões fisionômicas.

ATIVIDADE 05 - PENSAR, SUSSURRAR, FALAR, GRITARRRRRRRRR

Este é mais um momento bastante rico de exploração dos quadrinhos. Como

vão se expressar esses bonecos?

O ponto de partida é sempre o mesmo: voltar aos quadrinhos dos grandes

mestres e aprender com eles. Pesquisem!

Professor! Estude com seu grupo a diversidade de balões que existe e como

são colocados nos quadrinhos; como seus traços e formatos se alteram de acordo

com a função que cumprem e até de acordo com a personagem que fala.

26

Observem também como se colocam os “rabinhos” que mostram “de quem é”

o balão, que identificam quem está falando, pensando, gritando!

Verifiquem também, que em algumas histórias aparecem textos, em

retângulos no alto ou abaixo do quadrinho e que são pequenas narrativas para situar

melhor o leitor no tempo e no espaço como, por exemplo, “duas semanas depois” ou

“era uma noite sinistra no cais de um porto; os barcos desapareciam na escuridão

das trevas, encobertos pela névoa que tornava a todos suspeitos do ocorrido”.

Recuperem os desenhos elaborados com as expressões fisionômicas e

coloquem balões com textos de fala, pensamentos, tosse e sonhos, em cada um.

ATIVIDADE 06 - EXPLORANDO A INTERTEXTUALIDADE

Esta atividade, além de possibilitar exercícios de observação e criação de

relações entre texto e imagem, é bastante divertida. Peça aos alunos que recortem

cenas de jornais e revistas onde apareçam duas ou mais pessoas, animais ou

objetos.

O desafio é criar balões que seriam a fala ou pensamento dessas figuras,

transformando-as em possíveis personagens que interagem.

É necessário um nível bastante apurado de observação para que a relação

entre texto e imagem seja pertinente. Outro fator que exige bastante atenção é o fato

de que existem imagens que são bastante óbvias e que, portanto, não necessita de

texto algum. Uma imagem que mostre alguém recebendo flores, não necessita um

balão com a personagem dizendo: “acabo de receber flores”.

Este exercício também pode ser feito em cópias de fotografias dos próprios

alunos. Exponha todos os trabalhos e comentem os resultados.

27

ATIVIDADE 07 - ERA UMA VEZ UM BALÃO VAZIO...

Peça aos alunos que, em grupos, escolham algumas tiras cujas histórias

contenham começo, meio e fim. Deverão retirar – recortar – todos os seus balões de

textos.

A seguir, os grupos deverão trocar suas tiras e preencher os balões,

formando uma nova história. Nesse trabalho fica bastante evidente como a imagem

e a sequência dos quadrinhos facilitam o entendimento da história mesmo sem o

texto verbal, facilitando, também, a criação dos diálogos que, junto com a imagem,

tecerão a trama da história. Não é por acaso que histórias em quadrinhos também

se chamam arte sequencial.

Ao final da atividade, exponha todos os trabalhos e comente o processo de

criação de texto de cada equipe, assim como a importância da relação, nos

quadrinhos, entre texto e imagem.

ATIVIDADE 08 - BANG, CRASH, SMACK

O estudo das onomatopéias – explique aos alunos o que são - é

extremamente interessante e rico. Voltem aos grandes mestres, às revistas em

quadrinhos e verifiquem quantos códigos verbais existem para registrar os sons, as

músicas e os ruídos que aparecem nos quadrinhos. É importante lembrar que a

maioria dessas onomatopéias vem dos desenhistas e autores americanos. Por isso,

também o som e a grafia que apresentam são característicos da linguagem desse

país.

Uma boa atividade seria pedir aos alunos que fizessem barulhos inusitados –

você pode combinar como tarefa de casa, que cada um traga na próxima aula algo

que faça um som diferente – enquanto a classe registra, em forma de onomatopéias,

o som. Por exemplo, o tilintar de um molho de chaves, seria representado como?

Um pacote de ovos que cai ao chão, que som faz?

28

Como representar o ruído de um portão que range, uma lâmpada de rua que

estoura, enquanto cachorros latem?

Como seria o desenho das letras, fonte, tamanho, seus traços? Grossos,

finos, tremidos, fortes, fracos, sinuosos, tridimensionais? Grandes, com sombra,

pequenos, suaves, um borrão? Maiúsculas, minúsculas, negritadas, ilegíveis? E

quando as personagens dizem “palavrões”, como isso é registrado? Pesquisem,

desenhem, explorem esse universo!

Organizem um mural na sala de aula apenas com onomatopéias. O resultado,

com certeza, será fascinante.

ATIVIDADE 09 - ONDE, O QUÊ, QUEM?

Quando se contam histórias, o que é o caso dos quadrinhos necessita-se de

uma lógica temporal – por isso também são chamados de “arte sequenciais” - que

precisam ser trabalhada com os alunos. Localizar espaço e tempo – onde e quando

acontece à história - é fundamental para situar o leitor. Onde acontece a trama?

Num escritório, num supermercado, no hospital, numa fazenda, na lua? Na sala de

uma biblioteca, na cozinha, num beco sem saída, na cratera de um vulcão? Estes

cenários precisam ser desenhados ou, pelo menos, tornarem-se “visíveis” através

dos diálogos. A pergunta “quando?” também precisa ser respondida por meio do

desenho e/ou diálogos: qual é a época da história? Dois mil anos atrás ou à frente

do nosso tempo?

O quê? Esta pergunta diz respeito à trama, ao enredo. O que vai acontecer na

história? Uma briga entre gangues? Um romance entre um caranguejo e uma estrela

do mar? As aventuras de um alienígena que caiu numa sala de aula? A tristeza de

uma princesa que viu seu castelo pegar fogo? O amor de uma abelha por um torrão

de açúcar e os ciúmes de um pingo de mel?

A pergunta Quem? Diz respeito a todas as personagens da história com todas

as suas características de personalidade: reis bondosos, velhos, príncipes valentes,

orgulhosos, apaixonados, bandidos cruéis...

29

Vale lembrar também, que, especialmente na contemporaneidade, às vezes,

é intenção do autor que em sua história não apareça nenhuma sequência lógica,

personagens facilmente identificáveis ou épocas pré-determinadas. Como estamos

tratando de criação, a intenção do autor/aluno vem sempre em primeiro lugar e deve

ser respeitada.

Professor! Junto com seus alunos comece a elaborar histórias que, como foi

dito acima, não obrigatoriamente devem conter começo, meio e fim.

ATIVIDADE 10 - VALE TUDO NOS QUADRINHOS?

Professor! Agora que vocês estão no momento da criação de histórias,

discuta com seu grupo, um assunto bastante presente na mídia na atualidade: a

liberdade de expressão e a censura a produções artísticas.

Vale tudo nos quadrinhos que os alunos criarem? Qualquer desenho,

qualquer história podem ser publicados? Artistas devem ser livres? A divulgação dos

quadrinhos e de obras de arte em geral, também? Como ficam o respeito ao outro,

às diferentes culturas, religiões e etnias?

Esses momentos de reflexão são fundamentais na construção de cidadãos

críticos, sensíveis e transformadores da realidade que aí está. Não influencie os

alunos com a sua opinião; deixe-os discutir o assunto para, aos poucos, construírem

sua visão de mundo. Deixe-os saber que qualquer forma de preconceito, de

discriminação vai contra a própria humanidade e, em último caso, contra si mesmo!

ATIVIDADE 11 – OS QUADRINHOS E AS MÍDIAS TECNOLÓGICAS

Histórias em quadrinhos é um recurso pedagógico explorado há algum tempo,

porém sua construção em site com gravação na web é novidade para muitos. Há

programas que permitem a construção, oferecendo pano de fundo para vários

personagens, assim como a possibilidade de acrescentar balões e falas na HQ.

30

O HagáQuê (programa de computador) é um desses programas que permite

a criação de histórias em quadrinhos mesmo por uma pessoa inexperiente no uso do

computador, pois ele tem recursos suficientes para despertar a imaginação e a

criatividade, ao mesmo tempo em que estimula ao uso das ferramentas do editor de

textos.

O HQê apresenta recursos facilitadores para que o aluno tenha liberdade de

expressão, oferecendo a possibilidade de compor os mais diferentes personagens

como em uma história em quadrinhos regular, além da possibilidade de intervir

nesse ambiente, para criar e interagir de forma ativa sobre os quadrinhos.

31

Imagem 11 – imagens da tela inicial do hagáQuê. Este software é livre e gratuito para ser instalado

em qualquer computador, suas ferramentas são de fácil execução para iniciar e criar HQs por parte

dos alunos. Disponível em:http://hagaques.blogspot.com/2007/05/hagqu-construo-de-quadrinhos.html

Além do HagáQuê existem outros softwares que podem ser executados

gratuitamente e também têm um diretório de passo a passo para a produção de HQs

por iniciantes. Entre eles, fica como sugestão:

1 - O blog “tecnomundo” dá diversas sugestões de programas que podem ser

baixados para os computadores e serem utilizados na criação de histórias

em quadrinhos, tendo desde programas mais simples até os mais

complexos, um pequeno clique em ferramentas que podem ser utilizadas

como um recurso nas aulas de arte. http://www.tecmundo.com.br/1567-

selecao-ferramentas-para-criacao-de-quadrinhos-.htm

2 - Este outro link disponibiliza mais seis diferentes sites de criação de

quadrinhos, além de ter um acervo online de diversas histórias em

quadrinhos, charges, caricaturas, gravuras e tiras. http://arquivinho.com/6-

sites-criar-historias-em-quadrinhos/

32

SUGESTÕES DE LITERATURA

ALFONS MOLINÉ. O GRANDE LIVRO DOS MANGÁS. São Paulo, JBC,

2004.

ANGELA RAMA ET all – COMO USAR AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

NA SALA DE AULA, Ed. CONTEXTO, São Paulo, 2010.

DIDIER QUELLA-GUYOT. A HISTÓRIA EM QUADRINHOS. UNIMARCO –

Edições Loyola, São Paulo, 1990.

MADALENA HASHIMOTO. PINTURA E ESCRITURA DO MUNDO

FLUTUANTE: Hishikawa Moronobu e ukiyo-e Ihara Saikaku e ukiyo-zoshi.

São Paulo, Hedra, 2002.

McCLOUD SCOTT. DESVENDANDO OS QUADRINHOS. São Paulo, M.

Books do Brasil, 2005.

PAULO RAMOS. A LEITURA DOS QUADRINHOS. Ed. CONTEXTO, São

Paulo, 2010.

PAULO RAMOS. FACES DO HUMOR: Uma aproximação entre tiras e piadas.

São Paulo, Ed. ZARABATANA, 2011.

ROMAN JAKOBSON. LINGÜÍSTICA E COMUNICAÇÃO. São Paulo, Cultrix,

2003.

WILIAM MACHADO DE ANDRADE e GLAUCO MADEIRA DE TOLEDO. A

INFLUÊNCIA DOS QUADRINHOS NO CINEMA: A INCRÍVEL SAGA DA

LINGUAGEM INVISÍVEL E SEU LEGADO CINEMATOGRÁFICO. Trabalho

apresentado ao GT Audiovisual (Foto, Cine, Rádio e TV), do XII Congresso

Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste.

WILL EISNER - QUADRINHOS E ARTE SEQUENCIAL, Ed. MARTINS

FONTES, São Paulo, 2001.

33

SUGESTÕES DA WEB

www.virtualbooks.terra.com.br Neste site estão disponíveis os livros a seguir:

Como escrever uma história em quadrinhos – Gian Danton – Virtual Books

História em Quadrinhos: informática aplicada à educação – Valéria Baraldi

História em Quadrinhos: leitura crítica - Sônia M. Bibe Luyten.

Mangá – Sônia M. Bibe Luyten.

O mundo das Histórias em Quadrinhos – Leila e Roberto Iannone

O que é uma história em quadrinhos - Sônia M. Bibe Luyten.

Quadrinhos em ação – Um século de história – Mário Feijó

www.históriaemquadrinhos

http://maurobandeiras.blogspot.com/2008.html

http://www.edpiskor.com/

http://www.harveypekar.com

http://www.milehighcomics.com

http://www.contracampo.com.br/59/americansplendor.htm

http://veresaber.zip.net/arch2008-01-06_2008-01-12.html

http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/

http://depositodocalvin.blogspot.com/

http://casadosquadrinhos.blogspot.com/

http://ds.art.br/tag/cores/

http://bancodeatividades.blogspot.com/projeto-historias-em-quadrinhos.html

34

REFERENCIAS

ANDRAUS, Gazy. As histórias em quadrinhos como informação imaginética integrada ao ensino universitário. (Tese de Doutorado) São Paulo: UNIFESP, 2006. CAGNIN, Antônio Luiz. Os quadrinhos. São Paulo: Ática, 1975.

EISNER, Will. Quadrinhos e arte sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

______. Narrativas Gráficas. São Paulo: Devir, 2005.

McCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. São Paulo: Makron Books, 2005.

______. Reinventando os quadrinhos. São Paulo: Makron Books, 2006.

META. Breve História dos Quadrinhos. Disponível em:

<http://blog.clickgratis.com.br/blogueira2/315413/Historia+em+quadrinhos.html>. Acessado em 08/11/2010. MOLINÉ, Alfons. O grande livro dos mangás. São Paulo, JBC, 2004.

SANTAELLA, Lucia. Imagem e cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras,

1998. SOLERA, Ralhp Luiz. A história dos quadrinhos no Brasil e no mundo. Disponível em: <http://www.legal.adv.br/zine/hq/hq01a.htm>. Acesso em: 08/11/2010. Sites: http://grupoplccj.webnode.com.br/quadrinhos/ http://arteemanhasdalingua.blogspot.com/

http://www.maquinadequadrinhos.com.br/Intro.aspx

http://www.estudiosaci.com.br/Exposicao_WillEisner.jpg http://ebooksgratis.com.br/tag/will-eisner/page/2/

http://multimidiahq.blogspot.com/2010/01/breve-historia-dos-quadrinhos.html.

http://pt.shvoong.com/humanities/arts/2193637-desenhando-quadrinhos/

http://ficcaohq.blogspot.com/