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A LINGUAGEM E SUAS FUNÇÕES PROF. ALEMAR RENA www.fluxos.org

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A LINGUAGEM E SUAS FUNÇÕESPROF. ALEMAR RENAwww.fluxos.org

LINGUAGEM: DEFINIÇÕES

• 1. As línguas naturais (português, francês, japonês, etc.). Cabe à lingüística seus estudos.

• 2. Em um sentido metafórico (a partir da definição em 1), sistemas de signos artificiais usados para a comunicação. Cabe à semiótica seus estudos, embora esta possa também ser usada pelos lingüistas nos estudos sobre as línguas naturais.

• 3. Em um sentido mais metafórico, um conjunto de características presentes nos trabalhos de comunicadores em geral, incluindo-se músicos, artistas, arquitetos, poetas, designers, etc.

• 4. De maneira ainda mais ampla, diríamos que linguagem é tudo que serve para expressar, comunicar idéias, sentimentos, modos de comportamento, etc.

• A linguagem é uma das formas de apreensão do real. (...) Para certos teóricos (...) a linguagem, ao converter a realidade em signos, fica aquém da apreensão sensorial (...) É, por outro lado, uma forma de organizar o mundo. (D. Proença Filho)

• A linguagem é a faculdade que o homem tem de expressar seus estados mentais através de um conjunto de sons vocais chamados língua, que é ao mesmo tempo representativo do mundo interior e do mundo exterior. (D. Proença Filho)

A LINGUAGEM COMO DEFINIDO EM 1 - CONTINUAÇÃO

• John Lyons propõe: "o que o lingüista quer saber é se as línguas naturais, todas, possuem em comum algo que não pertença a outros sistemas de comunicação, humano ou não, de tal forma que seja correto aplicar a cada uma delas a palavra "língua", negando-se a aplicação deste termo a outros sistemas de comunicação."

A LINGUAGEM COMO DEFINIDO EM 1 - CONTINUAÇÃO

• Deleuze responde: "Benveniste nega que a abelha tenha uma linguagem, ainda que disponha de uma codificação orgânica, e até mesmo se utilize de tropos. Ela não tem linguagem porque é capaz de comunicar o que viu, mas não de transmitir o que lhe foi comunicado. (...) A linguagem não se contenta em ir de um primeiro a um segundo, de alguém que viu a alguém que não viu, mas vai necessariamente de um segundo a um terceiro, não tendo, nenhum deles, visto."

DA LINGUAGEM COMO DEFINIDO EM 3 VÊM A NOÇÃO DE ESTILO (DE OTHON M. GARCIA):

• Estilo é tudo aquilo que individualiza a obra criada pelo homem, como resultado de um esforço mental, de uma elaboração do espírito, traduzido em idéias, imagens ou formas concretas. A rigor, a natureza não tem estilo; mas tem-no o quadro em que o pintor a retrata, ou a página em que o escritor a descreve. (...) Estilo é, assim, a forma pessoal de expressão em que os elementos afetivos manipulam e catalisam os elementos lógicos presentes em toda atividade do espírito.

AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM E DO DISCURSO:

• Segundo Wander Imediato, "quando comunicamos desejamos, acima de tudo, materializar nossas intenções. Onde não há intenção, não há necessidade de comunicação. O sujeito falante se comunica, portanto, quando quer colocar em cena uma intenção qualquer. Quais são essas intenções?"

AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM E DO DISCURSO - CONTINUAÇÃO

> Emocionar, julgar, influenciar.

> Construir uma ação.

> Informar/descrever o mundo e os acontecimentos.

> Explicar o significado de um signo, de uma palavra.

> Iniciar ou finalizar uma comunicação.

AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM E DO DISCURSO - CONTINUAÇÃO

• As nos comunicarmos (usando a língua ou as diversas formas de linguagem) estamos representando uma intenção através de uma das 6 funções da linguagem:

FUNÇÃO FÁTICA: estabelece ou rompe o contato.

FUNÇÃO REFERENCIAL: informa o interlocutor fazendo referência a pessoas, objetos e estado de coisas da realidade. Usa a linguagem objetiva, é centrada no referente e é informativa, narrativa e descritiva.

AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM E DO DISCURSO - CONTINUAÇÃO

FUNÇÃO EXPRESSIVA: permite ao homem expressar a sua natureza humana, afetiva e emocional, relativizando sua natureza racional. Como ela o locutor exprime sua atitude em relação ao conteúdo de sua mensagem, expressa julgamentos, opiniões, exclamações, sentimentos e atitudes em relação ao mundo que o cerca.

FUNÇÃO CONATIVA: interpela o interlocutor através de formas verbais imperativas, de pronomes (pessoais e possessivos), construindo uma relação dialogal. Essa função surge quando damos ordens a alguém, quando aconselhamos, sugerimos, incitamos, convocamos e interrogamos.

AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM E DO DISCURSO - CONTINUAÇÃO

FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA: permite resolver um problema de entendimento lingüístico, precisar o código para que não haja ambigüidade na mensagem, esclarecer elementos específicos do código.

FUNÇÃO POÉTICA: são intenções da função poética: subverter o sentido referencial da mensagem, tornando-a aberta; ser conotativa, ou seja, plurissignificativa, polissêmica; produzir um efeito estético palpável; trabalhar sobre a estrutura da mensagem, sua sonoridade, seu ritmo, tonalidade, plasticidade, cor; trabalhar sobre o conteúdo da mensagem tornando-o estético.

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Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser - se viu -; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: determinaram - era o demo. Povo prascóvio. Mataram. Dono dele nem sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões.

Livro: Grande Sertão: VeredasAutor: João Guimarães Rosa

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Texto 1 - Nos últimos seis anos, os 7,9 milhões de famílias consideradas de classe média no Brasil perderam mais de 30% de sua renda em valores reais (descontada a inflação). Metade desse tombo ocorreu em 2002, segundo dados de uma pesquisa Ipson-Marplan realizada em nove regiões do país e fornecida com exclusividade para a Folha.

Para ajustar-se à nova realidade, essa fatia da população, que representa cerca de 17% do total de famílias brasileiras, cortou gastos essenciais, reduziu o lazer e adiou planos de consumo.

Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e da ANS (Agência Nacional de Saúde) mostram que cerca de 4 milhões de pessoas - a maioria das quais de classe média – perderam seus planos de saúde nos últimos quatro anos.

A Folha de São Paulo, caderno Dinheiro, 15/06/2003 / Autor: redação da folha

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Texto 2

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Texto 3

O que distingue Argia das outras cidades é que no lugar de ar existe terra. As ruas são completamente alteradas, os quartos são cheios de argila até o teto, sobre as escadas pousam outras escadas em negativo, sobre os telhados das casas premem camadas de terreno rochoso com céus enevoados. Não sabemos se os habitantes podem andar pela cidade alargando as galerias das minhocas e as fendas em que se insinuam raízes: a umidade abate os corpos e tira toda sua força; convém permanecerem parados e deitados, de tão escuro.

De Argia, daqui de cima, não se vê nada; há quem diga: “Está lá em baixo” e é preciso acreditar; os lugares são desertos. À noite, encostando o ouvido no solo, às vezes se ouve uma porta que bate.

As Cidades Invisíveis, Capítulo 8, “As cidades e os mortos 4” / Autor: Ítalo Calvino

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Texto 4

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Texto 5

sol de sol a sol - negrosereno infernode sol a sol cedoensolarado desejode negro a negro solsóde solidão a solde sol a sol morteensoterrado brilho

Livro: O um / Autor: Bruno Verner

Barulho é música? Quem pode me dizer se barulho é. Música? E se as falas das pessoas falando forem. Canções? Velhas orelhas ouvem o rock e dizem: – Essa barulheira infernal não é. Música. Abaixe o volume! – berram as orelhas velhas.

Mas não dá pra passar a vida ouvindo só canções de ninar. E se os carros na rua forem tão bons compositores quanto o vento nos bambus? E os sabiás? Música.

Pode ser feita por alguém mas também se faz. Um compositor chamado John Cage disse: “Os sons que a gente ouve são. Música”. O que a lavadeira faz com as roupas no tanque. O que o guarda noturno faz com seu apito. O que os dentes fazem com

as batatas chips dentro da cabeça. O que fazem a chuva, o mar, a televisão, os passos, o piano, as panelas, os relógios. Tic tac tic tac. O coração. Bom bom bom

bom. Uma música que não é brasileira, nem americana, nem africana, nem de nenhuma parte do planeta porque é. Do planeta todo. Fechando os olhos fica mais

fácil da gente escutar. Ela.

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Texto 6

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Texto 7

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Texto 8

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