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www.revistaconsciencia.com.br Conferência dos Grão-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte, pág. 31 O carnaval e a maçonaria A Igreja e a Maçonaria O venerável mestre e a liderança 2020 - Ano 27 - nº 150 Loja Athamaril Saldanha 3.119 Campo Grande - GOB/MS

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Conferência dos Grão-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte, pág. 31

O carnaval e a maçonaria

A Igreja e a Maçonaria

O venerável mestre e a liderança

2020

- An

o 27

- nº

150

Loja Athamaril Saldanha nº 3.119 Campo Grande - GOB/MS

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Como se sabe, o ser humano é imperfeito e sempre ouvimos aquela frase popular “ERRAR É HUMANO”, como se isso fosse uma justificativa pelos erros cometidos, humilhação pela inca-pacidade de não errar, rebaixamento pela natureza do status, mas, principalmente, pela imposição das pessoas que se julgam melhores do que os demais.

Nós pertencemos a uma Instituição denominada Sociedade de Homens de Bem, construtora de indivíduos, que evoluem e se tornam homens iguais e fraternos, numa constante lapidação da sua Pedra Bruta, desde sua Iniciação na Ordem, simbolicamente fazendo uso das mesmas ferra-mentas do Ofício de Pedreiro, num aprendizado constante, para vencer às suas paixões, submeter--se ao cumprimento das Leis e Princípios Morais, amar a sua Família e à sua Nação, considerando o trabalho como um dever para o bem da humanidade.

É muito difícil ser Maçom. Imperfeitos que somos, oriundos do mesmo Criador, ter prin-cípios é seguir as regras, ter preceitos, ou seja, seguir uma doutrina, um ensinamento através de três Pilares que nos regem: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Ser Maçom é ser verdadeiro em todos os momentos, em todas as situações, cavando masmorras ao vício, na prática da moral e das virtudes.

Se o teu orgulho for tão forte que o deixa insensível aos erros, aos enganos, atropelos, ambi-ção, vaidade como norteadora de suas conquistas, entre outras e mais outras, imperfeiçoes talhan-do-lhe o poder da humildade, onde pedir desculpas ou desculpar, não significa rebaixamento, mas, sim, alimentar o pior dos males do ser humano: o Orgulho. NÃO SEJAS MAÇOM!

O exercício diário da tolerância, da prática da humildade, sem vaidade, do cultivo da ami-zade sem interesses pessoais, da manutenção da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, sentir-nos--emos mais leves e felizes, com a CONSCIÊNCIA tranquila e nossos corações mais limpos. Sem sentimentos de culpas, como homens J∴ e P∴, e, Livres e de Bons Costumes, praticando a verda-deira amizade e sendo reconhecidos como VERDADEIROS IRMÃOS.

Pensemos nisso!

Editorial

Para pensar e refletir....

Irmão Ademir Batista de OliveiraDiretor e Editor da Revista ConsciênciaLoja Oriente Maracaju nº 01 - GLEMS

www.revista .com.br

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ficha técnica

DEPARTAMENTO DE VENDAS ERECEBIMENTO DE CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 6001 - C. Grande/MS - CEP 79002-971Fones (67) 3028-3333 / 3025-6325Celular (67) 99600-36363 [email protected] [email protected]• R. Inácio Gomes, 119 - São Lourenço - CEP 79041-231

CNPJ 02.586.377/0001-08Inscr. Estadual 28304576-0Filiada à ABIM - Assosiação Brasileira deImprensa Maçônica com Registro N0 06

DIRETOR Ademir Batista de Oliveira (67) 99911-3636 [email protected]

PRODUÇÃO EDITORIAL E. Figueiredo - Jornalista (MTB 34 947)

(11) 99355-2505 • [email protected]

Maurício Alves Rodrigues Pugas (Rondonópolis/MT)

(66) 99984-6789 • [email protected]

COLABORADORES A colaboração na Revista Consciência não gera vínculo trabalhista

• Campo Grande/MS Osvaldo Freitas (67) 3028-4695 / 99905-3124 • Aquidauana/MS Arlindo (67) 3241-1779 • Natal/RN Alci Bruno (84) 3234-5909 / 99101-5315 • Divinópolis/MG Gabriel Campos de Oliveira (37) 3216-0808 / 99987-7633 • Santa Maria/RS Hugo Schirner (55) 3222-0536 • Sinop/MT Joel Monteiro Lopes (66) 3531-2650 / 99231-7544 • Rondonópolis/MT Cicero Belarmino da Silva (66) 3422-3006 / 99994-8533 • Porto Velho/RO Francisco Aleixo da Silva (69) 3229-1556 / 99972-1027 • Presidente Prudente/SP Sergio Pereira Cardoso (18) 3221-5941 / 99742-4367

PROJETO GRÁFICO André da Silva Cerqueira (comp&art) 020320

3 Para pensar e refletir....Editoral - Irmão Ademir Batista de Oliveira

5 Paz, Harmonia, Concórdia e Participação de todosPalavra do Grão-Mestre Irmão Gelson Menegatti Filho

7 Chegando ao inconsciente - a importância dos sonhosIrmão Francisco Cezar de Luca Pucci Biblioteca Maçônica Anthero Anibal de Carvalho

10 O Tempo passou e me formei em solidãoJosé Antônio Oliveira de Resende

12 O venerável mestre e a liderançaValdemar Sansão

14 PaixãoJosé Everaldo Andrade Souza

16 Era vulgar em nosso calendário maçônico.Maurício Alves Rodrigues Pugas

19 O carnaval e a maçonariaIrmão Júlio Cesar C. dos Santos

20 As grandes leis universaisIrmão Heitor Rodrigues Freire

22 A sagrada famíliaIrmão E. Figueiredo

24 Os segredos e o grande segredoIrmão Almir Sant’Anna Cruz

26 A Igreja e a MaçonariaIrmão Sérgio Quirino Guimarães

27 O símbolo e o rito maçônico da cadeia de uniãoIrmão Francisco Ariza

30 A consciênciaIrmão Charles Boller

33 A Maçonaria nos dias de hojeIrmão Gabriel Campos de Oliveira

PROJETO GRÁFICO

[email protected](67) 99983-6214

VEICULAÇÃONACIONAL

Tiragem5000 Exemplares

www.revistaconsciencia.com.brIMPRESSÃO E ACABAMENTOSEDE PRÓPRIA

R. Inácio Gomes, 119 - São LourençoCEP 79041-231 - Campo Grande/MS

(67) 3025-6325 / 3028-3333

A Revista Consciência é um veículo independente, não vinculada a Potências ou Lojas Maçônicas. Os artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da direção da Revista, sendo

de inteira responsabilidade de seus autores. Os trabalhos enviados à redação são analisados pelo Conselho Editorial, podendo ser ou não publicados. Os originais não serão devolvidos aos autores.

Atenção: Solicitamos aos nossos colaboradores que enviem seus artigos com o título, o nome completo, Loja e local.

EXEMPLO: José da Silva • Loja Perfeita Luz nº 00 (Potência) • Campo Grande/MS

Visite nosso site e veja os vários eventos Maçônicos.Conheça também nossa Loja virtual:www.revistaconsciencia.com.brVisite nosso Show Room em Campo Grande/MS:R. Inácio Gomes, 119 - São Lourenço - CEP 79041-231Fones (67) 3025-6325 / 3028-3333

(46) 3547-1327

Templo da ARGBLS Justiça nº 12 - REAA - Maringá/PRAv. Paraná, 101 - Centro - Maringá/PR

Foto tirada em 1964 enviada pelo Ir∴ José Aparecido dos Santos

edição15020204

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Palavra do Grão-Mestre

eus Irmãos, findado o pleito eleitoral ocorrido em abril de 2019, passamos a visitar as lojas de nossa jurisdição e naquelas prazerosas ocasiões, tivemos a oportunidade de estabelecer diálogos importantes para nós, para as nossas lojas e, claro, para o nosso Grande Oriente do Estado de Mato Grosso. Em princípio, percebemos um ar de surpresa pois, normal-mente, os eleitos aguardariam a posse para voltar.

Discutimos respeitosamente com os irmãos e com as lojas da jurisdição as nossas propostas apresentadas no transcorrer da campanha, nosso olhar sobre o futuro de nossa Potência, as propostas dos irmãos e das Oficinas: e ratificamos o compromisso de que todas as nossas ações seriam pautadas na busca da Paz, Harmonia, Concórdia e Parti-cipação de todos nas ações do nosso Grande Oriente, fundamentos básicos da Maçonaria Universal.

Porém, iniciadas as discussões, o que observamos foi um empolgante envolvimen-to, uma acalorada participação e, o melhor, uma fortíssima adesão à ideia. Razão muito simples: o tema apresentado sintetiza a ousada proposta da Maçonaria em todos os tempos e lugares – Paz, Harmonia, Concórdia e Participação de todos. Simples assim. A maço-naria existe para fazer feliz a humanidade e sua existência está justificada exclusivamente por isso. Não existindo um ambiente de Paz, Harmonia e Concórdia plena, restaria absolu-tamente prejudicada e dispensável a existência da Ordem Maçônica.

M

Paz, Harmonia, Concórdia e Participação de todos

Irmão Gelson Menegatti FilhoGrão-Mestre do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso - GOEMT

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Nossa administração que iniciou no dia 01.01.2020 terá como referencial a Paz, Har-monia, Concórdia e Participação de todos nas ações do nosso Grande Oriente, procurando aproximar o Grande Oriente do Estado de Mato Grosso da sociedade, sem olvidar temas internos, o instrucional maçônico, fortalecimento dos quadros, das lojas jurisdicionadas, entidades paramaçônicas e administração.

Nosso foco será uma ação baseada no princípio da “PAZ, HARMONIA E CONCÓR-DIA”, com vistas a alcançar uma EVOLUÇÃO que resulte no estreitamento das relações do Grande Oriente com os Irmãos, com as Lojas Jurisdicionadas, com a Família Maçônica e com a Sociedade.

Elevo coração e mente ao alto para suplicar ao Grande Arquiteto do Universo que nos proporcione a sabedoria necessária para conduzir com retidão a sagrada luz que nos foi confiada. Que Ele nos conceda a Paz, a Harmonia e a Concórdia como a tríplice argamassa com que se ligarão as nossas obras.

Que todos nós possamos navegar juntos nessa grande embarcação em busca da Paz, a Harmonia e a Concórdia. Segundo Platão “o que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê”.

Sopre vento, pode soprar.Que o Grande Arquiteto do Universo nos proteja hoje e sempre.

22/02 Dia Internacional do Maçom e sua HistóriaSabedoria

Força Beleza

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O homem utiliza a palavra escrita ou falada para expressar o que deseja

transmitir. Sua linguagem é cheia de símbolos, mas ele também, muitas vezes, faz uso de sinais ou imagens não estritamente descriti-vos. Alguns são simples abrevia-ções ou uma série de iniciais como ONU, UNICEF ou UNESCO; ou-tros são marcas comerciais conhe-cidas, nomes de remédios patente-ados, divisas e insígnias. Apesar de não terem nenhum sentido intrínseco, alcançaram, pelo seu uso generalizado ou por intenção deliberada, significação reconhe-cida. Não são símbolos: são sinais e servem, apenas, para indicar os objetos a que estão ligados.

O que chamamos símbolo é um termo, um nome ou mesmo uma imagem que nos pode ser fa-miliar na vida diária, embora pos-sua conotações especiais além do seu significado evidente e conven-cional. Implica alguma coisa vaga, desconhecida ou oculta para nós.

Muitos monumentos cretenses, por exemplo, trazem o desenho de um duplo enxó (ferramenta de corte muito antiga (Pucci). Co-nhecemos o objeto, mas ignora-mos suas implicações simbólicas. Tomemos como outro exemplo o caso de um indiano que, após uma visita à Inglaterra, contou na volta aos seus amigos que os britânicos adoravam animais, isto porque vira inúmeros leões, águias e bois nas velhas igrejas. Não estava in-formado (tal como muitos cristãos) que estes animais são símbolos dos evangelistas, símbolos provenien-tes de uma visão de Ezequiel que, por sua vez, tem analogia com Ho-rus, o deus egípcio do Sol e seus quatro filhos. Existem, além disso, objetos tais como a roda e a cruz, conhecidos no mundo inteiro, mas que possuem, sob certas condi-ções, um significado simbólico.

O que simbolizam exata-mente ainda é motivo de contro-versas suposições.

Assim, uma palavra ou

uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além do seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem têm um aspecto “inconsciente” mais amplo, que nunca é precisamente definido ou de todo explicado. E nem podemos ter esperanças de defini-la ou explicá-la. Quando a mente explora um símbolo, é con-duzida a idéias que estão fora do alcance da nossa razão. A imagem de uma roda pode levar nossos pensamentos ao conceito de um sol “divino’’ mas, neste ponto, nossa razão vai confessar a sua incompetência: o homem é inca-paz de descrever um ser “divino”. Quando, com toda a nossa limita-ção intelectual, chamamos alguma coisa de “divina”, estamos dando--lhe apenas um nome, que poderá estar baseado em uma crença, mas nunca em uma evidência concreta.

Por existirem inúmeras coi-sas fora do alcance da compreen-são humana é que freqüentemen-te utilizamos termos simbólicos

Chegando ao inconsciente - a importância dos sonhosCapítulo (parte) escrito por Karl Jung em O Homem e Seus Símbolos. Jung foi discípulo de Freud, o fundador da Psicanálise; separou-se desse e criou a Psicologia Analítica, uma das mais importantes correntes psicoterapêuticas da atualidade. Trago aos IIr∴ este texto pelas importantes menções aos símbolos, que tanto utilizamos. Eu titularia este trabalho de Símbolo e Inconsciente. Pucci

Irmão Francisco Cezar de Luca Pucci

Biblioteca Maçônica Anthero Anibal de Carvalho

edição15020207

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como representação de conceitos que não podemos definir ou com-preender integralmente. Esta é uma das razões por que todas as religiões empregam uma lingua-gem simbólica e se exprimem através de imagens. Mas este uso consciente que fazemos de sím-bolos é apenas um aspecto de um fato psicológico de grande impor-tância: o homem também produz símbolos, inconsciente e esponta-neamente, na forma de sonhos.

Não é matéria de fácil com-preensão, mas é preciso entendê-la se quisermos conhecer mais a res-peito dos métodos de trabalho da mente humana. O homem, como podemos perceber ao refletirmos um instante, nunca percebe ple-namente uma coisa ou a entende por completo. Ele pode ver, ouvir, tocar e provar. Mas a que distância pode ver, quão acuradamente con-segue ouvir, o quanto lhe significa aquilo em que toca e o que prova, tudo isto depende do número e da capacidade dos seus sentidos. Os sentidos do homem limitam a per-cepção que este tem do mundo à sua volta. Utilizando instrumentos científicos pode, em parte, com-pensar a deficiência dos sentidos. Consegue, por exemplo, alongar o alcance da sua visão através do binóculo ou apurar a audição por meio de amplificadores elétricos. Mas a mais elaborada aparelhagem nada pode fazer além de trazer ao seu âmbito visual objetos ou mui-to distantes ou muito pequenos e tornar mais audíveis sons fracos. Não importa que instrumentos ele empregue; em um determinado momento há de chegar a um limite de evidências e de convicções que o conhecimento consciente não pode transpor.

Além disso, há aspectos

inconscientes na nossa percepção da realidade. O primeiro deles é o fato de que, mesmo quando os nos-sos sentidos reagem a fenômenos reais, a sensações visuais e audi-tivas, tudo isto, de certo modo, é transposto da esfera da realidade para a da mente. Dentro da mente estes fenômenos tornam-se acon-tecimentos psíquicos cuja natureza extrema nos é desconhecida (pois a psique não pode conhecer sua própria substância). Assim, toda experiência contém um número in-definido de fatores desconhecidos, sem considerar o fato de que toda realidade concreta sempre tem al-guns aspectos que ignoramos des-de que não conhecemos a natureza extrema da matéria em si.

Há, ainda, certos aconteci-mentos de que não tomamos cons-ciência. Permanecem, por assim dizer, abaixo do limiar da cons-ciência. Aconteceram, mas foram absorvidos subliminarmente, sem nosso conhecimento consciente. Só podemos percebê-los nalgum momento de intuição ou por um processo de intensa reflexão que nos leve à subseqüente conclusão de que devem ter acontecido. E apesar de termos ignorado origi-nalmente a sua importância emo-cional e vital, mais tarde brotam do inconsciente como uma espé-cie de segundo pensamento. Este segundo pensamento pode apa-recer, por exemplo, na forma de um sonho. Geralmente, o aspecto inconsciente de um acontecimento nos é revelado através de sonhos, onde se manifesta não como um pensamento racional, mas como uma imagem simbólica. Do ponto de vista histórico, foi o estudo dos sonhos que permitiu, inicialmente, aos psicólogos investigarem o as-pecto inconsciente de ocorrências

psíquicas conscientes.Fundamentados nestas

observações é que os psicólogos admitem a existência de uma psi-que inconsciente apesar de muitos cientistas e filósofos negarem-lhe a existência. Argumentam inge-nuamente que tal pressuposição implica a existência de dois “su-jeitos” ou (em linguagem comum) de duas personalidades dentro do mesmo indivíduo. E estão inteira-mente certos: é exatamente isto o que ela implica. É uma das mal-dições do homem moderno esta divisão de personalidades. Não é, de forma alguma, um sintoma patológico: é um fato normal, que pode ser observado em qualquer época e em quaisquer lugares. O neurótico cuja mão direita não sabe o que faz a sua mão esquerda não é o caso único. Esta situação é um sintoma de inconsciência geral que é, inegavelmente, herança co-mum de toda a humanidade.

O homem desenvolveu vagarosa e laboriosamente a sua consciência, num processo que levou um tempo infindável, até alcançar o estado civilizado (arbi-trariamente datado de quando se inventou a escrita, mais ou menos no ano 4000 A.C.). E esta evolu-ção está longe da conclusão, pois grandes áreas da mente humana ainda estão mergulhadas em tre-vas. O que chamamos psique não pode, de modo algum, ser identifi-cado com a nossa consciência e o seu conteúdo.

Quem quer que negue a existência do inconsciente está, de fato, admitindo que hoje em dia temos um conhecimento total da psique. É uma suposição evidente-mente tão falsa quanto a pretensão de que sabemos tudo a respeito do universo físico. Nossa psique faz

edição15020208

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parte da natureza e o seu enigma é, igualmente, sem limites. Assim, não podemos definir nem a psique nem a natureza. Podemos, sim-plesmente, constatar o que acredi-tamos que elas sejam e descrever, da melhor maneira possível, como funcionam. No entanto, fora de observações acumuladas em pes-quisas médicas, temos argumen-tos lógicos de bastante peso para rejeitarmos afirmações como “não existe inconsciente”, etc. Os que fazem este tipo de declaração es-tão expressando um velho miso-neísmo - o medo do que é novo e desconhecido.

Há motivos históricos para esta resistência à idéia de que existe uma parte desconhecida na psique humana. A consciência é uma aquisição muito recente da natureza e ainda está num estágio “experimental”. É frágil, sujeita a ameaças de perigos específicos e facilmente danificável. Como já observaram os antropólogos, um dos acidentes mentais mais co-muns entre os povos primitivos é o que eles chamam “a perda da alma’’ - que significa, como bem indica o nome, uma ruptura (ou, mais tecnicamente, uma dissocia-ção) da consciência.

Entre estes povos, para quem a consciência tem um nível de desenvolvimento diverso do nosso, a “alma” (ou psique) não é compreendida como uma uni-dade. Muitos deles supõem que o homem tenha uma “alma do mato” além da sua própria, alma que se encarna num animal sel-vagem ou numa árvore com os quais o indivíduo possua alguma identidade psíquica. É a isto que o ilustre etnólogo francês, Lucien Lévy-Bruhl chamou “participação mística”. Mais tarde, sob pressão

de críticas desfavoráveis, renegou esta expressão, mas julgou que seus adversários é que estavam errados. É um fenômeno psicoló-gico bem conhecido o de um in-divíduo identificar-se, inconscien-temente, com alguma outra pessoa ou objeto.

Esta identidade entre a gente primitiva toma várias for-mas. Se a alma do mato é a de um animal, o animal passa a ser con-siderado uma espécie de irmão do homem. Supõe-se, por exemplo, que um homem que tenha como irmão um crocodilo, possa nadar a salvo num rio infestado por es-tes animais. Se a alma do mato for uma árvore, presume-se que a árvore tenha uma espécie de au-toridade paterna sobre aquele de-terminado indivíduo. Em ambos os casos, qualquer mal causado à alma do mato é considerado uma ofensa ao homem.

Certas tribos acreditam que o homem tem várias almas. Esta crença traduz o sentimento de al-guns povos primitivos de que cada um deles é constituído de várias unidades interligadas apesar de distintas. Isto significa que a psi-que do indivíduo está longe de ser seguramente unificada. Ao contrá-rio, ameaça fragmentar-se muito facilmente sob o assalto de emo-ções incontidas.

Estes fatos, com os quais nos familiarizamos através dos estudos dos antropólogos, não são tão irrelevantes para a nossa civi-lização como parecem. Também nós podemos sofrer uma disso-ciação e perder nossa identidade. Podemos ser dominados e per-turbados por nossos humores, ou tornarmo-nos insensatos e incapa-zes de recordar fatos importantes que nos dizem respeito e a outras

pessoas, provocando a pergunta: “Que diabo se passa com você?”. Pretendemos ser capazes de “nos controlarmos”, mas o controle de si mesmo é virtude das mais ra-ras e extraordinárias. Podemos ter a ilusão de que nos controlamos, mas um amigo facilmente poderá dizer-nos coisas a nosso respei-to de que não tínhamos a menor consciência.

Não resta dúvida de que, mesmo no que chamamos “um alto nível de civilização”, a consci-ência humana ainda não alcançou um grau razoável de continuidade. Ela ainda é vulnerável e suscetível à fragmentação. Esta capacidade que temos de isolar parte de nos-sa mente é, na verdade, uma ca-racterística valiosa. Permite que nos concentremos em uma coi-sa de cada vez, excluindo tudo o mais que também solicita a nossa atenção. Mas existe uma diferença radical entre uma decisão cons-ciente, que separa e suprime tem-porariamente uma parte da nossa psique, e uma situação na qual isto acontece de maneira espontâ-nea, sem o nosso conhecimento ou consentimento e mesmo contra as nossas intenções. O primeiro pro-cesso é uma conquista do ser civi-lizado, o segundo é aquela “perda da alma” dos primitivos e pode ser causa patológica de uma neurose.

Portanto, mesmo nos nos-sos dias, a unidade da consciência ainda é algo precário e que pode ser facilmente rompido. A facul-dade de controlar emoções que, de um certo ponto de vista, é muito vantajosa, seria, por outro lado, uma qualidade bastante discutível já que despoja o relacionamento humano de toda a sua variedade, de todo o colorido e de todo o ca-lor.

edição15020209

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Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a

gente caprichar no banho, porque a família toda iria visitar algum co-nhecido.

Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geral-mente, à noite.

Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa rece-biam alegres a visita.

Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.

– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.

E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.

– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!

A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela

e acolhedora. A nossa também era assim.

Também eram assim as vi-sitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também cos-tume servir um bom café aos visi-tantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – ge-ralmente uma das filhas – e dizia:

– Gente, vem aqui pra den-tro que o café está na mesa.

Tratava-se de uma metoní-mia gastronômica. O café era ape-nas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa.

Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também.

Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam era a vida transbordando simplicidade, ale-gria e amizade...

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que vi-rássemos a esquina. Ainda nos ace-návamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida.

Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa... A mesma ale-gria se repetia. Quando iam em-bora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olháva-mos... até que sumissem no hori-zonte da noite.

O tempo passou e me for-mei em solidão.

Tive bons professores: te-levisão, vídeo, DVD, internet, e--mail, Whatsapp ... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:

– Vamos marcar uma saí-da!... – ninguém quer entrar mais.

Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enter-radas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.

Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e rou-bar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fres-co, da manteiga, dos biscoitos do leite...

Que saudade do compadre e da comadre!...

O Tempo passou e me formei em solidão

José Antônio Oliveira de ResendeProfessor de Prática de Ensino de

Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade

Federal de São João Del-Rei

Seja um consultor da Ligue

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Revista Consciênciaem sua cidade.

edição150202010

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• Nova Andradina

Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso do Sul

BARLS Tiyokaio Oshiro nº 14

O Venerável Mestre Irmão Flammarion Bazan Corral realizou no dia 14 de fevereiro ultimo, uma reunião em comemoração ao Cinquentenário da Loja, que passou a nova denominação BARLS

Tiyokaio Oshiro nº 14, estando presente o Sereníssimo Grão-Mestre Irmão Wagner Augusto Andreasi e o Irmão Antonio Carlos Martins Filho, representando a Loja Estrela do Sul n 03, neste ato foi

descerrada a placa que faz alusão ao merecido trabalho desempenhado pela aquela Oficina.

• Joao Pessoa

Grande Oriente da Paraíba

Assembleia OrdináriaO Eminente Irmão Otacílio Almeida Filho Grão-Mestre do GOB-PB, esteve presente em uma sessão de visitação

acompanhado dos Irmãos ilustres Juízes Levi Borges (TEM/GOB-PB) e Carlos Neves (Corregedor do TJM/

GOB-PB) e o Secretário de Auxilio Internacional do GOB-PB, Milton Matera na Loja Obreiros de S. João, sob o

comando desta sessão o Venerável Mestre Irmão Ramos.Destacando a presença da Loja Maçônica Regeneração do

Norte nº10 vinculada a Sereníssima Grande Loja Maçônica da Paraíba que esteve em comitiva representada pelo seu

Venerável Mestre, Irmão Antonio de Pádua Junior (Tony), filho do nosso Estimado Irmão Antônio de Pádua, membro desta Oficina e dos Irmãos Antonino Gauto Rios (Loja de Emulaçâo nº 2501) e Wilson Benedito Guedes, membros

Grande Oriente do Brasil em Mato Grosso do Sul.

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O líder - Os membros de um grupo sentem-se seguros, como se tivessem em seu

meio um “Mestre” para guiá-los no sentido certo.O autêntico líder tem aptidões especiais, principalmente uma força que, como um imã, atrai outras pessoas que depois perma-necem ao seu redor.

Faz um trabalho de base, de conversas pessoais, onde ob-tém êxitos e fracassos. Muitas ve-zes decepciona-se com alguns dos seus liderados que, frente a uma ideia para o bem comum, pensam apenas em si mesmos.

Sabemos que todo ser hu-mano traz em si uma grande quan-tidade de ideias, só que a maioria não sabe expressá-las, ou não tem condições de defendê-las perante os outros.

Seu ideal não precisa de aplausos nem da adesão de todos. Os seus seguidores o são baseados na ideia que ele representa, e não em sua figura pessoal.

Ele tem um ideal e o defen-de com unhas e dentes, indepen-dentemente do número de pessoas que o apoiam. Muitas vezes ele, na defesa de suas ideias, tem uma co-erência interna tão grande na luta pelo que acha certo, que é quase impossível deixar de admirá-lo.

Até, se for preciso, luta sozinho para provar que vale a pena viver por tal ideal.Eleé intemporal, pois semeia ideias que ficam, e um dia podem tornar-se realidade. Sua luta por objetivos grandiosos tem grande valor histórico, pois ele é uma pessoa que deixasua presen-ça gravada para sempre,seja sua atuação em que campo for. Tal-vez numa pequena oficina, talvez num grande grupo, lá estará ele, agindo sempre com a mesma for-ça, característica de sua liderança, pois, ele é a defesa do que acredita e é seguido por seu grupo.Interes-ses pessoais, conchavos e politi-cagem são postos de lado, tendo em vista o bem comum, seu maior

interesse. Seu valor não o deixa esmorecer ante às adversidades, pois afinal o líder não é só uma pessoa, é, sobretudo, uma ideia que vive. E ele lutará até tombar ou realizar seu sonho impossível, procurando sempre melhores con-dições às pessoas, a cada Irmão, a cada passo que dá.

Em Loja Maçônica -Com o título de Venerável Mestre, é escolhido pelo grupo,para exercer por 1(um) ou 2 (dois) anos, a con-dução da Loja Maçônica.Estamos sequiosos por líderes que mereçam confiança e devotamento.A cada eleição cresce a expectativa justa de que a escolha certa de nossos

O venerável mestre e a liderançaPróximos aos verdadeiros líderes estão os líderes que as pessoas conhecem e admiram; depois deles, quem temem; em seguida, quem desprezam!

Valdemar SansãoDia 24 de novembro

edição150202012

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líderes nos faculte a conquista do conhecimento, da paz, do respeito, da felicidade geral e que o traba-lho seja também para o progresso espiritual do grupo, pois, não há construção que se erga sem que a argamassa não esteja misturada ao suor do obreiro.

Cada Maçom em particular se considera um líder e o confron-to de líderes pode gerar conflitos. É importante, também,distinguir liderança e autoritarismo.

Nem sempre um Mestre é capaz de bem desempenhar a missão. Certamenteo cargo não o torna um líder. Exercitar lideran-ça significa trabalhar arduamente impedindo a influência do ego. Continuará líder se proporcionar confiança, encorajamento,fé, e, querendo, até sua reeleição.

Para a eleição de nova ad-ministração da Loja Maçônica, a responsabilidade é confiada aos Mestres Maçons da Loja, que de-vem ter o discernimento de fazê-lo bem, convictos que estarão ampa-rando o processo de evolução infi-nita para atingir a perfeição.

A título de colaboração de quem de ano a ano é chamado a eleger novos administradores e não sendo possível ficar fora do processo,não custa abordar ao menos alguns fatos importantes sobre o assunto.Pretendemos tão somente fazer crítica construtiva à escolha do Venerável Mestre,Guia e líder natural de todo o quadro de Obreiros, ao qual devemos ofere-cer, irmanados e ombreados, o so-corro de nossos braços, de nossa experiência, de nosso trabalho e nos empenharmos em aplaudi-lo e apoiá-lo se demonstrar sabedoria,coragem,humildade,interesse e dedicaçãoqueprometeu e jurou, e que dele esperamos, exigindo

participações maiores, mais efe-tivas e constantes possíveis.Não deixaremos de acreditar nos mui-tos que ainda merecem confiança e continuam plantando a semente da fraternidade, da harmonia, da paz dentro de nossas Lojas.

O Venerável desnecessá-rio - Uma das situações, talvez a mais dolorosa para o Venerável Mestre, é quando ele se conscien-tiza de que é totalmente desne-cessário.Quando decorrido algum tempo de sua instalação e posse, os Obreiros já demonstram de-sinteresse pelas sessões, faltando constantemente;quando não en-tende que junto com os Vigilan-tes, deve constituir uma unidade de pensamento; quando constata que sua Loja, recolhe um Tronco de Beneficência insignificante (no caso todos são desnecessários, pois a benemerência é um dever do maçom); quando a Chancelaria não dá importância aos natalícios dos Irmãos, Cunhadas,Sobrinho(a)s e convites de eventos de outras Lojas, não acusando sequer seu recebimento; quando deixa o caos se abater sobre a Loja, não sendo firme o suficiente para exercer sua autoridade; quando não tem uma programação pré-definida; quan-do deixa de cobrar dos auxiliares a consecução das tarefas determi-nadas, e não se importa com a edu-cação maçônica, que é primordial para recordar os ensinamentos e as finalidades da Maçonaria; quando não trabalha duro para refrear os desejos, dominar o medo, tomar as decisões adequadas e para dar a cada um o que lhe é devido.

Sem cometer equivoco, com base na observação pesso-al, podemos afirmar: “O êxito ou fracasso de uma Loja Maçônica

depende exclusivamente do seu Venerável Mestre; nenhuma ou-tra razão, influência ou fator in-terveniente de ordem interna ou externa, pode prevalecer ou pros-perar no sentido de enodoar uma administração, prejudicando-a, sem que o administrador dê para isso margem. Se isso acontecer, o ponto fraco é o administrador”.Na hipótese contrária, o êxito re-sultante também deve ser a ele creditado.

Concluindo - A Maçona-ria a todos nivela nas reuniões Maçônicas.O 22º Landmark diz: “Todos os maçons são absoluta-mente iguais dentro da Loja, sem distinções de prerrogativas profa-nas, de privilégios que a socieda-de confere”.Por tudo isso, o Mes-tre que deseja liderar seus Irmãos, para se habilitar ao cargo de “Guia” deve proporcionar-lhes confiançae encorajamento,observando oque se segue:

- Aja querendo ser um ver-dadeiro líder, sendo tão calma-mente eficiente quanto possível. Surpreenda alguém que esteja fa-zendo algo certo! Lembre-se do essencial, esquece o acessório!

- Conscientize-se de que o seu ego é quem está sugerindo que você é um fracasso. Em vez de considerar-se um fracasso quando nenhum crédito lhe é dado como quer, lembre-se de que vocêfoi bem-sucedido como líder, e de bom coração faça com que seu ego saiba que esse é o caminho para a verdadeira liderança.

- Seja de fato um livre pen-sador e não faça distinções de cre-dos, raças ou nacionalidades.

- Seja sempre disposto a combater os erros, os preconcei-tos, a ignorância e a intolerância,

edição150202013

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para que das trevas se faça a Luz; que se inspire na Lei central da vida: seja o que é, e seja fraternal.

- Seja sem reservas e sofis-mas, capaz de perdoar e receber nos seus braços um Irmão hostil.

- Seja capaz de combater os vícios e praticar a Virtude, as-pirando à Verdade e à Justiça, com retidão e sabedoria.Eis o verdadei-ro cimento social, e é com ele que se faz Maçonaria.

- Se ao chegar ao centro,ver na letra “G” toda a sua simbologia (Beleza, Força e Sabedoria), que de uma forma possa interpretar como Geometria, Gnose, Gênio,

Gravitação,Gênesis, tão amplo o seu sentido e significado.

- Se ao passar do Esq∴ ao Comp∴, entender toda a simbo-logia da Lenda de Hiram, no seu sentido mais profundo, nos seus Mistérios e na sua morte em Se-gredo e pelo Segredo, para depois ressurgir em Glória e Imortal, de sob a Acácia, que simboliza a união entre o visível e o invisível.

- Se compreender e acei-tar que sendo Nossa Ordem oculta, no sentido de que só aos Verdadeiros Iniciados os seus Se-gredos vão sendo revelados atra-vés da continuada procura, numa

interiorização profunda, então meu Irmão, está apto a ser verda-deiro líder e Venerável Mestre.

- Seja tão paciente consigo mesmo, em todos os seus sucessos e desapontamentos, quanto sente que Deus sempre lhe deu Luz, dis-cernimento, inspiração e proteção!

P.S. É uma dupla irres-ponsabilidade a eleição de um Venerável Mestre sem a necessá-ria habilitação e programa para o cargo. Dupla, pois é irrespon-sável quem desta maneira aceita a incumbência, como também, irresponsáveis são osque o ele-geram.

O Maçom não deve e não pode se deixar levar pela paixão, seja qual for a situ-

ação em que se encontre: apresen-tando, defendendo ou criticando uma idéia, julgando uma obra, elo-giando um trabalho ou censurando uma atitude. O maçom, como adep-to da perfeição que busca atingir, deve ser tranquilo, prudente, coe-rente e acima de tudo, um analis-ta consciente. O maçom não pode pender, nem para o elogio exagera-do ou gratuito, nem para a crítica sistemática ou mordaz, e muito me-nos oscilar entre as duas posições.

Cabe ao maçom, como ga-rimpeiro da sabedoria, catador in-cessante das gemas preciosas do

saber, do compreender e do sentir, “ver” o que lhe é oferecido. Exa-minar, estudar, analisar, e, longe de aplaudir excessivamente ou criticar severamente, alertar para o bem ou para o mal que poderá advir de tal ou qual objeto analisado. Entende-mos que o maçom antes de criticar deve, isto sim, apontar os incon-venientes ou males que poderão acontecer, bem como, evitando elo-gios entusiásticos, mostrar as virtu-des ou os bens que possivelmente resultarão.

Temos visto muitos Irmãos abandonarem a Ordem: uns, por-que suas idéias não sendo muitas vezes bem compreendidas, foram criticadas, deixando-os magoados

(o que também não poderia acon-tecer), outros, exagerando a defesa ou o ataque, acabaram confundindo o homem com a idéia e indispon-do-se com os demais. E tudo por que? Porque o maçom se deixou dominar pelo arrebatamento, pela paixão. O ideal será o exame sere-no e racional e a opinião resultante, sempre que possível esclarecedora, harmonizando a idéia com a reali-dade, baseada, principalmente, no respeito que tudo e todos merecem. Sabemos que vencer a paixão é di-fícil. É uma dura luta, mas, conve-nhamos, merece ser lutada, a fim de que a harmonia reine, e fundamen-te o nosso progresso individual e coletivo.

PaixãoJosé Everaldo Andrade Souza

Mestre Maçom da Loja Elias Ocké, Oriente de Ilhéus

Ref. Bibliogáfica Fontenelle, Gutemberg. Maçonaria Religião dos sábios: Orientação e ensinamentos - 3. ed. Rio de Janeiro: Record - Heizzal, 2007.

edição150202014

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Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia

• Oriente de Guajará-Mirim

• Urupá

Loja Fé e Confiança n° 01

Sagração da Loja Simbólica Cyrillo Carvalho Neves nº 40

Foi realizado pelo Venerável Mestre Irmão Jorge Manussakis, no Templo da ARGBOLS Fé e Confiança n° 01, no Oriente de Guajará-Mirim, a Iniciação de 7 primeiros Aprendizes Irmãos, Eder Seixas (Keila), Elias

Aparecido (Marly), Jhonatan Klaczik, José Carlos Moraes (Clemilda), Maicon Jordan Reis (Cleiceane), Marcelo Abatti (Katianny) e Ozias Correia (Mara) da Loja Maçônica Independência do Abunã n° 45, do Oriente de Extrema/RO, (a mais nova Loja da GLOMARON) os quais serão transferidos por Decreto.

Esta sessão contou com a presença do Irmão Paulo Benevenute Tupan, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, que agradeceu aos Irmãos Visitantes representantes de Potencias e Loja, Grande Loja do Estado do Acre, Grande Oriente do Brasil/RO e Grande

Loja da Bolívia, estando presente aproximadamente 70 Irmãos, de vários Orientes.

No ultimo dia 14 de dezembro, no Oriente de Urupá – RO, foi realizado a Sagração do Templo da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cyrillo Carvalho Neves nº 40.

Sob a direção do Sereníssimo Grão-Mestre, Irmão Paulo Benevenute Tupan, participaram da Sessão o Grão-Mestre Ad Vitam, Irmão Aldino Brasil de Souza, Venerável Mestre, Irmão Willian Dias da Silva, e os Irmãos

Agnaldo Ferreira Costa, Ailton Santos Alkimim Palma, Antônio de Assis Soares Furtado, Fábio José de Souza, Flávio Rodrigues, Gilberto Gomes do Rego, Hélio Felici, Joaquim Gonzaga Nunes, José de Arimateia Alves, Josiel Miranda Pereira, Leomar Bento; Luiz Carlos T. Cappovilla; Raimundo Gomes da Silva, Tadeu Alves Pereira; Valdir Moreira da Silva, Vando Alves da Rocha, Valderi Rocha Rodrigues e Wesley Alves Batista.

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Era vulgar em nosso calendário maçônico.A introdução da contagem maçônica do tempo deve-se a evolução dos graus simbólicos para os altos graus dos diferentes Ritos.

Num certo dia um Irmão Aprendiz me questionou: “Por que se usa ERA

VULGAR (E∴V∴) nas datas da Maçonaria?”

Inicialmente, podemos afir-mar que a primeira aplicação da As-tronomia à vida dos homens, lá nos primórdios da civilização, foi a me-dida do tempo, a organização sis-temática da sucessão interminável dos dias: o calendário. O calendá-rio se foi formando com diferentes características nas diversas civili-zações, e, conforme as necessida-des de cada uma delas, foi sofrendo as transformações necessárias para mantê-lo de acordo com o que era exigido pelos astros, tornando-o cada vez mais perfeito, mais sus-cetível, e de maior envergadura.

Muitas e muitas civiliza-ções se perderam, embora tenham deixado gravados resquícios de sua cultura e seu calendário, como ancoradouro para atender às ne-cessidades da vida religiosa e ci-vil, demarcando o tempo em dia, mês e ano. Outros povos mantêm, ainda, calendários próprios, como os cristãos, os chineses, os mu-çulmanos e os judeus. Há de se lembrar que alguns sábios e estu-diosos dos Livros Sagrados têm feito profundos estudos e pesqui-sas sobre a idade do universo que, na verdade, tem bilhões de anos e

não contradiz, absolutamente, as Escrituras Sagradas, um marco de fundamental importância na histó-ria humana. Pelo contrário, coin-cidem com os ensinamentos da ciência moderna.

Atualmente, o calendário gregoriano é universalmente acei-to, nas relações entre os homens, conquanto guardem esses povos suas próprias tradições e datas reli-giosas. Era Vulgar – Assim designa o calendário, usado modernamente no mundo todo. Nos documentos Maçônicos após a data apõe-se a sigla (E∴V∴), o que quer dizer do “calendário gregoriano”, adotado mundialmente. Era Vulgar é a Era que utilizamos correntemente no Ocidente, assim sendo estamos no ano de 2011.

Por outro lado, a Era Ma-çônica tem mais 4000 anos, cor-respondendo ao que se estabeleceu

na lenda como sendo a data da construção do Templo de Salo-mão, estaríamos assim no ano de 6011. Outra corrente remete a Era Maçônica para a mesma data, mas, neste caso, justificando-a como sendo a data de aparecimen-to do Homem segundo a Bíblia. Figueiredo (2009) define Era Vul-gar como Era Cristã. Sendo a Era Cristã, sob a denominação de Era Vulgar, a mais empregada, e ser-ve de termo médio e de compara-ção das outras, as quais se podem classificar em “eras antigas”, as anteriores à Era Vulgar, e “eras modernas”, as posteriores.

É um sistema de calcular e registrar o tempo da ocorrência de certos acontecimentos. Os maçons possuem um meio especial de ex-pressarem as datas de um modo diferente do mundo profano. A introdução da contagem maçôni-ca do tempo deve-se a evolução dos graus simbólicos para os altos graus dos diferentes Ritos. O ano maçônico de acordo com a maioria das obras literárias inicia-se em 1º de março de um ano e encerra-se a 28 de fevereiro do ano seguin-te. Conforme Figueiredo (2009), a Era Maçônica começa em março ou julho, acrescentando-se 4000 anos ao ano vulgar. Baseia-se na concepção bíblico-judaica da ida-de da criação do mundo.

Maurício Alves Rodrigues PugasM∴I∴

BCARLS “Estrela do Leste nº 5 GOEMT - Rondonópolis/MT

edição150202016

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Na Maçonaria consideran-do-se os diferentes ritos praticados e aceitos, o Ano Maçônico varia entre os Ritos, começando em 1º de março e parte da época assinalada pela Bíblia para a criação do mun-do, ou segue o calendário Egípcio e de acordo com o artigo Calendá-rio Maçônico publicado no site da A∴ R∴ L∴ S∴ “Cantalicio José Simões” n. 437 (s/d), os mais co-nhecidos são:

Rito Simbólico: a era maçô-nica é obtida somando-se 4.000 ao ano em curso. Assim, 4000 + 2003 = 6003. A sigla adotada é A.L. sig-nificando “Anno Lucis” ou “Ano da Luz”;

Rito Escocês: adota o calen-dário hebreu puro. O ano obtém-se somando 3.760 ao ano em curso. Assim, 3760 + 2003 = 5763. A si-gla usada é A.M. = “Anno Mundi”. Adotam a denominação hebraica dos meses;

Rito Misrain: basta agre-gar 4.004 ao ano em curso. Assim,

4004 + 2003 = 6007. A sigla usada é a mesma do Rito Escocês (A.M.);

Rito da Estrita Observân-cia: toma como primeiro ano a destruição da Ordem dos Templá-rios que foi em 1314 e registra-se a diferença entre a era vulgar e 1314, ou seja, 2003 - 1314 = 689. A sigla usada é a mesma do Rito Templário;

Arco Real: a referência para o primeiro ano é o da fundação do segundo Templo de Jerusalém por Zorobabel em 530 a.C. somando--se a esta data o ano da era vulgar, ou seja, 530 + 2003 = 2533. A si-gla usada é A. I. = Ano Inventionis, significando no ano da descoberta;

Ordem dos Sumo Sacer-dotes: adiciona-se 1913 ao ano da era vulgar. Seus documentos são datados a partir do ano da benção de Abraão pelo Sumo Sacerdote Melchizedek. A sigla usada é A.B. = “Anno Benefacio” significando “Ano da Benção;

Maçons Crípticos: (Mes-tres Reais, Escolhidos, Super

Excelentes Mestres e TIM) o ano se inicia 1000 anos antes de Cristo tempo em que se concluiu o Tem-plo do Rei Salomão acrescentando--se então 1000 ao ano da era vulgar, ou seja, 2003 + 1000 = 3003. A si-gla usada é A. T. ou A.D. = Ano do Templo ou “Ano da Deposição”;

Templários: conta-se como primeiro ano o da fundação da Or-dem, que ocorreu em 1118 da era vulgar e registra-se como ano a di-ferença entre a era vulgar e 1118, ou seja, 2003 – 1118 = 915. A sigla usada é A. O. = Ano da Ordem.

Finalmente podemos dizer que ERA é o número de anos civis de um povo que vão decorrendo desde uma época notável, tomada para ponto de referência, e que dá o nome à era adotada.

REFERÊNCIAS

A∴ R∴ L∴ S∴ “Cantalicio José Simões” n. 437. Calendário Maçônico. S/D. Disponível em:

<http://www.lojacantaliciojosesimoes.com/pdf/calendariomaconico.pdf> Acesso em: 01 jun 2019.

FIGUEIREDO, J. G. de. Dicionário de Maçonaria: seus mistérios, seus ritos, sua filosofia e sua história. São

Paulo: Editora Pensamento, 2009.

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O carnaval e a maçonaria

Estudos apontam que o car-naval teve provavelmente sua origem em celebrações

de festas pagãs, como os realizados em honra de Baco, o deus do vinho, e as saturnais romanas e as Luper-calia, ou aqueles que tiveram lugar em homenagem ao touro Ápis, no Egito.

Segundo alguns historiado-res, as origens das festividades do carnaval remontam à antiga Sumé-ria e Egito (onde teve sua primeira concentração carnavalesca) a mais de 5.000 anos, com celebrações si-milares no Império Romano, onde o costume se espalhou por toda a Europa, sendo trazido para a Amé-rica pelos navegantes espanhóis e portugueses que nos colonizaram a partir do século XV.

O carnaval remonta além das festas pagãs as Celtas, a festi-vidade contemporânea conhecida como o Carnaval pode ter tido sua origem na necessidade de comer todas as carnes e produtos animais como ovos e manteiga antes de iniciar o período da Quaresma. Se-gundo a tradição católica durante a Quaresma não se deve comer car-ne, mas somente peixes e legumes. No entanto, as verdadeiras origens do Carnaval são ainda desconheci-das. Não há como verificar onde e quando nasceu o carnaval. A data do carnaval varia de ano para ano. Muitas pessoas perguntam como calcular a data do Carnaval ?

O calendário é marcado pela Igreja Católica (que no início era contra tal festança). A data da

Páscoa começa (Domingo de Ra-mos) é calculada pelo mês lunar (28 dias) e domingo para a primei-ra lua cheia depois do equinócio da primavera (21 de março). Em ou-tras palavras, a Páscoa só pode co-meçar o mais tardar em 22 de Mar-ço e até 18 de abril. Portanto varia de ano para ano. Assim, o costume foi levado para calcular as datas do Carnaval, só em contagem decres-cente, 40 dias entre o Domingo de Ramos. Esse dia será quarta-feira, e é o dia que começa a Quaresma.

Mas, como em qualquer etapa de nossa história, a Maçona-ria tem uma importância especial no carnaval, não como peça fun-damental de um xadrez como visto em outras ocasiões importantes ao longo da historia brasileira e mun-dial, mas agora como homenagens às conquistas alcançadas. Diver-sas escolas de Samba trazem suas homenagens na letra de samba de enredo e nas suas Alas e fantasias,

homenagens essas justas e perfeitas, uma forma encontrada pelos carna-valescos em transmitir ao mundo nossas maravilhosas conquistas. Porém, exposições dessa natureza fazem mal, porque afastam e ex-põem à crítica dos detratores que nelas encontram causas fundadas para chacota sob todos os aspectos. Querem motivos mais justos que estes para que reprovemos a par-ticipação de Irmãos expondo seus paramentos, desfilando em carros alegóricos, num espetáculo mesmo de amor nacional. Fosse o carna-val festejado com música e danças, fantasias e desfiles, seria uma bela festa tão inocente como a comemo-ração de um aniversário. Mas não é isso o que acontece, é sem duvida uma festa para alguns e um baca-nal para outros. A bruxa fica sol-ta, a bebida e a droga rolam como nunca, mulheres ficam grávidas, e nem sempre estão dispostas a levar até o fim a gravides, gerando uma corrente de abortos. Os próprios governantes, com a distribuição de preservativos, estimulam a bader-na, porque o sexo está vulgarizado. Gastam o dinheiro dos impostos para subvencionar os prazeres dos irresponsáveis.

A Maçonaria não pode ser exposta dessa tal forma. Tudo bem que a população não saiba dos gran-des feitos da Maçonaria em nossa história, mas acho que o carnaval não é o meio mais adequado para isso. Os “foliões” sob o efeito do álcool não darão a devida impor-tância ao enredo e logo esquecerão

Irmão Júlio Cesar C. dos Santos

edição150202019

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As grandes leis universais Irmão Heitor Rodrigues Freire

Loja Amor e Caridade nº 65 - GLEMSCampo Grande/MS

Que o universo é regido por leis universais me pare-ce óbvio. Agora, quantas,

quais são e como funcionam essas leis é o xis da questão.

Posso afirmar que nessas leis está presente a vontade supre-ma de Deus, criador do universo e de tudo o que existe. Essas leis são os fundamentos da criação e esta-belecem o fluxo da vida em todo o cosmos.

As leis naturais orientam todo o universo e conhecê-las ou procurar conhecê-las é parte da busca incessante que devemos fazer todos os que procuramos evoluir de forma consciente.

As leis universais são os pi-lares da criação e regulam os mo-vimentos e atividades tanto da vida humana quanto de todo o cosmos. Elas indicam o caminho a seguir, visando o nosso aperfeiçoamento e evolução. Cumprem esse supremo objetivo porque nelas está plasmada a vontade do Criador, que estabele-ce a evolução integral e permanente do homem. Para que possamos al-cançar a evolução é imprescindível termos consciência dessas leis.

Toda a criação é governada por leis, e os princípios que operam no mundo físico estudados pela ciência são as leis naturais. Por outro lado, desde sempre todas as sabedo-rias e conhecimentos espirituais re-velaram leis sutis, que dizem respei-to ao plano espiritual e à dimensão

da consciência. De acordo com essa sabedoria, a verdadeira natureza da matéria está contida nestas leis energéticas. Conhecê-las e prati-cá-las deve ser o objetivo de todos que vivem de forma consciente.

As leis mais conhecidas são a lei do amor, a lei da evolução, a lei da atração, a lei do trabalho e a lei da prosperidade. Essas leis foram criadas por uma inteligência supre-ma, Deus, e tem o caráter da im-pessoalidade, da permanência, e da universalidade, ou seja, dirigem-se a tudo e a todos. Foram criadas para o equilíbrio, evolução e harmonia do todo.

A lei do amor é a mais ele-mentar de todas as leis porque englo-ba todas as outras. Esta é a lei a que se referia Jesus quando dizia que: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.

A lei da evolução é a que de-termina o caminho que cada um vai trilhar para alcançar a iluminação, aplicando os princípios da lei da atração com os postulados da ação e reação.

A lei do trabalho é a que rege o processo organizacional. Todos devemos trabalhar eterna-mente. Não há descanso. A ima-gem que se criou de que vai chegar um momento em que ficaremos no eterno laissez-faire é falsa, o dolce far niente também. O trabalho é o meio pelo qual desenvolvemos nos-sa inteligência e nossa criatividade.

Permanentemente.A lei da prosperidade se ma-

nifesta em todas as atividades. A prosperidade é uma energia e um estado de espírito. “Não é o que possuímos, mas o que gozamos que constitui nossa abundância”. Pro-vérbio árabe.

Esta lei opera por intermé-dio da prática do ato de doar. Para receber é preciso primeiro dar. Como nos ensinou Jesus em Lu-cas 6:38 –“Dai, e vos será dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo”.

A maioria das pessoas está voltada apenas para receber, de-dicando suas vidas ao acúmulo de bens, muitas vezes comprometendo a própria saúde para deixar riqueza para seus herdeiros – o que, ao con-trário, causa discórdia, briga e aca-ba dissolvendo a família porque o ter se sobrepõe ao ser.

O ato de doar também não pode ser mecânico, automático e com o objetivo de obter recom-pensa. A doação, para ser benéfica, exige desapego, compreensão e al-truísmo, porque do contrário será um ato premeditado com vistas ao próprio interesse.

As leis operam de forma im-pessoal. Não dá para tentar enganar aos Mestres da Ordem Maior que operam essas leis.

o que foi dito, principalmente se a escola que o escolheu não for a campeã. Nossas alusões a datas,

personagens, eventos da natureza sempre ocorreram dentro de nossos Templos e às portas fechadas.

Devemos sempre levantar templos a virtude e cavar masmor-ras ao vício.

edição150202020

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A sagrada famíliaO que perturba sua família herdará o vento, o insensato será servo do sábio. Provérbios 11:29

O legado religioso trouxe até nós, através dos séculos, a palavra “NATAL” cingida

de certo misticismo, que no decor-rer dos tempos foi sucessivamente perdendo seu significado primário e assumindo características semi--religiosas, semi-familiares e semi pagãs. Todos os povos da Terra falam de Jesus porque todos eles receberam as cintilações de sua filosofia transcendente e emanci-padora de almas, apontando-lhes destinos infinitamente superiores que jamais outro corpo doutrinário concebera.

Para os Cristãos, o Menino Jesus (Cristo) vem ao Mundo e as-sume a condição humana. Ele cres-ce no seio de uma família pobre, e, também enfrenta as dificuldades, hoje tão comuns a muitas famílias. A SAGRADA FAMÍLIA, assim denominada, escutando a voz de Deus, é certamente uma família de refugiados. Segundo as Escrituras, Deus enviou o seu filho com um

projeto para as famílias terrenas iluminar, através de ensinamen-tos, a fim de trilhar os caminhos do Amor e da Paz na vida familiar.

O Menino Jesus, que foi salvo das mãos de Herodes, há dois mil anos, morre hoje em cada criança que morre com suas famí-lias, vítimas da ganância, da falta de solidariedade e de amparo. Da falta de políticas em favor dos que mais sofrem. Não somente mor-rem tentando superar as fronteiras de territórios, mas sobretudo as fronteiras desumanas do egoísmo e do preconceito.

A Maçonaria é uma famí-lia! É considerada a maior família universal de pessoas não ligadas

por laços sanguíneos, o maior exemplo de união entre os homens que se possa imaginar, o berço de tudo quanto é mais sagrado, puro e singelo e o seio do amor fraterno e belo. Com o beneplácito do Gran-de Arquiteto do Universo, que é Deus, a Maçonaria também é uma SAGRADA FAMÍLIA!

Ao ingressar na Maçonaria, o neófito inicia uma nova história que passará, inevitavelmente por uma Família Sagrada: A FAMÍLIA MAÇÔNICA! O Grande Arquite-to do Universo estará permanente-mente acompanhando suas ações, com o mesmo projeto entregue a Jesus. Não obstante, o Maçom de-verá estar, eternamente, atento aos objetivos da Sublime Ordem para que ninguém e nada destrua os princípios da Maçonaria.

Ao Maçom não basta ser iniciado; somente o é um genuí-no Maçom na medida em que seja considerado como tal pelos seus pares, com base na sua atividade na Instituição. O Maçom é um ele-mento, integrado numa Loja, e tem a denominação de Obreiro, num grupo de pares onde trabalha, isto é, contribui com o seu estudo, com seus conhecimentos, o seu caráter, os seus progressos, suas tarefas re-cebidas, para todo o grupo, e, do grupo recebe o contributo de todos os demais.

Do ponto de vista estrita-mente místico, a Maçonaria é uma entidade iniciática que prepara o espírito dos seus iniciados para a

Irmão E. FigueiredoObreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos nº 669

São Paulo - GLESP

edição150202022

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compreensão do Absoluto. Na re-alidade, porém, cada iniciado deve agir com plena consciência, na es-fera de ação que lhe é apropriada consagrando sua vida e seus esfor-ços à concretização dos deveres que lhe são atribuídos. A liberdade de consciência é um princípio Ma-çônico. Como aliança universal, baseada na solidariedade, a Su-blime Ordem convoca os homens de boa-vontade, sem desvios de consciência, a trabalharem pelo aperfeiçoamento intelectual e mo-ral da Humanidade. O verdadeiro Maçom é alguém essencialmente livre, inviolável em sua consciên-cia. Dentro dessa consciência, o principal objetivo é reunir pesso-as comprometidas com o bem co-mum e com a defesa das mudan-ças sociais positivas.

A Maçonaria é uma Esco-la de Conhecimento num estado maior de espírito, no qual as as-pirações nobres e puras chegam a sublimar as vocações mecânicas da vida, para envolver o ser na auréola liberta, fraternal e igua-litária. O Maçom vai aprenden-do e aos poucos se inteirando do que é a Ordem e seus outros di-versos objetivos. A Maçonaria é, essencialmente, uma instituição filantrópica. É, também, filosófi-ca e progressiva. Tem, dentre seus objetivos, a busca da Verdade, o estudo da Moral, a prática da So-lidariedade Fraternal e a Tolerân-cia, que deve ser a virtude con-solidadora. Como deveres recebe instruções para trabalhar para o aperfeiçoamento moral, intelectu-al e social da Humanidade a fim de que seus componentes sejam mais felizes, menos sofredores, graças à maior compreensão e pela prá-tica constante da Fraternidade. É comum os familiares participarem

da benemerência e filantropia da Loja, auxiliando nos trabalhos.

Quando se fala em Famí-lia Maçônica não está restringin-do, apenas, ao ambiente da Loja. Sua família (Esposa, filhos etc.), está entrelaçada com o grupo de Obreiros, cujos laços são indes-trutíveis. Isto é, abrange Maçons e seus familiares. A harmonia, camaradagem, solidariedade pre-gada. e desenvolvida na Loja tam-bém deve haver na vida particular do Maçom. Se a vida familiar de um Maçom não estiver com a es-tabilidade necessária, a esse tipo de relacionamento, o elevado ab-sentismo que vai existir no seu quotidiano será sempre a fonte de crítica por parte de uma esposa ou família que se sentirá colocada à margem do convívio do casal, principalmente, em detrimento o convivência com a Família Ma-çônica. Seus pares o condenarão, também! A FAMILIA É ALGO SAGRADO!

É muito importante, para o Maçom, o apoio que lhe é prestado pela sua família, em virtude da quantidade de ausências do seu ambiente familiar que vão sucedendo ao longo dos anos para cumprir seus deveres com a Loja. Obrigações estas que, na maioria das vezes, serão a frequência às sessões da Loja a qual pertence, às assembleias da Potência ou Obediência, atividades que sejam promovidas pela sua Loja, como no ambiente externo, que chamamos de profano.

Convivendo, pois, os fa-miliares com o grupo da Loja, concretizam os laços que unem os Maçons entre si e que se estendem às suas respectivas famílias. Con-solida-se, assim, a SAGRADA FAMÍLIA MAÇÔNICA!

O projeto cedido pelo Grande Arquiteto do Universo motiva a esperança ao Homem, prometido como o da Justiça, da Verdade, da Solidariedade, do Bem, da Paz, da Filantropia e da Harmonia. Esperança que trans-forma, facilmente, em outras ge-neralizações, que variam quase exatamente as mesmas promes-sas. A Benevolência é uma de-las. Se alguns espíritos generosos podem nele encontrar um asilo moral, o futuro mais próximo do Homem fica tão bem assegurado ao ponto de impedir que outros sejam levados a crer que isso é uma ilusão. Essa ilusão seria uma filosofia facilmente permeável, que explica o que já se conhece e promete penetrar cada vez mais no desconhecido, e, nos permite conceber que uma certa forma de fé existe ainda bem enraizada no espírito humano.

Portanto, sem nos entre-garmos facilmente a presságios, a Maçonaria continuará, indefinida-mente, a sua Missão de manter a FAMÍLIA MAÇÔNICA com seus princípios, conceitos e objetivos.

Não há limite para a cultura Maçônica !

O conhecimento maçônico só tem valor quando compartilhado

entre os irmãos.

IP.IP. EIEIFontes consultadas:

Albuquerque, A. Tenório Cavalcante d´- O que é Maçonaria

Casals, Pedro Henrique Lopes – Mistérios da Maçonaria

Castellani, José – Consultório MaçônicoMarques, Américo Correa – Roteiro Maçônico

Schuler Sobrinho, Octacílio – Maçonaria – Uma Escola do Conhecimento

Tourret, Fernand – Chaves da Maçonaria

(*) E. Figueiredo – é jornalista – Mtb 34 947 e pertence aoCERAT – Clube Epistolar Real Arco do Templo/Integra o GEIA – Grupo de Estudos Iniciáticos

Athenas/Membro do GEMVI – Grupo de Estudos Maçônicos

Verdadeiros Irmãos/Integrante do Grupo Maçonaria Unida

edição150202023

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A Maçonaria não é secreta e nem tudo é segredo na Maçonaria. A Maçonaria

não está alicerçada em segredos ou pseudo-segredos. A Maçonaria é muito mais do que isso. E quem pensa de forma diversa tem um conhecimento raso do verdadeiro sentido da Ciência Maçônica.

Os segredos podem ser divi-didos em duas classes: os segredos no plural e o segredo no singular.

A primeira classe, dos se-gredos no plural, remonta à época da Maçonaria Operativa e é dividi-da em três categorias: (1) O que é tratado em Loja; (2) Os confiados por um Irmão; e (3) Os meios de reconhecimento.

As duas primeiras catego-rias de segredos, por óbvias, dis-pensam maiores comentários e es-tão relativamente bem preservadas, mas a terceira classe de segredos vem sendo divulgada em livros e pela Internet e deixaram de ser segredos, tornando-se meros “Se-gredos de Policinelo”. Mas não se deve ter grandes preocupações quanto a isso, pois esses tais meios de reconecimento são herança de nossos antecessores da Maçonaria Operativa, dos Maçons obreiros, que se dedicavam à construção de edificações. Na época das guildas corporativas de pedreiros da Ida-de Média, além dos segredos pro-fissionais, nossos antigos Irmãos, sem possuírem documentos que os identificassem, e mesmo que tives-sem seriam inúteis, pois geralmente

eles eram analfabetos (daí que, por exemplo, o Poema Regius foi es-crito em versos para facilitar a me-morização de nossos iletrados an-tecessores), precisavam de sinais, toques, palavras, senhas e contra--senhas para identificarem-se como Maçons quando viajavam e para demonstrarem o seu grau de conhe-cimento do ofício. Esses meios de reconhecimento só não caíram em desuso simplesmente por tradição, por herança histórica, pois todo Maçom modernamente possui um documento de identificação maçô-nica emitida por sua Obediência, constando seu nome, número de cadastro, Loja e Grau em que está colado. E até quando viajam para outros países podem ser identifica-dos por Passaporte Maçônico emi-tido por sua Obediência.

É possível e não é de todo improvável, que num futuro ainda indefenido, esses meios de reco-nhecimento, então já de amplo co-nhecimento do público em geral, se juntem aos antigos Alfabetos Maçônicos baseados em ângulos, que deixaram de ser usados devido a sua simplicidade e de serem fa-cilmente decodificados, tendo sido substituídos por abreviaturas termi-nadas em três pontos formando um triângulo. Os Alfabetos Maçônicos, embora não mais sejam usados, continuam sendo estudados, pois fazem parte da História da Maço-naria, conquanto alguns símbolos de nossa história, como a Argila, o Giz e o Carvão, ficaram totalmente

esquecidos e a grande maioria dos Maçons modernos nunca ouviram falar deles.

A segunda classe, do segre-do no singular, parece ter se origi-nado já na Maçonaria Especulativa, com a introdução de certas práticas e filosofias inexistentes na fase Operativa da Maçonaria. Esse se-gredo no singular, é que é verdadei-ramente o Grande Segredo da Ma-çonaria. É um segredo totalmente filosófico que a linguagem humana não saberia traduzir, visto que as palavras correspondem a conceitos ao passo que o pensamento esoté-rico eleva-se acima do pensamento conceitual. Como trair ou divulgar esse Grande Segredo, se ele é pes-soal, intransmissível e que poucos o alcançam?

Esse Grande Segredo, não é algo oculto, é algo que necessita de dedicação nos estudos, pesquisas, conhecimento e percepção para ser alcançado. Alguns o alcançam ain-da no Grau de Aprendiz, outros no Grau de Companheiro e outros no Grau de Mestre. Não o encontran-do nesses três Graus, não o alcan-çarão nos chamados Altos Graus. Não estudaram, não pesquisaram e não adquiriram os conhecimen-tos necessários para o alcançar e terão que descer dos pedestais, deixar de lado os diplomas e co-mendas e recomeçar a subida dos degraus, um a um, a começar pelo Grau de Aprendiz. Sem o pleno co-nhecimento desse primeiro Grau, o Grande Segredo é inatingível.

Os segredos e o grande segredo Irmão Almir Sant’Anna Cruz

Ao lado do ConhecimentoContribuição www.comotal.com.br

edição150202024

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Comunicação do Grau 24 - Príncipe do Tabernáculo

Primeira Assembleia Geral Ordinária Deliberativa de 2020

Grau Filosófico em Mato Grosso

Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso – GLEMT

• Cuiabá

O Magnífico Conselho de Cavaleiros Kadosch “Gonçalves Ledo” do Vale de Cuiabá realizou nessa última sexta-feira (21/02) a COMUNICAÇÃO do Grau 24 – Príncipe do Tabernáculo. A sessão

foi dirigida pelo M.’.P.’.M.’. Irmão Afonso Henrique de Oliveira, 33 e contou com a presença do Grande Inspetor Litúrgico da Região de Mato Grosso Irmão Ronan Jackson Costa, 33.

No dia 17 de fevereiro de 2020, foi realizada a primeira Assembleia Geral Ordinária Deliberativa de 2020 no Templo Nobre - Irmão Antônio Hans, na sede da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso - GLEMT. O Sereníssimo Grão-Mestre, Irmão Geraldo Macedo, apresentou o relatório de atividades do Grão-Mestrado

nesse primeiro bimestre, principalmente na integração das Lojas do interior com a região metropolitana. O primeiro Grão-Mestre da GLEMT, Irmão Antônio Hans, também marcou presença, juntamente

com Ex-Grão-Mestre e atual Grande Tesoureiro, Irmão Afonso Henrique de Oliveira.Assessoria de Comunicação

Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso

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A Igreja e a MaçonariaTemplo de Estudos Maçônicos

Tolerância é a palavra-chave sobre IGREJA e MAÇO-NARIA. Primeiramente

devo apresentar alguns verbetes para que cada Irmão compreenda bem os limites desse artigo:

DOUTRINA: conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso, político ou filosófico; DOGMA: ponto fun-damental de uma doutrina; RE-LIGIÃO: conjunto de práticas e princípios que regem as relações entre o homem e a divindade; IGREJA: templo ou comunida-de dos cristãos; CRISTÃO: o que segue a religião de Cristo; FÉ: crença, confiança; TOLERÂN-CIA: admissão e respeito quan-to a opiniões contrárias à sua. Isto posto, trabalharemos sobre a situação entre a Sublime Or-dem Maçônica e a Igreja Católica Apostólica Romana.

Lá pelos idos da Idade Mé-dia Tardia, a Instituição Maçônica e a Instituição Religiosa andavam de “braços dados”, era época das construções das grandes catedrais. Com a transformação da Maço-naria Operativa em Maçonaria Especulativa, por conseguinte a iniciação de “mentes críticas” que se insurgiram contra dogmas polí-ticos (origem divina do poder dos reis) e também religiosos (venda de indulgência), começaram as acusações que até hoje nos atin-gem.

A preocupação da Institui-ção Igreja era a perda do poder temporal sobre o povo; nossos

Irmãos não questionavam aspectos da fé cristã, até mesmo porque isto contrairia o princípio maçônico da liberdade religiosa. Como no senti-do puro de religião não havia nada que condenasse os Maçons, porém, as autoridades eclesiásticas cria-ram regras que justificariam nossa execração, ou seja, por ordem dos homens foi acrescida à doutrina da Santa Igreja a incompatibilidade de ser cristão e maçom ao mesmo tempo.

O primeiro documento pu-blicado pela Igreja Católica con-tra a Maçonaria é datado de 1738 assinado pelo Papa Clemente XII, seguido de vários outros documen-tos, mas também houve grandes períodos de tempo em que a Igreja foi tolerante para com nossas ati-vidades e vários Papas não se ma-nifestaram. Na atualidade vivemos uma situação antagônica entre o

que está escrito e o que é praticado.Alguém acredita que nos

dias de hoje um Padre vai deixar de ministrar os sacramentos a um Ma-çom? Se algum Irmão me pergun-tar se os homens que compõem a Santa Igreja Católica estão errados quanto ao posicionamento da dou-trina, eu direi que não. Toda Insti-tuição tem leis e no caso da Igre-ja Católica é o Código de Direito Canônico, que deve ser cumprido pelos seus membros. PORÉM, o problema não está na Lei, esta sim na manifestação/interpretação que algumas autoridades fazem da Lei. No Código anterior (1917) havia a citação explícita da Maçonaria, abaixo o texto integral disponibili-zado pelo Vaticano, apenas desta-quei algumas palavras:

“Los que dan su nombre a la secta masónica o a otras asociacio-nes del mismo género, que maquinan

Irmão Sérgio Quirino Guimarães Loja Presidente Roosevelt nº 25 - GLMMG

edição150202026

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contra la Iglesia o contra las po-testades civiles legítimas, incurren ipso facto en excomunión simple-mente reservada a la Sede Apos-tólica” (http://www.vatican.va/).

O atual código (1983) no Cânnon 1374 diz: “Quien se inscri-be en una asociación que maquina contra la Iglesia debe ser castiga-do con una pena justa; quien pro-mueve o dirige esa asociación, ha de ser castigado con entredicho.” (http://www.vatican.va/ archive/ESL0020/__P51.HTM)

Compreenderam? É justa

esta posição! Imagine se dentro de sua Loja houvesse um “Irmão” que pertencesse a uma associação que trabalhasse (maquinasse) contra a Maçonaria, ele não seria expulso (“excomungado”)?

Não tenham dúvida que daqui a alguns anos a Instituição Igreja verá a Instituição Maçônica como uma organização de homens de bons propósitos. Por causa da estrutura secular e do respeito aos mandatários antecessores, a atua-lização de posicionamento é muito lenta.

Lembram que em 1611 o Santo Oficio quería mandar para a fogueira Galileu Galilei por ele ter dito que a Terra girava em torno do Sol e não o contrario? Ele negou suas teorias e escapou da atrocida-de, a Santa Igreja só reconheceu que ele estava certo em 1983, ou seja, 372 anos depois, portanto continuemos nossos trabalhos e te-nhamos tolerância.

FONTEhttps://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2015/05/27/a-igreja-e-a-maconaria/

https://www.irmaosdaordem.com.br/a-igreja-e-a-maconaria/

O símbolo e o rito maçônico da cadeia de união

A cadeia de união é sem dúvi-da alguma um dos símbolos mais significativos de entre

todos os que decoram a Loja ma-çônica. Trata-se de um cordão que rodeia todo o templo em sua parte superior. Esta situação no alto” lhe dá uma conotação celeste, confir-mada pelos doze nós que aparecem de trecho em trecho ao longo de todo o cordão, os quais simbolizam os doze signos do zodíaco.

Esses nós correspondem, além disso, às doze colunas que ex-ceto pelo lado de Oriente também rodeiam o recinto da Loja. Cinco dessas colunas estão situadas no lado do Setentrião, outras tantas ao Meio-dia, e as duas restantes as co-lunas J e B no Ocidente.

Para compreender esta

simbólica teríamos que ter em conta que a Loja é, antes de tudo, uma imagem do mundo, e como tal deve existir nela uma represen-tação do que constitui o próprio “marco” do cosmos, que é propria-mente o zodíaco. Muitos recintos ou santuários sagrados - do mesmo modo que as cidades edificadas segundo as regras da arquitetura tradicional -, sendo a projeção na terra da ordem celeste, estão de uma ou outra maneira “marcados” pelas constelações zodiacais. É o caso, por exemplo, do Ming-Tang chinês, do Templo de Jerusalém (e seu arquétipo, a Jerusalém Celes-te), de muitas fortalezas templá-rias, e de construções tão antigas como é o crómlech megalítico de Stonehenge.

Dessa forma, os maçons operativos, e em geral os artesãos construtores de qualquer socieda-de tradicional, se serviam de um cordão para determinar a posição correta dos templos ou catedrais, que sempre, e de forma invariável, estavam orientados segundo as di-reções do espaço assinaladas pelos quatro pontos cardeais, exatamente igual à Loja. Pois bem, como men-ciona René Guénon “... entre as funções de um ‘marco’ quem sabe a principal seja manter em seu lu-gar os diversos elementos que con-tém ou encerra em seu interior de modo a formar com eles um todo ordenado o qual, como se sabe, é a própria significação da palavra ‘cosmos’. Esse marco’ deve, pois, de certa maneira, ‘ligar’ ou ‘unir’

Irmão Francisco Ariza

edição150202027

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esses elementos entre si, o que está formalmente expresso pelo nome de ‘cadeia de união’, e inclusive disso resulta, no que se refere a ela, seu significado mais profundo, pois como todos os símbolos que se apresentam em forma de cadeia, cordão ou fio (todos eles símbolos do eixo) se referem definitivamen-te ao sûtrâtmâ”.1 Por conseguinte, a cadeia de união maçônica viria a significar, considerada do ponto de vista metafísico, exatamente o mesmo que a “cadeia dos mun-dos”: um símbolo que resume o conjunto de todos os estados, seres e mundos que formam a manifes-tação universal, os quais subsistem e estão ligados entre si pelo “fio de Atmâ” (sûtrâtmâ), ou seja, por seu hálito ou espírito vivificador.

Por outro lado, a cadeia de união é também a corda com nós (ou houppe dentelée) que aparece figurada nos “quadros de Loja” maçônicos, mais concretamen-te nos pertencentes aos graus de aprendiz e de companheiro.

A significação simbólica de tal corda é idêntica à da cadeia de união, mas, ao mesmo tempo, e vinculado especificamente com o simbolismo do quadro de Loja, haveria que se considerar também outro aspecto importante dela: o que tem como função “proteger”, além de “unir” e de “ligar”, os símbolos e emblemas que apare-cem desenhados no quadro, o que é considerado como um espaço sacralizado, e por tanto inviolável. Neste sentido, a idéia de proteção” está incluída no simbolismo dos nós e das ligaduras, que por suas respectivas formas relembram o traçado dos dédalos e labirintos iniciáticos. Na simbólica univer-sal, o labirinto, além de estar re-lacionado com as viagens” e as

provas iniciáticas, também tem como função a defesa e proteção dos lugares sagrados ou centros espirituais, impedindo o acesso aos mesmos pelos profanos que não estão qualificados para rece-ber a iniciação. Porém a defesa se estende igualmente (e poderíamos dizer que principalmente) a im-pedir o acesso às influências sutis do psiquismo inferior, que por seu caráter especialmente dissolven-te representam um claro perigo que deve ser controlado e evi-tado a todo custo, pois por meio dessas influências se introduzem determinadas energias maléficas e caóticas destinadas a destruir, ou no melhor dos casos a debili-tar, os próprios centros espirituais e as organizações tradicionais li-gadas a eles, e conseqüentemen-te a impedir dentro do possível a comunicação com as influências verdadeiramente superiores, das quais esses centros e organizações foram - e são - precisamente, o su-porte. E ao fio desta última refle-xão, quem sabe seria demais assi-nalar os perigos de dissolução (ou de petrificação, pois no caso dá no mesmo) que na atualidade esprei-tam a Maçonaria, já que é a todas luzes evidente que esta organiza-ção tradicional se tem visto sub-metida a uma paulatina extirpação da dimensão iniciática e esotérica de seus símbolos e seus ritos. E o que é talvez mais lamentável é que essa ação foi levada a cabo muitas vezes por maçons que não com-preenderam que é precisamente graças a esses símbolos e ritos (revelados na origem e transmiti-dos ao longo do tempo) que a Or-dem maçônica adquire seu pleno sentido, pois eles constituem suas senhas de identidade, o que tal Or-dem é em si própria, e não poderia

deixar de ser, a menos de seja para ficar totalmente desvirtuada e va-zia de conteúdo essencial.

Para que essa situação não chegue a ser irreversível, pensa-mos que se faz necessário que os maçons de espírito tradicional (isto é, aqueles que consideram que a Maçonaria pertence e é uma rami-ficação da Tradição Primordial e, portanto uma via de realização do Conhecimento) restituam de novo o sentido cosmogônico e metafísi-co de seu legado simbólico-ritual, começando por considerar que a cadeia de união é, efetivamente, o “marco” celeste que delimita, se-para e protege o “mundo da luz” do “mundo das trevas”, o sagrado de o profano.

Além da corda com nós que rodeia a Loja e o quadro, exis-te um rito na Maçonaria que tam-bém recebe o nome de cadeia de união. Trata-se daquele que está constituído pelo entrelaçamen-to que formam as mãos, com os braços entrecruzados, de todos os integrantes da oficina, o qual, pre-cisamente, tem lugar ao redor do quadro da Loja e dos três pilares da Sabedoria, a Força e a Beleza momentos antes de encerrar os tra-balhos.

Em primeiro lugar, há que se dizer que e a cadeia de união é um dos ritos maçônicos que mais diretamente aludem à fraternida-de maçônica, a qual, de fato, está sustentada nos laços de harmo-nia e concórdia que ligam todos os maçons entre si. Daí o porquê de se denominar os nós da corda também de laços de amor”, pois o amor, entendido na sua mais alta significação, é a força que conci-lia os contrários e resolve todas as oposições na unidade do Prin-cípio. Tal fraternidade representa,

edição150202028

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portanto, o próprio fundamento sobre o qual se apóia a própria or-ganização iniciática e tradicional. Neste sentido, o entrelaçamento de mãos e braços configura uma trama cruciforme que evoca a ima-gem de uma estrutura fortemente coesa e organizada.

Mas este rito se realiza, fundamentalmente, para dirigir uma prece ou invocação ao grande Arquiteto, sendo nessa invocação onde reside seu sentido profundo e sua razão de ser. Por isso, pres-cindir da prece como sucede em muitas lojas atuais, pelo mero fato de ignorá-la ou por considerá--la um ultrapassado anacronismo, provoca inevitavelmente o empo-brecimento do próprio rito, ficando este, como conseqüência, reduzido praticamente a quase nada.

Não obstante, na antiga Maçonaria operativa, a prece e as invocações dos nomes divinos for-mava parte constitutiva do rito e dos trabalhos simbólicos; e preci-samente ela se realizava na cadeia de união e ao redor do quadro da Loja, com o qual se confirma o pa-pel verdadeiramente “central” que este último sempre desempenhou na Maçonaria.

De modo geral, a cadeia de união começa e termina no Venerá-vel Mestre, e é ele, como a máxima autoridade da Loja, o que dirige a invocação ao grande Arquite-to. Vejamos a seguir um exemplo desta segundo é de uso ainda entre alguns Ritos maçônicos que segui-ram conservando parte do legado operativo:

“Arquiteto Supremo do Universo!; Fonte única de todo bem e de toda perfeição!; Oh Tu! Que sempre obrastes para a feli-cidade do homem e de todas Tuas criaturas; te damos graças por Teus

paternais beneplácitos, e te conju-ramos para que os concedas a cada um de nós, segundo Tuas conside-rações e segundo nossas necessi-dades. Espalhe sobre nós e sobre todos nossos Irmãos Tua celeste Luz. Fortifica em nossos corações o amor pelas nossas obrigações a fim de observá-las fielmente. Que possam nossas reuniões estar sem-pre fortalecidas em sua união pelo desejo de Teu prazer e para fazer--nos úteis a nossos semelhantes. Que elas sejam para sempre a mo-rada da paz e da virtude, e que a cadeia de uma amizade perfeita e fraterna seja sempre tão sólida en-tre nós que nada possa alterá-la. Assim seja”.

Por conseguinte, e segundo se depreende desta oração maçô-nica, a união encadeada e fraterna se converte no suporte horizontal e psicossomático (terrestre), sobre o qual “descerão” - estimulados pela prece - os beneplácitos (ben-dições) da influência espiritual ou supra-individual -”Tua celeste Luz”-, possibilitando assim uma via de comunicação axial entre o céu e a terra, ou como se diz em linguagem maçônica, entre a Loja do Alto e a Loja de Baixo.

Quer dizer que através da invocação o que se pretende essen-cialmente é a comunicação com as energias celestes (as Idéias ou atributos criadores do Arquiteto universal) cuja ação espiritual con-formou - e conforma permanen-temente - a realidade simbólica, ritual e mítica (ou seja, cosmogô-nica e metafísica) da organização iniciática.

Ao mesmo tempo, no rito da cadeia de união se concentra a entidade coletiva constituída por todos os antepassados que real-mente participaram na Tradição e

seu conhecimento, e dos que se diz que moram no “Oriente Eterno” (a Loja celeste).

Tal entidade se faz una em comunhão com seus herdeiros atu-ais, isto é, com os maçons que, havendo recebido e compreendido (na medida que for) a mensagem de seu legado tradicional, contribuem hoje em dia para mantê-lo vivo e atuante. Neste sentido, a cadeia de união também está simbolizando a cadeia iniciática da tradição maçô-nica (e por analogia a de todas as tradições), cuja origem é imemo-rial, como o é da mesma forma a mensagem que ela foi transmitindo ao longo do tempo e da história.

As individualidades, ou melhor, a idéia do individual e do particular que cada componente da cadeia pudesse ter de si mesmo, desaparece como tal para formar um só corpo que vibra e respira a uma própria cadência rítmica.

A cadeia de união cria as-sim um círculo mágico e sagrado onde se concentra e flui uma força cósmica e teúrgica que assimilada por todos os integrantes lhes per-mite participar do verdadeiro es-pírito maçônico e de sua energia salutar e regeneradora.

Não é então de se estra-nhar que durante o transcurso do rito da iniciação, o neófito receba simbolicamente a “luz” integrado na cadeia de união, o que é perfei-tamente coerente em uma tradição na qual o rito e o trabalho coletivo desempenham uma função emi-nente como veículos de transmis-são da influência espiritual.

Tradução: Sérgio K. Jerez

NOTA (1)Ver René Guénon, Símbolos Fundamentales de la

Ciencia Sagrada cap. XV.Texto enviado pelo Irmão José Robson Gouveia Freire,

Loja Pioneiros de Brasília nº 2288 – GOB/DFRito Brasileiro

edição150202029

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A consciência

O maçom é sempre obe-diente? Não! Ele obedece a uma treinada consciên-

cia voltada para o bem e baseada em princípios morais.

Consciência é capacidade humana que pode ser treinada e desenvolvida.

É o utilitário de segurança mais usado pelo homem sábio com vistas à pureza moral.

É ela quem efetua comparações com padrões de moral que freiam o mal.

A constante convivência com pessoas detentoras de eleva-da moral injeta na mente compor-tamentos, pensamentos, crenças e diretrizes que a treinam.

Estudar e filosofar temas morais também contribui na sua boa edificação.

Mas não é suficiente! É necessário querer e estar

disposto em aceitar mudanças, orientações e advertências.

Quando certa ação confli-ta com o padrão desenvolvido no condicionamento moral, soa o avi-so de alerta ao inicio da contenda, empunha-se a consciência como escudo.

Ela acusa e defende o ho-mem do proceder que prejudica.

Deixa de funcionar se esti-ver cauterizada, tornada insensível por inúmeros atentados que a des-respeitam.

A consciência gera culpa e esta imobiliza a ação errada.

A companhia de pessoas promíscuas e praticantes de atos atentatórios à moral prejudica seu bom condicionamento.

É semelhante ao arrancar

de terminações nervosas da carne que fica destituída de tato.

A ação da pessoa passa a ser controlada pelo temor a cas-tigos e não mais ao sentimento de culpa que imobiliza a ação do mal.

No Rito Escocês Antigo e Aceito o adepto recebe de herança cultural a direção que preconiza a obediência de caserna, disciplina marcial e rígida, influência de ve-tustas ordens de cavalaria e profis-sionais.

A companhia de pessoas boas e disciplinadas auxilia no de-senvolvimento de boa consciência.

Razão da boa e criteriosa escolha de novos obreiros.

Profano que não possui es-tatura mínima em sentido moral é impedido de entrar na Maçonaria, daí a importância de rigorosas sin-dicâncias.

Uma vez iniciado, a con-vivência pacífica e amorosa entre os maçons proporciona a sintonia fina da consciência sensível e in-teligente.

Quem não treina a sua consciência faz de si um animal incapaz de ocupar-se de outra coi-sa, a não ser daquela do destino próprio dos animais.

Se a consciência do Ma-çom está afinada com a moral, este pode até dispensar o livro da lei no altar dos juramentos.

O detentor de boa consci-ência tem um livro da lei escrito no coração e na mente.

Para o cristão, a bíblia judaico-cristã é símbolo da sua consciência.

Representa espiritualidade

e racionalidade de todo homem bom dotado de consciência volta-da ao bem.

Aquele que passa por trans-formação em sentido lato, reunin-do em si bons princípios morais, éticos, religiosos, emocionais, fí-sicos e espirituais tem o alicerce de sua consciência construído so-bre a rocha.

O Maçom usa da inteli-gência para educar-se e afinar a consciência ao que ditam as leis naturais estabelecidas pelo Gran-de Arquiteto do Universo.

Desenvolve e entende a mensagem contida na filosofia da Maçonaria, em cuja escalada pere-grina ao interior de si.

Trabalha a pedra por den-tro nos exercícios de individuação tornando-se consciente do milagre da vida que o anima.

E nesse seu mundo inte-rior desenvolve acurada consciên-cia, instrumento que o desculpa e acusa, diferencia entre bem e mal, percebe certo e errado.

Na história da Maçonaria observa-se que quando de parte de maçons ocorreu desobediência civil, aconteceram fatos que pro-moveram melhorias às sociedades humanas.

Treinado a consciência o maçom desobedece tudo o que possa bloquear o exercício da li-berdade responsável, o bom uso da liberdade com possibilidades de escolhas.

O Maçom obedece mais à consciência criada pelo Grande Arquiteto do Universo que às leis, dogmas religiosos e ideologias po-líticas.

Irmão Charles Boller

edição150202030

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Parte do princípio que aceitar de forma passiva às leis injustas as tornam legítimas.

A sua espiritualidade as-sociada à sua boa consciência levam-no a caminhar conforme os elementos de seu projeto exis-tencial onde não obedece a ordens

que conflitam com a moral guar-dada pela consciência.

Tem o dever juramentado de rebelar-se contra leis e domi-nações injustas.

Cultiva e condiciona sua consciência para a ação orien-tada ao amor fraterno; aquele

sentimento em ação que soluciona a todos os problemas de relacio-namento e humaniza o homem.

O treinamento da consci-ência é atividade permanente do maçom e é por isso que ele começa cada tarefa invocando a glória do Grande Arquiteto do Universo.

• Louisville, Kentucky

Estados Unidos da América

Confederação Maçônica do Brasil Reconhecimento de mais três Grandes Oriente - COMAB nos EUA

Entre os dias 14 a 18 de fevereiro de 2020 ocorreu na cidade de Louisville, estado do Ken-tucky, EUA, a Conferência dos Grão-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte (Con-ference of Grand Masters of Masons in North America 2020). A finalidade dessa Conferência foi discutir os assuntos maçônicos mais rele-vantes que dizem respeito à América do Norte (EUA, Canadá e México), bem como a discus-são de propostas e ações para serem executadas naquele Continente.

Esta Conferência, que ocorre anualmen-te, reúne todos os Grão-Mestres das Grandes Lojas Regulares dos Estados Unidos, Canadá e México e, também, atrai a participação de Grão-Mestres de muitas Potências Maçônicas Regulares de todo o mundo, a exemplo do Bra-sil.

Dentro da programação, ocorre a reunião da Comissão de Informação para Reconheci-mento (Commssion on Information for Recog-nition), que analisa os Pedidos de Potências estrangeiras formulados às Grandes Lojas inte-grantes daquela Conferência.

Para ingresso no List f Lodges, que reúne as Potências Maçônicas Regulares que possu-

am, pelo menos, dez Tratados com Grandes Lojas da América do Norte, o primeiro passo é passar e ser aprovado por aquela Comissão de Informação de Reconhecimento e, poste-riormente, ser aprovado pela Conferência dos Grão-Mestres. Em seguida, faz-se a celebração das assinaturas de Tratados para, após atingir a meta mínima (10 Tratados), ocorrer a inclu-são no importante documento mundial (List of Lodges).

Neste ano foram protocolados os Pedidos de Reconhecimento do Grande Oriente Paulis-ta, representado pelo Sereníssimo Irmão Fer-nando Fernandes (Grão-Mestre) e o Poderoso Irmão Renato Parkesian (Grande Secretário de Relações Exteriores; e o Grande Oriente do Rio de Janeiro, representado pelo Poderoso Irmão Wallace de Paiva Lima (Grande Secretário de Relações Exteriores) e o Grande Oriente da Bahia, representado pelo Soberano Irmão Cassiano Lhopes Moreno (Grão-Mestre) e o Eminente Irmão Gilberto Lima da Silva (Past Grão-Mestre).

Todos integrantes da COMAB – Confede-ração Maçônica do Brasil.

A defesa oral desses pedidos foi, magistral-

mente, feita pelo Poderoso Irmão Cristian Flo-res Maldonado, Grande Chanceler da COMAB e Grão-Mestre Ajunto do Grande Oriente do Paraná (GOP), resultando em aprovação unâni-me do Comitê que, posteriormente, submeteu seu parecer à Assembleia Geral da Conferência, tendo sido aprovado pelos 52 (cinquenta e dois) Grão-Mestres norte-americanos presentes.

Em anos anteriores passaram pela mesma Comissão os seguintes Grandes Orientes Con-federados à COMAB: Grande Oriente do Rio Grande do Sul (GORGS), Grande Oriente de Santa Catarina (GOSC), Grande Oriente do Paraná (GOP), Grande Oriente do Estado do Mato Grosso (GOEMT), Grande Oriente de Minas Gerais (GOMG) e Grande Oriente de Mato Grosso do Sul (GOMS), tendo sido todos aprovados na época.

Este reconhecimento ora alcançado é fruto do cuidadoso trabalho de inúmeros Irmãos das Potências interessadas e, também, do apoio das potências co-irmãs, Grande Oriente do Brasil e Grandes Lojas Maçônicas em seus respectivos Estados.

Templo e Biblioteca Maçônica e Museu da Pensilvânia

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A Maçonaria nos dias de hoje

A Maçonaria teve historica-mente o seu auge, em ter-mos quantitativos, após o

final da Segunda Guerra Mundial. Tinham-se vivido anos de horror e de violência inauditos. Os sobre-viventes dos combatentes no con-flito necessitavam de manter a ca-maradagem, a união, o espírito de corpo, que sentiam ter possibilita-do a sua sobrevivência. Uma das formas que, sobretudo nos países anglossaxónicos, acharam para o fazer foi buscar a admissão nas Lojas maçónicas e aí praticarem essa particular forma de camara-dagem que inexoravelmente os marcou. Por outro lado, os horro-res vividos e assistidos mostraram a muitos e muitos a necessidade de um espaço de convivência sã e de aprimoramento ético. Quem conviveu com o mal aprecia mais plenamente o bem!

O pós Segunda Guerra Mundial foi assim um período de grande florescimento da Ma-çonaria, em que os números dos maçons cresceram até atingirem níveis nunca antes historicamente atingidos.

Mas a vida é feita de ciclos! A essa fase de crescimento seguiu--se – inexoravelmente – uma fase de declínio. As condições sociais mudaram. A prosperidade mate-rial foi desfrutada por mais gen-te. As gerações sucederam-se. O que foi vivido no tempo daquela guerra passou a ser mera matéria de documentário histórico para

os filhos, netos e bisnetos da ge-ração que vivera aquele tempo. O que fora importante para a geração do pós-guerra não era já entendi-do nem sentido como tal pelas gerações subsequentes – e, bem vistas as coisas, ainda bem que as gerações subsequentes tiveram a possibilidade de não viver, nem sentir, nem suportar, aqueles du-ros tempos! Outras solicitações sociais e de utilização de tempos livres se perfilavam. E a Maço-naria, em termos quantitativos, declinou sensivelmente. Passou a ser vista como uma coisa de cotas nostálgicos e ultrapassados e de cromos com a mania de se arma-rem em diferentes. Tantas coisas para fazer na vida, tanta vida para viver, tanto trabalho para fazer, tanto para conquistar – para quê gastar (ou perder) tempo com essa coisa esquisita, meio desconheci-da, fechada? Com a escolaridade a aumentar exponencialmente, quando os jovens passavam anos e anos a preparar-se para a vida ati-va e esta era cada vez mais com-petitiva, que esquisitice era essa do autoaperfeiçoamento? Não era evidente que cada geração era me-lhor, mais sabedora, mais dinâmi-ca, mais apta, do que a anterior? A Maçonaria não passava, para muitos, de um resto do passado, em vias de fossilização, em persis-tente declínio, precursor da inevi-tável decadência e do inexorável arquivamento nas prateleiras das curiosidades da história! A vida

moderna, a tecnologia, o progres-so imparável, o céu que é o limite do pujante avanço da Humanida-de, relegavam a vetusta organiza-ção para a sala dos fundos onde as relíquias do passado acumulavam respeitável poeira…

Mas os ciclos inexora-velmente avançam, as suas fases sucedem-se e, nunca se repetindo exatamente da mesma forma, as grandes tendências inevitavelmen-te que paulatinamente se repetem. Este início do século XXI parece mostrar-nos uma mudança de ciclo da Maçonaria, em que o declínio cessou e o crescimento recomeça.

A vida moderna insensivel-mente empurra-nos para a massifi-cação, a generalização. Cada vez mais, cada um de nós é menos um indivíduo e mais um número, um fator, um pequeno elemento de um conjunto cada vez mais numeroso. E cada vez mais descobrem que a Maçonaria permite aos que a in-tegram dispor de um espaço, de tempo e de locais em que cada um consegue afastar essa asfixiante sensação de ser apenas uma peça de um imenso formigueiro huma-no e assumir-se como indivíduo inserido numa comunidade e com ela e os seus outros componen-tes interagindo. Volta a “estar em alta” no “mercado” dos valores pessoais e sociais a necessidade de ética, a vontade de aperfeiçoa-mento, a interação com pequenos grupos de pares, com interesses e objetivos similares.

Irmão Gabriel Campos de OliveiraGOB/MG - Divinópolis/MG

edição150202033

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Cada um de nós sente que, por si só, não consegue deixar de ser apenas um número, inseto numa colmeia, peça de uma imen-sa máquina que é a sociedade de hoje. Mas verifica que, inserida num grupo com dimensão huma-na, em que todos se conhecem e se podem conhecer, a individuali-dade de cada um tem significado e é reconhecida nesse grupo com dimensão humana. E que, inserido nesse grupo, os progressos de cada um são reconhecidos pelos de-mais, tal como cada um reconhece os progressos dos demais. Ser um parafuso bem polido num depósi-to de milhões de parafusos é irre-levante. Mas ser uma pessoa, um indivíduo, com virtudes a culti-var, com defeitos a combater, com arestas a polir, no meio de iguais, também com virtudes e defeitos e arestas, mas sobretudo sendo cada um UM, diferente entre iguais – isso é gratificantemente diferente!

Nos dias de hoje, a Maço-naria é uma ancestral instituição que – como é caraterístico das instituições verdadeiramente rele-vantes e duradouras – se reinventa para responder aos desafios e às necessidades de agora. E hoje é

necessário – cada vez mais urgen-temente necessário! – que a vetus-ta instituição da Maçonaria dis-ponibilize a quem disso cada vez mais necessita o tempo, o espaço, o meio, as ferramentas, para que o homem-número que o progresso que trilhámos criou se transforme no Homem Completo que cada um de nós tem a potencialidade de ser. Único. No melhor e no pior. Cada vez com mais melhor e me-nos pior. Mas sobretudo Homem – imprescindivelmente diferente entre iguais.

Tempo virá em que novo declínio experimentará a Maço-naria, em que os nossos filhos, ou netos, ou bisnetos, de forma geral a verão de novo como coisa do passado. Não é esse o tempo que vivemos. O tempo de agora é de crescimento, de consolidação, de valorização. Porque os Valores que recebemos dos nossos antecesso-res e que cultivamos para transmi-tir aos vindouros são intemporais, essenciais e imprescindíveis para o Homem e para a Humanidade.

Curiosamente, a imutável linha de rumo da Maçonaria pare-ce atuar como força de equilíbrio na Sociedade. No passado, quando

imperava a desigualdade, a Maço-naria foi um espaço de igualdade. Hoje, quando a normalização im-pera ao ponto de asfixiantemente nos sentirmos números num con-junto, formigas cumprindo desco-nhecida missão do formigueiro, obreiras mecanicamente contri-buindo para a manutenção e cres-cimento da Grande Colmeia social em que nos sentimos aprisionados, a Maçonaria possibilita a cada um dos seus elementos que exercite, execute, desenvolva, a sua indi-vidualidade. O combate de há tre-zentos anos era o de convencer a sociedade inteira da igualdade es-sencial dos seus membros. Hoje, o desafio é o de consciencializar todos de que essa igualdade só se concretiza verdadeiramente se for permitido a cada um desenvol-ver a sua individualidade. Porque cada um de nós é verdadeiramente único e diferente entre iguais. E é essa Diferença na Igualdade que, afinal, constitui a maior riqueza de uma sociedade.

As épocas sucedem-se, as modas vêm e vão, os tempos mu-dam – mas os Valores ex ex essen-ciais, esses, são perenes e cultivá--los com são equilíbrio é Arte.

A MORTE DO VENERÁVEL- Já passava das duas horas da madrugada quando o 1º Vigilante de uma pequena Loja Maçônica ligou para a residência do Grão-Mestre, insistindo em falar com ele em uma urgência nunca antes vista.Demorou um pouco até que a cunhada fosse acordar o Grão-Mestre Adjunto.- “Que é que há de tão urgente, meu irmão?”, falou o Grão-Mestre.- “Eminente, o Venerável Mestre de minha Loja acabou de falecer”, disse o 1º Vigilante ofegante – “Posso ficar no lugar dele?”- “Bem” – disse o Grão-Mestre – “Se o caixão for do seu tamanho, por mim está ótimo”.

Autor desconhecido

edição150202034

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