A Luta Dos Anarquistas Contra o Sistema Penal

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    Revista Urutgua- revista acadmica multidisciplinar www.uem.br/urutagua/006/06augusto.htmQuadrimestral N 06 Abr/Mai/Jun/Jul Maring - Paran - Brasil - ISSN 1519.6178

    Centro de Estudos Sobre Intolerncia - Maurcio TragtenbergDepartamento de Cincias Sociais - Universidade Estadual de Maring (DCS/UEM)

    A luta dos anarquistas contra o sistema penal e a emergncia da

    ao global de associaes que compem a Cruz Negra

    Anarquista (CNA)*

    Accio Augusto**

    Pareceme que no devemos partir do tribunal e

    perguntar como e em que condies pode haver um

    tribunal popular, e sim partir da justia popular,

    dos atos de justia popular e perguntar que lugar

    pode a ocupar um tribunal.

    Michel Foucault

    ResumoA priso, esta criao recente, problematizada por meio da existncia de diversas associaesanarquistas Cruz Negra Anarquista que se dedicam a combater o sistema penal. Aurgncia em pensar as prises de uma perspectiva que privilegie a liberdade encontra nosanarquistas uma parceria corajosa. Estes, em meio busca de sua utopia da sociedade livre eigualitria, provocam experimentaes de liberdade que abalam a lgica ressentida do tribunal.

    Palavras-chave: Cruz Negra Anarquista, radicalismo, prises, anarquismos.

    Abstract

    The prison, this recent creation, is thought by the existence of several anarchists associations-Anarchist Black Cross- which dedicates themselves for the struggle against penal system. Theurgency in thinking prisons in a way that to privilege liberty, finds in anarchists bravepartners. Those, during the search for uthopical free society, generate freedom experiences thatrocks the sorrowed logic of the court.

    Keywords: Anarchist Black Cross, radicalism, prisons, anarchisms

    *Este texto a apresentao dos resultados de um ano de pesquisa de Iniciao Cientfica, financiada pelo CNPq

    e orientada pelo prof. Edson Passetti. Ela compe o projeto ProdocCapes Polticas libertadoras, tolerncia eexperimentaes de liberdade.**Estudante de Cincias Sociais da PUCSP, integrante do NuSol e bolsista de iniciao cientfica do CNPq.

    http://www.uem.br/urutagua/006/06augusto.htmmailto:[email protected]:[email protected]://www.uem.br/urutagua/006/06augusto.htm
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    Todo preso um preso poltico.

    Em 1795 Willian Godwin (Passetti, 1994) escreveu que a questo da punio talvez seja amais fundamental da cincia poltica (Godwin, 2004: 11). Com isto, o pensador ingls que levou o utilitarismo s suas ltimas conseqncias e apontado como procedncia certados anarquismos causa um rudo que agride os ouvidos dos construtores racionais dossistemas de governo, defensores do Estado como um mal necessrio.

    Minha reflexo parte da sugesto demolidora de Godwin para fazer eco a este rudo causadoh 210 anos, e que continua a atormentar o sonho de democratas e reformadores obcecados

    pela ordem racional asctica. desta perspectiva que procuro apresentar a existncia de umasrie de associaes praticamente desconhecidas, principalmente no Brasil, composta por

    pessoas que fazem das suas vidas um tormento para o sistema penal e usam o espao virtualda Internet para livrar corpos e mentes do encarceramento.

    Para tanto, dividi este texto em trs movimentos: o primeiro, apresenta o problema doenfrentamento dos anarquistas com as prises e de que foi possvel pesquisar, bem comoindica os caminhos pelos quais cheguei a este problema. O segundo, mostra as ferramentasque lancei mo tanto para seleo, como para sistematizao dos documentos. E, finalmente,no terceiro, trao algumas consideraes que se tornaram possveis de serem levantadas a

    partir do problema colocado.

    Anarquistas contra as prises

    A priso, alertou Foucault em Vigiar e Punir, uma criao recente (Foucault, 2002c: 243).Ela emerge como pea fundamental das novas tecnologias de saber/poder levadas a cabo peloefeito hegemnico de dominao provocado pela burguesia. No s a priso uma criaorecente e responde aos novos arranjos das foras socais e polticas que emergem no final dosculo XVIII, como, a prpria forma do tribunal pertence a uma ideologia da justia que ada burguesia (Foucault, 2002a: 74).

    importante ressaltar que no se trata aqui de entender o tribunal, ou a priso, como umrgo executivo a servio dos interesses burgueses. Mas demarcar, junto com Foucault, aformatribunal surgindo dentro de um determinado espao onde a burguesia marcar seu

    posicionamento poltico conferindo a este espao de mediao um estatuto de neutralidade.Portanto, no estamos tratando de um rgo executivo, mas de uma estratgia poltica adotada

    pela burguesia em uma determinada situao histrica. Foucault afirma ao tratar da criaodos tribunais populares em meio revoluo francesa: A minha hiptese que o tribunal no a expresso da justia popular mas, pelo contrrio, tem por funo histrica reduzila,dominla, sufocla, reinscrevendoa no interior de instituies caractersticas do aparelhode Estado (Foucault, 2002b: 39).1

    Por sua vez, os anarquistas so, no mesmo perodo, uma resistncia radical a essas novastecnologias de poder. Descrentes da ao estatal e atentos ao esquadrinhamento do indivduodecorrentes das tcnicas disciplinares, colocamse como inimigos pblicos do Estado,combatem a priso como um problema poltico e buscam apartar o problema da delinqnciado campo da legalidade e ilegalidade burguesa. Marcam assim, um contraposicionamento aoespao neutro do tribunal burgus. Como mostrou Foucault na parte final de Vigiar e Punir:sem dvida as anlises do La Phalange no podem ser consideradas representativas dasdiscusses que os jornais populares faziam na poca sobre os crimes e a penalidade. Mas elas

    1No demais lembrar que as revolues marxistas ocorridas no sculo XX, na Rssia, China, Coria do Norte,

    Cuba, etc., tiveram como primeiro ato revolucionrio a criao de um exrcito, de um tribunal revolucionrio euma priso, antes mesmo de organizar um aparelho burocrtico estatal, conforme recomendaes de Lnin noclssico O Estado e a revoluo.

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    se situam no contexto dessa polmica. As lies deLa Phalange no se perderam totalmente.Elas que foram despertadas pela reao to ampla de resposta aos anarquistas, quando, nasegunda metade do sculo, eles, tomando como ponto de ataque o aparelho penal, colocaramo problema poltico da delinqncia; quando passaram a reconhecer nela a forma maiscombativa de recusa da lei; quando tentaram, no tanto heroicizar a revolta dos delinqentes

    quanto desligar a delinqncia em relao legalidade e ilegalidade burguesa que a haviamcolonizado; quando quiseram restabelecer ou constituir a unidade poltica das ilegalidadespopulares (Foucault, 2002c: 242).

    Com efeito, os anarquistas constituemse historicamente como atiradores e alvo daformapriso. Se, por um lado, combatem-na como prtica de dominao estatal em suacapilaridade, por outro, tornamse seu alvo privilegiado ao receberem o estatuto de monstro

    poltico antropofgico a ser redimensionado como anormal que rompe o contrato socialpela base. Os estudos de Lombroso, que culminam em uma monografia totalmente dedicadaaos anarquistas exemplares (Lombroso, 1977); a intensa caa aos anarquistas no final dosculo XIX e comeo do XX, tanto na Europa como no Brasil trazem esta situao; e a

    vigorosa anlise de Foucault realizada no Curso no Collge de France, de 1974

    75, OsAnormais, documenta (Foucault, 2002d).

    Vivemos contemporaneamente, desde a dcada de 1980, um quadro de superpenalizao ondea poltica de tolerncia zero assim batizada e desenvolvida pelo governo de Nova Yorksob o comando do prefeito Rudolph Giuliani norteadora planetria de polticas criminaisque alimentam a utopia de erradicao do crime por meio de uma superpenalizao de

    pequenos delitos como forma de evitar os grandes. Norte traado nos centros de pesquisaestadunidenses, os chamados think tanks, que orienta polticas penais tanto de direita, no casoestadunidense, como de esquerda, no caso da Europa e da Amrica Latina (Wacquant, 2002).

    A partir desta dcada de 1980, e mais intensamente na seguinte, aparece a revitalizao de

    uma srie de associaes anarquistas que articulam-se entre si para combater s prises,existente desde 1905, a Cruz Negra Anarquista (CNA). Ela surge historicamente, comoassociao, na Rssia czarista e sofre sua primeira perseguio e interrupo no governo

    bolchevista. Reaparece, mais tarde, na Alemanha, onde sofre nova interdio, desta vez dogoverno nazista; na dcada de 1960 volta a se reestruturar na Inglaterra de onde apia

    prisioneiros e fugitivos dos governos totalitrios na Europa. Sua difuso planetria, com acriao de associaes em diversos pases, ocorre somente na dcada de 1980, e, como japontado acima, explode na dcada de 1990, no bojo dos movimentos globais de luta contra ocapitalismo e do uso da Internet como ferramenta de luta.2

    As CNAs agem, globalmente, criando campanhas para libertao de presos, produzindo

    documentos que questionam polticas de incremento penal e que explicitam a seletividade dosistema penal, alm de viabilizar a difuso de escritos de presos produzidos no interior dapriso que so transformados em livros ou publicados na Internet. Apesar de atuar,preferencialmente, junto ao que convencionam chamar de presos polticos ou de guerra, adefesa de presos empreendida pelas CNAs no faz julgamento prvio dos presos que apiam,como faz, por exemplo, outros grupos de defesa de presos que se pautam na DeclaraoUniversal dos Direitos Humanos de 1948, como a Anistia Internacional, a qual recusase adefender presos que tenham praticado atos violentos.

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    H, atualmente, grupos da rede CNA em So Paulo, Buenos Aires, New Jersey, Madrid, Barcelona, Londres,Turim, Dijon, Copenhague, Estocolmo, Amsterd, e um grupo de apoio na Cidade do Mxico chamadoLibertad,e grupos em formao no Chile, na Venezuela e no Equador. Ver lista de stios consultados no final.

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    As associaes que integram as CNAs so autogestionrias, agem nos diversos pases comogrupos autnomos que articulamse entre si por relaes de afinidade (Bookchin, 1999;Rodrigues, 1999).3Sua principal ferramenta de libertao de presos, alm do apoio legal, uma ao denominada de CRE (Cadeia de Resposta de Emergncia), que consiste em

    bombardear com cartas ou atormentar com manifestaes os rgos competentes e as

    embaixadas em diversos pases, 48 horas aps a notcia de uma priso. Sua principal via dedifuso a Internet.

    Diante da histrica relao de enfrentamento dos anarquistas com a priso, o contemporneoquadro de superpenalizao e a existncia destas diversas associaes anarquistas que sededicam exclusivamente ao combate s prises e ao sistema penal, possvel chegar uma

    problematizaro que, tomando a ao da Cruz Negra Anarquista, vise explicitar aradicalidade, a pertinncia e a atualidade da crtica anarquista s prises e ao sistema penal,desde a interceptao policial, passando pelo julgamento nos tribunais, e finalmente,chegando priso.

    Arquivos soltos na Internet. Livros esquecidos pelas bibliotecas

    Para traar este campo de problematizao indicado no pargrafo anterior, a principalatividade de pesquisa foi buscar na Internet todo tipo de informao referente a atuao dasCNAs. O volume de informaes parece ser infinito, na medida em que um stio leva a outro,a outro mais e descobrese, assim, a amplitude da ao destas associaes que esto presentesem quase todas as principais cidades do mundo, sem o mnimo de financiamentogovernamental ou privado.

    Os stios aparecem e somem em um espao de meses, e a velocidade da Internet faz com queseu discurso contra as prises circule constantemente comeando e recomeando a cada dia,chegando aos mais diferentes lugares e conectando-se a outras lutas locais pelo planeta. Isto

    permite a composio de uma ao mvel e descentralizada politicamente que tm como alvo

    a priso e como objetivo a libertao dos prisioneiros. Fato este que se deve Internet comoinstrumento facilitador do contato, mas que se efetiva por uma postura poltica que tm como

    princpio o federalismo libertrio.

    Para lidar com estes arquivos soltos procurei elaborar categorias para sistematizao eseleo, e que tornaram possvel perceber uma maior relevncia do grupo de New Jersey, emrelao produo e disponibilizao de texto na Internet, e do grupo de Madrid, a respeitodo enfrentamento com o governo e as foras fascistas emergentes na Espanha. Ao final de2003, tanto um (Nova Jersey), quanto outro (Madri), desdobram-se em federao de gruposestadunidenses e canadenses, e federao de grupos da pennsula Ibrica, ampliando suasatuaes.

    Simultnea a esta busca na Internet, uma pesquisa sobre publicaes a respeito de prises eanarquistas foi realizada nas bibliotecas das universidades para uma seleo de livros e artigosque auxiliassem na anlise do material coletado. Seu resultado foi um pouco frustrante, namedida em que a incidncia de publicaes anarquistas em portugus muito baixa secomparada, por exemplo, uma bibliografia marxista ou liberal.

    De todo modo, foi neste cruzamento entre pesquisa na Internet com a seleo bibliogrficaque se tornou possvel chegar a algumas consideraes provisrias em relao atuao dasCNAs frente ao problema levantado. E so estas que apresento a seguir.

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    A noo de grupos de afinidade dentro das prticas anarquistas informa que as associaes so formadas apartir da proximidade e preferncias dos indivduos, garantindo que as relaes entre as associaes se fundampela afinidade que cada associao tem com as prticas anarquistas.

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    Lutar contra o sistema penal experimentar liberdades no presente

    Nota-se de imediato que as CNAs vinculamse ao revolucionarismo do sculo XIX,proveniente dos escritos de Bakunin, Malatesta e Kropotkin. Sua crtica priso fortementemarcada pela argumentao deste ltimo em seu conhecido opsculo As Prises (Kropotkin,2002).4 No obstante a sua atuao no presente, as CNAs vinculam o fim das prises deflagrao de uma revoluo social e relacionam a ocorrncia dos atos tidos comocriminosos organizao social e poltica da sociedade capitalista. A revoluo, neste sentido,tanto para Kropotkin como para a CNA, seria a panacia a dar um fim, simultaneamente, aocrime e priso.

    Entretanto, em sua atitude no presente que a atualidade e contundncia das aes das CNAsganham relevo, por colocar a questo das prises e da delinqncia no campo da poltica; da

    poltica abordada de uma perspectiva libertria e entendida como guerra do indivduo contra oEstado. desta perspectiva que possvel situar sua ao como contraposicionamento, a

    partir de uma sugesto analtica de Michel Foucault (Foucault, 2001: 411-422). Veicular naInternet escritos de presos, ou que tratam dos enfrentamentos e privaes destes no interior da

    priso, como faz o grupo de New Jersey, por exemplo, tomar o encarceramento de pessoaspara alm do direito penal, e tomlo no somente como um drama pessoal, mas como umproblema que diz respeito s formas polticas que orientam a organizao da sociedade. Situauma postura que alerta para o fato de que o Estado pode seqestrar o corpo de qualquer um nomomento em que bem entender, prrequisito para a continuidade e alimentao daseletividade do sistema penal.

    importante lembrar, neste momento, que a posio de enfrentamento dos anarquistas emrelao ao Estado, lei e ao sistema penal constituise de um discurso que visa a instauraode prticas outras que no a do exerccio centralizado da autoridade. Portanto, no se trata deum exerccio crtico, mas, como sugere o texto Heterotopias anarquistasde Edson Passetti,

    da inveno de outros espaos que dissolvam as relaes de mando e obedincia prprios damoderna sociedade burguesa baseada na imputao do medo por meio do exerccio do castigo(Passetti, 2002: 141-173).

    desta perspectiva interessada que o material referente s CNAs aqui apresentado.Perspectiva esta que encontra limitaes na ao das CNAs quando estas ainda trabalham,em alguns momentos, com a categoria de presos polticos ou atrelam o fim das prises umarevoluo. Mas por outro lado, no se deve deixar de sublinhar que em meio a sua luta maior

    por libertao, as CNAs criam, na sua interveno direta no circuito punitivo,experimentaes de liberdade que barram os desejos fascistas, hoje em dia to presentes nos nas polticas punitivas e de controle, cada vez mais sutis, covardes e orientadas para o

    extermnio, mas tambm, como lembra Foucault prefaciando o livro de Deleuze e Guattari,que fazem amarga tirania das nossas vidas cotidianas (Foucault, 1993: 200).

    Desta maneira a luta contra as prises e o sistema penal empreendida pelas CNAs nos mostraque a questo penal continua sendo um tema que diz respeito poltica; que fazer esta lutasomente por meio de programas seja de navegao ou do programa revolucionrio limitar o questionamento da atualidade e a inveno de estilos de vida que prescindam do

    julgamento. Mesmo beneficiados pela velocidade e o fcil deslocamento proporcionado pelaInternet o qual devese lembrar pode ser interceptado a qualquer momento manterse

    preso a um programa ou a uma identidade, como a de preso poltico, dar margem a ser

    4Texto apresentado pela primeira vez por Kropotkin na forma de uma conferncia proferida aos operriosfranceses no final do sculo XIX.

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    capturado pelo discurso da reforma como o da Anistia Internacional, ou ainda, mesmo quesob uma roupagem revolucionria podese estar apenas reafirmando a ordem.

    Para alm desta evidncia, urge que as prticas de combate ao encarceramento e a umasociabilidade fundada no exerccio centralizado de autoridade e baseada no castigo, que sohistoricamente singularidades dos anarquistas, desvinculemse cada vez mais das tradiesrevolucionrias do sculo XIX, para que se multipliquem os campos de luta contra a priso eo sistema penal como experimentaes de liberdade no presente, fazendo com que o fim das

    prises no esteja no final, mas seja o comeo, a atitude corajosa no presente em que sepossam forjar novas subjetividades que se oponham lgica burguesa, mesquinha, cnica eressentida do tribunal.

    Bibliografia

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    ______________. Sobre a justia popular. InMicrofsica do Poder, Trad. e Org. Roberto Machado, Rio deJaneiro, Graal, 17aedio, 2002b.

    ______________. Uma introduo vida nofascista. In Cadernos da subjetividade, Trad. Fernando JosFagundes Ribeiro, So Paulo, Ncleo de Estudos e Pesquisas do Programa de PsGraduao em PsicologiaClnica da PUCSP, vol. 1, n1, 1993.

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    Wacquant, Loic.As Prises da Misria. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editores, 2002.

    Stios consultados

    www.cruznegrasp.hpg.com.brwww.usuarios.lycos.es/CruzNegraAnarquista/home.htmlwww.anarchistblackcross.orgwww.periodicocnt.orgwww.mumia.nodo50.org/cnabarna.htmwww.engaland.indymedia.orgwww.italy.indymedia.org/news/2003/07/341828.phpwww.rebelion.org/sociales/denmark010103.htmwww.abc_holland.antifa.netwww.dahnet.org.br/direitoshumanos/sip/grupos/ai/ai.html.

    http://www.cruznegrasp.hpg.com.br/http://www.usuarios.lycos.es/CruzNegraAnarquista/home.htmlhttp://www.anarchistblackcross.org/http://www.periodicocnt.org/http://www.mumia.nodo50.org/cnabarna.htmhttp://www.engaland.indymedia.org/http://www.italy.indymedia.org/news/2003/07/341828.phphttp://www.rebelion.org/sociales/denmark010103.htmhttp://www.abc_holland.antifa.net/http://www.dahnet.org.br/direitoshumanos/sip/grupos/ai/ai.htmlhttp://www.dahnet.org.br/direitoshumanos/sip/grupos/ai/ai.htmlhttp://www.abc_holland.antifa.net/http://www.rebelion.org/sociales/denmark010103.htmhttp://www.italy.indymedia.org/news/2003/07/341828.phphttp://www.engaland.indymedia.org/http://www.mumia.nodo50.org/cnabarna.htmhttp://www.periodicocnt.org/http://www.anarchistblackcross.org/http://www.usuarios.lycos.es/CruzNegraAnarquista/home.htmlhttp://www.cruznegrasp.hpg.com.br/