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Análise retórica do filma 'A Máquina"
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Antônio Alves Ferreira Junior, Ivonildo Torres Viana, Romário Jose da Silva, Tony
Clebyson Pereira Morais, alunos da UNICAP, do 2° período do Bacharelado em
Filosofia, trabalho apresentado para Oficina de Retórica, em 2012, sob orientação da
Profª Eleonoura Enoque da Silva.
ANÁLISE DO FILME “ A MÁQUINA”
FICHA TÉCNICA
Título: A máquina
Ano de lançamento: 2005
Duração: 94 minutos
Local de filmagem: Brasil
Idioma: Português
Roteiro: João Falcão e Adriana Falcão
Direção: João Falcão
Atores principais: Gustavo Falcão (Antônio jovem)
Paulo Autran (Antônio velho)
Mariana Ximenes (Karina)
Lázaro ramos (louco cético)
Aramis Trindade (louco da mochila)
Baseado: no livro A máquina de Adriana Falcão (1999)
PEQUENA BIOGRAFIA DA AUTORA
Adriana Franco de Abreu Falcão, nome completo da escritora carioca de nascença e
pernambucana de coração. Herdou do pai, Caio Franco de Abreu, o sobrenome e
consagrou-se na literatura brasileira com o sobrenome do ex-marido, João Falcão. Em
sua infância suportou diversas dificuldades, dentre elas, a perda de seus pais, onde de
formas diferentes, ambos cometeram suicídio.
Parece ter sido influenciada pelo avô, Augusto Gonçalves de Sousa Junior.
Homem intelectual, que dedicou muito de sua vida às letras, sua paixão perdurou pelas
gerações e alcançou a neta. Adriana se formou em arquitetura, porém, nunca exerceu
esta profissão.
Nascida aos doze dias do mês de fevereiro de mil novecentos e sessenta,
alcançando o décimo primeiro aniversário, mudou com seus pais para o Recife, donde
regressará em meados da década de noventa. De volta à sua terra natal, seu talento lhe
garantiu cargos de roteirista em diversas séries nos canais de TV aberta. Passou também
por de filmes consagrados, um bom exemplo disto é O Auto da Compadecida.
Contudo, podemos afirmar com veemência que Adriana Falcão superou muitos
empecilhos para chegar ao status que se encontra. Desde tragédias familiares a
matrimônios mal sucedidos, não se deixou abalar, com determinação e competência
demonstrada em seu primeiro romance intitulado A Máquina, conquistou seu espaço
entre os intelectuais das artes cênicas e literárias.
O que levou Adriana Falcão a criar esta obra?
Usando os métodos das ciências de nossos dias para elaborar uma análise crítica
da resolução deste questionamento, encontramos incestos que abrangem os tópicos da
obra. Podemos citar alguns e explanar a seu respeito, os mais fortes se caracterizam, ou
se inserem, no contexto social e histórico da atualidade.
A autora busca ligar o consumismo exacerbado, a imigração nacional, o ‘sonho’
de ser artista de TV e une tudo isso com a descoberta do amor verdadeiro. Partimos de
um modo de produção e consumo que visa o capital gerado, trazendo assim uma
massificação da sociedade, em vez de aproximar para compartilhar, homogênea as
particularidades das nações, obrigando as pessoas a vestirem, comerem, ouvirem e,
sobretudo, a pensarem de forma igualitária, gerando assim uma comunidade mundial
alienada.
Quando adentramos nos problemas estruturais que assolam determinadas
regiões, vemos que a falta de verba e preocupação dos governantes, superam as
características climáticas. Infelizmente, o jugo colocado nos ombros dos moradores
dessas regiões, ultrapassa a necessidade primeira do homem, a alimentação, chegando à
cultura imposta pelas outras regiões, ou seja, os moradores passam a crer que são, de
fato, inferiores e que precisam deixar suas pequenas propriedades, em vista de uma
dignidade que não lhes será concedida. Pois, o preconceito acompanha mesmo aqueles
que deixaram seu lugar, e dura por gerações.
Podemos afirmar que a busca incessante pelas mídias como meio de trabalho
também está ligado diretamente ao consumismo. Se observarmos, a televisão e a
internet assumiram o lugar de formadores de opinião em meio ao senso comum,
passando assim, uma ideologia de vida fácil e carregada de prestígio junto à sociedade,
acarretando em privilégios na vida particular. Por outro lado, a autora coloca a busca do
amor verdadeiro que mais uma vez teima em aparecer e libertar as pessoas de ideologias
alienantes. Para os instauradores dessas ideias, este é o fantasma que pode por fim a
busca do mostrar-se, descobrindo o sentido de sua existência, a pessoa assumira um
compromisso consigo e com as pessoas que a cercam.
Portanto, ao juntar problemas morais e históricos, Adriana Falcão, usa de
métodos literários para atingir o público, trazendo a tona, aquilo que diferencia o
homem, em sua essência, das demais espécies: a busca pelo bem comum. Dessa forma,
faz a reflexão tornar-se uma poderosa arma no combate ao consumismo exacerbado e as
discriminações territoriais.
SINOPSE DO FILME
O filme conta a história de Antônio, morador de uma pequena cidade no interior de
Pernambuco chamada Nordestina. Antônio de dona Nazaré, como é conhecido, é o filho
mais novo de treze irmãos, que assim como grande parte dos habitantes da cidade
partiram para “o mundo” como é referido no filme. Entre seus irmãos é o único que não
pensa em deixar a cidade, em parte pela paixão que tem por Karina.
Mas assim como os outros moradores de Nordestina, Karina também sonha em ir
para o mundo, por isso, no dia do baile de máscaras da cidade prepara-se para fugir com
Zé Honório que prometera tirá-la da cidade, porém seu plano é descoberto por Antônio
que não deixa Karina partir e em vez dela é ele que vai para o mundo com a intenção de
trazê-lo para ela.
Chegando à cidade grande Antônio logo encontra o seu caminho para a televisão e lá
faz uma promessa, ele iria viajar no tempo, cinquenta anos em direção ao futuro, para
ver como as coisas estariam e que se não o fizesse uma máquina “munida de setecentas
lâminas giratórias cada qual mais afiada do que a lâmina de Seu Neco barbeiro” o
mataria.
Com a notícia da viagem de Antônio no tempo, e da morte quase certa, redes de TV
de vários lugares do mundo vão para a cidadezinha com a intenção de filmar o
acontecimento. E no dia marcado, Antônio diante de uma enorme e internacional plateia
viaja no tempo, mas o problema, segundo ele, é que na hora de voltar “o instante que ele
partiu colou com o instante em que ele voltou, sem nenhuma brecha”, então sem
nenhuma prova concreta ninguém acredita que ele realmente viajou no tempo, e como
também não morreu, porque sai do caminho da máquina no último instante, é internado
em hospício por 50 anos.
No final o velho Antônio consegue escapar do hospício e vai para a cidade de
Nordestina, agora abandonada, para se encontrar com versão mais nova de se mesmo.
Avisado do que vai acontecer, assim como munido de uma prova concreta de que ele foi
para o futuro, muda todo o resto de sua vida daquele ponto em diante.
GÊNERO DO DISCURSO DO FILME
O gênero predominante no filme é o gênero epidítico, embora apresente também os
gêneros judiciário e deliberativo em alguns momentos ao longo do filme.
A predominância do gênero epidítico ou demonstrativo fica clara, pois o filme como
um todo emprega juízos de valor, analisando a parte humanística das relações pessoais,
hora censurando, hora exalta certas atitudes. O filme pode ser visto como uma grande
crítica a aspectos como o êxodo rural, os preconceitos e o consumismo.
ANÁLISE DAS CENAS DO FILME
A partir da transcrição de trecho extraídos do filme serão apontados os argumentos,
as falácias e as figuras de linguagem usadas pelos personagens em suas falas seguidas
de uma breve explicação sobre a razão pela qual cada um foi classificado como tal.
Entre os argumentos listados estão:
Entimema: baseia-se em uma verdade verossímil, ou seja, uma ideia aceita por
todos. Apresenta duas proposições na qual uma delas e a premissa e a outra a
conclusão.
Analogia: uma comparação entre situações diferente que tem por objetivo
ilustrar a situação, busca mais convencer do que provar.
Argumento indutivo: parte de um caso particular para chegar a uma conclusão
geral sobre algo.
Entre as falácias estão:
Generalização apressada (ou Acidente convertido): é feita uma
generalização a partir de casos particulares insuficientes.
Petição de princípio (ou raciocínio circular): na conclusão de um raciocínio
não se conclui nada novo, mas algo já dito nas premissas.
Pergunta complexa: um pergunta feita pressupondo-se outras, feita com o
objetivo de fazer o adversário errar.
Entre as figuras de linguagem:
Anáfora: repetição de palavras ou expressões no inicio de frases em sequência
ou em varias partes da mesma frase.
Hipálage: atribuí uma característica a um objeto ou pessoa que não é sua
naturalmente.
Metonímia: uso de um termo com a intenção de significar outro, que pode ser
feita a associação por sua semelhança, afinidade ou contexto.
Aliteração: repetição de sons consonantais semelhantes.
2:10 (cena 1)
Antônio (velho): Lá de onde Antônio vem é longe que só a gota, longe que só a gota
no tempo que é muito mais longe que só a gota do que longe que só a gota no espaço
(1-Analogia [Argumento]. Compara as duas distâncias, uma a distância espacial e a
outra a distância temporal). Porque vir de longe no espaço é lonjura besta que qualquer
bicho alado derrota, agora vir de longe no tempo é lonjura cabulosa, lonjura que pra
ficar desimpossível demora.
Lá no tempo de Antônio o mundo já tinha virado uma doidice, mas pra se
entender direitinho a história da doidice desse tempo há que se começar do começo,
bem longe de anos atrás quando o mundo foi criado.
Tudo era uma seca só,num Terra , num tinha Céu , num tinha bicho, num tinha
gente, num tinha nada, era só o breu. Aí Deus foi ficando meio enjoado e decidiu criar o
mundo, ele pensou assim: vê que besteira minha, porque que há de ficar tudo sem nada
se eu posso inventar o que eu quiser? E saiu inventando.
Louco 1: Primeiro Deus inventou ...
Antônio: ... o tempo que era pra ter tempo de inventar o resto.( 2-Entimema
[Argumento]. Faz o tempo primeiro porque precisa de tempo para fazer o resto, precisar
de tempo é a causa de fazer o tempo primeiro.)
Louco 1: Em seguida...
Antônio: ... em seguida inventou o Céu que era pra ter onde morar ( 3-Entimema
[Argumento]. Cria o Céu porque precisa de um lugar para morar.). E como o Céu tem
que ficar em cima de alguma coisa.
Louco 1: Deus inventou...
Antônio:...inventou a Terra pra botar por debaixo. Ai Deus pensou: a Terra vai ficar
assim só como céu em cima e sem nada por baixo não é?
Louco 1: Aí
Antônio: Aí , ele pegou o inferno e botou debaixo da Terra.
Louco1: Eu quero falar!
Antônio: No começo a Terra só servia pra isso, pra ficar em baixo do Céu e em cima
do inferno. Foi quando Deus disse :Oxente! Já que tem a Terra eu tenho que botar
gente pra morar lá. E foi assim que ele criou a vida.
Louco 1: E no que Ele criou a vida já criou a morte junto, pois tudo que é vivo
morre.( 4-Entimema [Argumento]. Se tudo que é vivo morre então já se cria a morte
junto, pois tudo que é vivo um dia morrerá.)
Antônio: Danou-se ! Deus pensou na hora. Se todo ser vivo tem nariz, boca , orelha
e olho tem que ter uma serventia pra isso tudo.
Louco 1: Os olhos e o nariz já tinham as deles. Os olhos eram pra olhar pro céu e o
nariz pra pessoa respirar enquanto viva e pra parar de respirar pra poder morrer em paz.
Antônio: Mas carecia arranjar uma utilidade pra boca e pras orelhas, não foi por
isso que Deus fez o verbo.( 5-Entimema [Argumento]. A razão de ter criado o verbo foi
para dar uma função para todos os órgãos dos sentidos.)
Louco1: Verbo era como Deus chamava as palavras.
Antônio: E Deus haja a inventar palavra.
Louco 1: Montanha
Antônio: Rio
Louco1: Riacho
Antônio: Elefante
Louco 1: Jumento
Antônio: Capim
Louco 1: Abacate, sapoti, laranja cravo.
Antônio: Mas como pra cada palavra tinha que ter uma coisa, Deus teve que inventar
um monte de coisa pra ficar uma coisa pra cada palavra.
Louco1: Abacate, sapoti, laranja cravo, capim, elefante, jumento, montanha, rio,
riacho.
Antônio: E os homens ainda acharam pouco e se botaram a inventar mais coisa ainda.
Louco 1: iihhh! Prego, parafuso, mungunzá, pitoco ,picolé, automóvel, pitoco , ih !
pitoco já falei.
Antônio: Desde o começo do mundo até o tempo de Antônio, muita palavra se
inventou, muita coisa aconteceu, muito tempo teve que passar até chegar o dia do
tempo dele, mas o tempo de Antônio, assim conhecido desse jeito, o tempo de Antônio,
como foi chamado esse tempo, o tempo de Antônio começou no dia em que Antônio veio
ao mundo.( 6-Anáfora [ Figura de Linguagem]. A repetição constante dos termos tempo
e Antônio.)
15:07 ( cena 2)
Neco barbeiro: e como é que essa cidade pode ir pra frente, me diga mesmo, se o
povo só faz é deixar ela pra trás?
Karina: Pai, o povo vai embora porque aqui não tem recurso.
Neco : Oxe! E por que não manda os recursos pra cá?
Karina: Mandar recurso pra cá pra que se o povo ta todo indo embora?
Neco: Pro povo ficar aqui.
Karina: Mas se aqui não tem recurso.( 7- Petição de princípio [Falácia]. Apresenta
um raciocínio circular, o povo esta indo embora porque não têm recursos, não mandam
recursos porque o povo esta todo indo embora e se o povo esta indo embora não se
manda recursos.)
25:10 (cena 3)
Antônio (velho): Naquele tempo toda moça queria ser bonita e toda moça bonita
queria ser artista de televisão.( 8- Generalização apressada [Falácia]. Não se pode fazer
uma generalização sobre toda a população de uma época por causa de uma
moça[Karina].)
Televisão era uma negócio que ficava passando umas historinhas pro povo ficar
vendo. De vez em quando eles interrompiam as historinhas e entravam uns anúncios pra
vender mercadoria, assim como produto pra cabelo.
A finalidade era encontrar quem quisesse comprar o que foi anunciado, porque com
parte do dinheiro da venda do produto anunciado pagava-se pra se passar os tais
anúncios e com parte do dinheiro dos anúncios pagava-se pra feição das tais historinhas.
Mas eles faziam umas historinhas tão bem feitas que quem olha-se assim pensava que a
finalidade de tudo eram as historinhas.
44:50 (cena 4)
Antônio (velho): Antes de partir pra o próximo capítulo, Antônio, ainda teve o
capricho de protagonizar uma última passagem.
Antônio (jovem): Tais duvidando de mim é Nordestina?
Antônio (velho): E Nordestina bem que deve ter duvidado mesmo, mas não
respondeu nada,( 9- Hipálage [Figura de Linguagem]. Dá a nordestina, uma cidade, a
característica de duvidar, que não é própria de uma cidade, que é inanimada.) pois as
cidades por menores que fossem não serviam pra responder nada a seu ninguém, muito
menos pra duvidar de coisa nenhuma. A serventia das cidades era somente ser o lugar
onde seus habitantes habitavam.
Antônio (jovem): Triste da cidade que não consegue dar conta de sua única
finalidade.( 10-Entimema [Argumento]. A cidade é triste porque não cumpre sua única
função.)
Antônio (velho): E chegando no mundo, Antônio foi direto no shopping na intenção
de melhorar a aparência. Shopping era um edifício onde moravam compras em vez de
gente.( 11-Analogia [Argumento]. Compara um shopping a uma casa, na qual moram
compras em vez de gente.)
Antônio (jovem): Eles devem ter treinado é muito pra acender uma justamente
quando a outra apaga. As luizinha(sic). Elas devem ter treinado é muito.
Antônio (velho): Segurança era o camarada que ganhava pra deixar o outro camarada
inseguro.
Valdene: De onde é que tu é (sic)Paraíba?( 12-Metonímia [Argumento]. Usa Paraíba
para se referir a um nordestino.)
Antônio (jovem): Paraíba não que Paraíba não é nome de pessoa é nome de lugar.
Valdene: Pera aí, pera aí! De que lugar tu vem (sic)?
Antônio (jovem): Eu venho de Nordestina que nem na Paraíba fica. O meu nome é
Antônio, Antônio de dona Nazaré.
Valdene: E o meu nome é Valdene de dona Nazaré.
1:08:57 ( cena 5)
Antônio (velho): E de repente agora não era mais agora, pelo menos não era o agora
que Antônio conhecia. Mas se aquilo era outro tempo bem ali na sua frente, que tempo
era esse ora essa? Era cinquenta anos depois do dia em que Antônio tinha partido em
direção ao futuro, no meio da praça de Nordestina.
Louco cético: Posso tirar uma dúvida?
Antônio (velho): Se for uma dúvida breve.
Louco cético: A bagagem de Antônio do passado viajou pro futuro também foi?
Antônio (velho):Bagagem, calça, camisa,cueca, meia , sapato tudo onde Antônio
tivesse dentro ou que se encontrasse agarrada com Antônio viajava junto no tempo.(
13- Argumento indutivo. Se a bagagem viaja no tempo e viaja com Antônio, Antônio
esta dentro da calça e da camisa e elas viajam no tempo, então ele conclui que tudo que
tudo com que Antônio esta agarrado ou esta dentro viaja no tempo.)
Louco cético: E se Antônio se encontrasse dentro de uma cocheira segurando o
rabo de um jumento, viajava jumento, cocheira e tudo com ele era?( 14-Analogia
[Argumento]. Transporta a situação da primeira viagem no tempo para uma similar,
mas agora de forma cômica.)
Antônio (velho): Provavelmente.
1:18:45 ( cena 6)
Antônio (velho): Mais difícil mesmo vai ser descobrir um jeito de sair desse(sic)
hospício. Cheio de porta, portão, porteira, portaria (15-Aliteração [Argumento].
Repetição das palavras começadas por P.) cada qual com a sua chave diferente.
Louco cético: Ah! Mas se o problema do mundo fosse esse! Em cabra?
Louco da mochila: Problema o que? É o que onde?
Louco cético: A mochila
Louco da mochila: Mochila? Mochila? Mochila? a mochila?
Louco cético: Ô rapaz, a chave!
Louco da mochila: Oia eu não quero faladeira disso não, faladeira eu não quero.
Louco cético: Ói, se o Antônio do presente se encontrar com o Antônio do passado
vai ter uma doidice tão grande que vai mudar a história toda de todo mundo e tudo
podia ter sido diferente (16-generalização apressada [Falácia]. Por causa de uma pessoa
que muda sua história, Antônio, ele afirma que tudo irá mudar, mas ele não pode
declarar com certeza que mudar uma parte, mudará o todo.). E a gente tinha outra
chance de ter vivido outra vida. Mas se o Antônio do passado voltar pra o passado dele
na completa ignorância as coisas vão acontecer exatamente como aconteceram até agora
nesse momento que a gente tá e tudo vai voltar pra essa mesma situação.
Louco da mochila: Ah, pois agora eu quero uma advogado, um advogado eu quero.
Louco cético: Tu não queria(sic) ter vivido outra vida não cabra? Tu não quer(sic)
despejar o conteúdo dessa mochila por livre e espontânea vontade não?( 17-Pergunta
complexa [Falácia]. Quando ele faz pergunta ele não quer realmente uma resposta, o
outro louco não tem como dar uma resposta correta para aquela pergunta, pois se ele
disser que não, por exemplo, ele fará sem vontade por uso da força.)
REFERÊNCIAS
ADRIANA Falcão Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Adriana_Falc%C3%A3o>. Acesso em: 03 nov. 2012.
A MÁQUINA: o Amor é o Combustível Disponível em:
<http://cineclubeopinioes.blogspot.com.br/2011/09/maquina-o-amor-e-o-
combustivel.html>. Acesso em: 03 nov. 2012.
CARVALHO, José Augusto. Uma palavra no lugar de outra.Disponível em:
<http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-
ortografia/21/artigo158412-1.asp>. Acesso em: 03 nov. 2012.
DA SILVA, Eleonoura Enoque. Tópicos em teoria da Argumentação –texto em
elaboração: para uso exclusivo em sala de aula. Recife-PE: Universidade Católica de
Pernambuco,2012.