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"A matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o mundo" Galileu Galilei ITA 2011 1 As questões de 1 a 3 referem-se ao seguinte texto: De acordo com o texto, o argumento que melhor justifica o título TV Will Save the World é: A) a TV se tornará um meio ainda mais importante para enfraquecer governos e maridos tirânicos. B) a TV possibilitará melhoras na educação dos adultos, principalmente no desenvolvimento das habilidades de leitura. C) a TV continuará exercendo um impacto positivo nos países em desenvolvimento. D) a TV propiciará a diminuição da obesidade, da violência e do isolamento social. E) a TV trará melhoras para a vida de mulheres afegãs. Questão 01

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"A matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o mundo"Galileu GalileiITA2

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As questões de 1 a 3 referem-se ao seguinte texto:

De acordo com o texto, o argumento que melhor justifica o título TV Will Save the World é: A) a TV se tornará um meio ainda mais importante para enfraquecer governos e maridos tirânicos. B) a TV possibilitará melhoras na educação dos adultos, principalmente no desenvolvimento das habilidades de leitura. C) a TV continuará exercendo um impacto positivo nos países em desenvolvimento. D) a TV propiciará a diminuição da obesidade, da violência e do isolamento social. E) a TV trará melhoras para a vida de mulheres afegãs.

Q u e s t ã o 0 1

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Resolução: O texto como um todo deixa a impressão de que, nos países mais pobres, a televisão continuará a exercer um forte impacto, inclusive o de enfraquecer governos e maridos tirânicos, portanto o item mais abrangente é a alternativa “C”.

Alternativa C Sobre a presença da TV no mundo, o texto informa que, A) em países em desenvolvimento, haverá mais aparelhos de TV do que pessoas até 2013. B) até 2013, mais de 2/3 das famílias, em todo o mundo, terão aparelhos de TV. C) depois da queda da Talibã, a TV foi declarada ilegal e poucos afegãos possuem um aparelho. D) em 2005, nos países em desenvolvimento, o número de televisores diminuiu drasticamente. E) nos países que possuem o maior número de televisores, o acesso à Internet também é proporcionalmente maior. Resolução: O texto, no final do segundo parágrafo, afirma que até 2013, bem mais de 2/3 das casas terão um aparelho de TV.

Alternativa B

Segundo o texto, um dos impactos que a TV a cabo trouxe para a vida das mulheres indianas foi que elas A) passaram a gostar de ir ao mercado sem a permissão de seus maridos. B) ficaram menos propensas a preferir ter um filho a uma filha. C) se mostraram mais dispostas a fazer compras sozinhas. D) ainda acham que os maridos têm o direito de agredir suas esposas, apesar de já criticarem esta prática. E) não gostam mais de tomar decisões sobre os cuidados com a saúde das crianças. Resolução: O terceiro parágrafo do texto trata do impacto que a TV a cabo trouxe às mulheres, que foi a propensão à preferir ter um filho a uma filha e não gostar de ir ao mercado sem a permissão do marido.

Alternativa B

As questões de 4 a 7 referem-se ao seguinte texto publicitário:

Q u e s t ã o 0 2

Q u e s t ã o 0 3

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Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna (I) e que indica o tipo de serviço ofertado pelo anunciante. A) sports. B) environmental. C) logistics. D) finance. E) economy. Resolução: A lacuna 1 só pode ser preenchida pelo vocábulo logistics, que funciona ali como adjetivo, significando logístico.

Alternativa C

Assinale uma característica, associada à Fórmula 1, que NÃO foi considerada como essencial pelo anunciante. A) velocidade. B) compromisso. C) precisão. D) exigência. E) trabalho em equipe. Resolução: A característica que não é considerada inicial é o compromisso, pois no texto o vocábulo compromise é um falso cognato.

Alternativa B

Escolha o termo cuja função gramatical e significado se aproximam do vocábulo drive, na chamada do anúncio. A) comandar. B) percurso. C) dirigir. D) dirigente. E) determinação. Resolução: O vocábulo drive tem a função gramatical de substantivo, cujo significado no contexto é de determinação.

Alternativa E

O texto informa que Bernie Ecclestone A) administra a Fórmula 1. B) é um piloto prestigiado na Fórmula 1. C) é um dos diretores da empresa anunciante. D) é um esportista famoso. E) tem prestígio em todo o mundo. Resolução: Pelo o que foi dito na primeira linha do texto, Bernie Ecclestone é o administrador da fórmula 1.

Alternativa A

Q u e s t ã o 0 4

Q u e s t ã o 0 5

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As questões de 8 a 12 referem-se ao seguinte texto: 1 5

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Our Imaginary, Hotter Selves Avatars might serve therapeutic purposes, helping those with social phobia become more confident. By Sharon Begley Anyone who has ever bad a had hair day, when looking like a latter-day Medusa makes you feel cranky and antisocial and plodding, can sympathize with the Oakland Raiders – and not because the players get helmet hair. The Raiders alternated between mostly black and mostly white uniforms, depending on whether they were playing at home or away. Knowing that appearance affects people’s mood and outlook, psychologists wondered whether uniform color influenced the Raiders’ aggressiveness. Using data from the 1970s and 1980s, they found that the team racked up way more penalty yards – a measure of aggression – when they wore black than when they wore white, for infractions both minor (encroachment) and major (roughing the kicker). The pattern held even when the scientists took into account different conditions and styles of play at home and away. But while the 1988 finding has become a classic in psychology, the explanation remains controversial. Do referees, because of black’s cultural baggage, see black-clad players as meaner and badder than those in, say, baby blue? Or does wearing black make players see themselves as tougher and meaner – and therefore cause them to play that way? Jeremy Bailenson and Nick Yee of Stanford University had this and other classic studies in mind when they started wondering about the effect of being able to alter one’s appearance. They weren’t going to study wardrobe choices, however. Their quarry is avatars, digital representations of players in such games as Second Life. “Your physical appearance changes how people treat you,” says Bailenson. “But independent of that, when you perceive yourself in a certain way, you act differently.” He and Yee call it “the Proteus effect,” after the shape-changing Greek god. The effect of appearance on behavior, they find, carries over from the virtual world to the real one, with intriguing consequences. (…)

http://www.newsweek.com. Acesso em 5/6/2010.

De acordo com o título e o subtítulo do texto, avatares A) proporcionam efeitos terapêuticos e ajudam a prevenir doenças como a fobia social B) são versões imaginárias e mais atraentes de nós mesmos. C) são mais confiáveis e, por isso, não despertam fobias. D) têm uma proposta de entretenimento, que torna as pessoas mais sociáveis. E) são mais confiáveis do que algumas propostas terapêuticas disponíveis em nossa sociedade. Resolução: Nos atendo aos título e subtítulo a melhor opção é a letra A, pois ali fica explícito o que é dito no título e subtítulo “O mais atraente e imaginário de nós mesmos. Os avatares podem servir a propósitos terapêuticos, auxiliando aqueles com fobia social a se tornarem mais confiantes”.

Alternativa A

Assinale a opção CORRETA. A) Os estudiosos da Universidade de Stanford não consideraram, em seus experimentos, a descoberta realizada em 1988,

cuja explicação ainda é controversa. B) Psicólogos ainda questionam se, de fato, a aparência afeta o humor e opinião das pessoas. C) Jeremy Bailenson e Nick Yee afirmam que a aparência transforma o modo como as pessoas nos tratam e disso depende

a maneira como percebemos a nós mesmos. D) A aparência física afeta o comportamento das pessoas e traz conseqüências para o mundo real e não apenas para o

virtual. E) O foco dos estudiosos está no figurino dos avatares e no modo como isso afeta a agressividade dos jogadores. Resolução: No texto fica claro que a aparência física afeta o comportamento das pessoas e traz consequências para o mundo real e não apenas para o virtual.

Alternativa D

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Assinale a opção em que o referente do pronome está INCORRETO. A) they (linha 5) em they found that – raiders B) they (linha 5/6) em they wore Black – raiders C) those (linha 9) em than those in, say, baby blue? – players D) Them (linha 10) em cause them to play – players E) Their (linha 12) em their quarry – Bailenson and Yee’s Resolução: Todos os casos são verdadeiros, exceto na opção “A” já que ali o pronome they, refere-se a psicólogos.

Alternativa A

a measure of aggression (linha 5), encroachment (linha 6), roughing the kicker (linha 6) e digital representations of players (linha 13) têm, respectivamente, valor semântico de: A) exemplificação explicação exemplificação explicação B) explicação exemplificação explicação explicação C) explicação exemplificação exemplificação exemplificação D) explicação exemplificação exemplificação explicação E) exemplificação explicação explicação exemplificação Resolução: A opção “D”mostra que os valores semânticos são explicação, exemplificação, exemplificação e explicação.

Alternativa D

Assinale a opção em que o termo em negrito apresenta função gramatical diferente das demais. A) ... depending on whether they were playing at home or away. (linha 3) B) Knowing that appearance affects people’s mood and outlook,… (linhas 3 e 4) C) Using data from the 1970s and 1980s, they found that… (linhas 4 e 5) D) But while the 1988 finding has become a classic in psychology,… (linhas 7 e 8) E) ... when they started wondering about the effect of geing able to alter… (linhas 11 e 12) Resolução: Em todas as alternativas os vocábulos com ING têm valor de gerúndio, ou seja, são verbos, exceto na opção “D”, em que finding tem valor de substantivo.

Alternativa D

New York City closed several blocks of Broadway in 2009 to create a pedestrian Plaza around Times Square – a much-publicized experiment that in February became permanent policy, even though it did not improve traffic flow as much as hoped. The Big Apple has also dabbled in shorter-term but larger-scale street closures, barring cars on a stretch of streets leading from the Brooklyn Bridge to Central Park on a series of summer Saturdays in 2008 and 2009. And on June 7, New York City Mayor Michael Bloomberg announced a somewhat less sexy but nonetheless significant change in the city’s infrastructure, instituting dedicated bus-only lanes on Manhattan’s East Side to speed transit up and down the island. Each of the measures instituted in the U.S.’s largest city turns over what had been primarily automotive-ruled space to pedestrians, cyclists or mass transit. In doing so the city follows a trend that has caught on in Europe and Latin America – in some cases long ago – but that has been slow to take root in the U.S. If New York and other American cities such as Portland, Ore., prove to be on the vanguard domestically, the changes there could portend a shift in the way urbanites in the U.S. use their streets in the years and decades to come. “It clearly is a trend,” says Lester Brown, president of the nonprofit Earth Policy Institute in Washington, D.C. “I think there are many cities that are ahead on this. Several years ago I was in Stockholm, and already there were many blocks where cars were banned.” Brown points to Enrique Peñalosa, who served as mayor of Bogotá, Colombia, from 1998 to 2001, as a pioneer in the kinds of changes now reaching the U.S. “He’s the one who really redefined things when he took office,” Brown says. The city’s bus rapid transit (BRT) network, TransMilenio, is in many ways more like a subway system, with own median-protected lanes and station platforms for loading and unloading passengers. Similar BRT systems have sprung up in

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places such as Mexico City and Ahmedabad, Índia, giving over lanes of the road exclusively to bus traffic. “Thinking about why these kinds of reclamation make sense, I always talk about the spatial efficieny of walking, biking and buses,” says Paul White, executive director of the New York City nonprofit advocacy group Transportation Alternatives. “When you think about what cities are, they are defined by their density – by definition the space between buildings is limited.” The car, he adds, is the lowest density mode of transportation; that is, a person travelling by car takes up far more space than someome on a bicycle or on a bus. “In many respects cities are all the same in terns of supply and demand,” White says. “There’s always more demand for street use than there are streets.” Looking forward, White sees a more malleable future for the way streets are used. With retractable barriers, city planners can create socalled time-flexible streets, which might be open to vehicle traffic during part of the day and pedestrian-only at other times. “You’re accommodating peak use – that could be peak deliveries in the morning and peak pedestrian use during lunchtime,” he says. “That’s something I think you’ll see more of, and something we’re pushing for.”

By John Matson June 15, 2010, http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=car-free-streets, Acesso em 19/06/2010 (adapted)

Marque o título que melhor contempla o tema do texto. A) Innovative policies to ban car circulation in New York. B) Efficient policies to convert streets into mass transit around the world. C) Significant improvement in the modes of transportation in the U. S. D) Conversion of streets into pedestrian, cyclists and mass transit thoroughfares. E) Efficient ways of transportation in New York. Resolução: O tema central do texto é a conversão de ruas em via pública para pedestres, ciclistas e trânsito de massa, ou seja, alternativa D.

Alternativa D

Indique a opção CORRETA. A) Os programas de ação para impedir congestionamentos em Nova York têm surtido o efeito desejado. B) Representantes de grandes cidades, como Nova York e Cidade do México, encontraram alternativas eficazes para

impedir congestionamentos. C) Espaços predominados por carros passaram as e ocupados por outros meios de transporte e por pedestres em Nova

York. D) Todas as cidades citadas no texto estão envolvidas na mesma política para a melhora da qualidade de locomoção dos

cidadão. E) A implantação do rodízio entre carros e pedestres foi uma alternativa encontrada para amenizar os problemas de trânsito

em Nova York. Resolução: A única opção que fica clara no texto é a contida na alternativa C, em Nova York locais que antes eram ocupados por carros passam a ser ocupados por outros meios de transporte e pedestres.

Alternativa C

De acordo com o texto, A) a rede de transporte Trans Milênio é um sistema de metrô, que proporciona embarque e desembarque seguro aos

passageiros. B) países como EUA, México e Índia desenvolvem as mesmas estratégias para melhorar os serviços oferecidos por ônibus,

metrô, trem e táxi. C) Europa e América Latina estão à frente dos EUA na implementação de programas para melhorar a movimentação de

pedestres, ciclistas e do transporte coletivo. D) em Estocolmo, o acesso de carros é restrito a algumas quadras somente, o que melhora o trânsito. E) em Bogotá, o sistema de trânsito chamado BRT, criado em 1998, é considerado um dos pioneiros no ramo. Resolução: No início do quarto parágrafo é dito que o prefeito de Bogotá é pioneiro em várias mudanças implementadas na cidade, entre elas o BRT.

Alternativa E

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De acordo com o texto, A) em 2009, adotou-se uma política permanente que impede o trânsito de carros nas principais avenidas da Broadway. B) Portland é a principal empreendedora das novas mudanças no transporte urbano nos Estado Unidos. C) em Washington D.C., as tentativas de implantação de políticas que amenizem os congestionamentos não são tão

eficientes como em Estocolmo. D) sistemas de transportes públicos semelhantes ao BRT já estão em pleno funcionamento na Cidade do México e em

Ahmedabad. E) em Nova York, implementou-se um sistema flexível de movimentação de pedestres e carros. Resolução: O texto, no final do quarto parágrafo, cita o fato de vários sistemas similares ao BRT surgirem em locais como a cidade do México e Ahmedabad.

Alternativa D As expressões em NEGRITO nas orações a seguir, extraídas do primeiro parágrafo, I. ...even though it did not improve traffic flow as much as hoped. II. ...but nonetheless significant change in the city´s infrastructure, … podem ser substituídas, respectivamente por A) although e yet. B) besides e nevertheless. C) since e even though. D) however e therefore. E) though e moreover. Resolução: No item I, pode-se trocar even though por although ou though e no item II but nonetheless pode-se substituir por yet.

Alternativa A As questões de 18 a 20 referem-se à charge a seguir:

A palavra breakthrough, na charge, tem o mesmo sentido de A) customary. B) inept. C) conventional. D) innovative. E) ordinary. Resolução: Questão de vocabulário. Breakthrough significa avanço, ou seja, algo inovador.

Alternativa D

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A mensagem transmitida pela charge NÃO denota A) crítica. B) lentidão. C) arrependimento. D) ironia. E) evolução. Resolução: Pela charge não há evolução uma vez que o cientista pretende voltar 50 anos no tempo para modificar algo.

Alternativa E

Assinale a opção que mais se aproxima da ideia do texto. A) O trabalho dignifica o homem. B) Uma andorinha só não faz verão. C) Quem tudo quer, nada tem. D) A ociosidade é a mãe de todos os vícios. E) Mais vale prevenir que remediar. Resolução: Letra E, pois se houvesse a prevenção anterior, 50 anos no passado, não haveria a necessidade de remediar no presente.

Alternativa E As questões de 21 a 27 referem-se ao texto seguinte. 1 5 10 15 20 25 30 35

Véspera de um dos muitos feriados em 2009 e a insana tarefa de mover-se de um bairro a outro em São Paulo para uma reunião de trabalho. Claro que a cidade já tinha travado no meio da tarde. De táxi, pagaria uma fortuna para ficar parada e chegar atrasada, pois até as vias alternativas que os taxistas conhecem estavam entupidas. De ônibus, nem o corredor funcionaria, tomado pela fila dos mastodônticos veículos. Uma dádiva: eu não estava de carro. Com as pernas livres dos pedais do automóvel e um sapato baixo, nada como viver a liberdade de andar a pé. Carro já foi sinônimo de liberdade, mas não contava com o congestionamento.

Liberdade de verdade é trafegar entre os carros, e mesmo sem apostar corrida, observar que o automóvel na rua anda à mesma velocidade média que você na calçada. É quase como flanar. Sei, como motorista, que o mais irritante do trânsito é quando o pedestre naturalmente te ultrapassa. Enquanto você, no carro, gasta dinheiro para encher o ar de poluentes, esquentar o planeta e chegar atrasado às reuniões. E ainda há quem pegue congestionamento para andar de esteira na academia de ginástica.

Do Itaim ao Jardim Paulista, meia horinha de caminhada. Deu para ver que a Avenida Nove de Julho está cheia de mudas crescidas de pau-brasil. E mais uma porção de cenas que só andando a pé se pode observar. Até chegar no compromisso pontualmente.

Claro que há pedras no meio do caminho dos pedestres, e muitas. Já foram inclusive objeto de teses acadêmicas. Uma delas, Andar a pé: Um modo de Transporte para a Cidade de São Paulo, de Maria Ermelina Brosch Malatesta, sustenta que, apesar de ser a saída mais utilizada pela população nas atuais condições de esgotamento dos sistemas de mobilidade, o modo de transporte a pé é tratado de forma inadequada pelos responsáveis por administrar e planejar o município.

As maiores reclamações de quem usa o mais simples e barato meio de locomoção são os “obstáculos” que aparecem pelo caminho: bancas de camelôs, bancas de jornal, lixeira, postes. Além das calçadas estreitas, com buracos, degraus, desníveis. E o estacionamento de veículos nas calçadas, mais a entrada e a saída em guias rebaixadas, aponta o estudo.

Sem falar nas estatísticas: atropelamentos correspondem a 14% dos acidentes de trânsito. Se o acidente evolve vítimas fatais, o percentual sobe para nada menos que 50% - o que atesta a falta de investimento público no transporte a pé.

Na Região Metropolitana de São Paulo, as viagens a pé, com extensão mínima de 500 metros, correspondem a 34% do total de viagens. Percentual parecido com o de Londres, de 33%. Somadas aos 32% das viagens realizadas por transporte coletivo, que são iniciadas e concluídas por uma viagem a pé, perfazem o total de 66% das viagens! Um número bem desproporcional ao espaço destinado aos pedestres e ao investimento público destinado a eles, especialmente em uma cidade como São Paulo, onde o transporte individual motorizado tem a primazia.

A locomoção a pé acontece tanto nos locais de maior densidade – caso da área central, com registro de dois milhões de viagens a pé por dia -, como nas regiões mais distantes, onde são maiores as deficiências de transporte motorizado e o perfil de renda é menor. A maior parte das pessoas que andam a pé tem poder aquisitivo mais baixo. Elas buscam alternativas para enfrentar a condução cara, desconfortável ou lotada, o ponto de ônibus ou estação distantes, a demora para a condução passar e a viagem demorada.

Já em bairros nobres, como Moema, Itaim e Jardins, por exemplo, é fácil ver carrões que saem das garagens para ir de uma esquina a outra e disputar improváveis vagas de estacionamento. A ideia é manter-se

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fechado em shoppings, boutiques, clubes, academias de ginástica, escolas, escritórios, porque o ambiente lá fora – o nosso meio ambiente urbano – dizem que é muito perigoso.

(Amália Safatle. http://terramagazine.terra.com.br, 15/07/2009. Adaptado.) De acordo com o texto, pode-se afirmar que A) em São Paulo, os acidentes fatais de trânsito são decorrentes da má administração pública. B) Londres é uma das cidades consideradas exemplo de gestão política no transporte individual. C) em bairros carentes, o transporte coletivo é pior, embora São Paulo tenha prioridade administrativa. D) todos os usuários de transporte motorizado em São Paulo são também praticantes de transporte a pé. E) moradores de bairros periféricos de São Paulo necessitam de maior investimento em transporte público. Resolução: O oitavo parágrafo do texto (linhas 33 a 37) sugere que nas regiões mais distantes há uma maior deficiência de transporte motorizado, bem como uma maior carência desse serviço público.

Alternativa E

Do relato da experiência da autora na véspera de feriado, NÃO se pode depreender que A) os congestionamentos são inevitáveis. B) o trânsito dificulta o cumprimento de horários. C) é preferível andar a pé a andar de carro. D) o uso do táxi é tão ineficiente quanto do ônibus. E) o problema do trânsito decorre exclusivamente do transporte individual motorizado. Resolução: No primeiro parágrafo (linhas 1 a 6), a autora mostra que o problema do trânsito decorre tanto do transporte individual quanto do público.

Alternativa E

Sob o ponto de vista da autora, pode-se inferir que as políticas públicas para o transporte urbano em São Paulo são A) imperceptíveis. B) inexistentes. C) inoperantes. D) ineficientes. E) iniciantes. Resolução: Esta questão trouxe uma dificuldade desnecessária ao candidato, uma vez que apresentou duas opções muito próximas quanto ao sentido: “ineficientes” e “inoperantes”. Porém, se analisarmos o pensamento da autora, veremos que para ela as políticas públicas de transporte são ineficientes por priorizarem o transporte motorizado em espaço e investimentos, e não o de pedestres.

Alternativa D

Do título do texto, Meio ambiente urbano: o barato de andar a pé, NÃO se pode depreender que andar a pé é mais I. prazeroso. II. econômico. III. divertido. IV. frequente. Estão corretas A) apenas I e II. B) apenas I, II e III. C) apenas I, III e IV. D) apenas II e IV. E) apenas II, III e IV. Resolução: A partir da análise do título do texto, principalmente se ele for contextualizado, podemos admitir o termo “barato” como polissêmico: andar a pé pode ser considerado “um barato”, por ser uma atividade “prazerosa” e “divertida”; ou pode ser uma opção barata de transporte, quando comparada ao uso de veículos motorizados. Logo, o único sentido que não pode ser inferido é o de frequência, habitualidade (item IV). Ante o exposto, entendemos que não há alternativa correta para está questão.

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Assinale a opção em que a expressão ou palavra grifada expressa exagero. A) De ônibus, nem o corredor funcionaria, tomado pela fila dos mastodônticos veículos. (linha 4) B) É quase como flanar. (linha 8) C) E mais uma porção de cenas que só andando a pé se pode observar. (linhas 13 e 14) D) Um número bem desproporcional ao espaço destinado aos pedestres [...]. (linha 30) E) [...] onde o transporte individual motorizado tem a primazia. (linhas 31 e 32) Resolução: O termo “mastodônticos”, usado pela autora para caracterizar os ônibus como veículos de grandes dimensões, configura-se como uma hipérbole.

Alternativa A Assinale a opção em que o termo grifado NÃO indica a circunstância mencionada entre parênteses. A) [...] pois até as vias alternativas que os taxistas conhecem estavam entupidas. (Causa) (linhas 3 e 4) B) Já foram inclusive objeto de teses acadêmicas. (Tempo) (linhas 15 e 16) C) [...] apesar de ser a saída mais utilizada pela população [...]. (Concessão) (linha 17) D) Já em bairros nobres, como Moema, Itaim e Jardins, por exemplo, [...]. (Tempo) (linha 38) E) [...] porque o ambiente lá fora – o nosso meio ambiente urbano – dizem que é muito perigoso. (Causa) (linhas 40 e 41) Resolução: No item “D”, a palavra “Já” funciona como elemento de contraste, introduzindo no texto uma informação que difere da expressa no parágrafo anterior.

Alternativa D

A palavra QUE remete a um antecedente em: A) Claro que a cidade já tinha travado no meio da tarde. (linha 2) B) Sei, como motorista, que o mais irritante do trânsito é quando o pedestre naturalmente te ultrapassa. (linhas 8 e 9) C) E mais uma porção de cenas que só andando a pé se pode observar. (linhas 13 e14) D) Claro que há pedras no meio do caminho dos pedestres, e muitas. (linha 15) E) [...] o percentual sobe para nada menos que 50%. (linha 25) Resolução: A palavra “QUE” retoma um termo antecedente quando exerce o papel de pronome relativo, o que só acontece no trecho apresentado na alternativa “C”. Nos itens “A, B e D”, trata-se de uma conjunção integrante; em “E”, participa da expressão enfática “nada menos que”.

Alternativa C

As questões de 28 a 33 referem-se ao texto seguinte. 1 5 10 15 20

São Paulo – Não é preciso muito para imaginar o dia em que a moça da rádio nos anunciará, do helicóptero, o colapso final: “A CET1 já não registra a extensão do congestionamento urbano. Podemos ver aqui que todos os carros em todas as ruas estão imobilizados. Ninguém anda, para frente ou para trás. A cidade, enfim, parou. As autoridades pedem calma, muita calma”. “A autoestrada do Sul” é um conto extraordinário de Julio Cortázar2. Está em Todos os fogos o fogo, de 1966 (a Civilização Brasileira traduziu). Narra, com monotonia infernal, um congestionamento entre Fontainebleau e Paris. É a história que inspirou Weekend à francesa (1967), de Godard3. O que no início parece um transtorno corriqueiro vai assumindo contornos absurdos. Os personagens passam horas, mais horas, dias inteiros entalados na estrada. Quando, sem explicações, o nó desata, os motoristas aceleram “sem que já se soubesse para que tanta pressa, por que essa correia na noite entre automóveis desconhecidos onde ninguém sabia nada sobre os outros, onde todos olhavam para a frente, exclusivamente para frente”. Não serve de consolo, mas faz pensar. Seguimos às cegas em frente há quanto tempo? De prestes Maia aos túneis e viadutos de Maluf, a cidade foi induzida a andar de carro. Nossa urbanização se fez contra o transporte público. O símbolo modernizador da era JK é o pesadelo de agora, mas o fetiche da lata sobre rodas jamais se abalou. Será ocasional que os carrões dos endinheirados – essas peruas high-tech – se pareçam com tanques de guerra? As pessoas saem de casa dentro de bunkers, literalmente armadas. E, como um dos tipos do conto de Cortázar, vêem no engarrafamento uma “afronta pessoal”. Alguém acredita em soluções sem que haja antes um colapso? Ontem era a crise aérea, amanhã será outra qualquer. A classe média necessita reciclar suas aflições. E sempre haverá algo a lembrá-la – coisa mais chata – de que ainda vivemos no Brasil. (SILVA, Fernando de Barros. Folha de S. Paulo, 17/03/2008.) (1) CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. (2) Julio Cortázar (1914-1984), escritor argentino. (3) Jean-Luc Godard, cineasta Francês, nascido em 1930.

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Das afirmações abaixo, a INCORRETA é: A) O cenário criado por Cortázar tem um teor premonitório quanto ao trânsito de São Paulo. B) Os problemas no Brasil só são enfrentados quando chegam ao extremo. C) A urbanização não se faz acompanhar de um política de transporte. D) A atração pelo carro não foi abalada, apesar dos problemas de trânsito. E) Os mais ricos usam carros grandes para se isolarem dos problemas da cidade. Resolução: Embora o autor, ao fazer a pergunta “Alguém acredita em soluções sem que haja antes um colapso?”, demonstre acreditar que as soluções advêm do caos, não podemos nos basear na opinião dele para afirmar que “os problemas do Brasil só são enfrentados quando chegam ao extremo.”

Alternativa B

O autor do texto I. manifesta sua visão pessimista quanto ao futuro do trânsito em São Paulo. II. aponta que, no Brasil, o que seria sinônimo de progresso torna-se um retrocesso, como é o caso das políticas de JK. III. critica a preferência dos mais ricos por carros grandes. Está(ão) correta(s) A) apenas I. B) apenas I e II. C) apenas I e III. D) apenas II e III. E) todas. Resolução: O único item que não condiz com as ideias do texto é o “II”. O autor diz que as políticas de JK tornaram-se um “pesadelo”, haja vista o excesso de veículos em circulação e o caos no trânsito. Não se trata, portanto, de um retrocesso.

Alternativa C Assinale a opção em que o autor expressa claramente seu julgamento. A) Podemos ver daqui que todos os carros em todas as ruas estão imobilizados. (linhas 2 e 3) B) A cidade, enfim, parou. (linha 3) C) Os personagens passam horas, mais horas, dias inteiros entalados na estrada. (linhas 8 e 9) D) Ontem era a crise aérea, amanhã será outra qualquer. (linhas 20 e 21) E) E sempre haverá algo a lembrá-la – coisa mais chata – de que ainda vivemos no Brasil. (linhas 21 e 22) Resolução: O único fragmento apresentado em que se pode perceber a manifestação do autor é o que consta da alternativa “E”, por meio da expressão intercalada “coisa mais chata”. Nos demais itens, temos apenas constatações apresentadas pelo autor, características da função referencial (informativa) da linguagem.

Alternativa E O autor se vale da obra de Julio Cortázar para A) mostrar seu gosto literário ao leitor. B) contextualizar a menção ao filme Weekend à francesa, de Godard. C) introduzir uma crítica às peruas high-tech. D) sustentar seu ponto de vista em relação ao trânsito de São Paulo. E) passar uma imagem de culto e refinado. Resolução: A citação da obra de Cortázar é um recurso argumentativo empregado pelo autor para dar encaminhamento a suas ideias. Ao demonstrar seu conhecimento sobre o assunto tratado, ele garante maior confiabilidade ao seu texto e induz o leitor a refletir sobre a necessidade de rever, com consciência, a questão do trânsito.

Alternativa D

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São recursos de progressão no texto I. as perguntas. II. as citações do conto de Cortázar. III. a menção ao filme de Godard. Está(ão) correta(s) A) apenas I. B) apenas I e II. C) apenas I e III. D) apenas II e III. E) todas. Resolução: As perguntas retóricas feitas pelo autor, bem como as citações utilizadas do conto de Cortázar servem para desenvolver a discussão sobre a temática do caos no trânsito, o que não acontece com a menção feita ao filme de Godard. Trata-se apenas de uma informação adicional, irrelevante para dar continuidade ao texto ou mesmo para ajudar a sustentar o ponto de vista do autor.

Alternativa B

NÃO há emprego de metáfora em A) Ninguém anda, para frente ou para trás. (linha 3) B) Quando, sem explicações, o nó desata, os motoristas aceleram [...]. (linha 10) C) [...] mas o fetiche da lata sobre rodas jamais se abalou. (linhas 15 e 16) D) As pessoas saem de casa dentro de bunkers, literalmente armadas. (linha 18) E) A classe média necessita reciclar suas aflições. (linha 21) Resolução: O único item em que a linguagem é puramente denotativa e o “A”. As expressões “o nó desata” (B), “lata sobre rodas” (C), “bunkers” (D) e “reciclar suas aflições” (E) são metafóricas.

Alternativa A

Os trechos a seguir, que estão fora de ordem, fazem parte de um texto coeso e coerente. I. Estudos feitos com várias profissões que trabalham em turnos mostram que ficar acordado por mais de 19 horas ou ter

uma jornada de trabalho superior a 12 horas provoca sintomas semelhantes ao de um porre. II. Se essas duas condições se sobrepõem numa madrugada, as consequências negativas se potencializam ao extremo. III. As reações ficam mais lentas e o julgamento da realidade é comprometido. IV. Um piloto dormir no manche do avião é uma cena muito mais rara do que um motorista de ônibus ou caminhão cochilar

no volante. Mas pode acontecer. V. No caso da aviação, há ainda o agravante de que os pilotos trabalham a 10 mil metros do solo, no comando de

aeronaves complexas e delicadas, às vezes com mais de uma centena de passageiros a bordo. (Em: Pesquisa Fapesp, agosto/2009. Adaptado)

Assinale a opção que apresenta a melhor sequência. A) I – II – IV – III – V. B) IV – I – II – V – III. C) IV – I – III – II – V. D) I – V – IV – III – II. E) IV – I – II – III - V Resolução: IV – Apresentação do problema; I – Fundamentação com base em estudos; II – Retomada (essas duas condições) a fim de estabelecer uma relação de causa e consequência; III – Enumeração de consequências; V – Fechamento com acréscimo de informação (no caso da aviação, há ainda o agravante...). Alternativa E

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Acerca da protagonista do romance Iracema, de José de Alencar, pode-se dizer que I. é uma heroína romântica, tanto por sua proximidade com a natureza, quanto por agir em nome do amor, a ponto de

romper com a sua própria tribo e se entregar a Martin. II. é uma personagem integrada à natureza, mas que se corrompe moralmente depois que se apaixona por um homem

branco civilizado e se entrega a ele. III. possui grande beleza física, descrita com elementos da natureza, o que faz da personagem uma representação do Brasil

pré-colonizado. Está(ão) correta (s) A) apenas I. B) apenas I e II. C) apenas I e III. D) apenas II e III. E) todas. Resolução: II – Falso. Iracema é uma heroína romântica. Como personagem plana se insere dentro dos moldes e valores do estilo romântico. Rompe com os valores da tribo a qual pertence, mas sem perder os valores morais de um herói.

Alternativa C

Sobre o romance Capitães de areia, de Jorge Amado, é INCORRETO afirmar que A) se trata de um livro cuja personagem central é coletiva, um grupo de meninos de rua, e isso o aproxima de O cortiço. B) as principais personagens masculinas são Pedro Bala, Sem Pernas, Volta Seca, Pirulito e Professor, e a figura feminina

central é Dora. C) há uma certa herança naturalista, visível na precoce e promíscua vida sexual dos adolescentes. D) os vestígios românticos aparecem em algumas cenas de jogos e brincadeiras infantis e na caracterização de Dora. E) todos os meninos acabam encontrando um bom rumo na vida, apesar das dificuldades. Resolução: E – Falso. Nem todas as personagens tem o mesmo destino. Algumas são marcadas por situações trágicas como Volta Seca que se envolve no cangaço e Sem Pernas que acaba morrendo fugindo da polícia.

Alternativa E

O poema ao lado, “Gioconda (Da Vinci)”, de Carlos Drummond de Andrade, refere-se a uma célebre tela renascentista: NÃO se pode afirmar que o poema A) faz uso de metalinguagem num sentido amplo, pois é uma obra de arte que

fala de outra. B) procura se inserir no debate que a tela Gioconda provoca desde a Renascença. C) mostra que são inúmeros os significados do sorriso da Gioconda. D) garante não haver razão alguma para a polêmica, como diz o último verso. E) ilustra a polissemia de obras de arte, inclusive do próprio poema.

O ardiloso sorriso alonga-se em silêncio para contemporâneos e pósteros ansiosos, em vão, por decifrá-lo. Não há decifração. Há o sorriso.

(Em: Farewell. Rio de Janeiro: Record, 1996)

Resolução: C – Falsa. A expressão “em vão” nega, no poema, a amplitude atribuída aos vários significados dado ao sorriso de Gioconda. Ideia reforçada pelo último verso “Não há decifração. Há o sorriso”.

Alternativa C

A figura da prostituta aparece em diversos romances do século XIX. Por exemplo: I. Em Lucíola, a protagonista Lúcia deixa a prostituição depois que se apaixona por Paulo, o que significa que o amor

verdadeiro pode regenerar a mulher. II. Em Memórias póstumas de Brás Cubas, Marcela consegue seduzir o jovem Brás Cubas, que lhe dá dinheiro e bens

materiais, mas ela morre pobre. III. Ao final de O cortiço, Pombinha rompe com o casamento e opta pela prostituição, e faz isso, em boa medida, por

vontade própria.

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Está(ão) correta(s) A) apenas I. B) apenas I e II. C) apenas I e III. D) apenas II e III. E) todas. Resolução: III – Falso. Pombinha é uma personagem naturalista e portanto representa, na visão do narrador, uma cobaia, uma tese científica determinada pelo meio e não por vontade própria.

Alternativa B

Considere o poema ao lado, “A cantiga”, de Adélia Padro: Acerca desse poema, é INCORRETO afirmar que A) a poeta tem consciência de que seu passado é

irremediavelmente perdido. B) existe um tom nostálgico, e um saudosismo de raiz romântica. C) a cantiga faz com que a poeta reviva uma série de lembranças

afetivas. D) predomina o tom confessional e o caráter autobiográfico. E) valoriza os elementos da cultura popular, também uma

herança romântica.

“Ai cigana ciganinha, ciganinha, meu amor”. Quando escutei essa cantiga era hora do almoço, há muitos anos. A voz da mulher cantando vinha de uma cozinha, ai ciganinha, a voz de bambu rachado continua tinindo, esganiçada, linda, viaja pra dentro de mim, o meu ouvido cada vez melhor. Canta, canta, mulher, vai polindo o cristal, canta mais, canta que eu acho minha mãe, meu vestido estampado, meu pai tirando boia da panela, canta que eu acho minha vida. (Em: Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.)

Resolução: A - Falsa. O passado não está irremediavelmente perdido já que ele permanece vivo por meio da memória como revela a expressão “viaja pra dentro de mim...”.

Alternativa A

Considere o poema ao lado, de Ronaldo Azeredo: Esse texto I. explora a organização visual das palavras sobre a página. II. põe ênfase apenas na forma e não no conteúdo da mensagem. III. pode ser lido não apenas na sequência horizontal das linhas. IV. não apresenta preocupação social. Estão corretas A) I e II. B) I, II e III. C) I e III. D) II e IV. E) todas.

Resolução: Todas são corretas. A exploração verbivocovisual; a ênfase do recurso formal sobre o conteúdo; a possibilidade ampla de leitura em várias posições e a despreocupação social do concretismo estão presentes no texto.

Alternativa E

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INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO

Observe a foto abaixo. A partir dela, e considerando os textos desta prova, redija uma dissertação em prosa, na folha a ela destinada, argumentando em favor de um ponto de vista sobre o tema. A redação deve ser feita com caneta azul ou preta. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o assunto; b) coesão e coerência do texto; e c) domínio do português padrão. (Serão aceitos os dois Sistemas Ortográficos em vigor, conforme Decreto 6.583, de

29/09/2008). Atenção: A Banca Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. Você poderá usar para rascunho de sua redação as páginas em branco dos cadernos de questões desta prova e da prova de Inglês. O rascunho não será considerado para avaliação de sua redação.

Comentário:

A proposta de redação do vestibular-2010 do ITA mantém a tradição de cobrar a produção de uma dissertação que reflita sobre uma

temática social. A proposta sobre trânsito pede reflexões profundas sobre o impacto do uso do automóvel na sociedade. Embora tenha apresentado o tema por meio de uma fotografia na página de redação, a proposta mais uma vez relaciona a produção a textos da prova de Português, que servem, assim, de coletânea extraoficial de ajuda. Desse modo, os dois primeiros textos da prova servem de exemplo e ponto de partida para o vestibulando: uma forma de mostrar como a proposta sugere não apenas críticas a um modelo ultrapassado de trânsito, com “veículos individuais”, mas também que se façam propostas de ações resolutivas.

Com uma leitura sensível, atenta, o vestibulando poderia produzir inferências da fotografia (podendo relacioná-las aos citados textos

em prosa), das quais destacamos algumas possíveis:

• As grandes cidades transformaram-se em espaços para o motor, planejadas e/ou replanejadas para o uso do automóvel; • Construções caríssimas, como novos viadutos, inviabilizam projetos mais ousados numa cidade para o pedestre; ironicamente, o

viaduto é muitas vezes a forma mais rápida de se chegar ao novo congestionamento; • Não é fácil convencer o cidadão de que usar o próprio automóvel pode ser prejudicial não apenas à cidade e ao meio ambiente

como à sua própria saúde. Infelizmente, ter um carro, conquistar um novo modelo, mais “bonito”, é uma forma não só de impressionar os outros, como também de mostrar às pessoas que o indivíduo “venceu na vida”.

• Optar pelo transporte público é encarado por muitos de seus usuários como pagar pelo próprio sofrimento, dada a falta de investimentos para a melhoria do setor.

• Investir em ciclovias e em outras formas de desafogar o trânsito, exemplo em grandes cidades do mundo, seria uma saída também ecologicamente correta.

R E D A Ç Ã O

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Professores

Português

Ádino Julio César Zé Laranja

Wendel

Inglês

Marcelo Monster

Digitação e Diagramação

Cristiane Ribeiro João Paulo

Valdivina Pinheiro

Ilustrações

Leandro Bessa Rodrigo Ramos Vinícius Ribeiro

Projeto Gráfico

Mariana Fiusa Vinícius Ribeiro

Supervisão Editorial

José Diogo Valdivina Pinheiro

Copyright©Olimpo2011

As escolhas que você fez nessa prova, assim como outras escolhas na vida, dependem de conhecimentos,

competências e habilidades específicos. Esteja preparado.

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