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A mediunidade é, antes de tudo, uma oportunidade de servir. Bênção de Deus, que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao
intercâmbio, podemos ter aqui, não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com
proficiência os débitos adquiridos nas encarnações anteriores. Livro: Diretrizes de Segurança - Divaldo P. Franco / Raul Teixeira
ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA 3º ANO – ESTUDO MEDIÚNICO
AULA Nr. 15 MEDIUNIDADE NAS CRIANÇAS E
NOS ANIMAIS ***
Cap. 22: Mediunidade entre os Animais Itens 234 a 236
MEDIUNIDADE NAS CRIANÇAS:
A mediunidade pode se manifestar na pessoa desde a fase da infância. Mas não é aconselhável o exercício da mediunidade em crianças, porque:
• O organismo, débil e em formação, pode sofrer indesejáveis abalos pela atuação dos Espíritos irresponsáveis ou malévolos;
• A imaginação está em grande atividade e pode sofrer sobre-excitação;
Aula 15: Mediunidade nas Crianças e nos Animais (1/10)
• Não tem ainda discernimento suficiente para lidar com os Espíritos, nem valorizar sua faculdade e empregá-la com a seriedade necessária.
Às vezes, as manifestações mediúnicas que a criança apresenta são devido as perturbações no ambiente do lar.
Neste caso, o recomendável... • é atende-la com assistência espiritual e passes, para não favorecer
as manifestações;
• procurar orientar o comportamento dos familiares adultos, para que suas tensões espirituais não mais se reflitam na criança.
Se a manifestação mediúnica na criança for espontânea e equilibrada, aceitar com naturalidade, mas sem estimulá-las nem querer colocar a criança em verdadeiro trabalho de intercâmbio.
Convém encaminhá-la para a evangelização e o conhecimento doutrinário adequado à sua idade, para que no futuro ela possa empregar esta faculdade para o bem.
Aula 15: Mediunidade nas Crianças e nos Animais (2/10)
MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS:
Os animais podem ser médiuns?
Frequentemente se tem proposto esta questão, e certos fatos pareciam respondê-la afirmativamente.
Trata-se de saber se os animais são aptos, como os homens, a servir de intermediários aos Espíritos para as suas comunicações inteligentes.
Aula 15: Mediunidade nas Crianças e nos Animais (3/10)
Parece mesmo muito lógico supor que um ser vivo, dotado de certo grau de inteligência, seja mais apropriado a esses efeitos do que um corpo inerte, sem vitalidade, como uma mesa, por exemplo.
Apesar disso, não é o que acontece.
A questão da mediunidade dos animais foi plenamente resolvida na dissertação seguinte, feita por um Espírito, cuja profundidade e sagacidade podem ser apreciadas nas citações já feitas.
Para bem se aprender o valor de sua demonstração é essencial que nos reportemos à sua explicação anterior sobre o papel do médium nas comunicações.
Essa comunicação foi dada em seguida a uma discussão a respeito, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas:
“- Abordo hoje a questão da mediunidade dos animais, levantada e sustentada por um dos vossos companheiros mais fervorosos. Pretende ele, em virtude deste axioma:
“- Quem pode o mais, pode o menos, que nós podemos “mediunizar” os pássaros e outros animais, servindo-nos deles nas comunicações com a
espécie humana”.
Aula 15: Mediunidade nas Crianças e nos Animais (4/10)
É o que chamais em filosofia, e mais particularmente em Lógica, única e simplesmente um sofisma. Diz ele:
“- Se podem animar a matéria inerte, com mais razão devem animar a matéria já animada, principalmente a dos pássaros”.
Pois bem, dentro das leis normais do Espiritismo, isso não é assim e não pode ser assim.
Primeiro, ponderemos bem as coisas. O que é médium?
É o ser, indivíduo que serve de intermediário aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens, Espíritos encarnados.
Por conseguinte, sem médium não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer espécie que seja.
Aula 15: Mediunidade nas Crianças e nos Animais (5/10)
Há um princípio que, disso estou seguro, é admitido por todos os espíritas: o de que os semelhantes agem através dos semelhantes e como os seus semelhantes.
O vosso perispírito e o nosso procedem do mesmo meio, são de natureza idêntica, são, numa palavra, semelhantes.
Possuem uma capacidade de assimilação mais ou menos desenvolvida, de imantação mais ou menos vigorosa, que permite a nós Espíritos desencarnados e encarnados, pôr-nos muito pronta e facilmente em comunicação.
Os homens estão sempre propensos a exagerar tudo. Uns, e não me refiro aqui aos materialistas, recusam uma alma aos animais, enquanto outros querem dar-lhes uma alma, por assim dizer, semelhante à nossa.
Aula 15: Mediunidade nas Crianças e nos Animais (6/10)
Enfim, o que pertence especificamente aos médiuns, à essência mesma de sua individualidade, é uma afinidade especial, e ao mesmo tempo uma força de expansão particular, que anulam neles toda possibilidade de rejeição, estabelecendo entre eles e nós uma espécie de corrente ou de fusão, que facilita as nossas comunicações.
É essa possibilidade de rejeição, própria da matéria, que se opõe ao desenvolvimento da mediunidade na maioria dos que não são médiuns.
Porque pretender assim confundir o perfectível com o imperfectível?
Não, convencei-vos disso: O fogo que anima os animais, o sopro que o faz agir, movimentar-se e falar a sua linguagem própria, não tem, quanto ao presente, nenhuma aptidão para se mesclar, se unir ou se confundir com o sopro divino, a alma etérea, o Espírito, que anima o ser essencialmente perfectível:
o homem, o rei da Criação.
Aula 15: Mediunidade nas Crianças e nos Animais (7/10)
Ora, não é isso que faz a superioridade da espécie humana sobre as outras espécies terrenas, essa condição de perfectibilidade?
Pois bem: reconhecei então que não se pode assimilar ao homem, único perfectível em si mesmo e nas suas obras, qualquer indivíduo de outras espécies viventes da Terra.
O cão, cuja inteligência é superior entre os animais e o tornou amigo e hóspede do homem, será perfectível por si mesmo e por sua própria iniciativa?
Ninguém ousaria sustentar isso, porque o cão não faz progredir o cão, e o mais amestrado entre eles é sempre ensinado pelo seu dono.
De outro lado, se procurardes as cabanas de ramagens e as tendas das primeiras idades da Terra, encontrareis em seu lugar os castelos e os palácios da civilização moderna.
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Às vestes de pele selvagens sucedem os tecidos de ouro e seda. Enfim, a cada passo encontrareis a prova da marcha incessante da Humanidade em seu progresso.
Desse progresso constante, invencível, irrecusável da espécie humana, e do estacionamento indefinido das outras espécies animadas, concluireis comigo que se existem princípios comuns a tudo o que vive e se move na Terra: o sopro e a matéria, não é menos verdade que somente vós, Espíritos encarnados, estais submetidos a essa inevitável lei que vos impele fatalmente para frente.
Deus pôs os animais ao vosso lado como auxiliares para vos alimentarem, para vos vestirem e vos ajudarem.
Deu-lhes um pequeno grau de inteligência porque, para vos auxiliar, precisam compreender, e condicionou essa inteligência aos serviços que devem prestar.
Aula 15: Mediunidade nas Crianças e nos Animais (9/10)
Certamente que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis para os animais, e muitas vezes acontece que o pavor súbito os toma, e que vos parece sem motivo, é causado pela visão de um ou de muitos desses Espíritos, mal intencionados em relação aos indivíduos presentes ou aos seus donos.
Muito frequentemente se veem cavalos que se recusam a avançar ou recuar, ou que se empinam diante de um obstáculo imaginário. Podeis estar certos de que o obstáculo imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que se comprazem em detê-los.
Para resumir: os fenômenos mediúnicos não podem reproduzir-se sem o concurso consciente ou inconsciente dos médiuns, e é somente entre os encarnados, Espíritos como nós, que encontramos os que podem servir-nos de médiuns.
Quanto a ensinar cães, pássaros e outros animais, para fazerem estes ou aqueles serviços, é problema vosso e não nosso.” Erasto
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15 – Três Atitudes Reunião pública de 22.02.1960 Quest. nº 226 - Par. 11
Entendendo-se que o egoísmo e o orgulho são qualidades negativas na personalidade mediúnica, obscurecendo a palavra da Esfera Superior, e compreendendo-se que o bem é a condição inalienável para que a mensagem edificante seja transmitida sem mescla, examinemos essas três atitudes, em alguns dos quadros e circunstâncias da vida.
Na sociedade:
• O egoísmo faz o que quer.
• O orgulho faz como quer.
• O bem faz quanto pode, acima das próprias obrigações.
No trabalho:
* O egoísmo explora o que acha.
* O orgulho oprime o que vê.
* O bem produz incessantemente.
Na equipe: * O egoísmo atrai para si.
* O orgulho pensa em si.
* O bem serve a todos.
Na amizade: * O egoísmo utiliza as situações.
* O orgulho clama por privilégios.
* O bem renuncia ao bem próprio.
Na fé: * O egoísmo aparenta.
* O orgulho reclama.
* O bem ouve.
Na responsabilidade: * O egoísmo foge.
* O orgulho tiraniza.
* O bem colabora. Na dor alheia: * O egoísmo esquece.
* O orgulho condena.
* O bem ampara.
No estudo: * O egoísmo finge que sabe.
* O orgulho não busca saber.
* O bem aprende sempre, para realizar o melhor.
***
Médiuns, a orientação da Doutrina Espírita
é sempre clara.
O egoísmo e o orgulho são dois corredores
sombrios, inclinando-nos, em toda parte, ao
vício e à delinquência, em angustiantes
processos obsessivos, e só o bem é capaz
de filtrar com lealdade a Inspiração Divina,
mas, para isso, é indispensável não apenas
admirá-lo e divulgá-lo;
acima de tudo, é preciso querê-lo e
praticá-lo com todas as forças do coração.