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A mineração no Brasil colonial
Portugal enfrentava problemas econômicos
O açúcar brasileiro enfrentava a concorrência antilhana
Perda de possessões no Oriente e na África
Grave crise econômica
A Coroa passou a estimular a procura por metais preciosos na colônia
Entradas: expedições oficiais de exploração do interior da colônia
Bandeiras: expedições armadas organizadas em geral
por particulares paulistas
Busca de índios para escravização
Combate às revoltas indígenas
Destruição de quilombos
Procura por metais preciosos
Objetivos
As bandeiras dos séculos XVII e XVIII
Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991, p. 24.
BANDEIRAS DOS SÉCULOS XVII E XVIII
CARTO
GRAFIA
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330 km
Missões jesuítas espanholas no sul: terras dos atuais estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além de áreas da Argentina e do Paraguai.
Nessas missões, os índios eram evangelizados,
principalmente por meio do canto e do teatro. Cultivavam a terra, criavam gado, faziam artesanato.
As bandeiras paulistas atacaram as missões em busca de
índios para trabalhar como escravos, principalmente nas lavouras paulistas.
Após sucessivas investidas paulistas, muitas missões
jesuíticas foram destruídas.
Os ataques às missões
Os bandeirantes descobriram ouro na região do Rio das Velhas por volta de 1695 → a partir daí ocuparam-se várias áreas em Minas, Mato Grosso e Goiás.
Iniciou-se um processo acelerado de urbanização nas áreas próximas às minas descobertas.
O grande afluxo de pessoas para a região e a escassez de gêneros de subsistência causaram graves crises de fome.
Com o tempo, a escassez de alimentos foi reduzindo com o cultivo de roças de subsistência, a diversificação das atividades econômicas e o comércio de produtos vindos de outras regiões da colônia.
A exploração aurífera
A Coroa organizou rapidamente um sistema de exploração das minas:
• Distribuição das datas → privilégio aos grupos mais ricos. • Criação da Intendência de Minas (1702) → responsável pela
cobrança dos tributos, policiamento e justiça local.
As formas de arrecadação variaram com o tempo, destacando-se:
• O quinto → 20% do metal extraído cabia à Coroa. • A capitação → cobrança de um imposto por cabeça de escravo
maior de 12 anos. • A derrama → cobrança de impostos atrasados ou
extraordinários.
Em 1725, a Coroa instalou a primeira Casa de Fundição – onde o ouro seria fundido, tributado e transformado em barras.
A exploração aurífera
Guerra dos Emboabas (1708-1709) → conflito entre paulistas e outros colonos, principalmente portugueses, pelo controle da região das minas.
Os paulistas exigiam o direito exclusivo sobre as lavras concedidas pela Coroa.
Resultado do confronto:
• Derrota dos paulistas. • Criação da Capitania de São Paulo e das Minas de Ouro. • Os paulistas avançam mais para o interior em busca de
novas minas de ouro → descoberta de novas jazidas em Mato Grosso e Goiás → ampliação da América portuguesa.
A Guerra dos Emboabas
Os diamantes foram descobertos na região da Comarca de Serro Frio, no norte das Minas Gerais. Para garantir um controle eficiente da região, a Coroa criou o Distrito Diamantino.
As regras para a exploração de diamantes tiveram três
momentos: • Intendência dos Diamantes (a partir de 1734) → semelhante
ao do ouro nas minas → concessão de datas e cobrança do quisto.
• Contratos de Monopólio (1740-1771) → um contratador tinha o monopólio da exploração.
• Real Extração (depois de 1771) → quando a Coroa assumiu o controle direto da atividade no Distrito.
A extração de diamantes
Cálculo aproximado da produção de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso no século XVIII (kg)
Anos Minas Gerais Goiás Mato Grosso
1730-1734 7.500 1.000 500
1735-1739 10.637 2.000 1.500
1740-1744 10.047 3.000 1.100
1745-1749 9.712 4.000 1.100
1750-1754 8.780 5.880 1.100
1755-1759 8.016 3.500 1.100
1760-1764 7.399 2.500 600
1765-1769 6.659 2.500 600
1770-1774 6.179 2.000 600
1775-1779 5.518 2.000 600
1780-1784 4.884 1.000 400
1785-1789 3.511 1.000 400
1790-1794 3.360 750 400
1795-1799 3.249 750 400 Fonte: PINTO, Virgílio Noya. O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. São Paulo: Nacional, 1979.
Os rebeldes da colônia
Revoltas coloniais (séculos XVII e XVIII)
Revoltas com caráter regional, que contestavam aspectos da
política metropolitana
Revoltas com caráter separatista, buscando o rompimento
com a metrópole
Revolta de Beckman
(1684)
Guerra dos Mascates
(1710-1711)
Revolta de Vila Rica (1720)
Conjuração Mineira (1789)
Conjuração Baiana (1798)
Os rebeldes da colônia
REVOLTAS COLONIAIS
Fonte: Isto É Brasil, 500 anos: atlas histórico. São Paulo: Três, 1998.
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O estado do Maranhão sofria no século XVII → desabastecimento de gêneros alimentícios, manufaturados e escravos.
A Coroa criou então a Companhia Geral de Comércio do Maranhão, que deveria abastecer a região → mas surgiram problemas: • A Companhia impôs uma política de preços que prejudicava
os colonos. • Os produtos e escravos enviados para a região eram
insuficientes.
Em 1684 explode a revolta liderada pelos irmãos Beckman.
A Revolta de Beckman
Os rebeldes tomaram o depósito, aboliram o monopólio da Companhia e formaram um Governo Provisório.
A Coroa negociou com os sublevados, determinou o fim do monopólio da Companhia e nomeou um novo governador para o Maranhão → depois prendeu os líderes e executou Manuel Beckman em 1685.
Os monopólios e taxas que tinham sido abolidos foram restabelecidos.
A Revolta de Beckman
Durante a invasão holandesa, Recife foi escolhida para sede da administração e recebeu diversas melhorias e infraestrutura, o que não ocorreu com Olinda.
Segunda metade do século XVII → concorrência do açúcar antilhano → queda nos preços do açúcar brasileiro → → endividamento dos senhores do engenho de Olinda com os comerciantes de Recife.
1709 → Recife foi elevada à categoria de vila → a aristocracia de Olinda não aceita e inicia-se a revolta.
A aristocracia de Olinda ocupa Recife → os comerciantes de Recife retomam a cidade com o apoio de outras capitanias.
1711 → O novo governador nomeado pela Coroa ordenou a prisão dos líderes olindenses e manteve Recife como vila.
A Guerra dos Mascates
A Coroa decretou, em 1719, a instalação das Casas de Fundição na área mineradora → objetivos: • Ampliar o controle sobre a atividade nas minas. • Cobrar o quinto e evitar o contrabando.
Os colonos se rebelaram contra essas leis, liderados pelo
minerador português Filipe dos Santos.
Os rebeldes publicaram um documento no qual denunciavam a corrupção dos funcionários da Coroa e exigiam o fechamento das Casas de Fundição.
O governador da capitania reprimiu rapidamente o movimento → os rebeldes foram presos e Filipe dos Santos foi condenado à morte e executado.
A Revolta de Vila Rica
Das Revoluções Inglesas à Revolução Industrial
O despertar revolucionário na Inglaterra
Durante o reinado de
Elizabeth I (1558-1603), os
gastos da guerra contra a Espanha (1588) desequilibraram as finanças do reino inglês. A Coroa foi obrigada a solicitar
empréstimos
A dinastia Stuart
assume o poder (1603)
Jaime I tenta impor
medidas para
fortalecer seu poder
(1603-1625)
Carlos I é obrigado a assinar a
Petição de Direitos (1628),
procurando também impor
medidas absolutistas
Início da guerra
civil (1642)
O rei, apoiado pelos lordes e por parte da pequena nobreza
O Parlamento, representando todo o povo
X
O despertar revolucionário
A Revolução Puritana
O Parlamento inglês
Câmara dos Lordes Câmara dos Comuns
Membros do alto clero anglicano e da alta nobreza
Anglicanismo Pequenos proprietários
rurais, burgueses e a gentry
Presbiterianismo e puritanismo
Durante a Guerra Civil (1642-1649), o Parlamento formou o Exército de Novo Tipo: grupamento de soldados e oficiais voluntários promovidos pelo mérito pessoal.
1646 → liderado por Oliver Cromwell, o Exército de Novo Tipo venceu as forças do rei → Revolução Puritana.
Os presbiterianos pretendiam uma negociação com Carlos I, mas forças populares (os niveladores) queriam reformas mais profundas.
1649 → o rei Carlos I é decapitado e Cromwell funda a República Puritana ou Commonwealth.
A Revolução Puritana
Cromwell se tornou o chefe do Conselho de Estado, reprimiu novas rebeliões e instituiu o Ato de Navegação.
O governo de Cromwell foi se tornando tirano à medida que a crise econômica se agravava.
Cromwell morreu em 1658 e a República caiu em 1660 → iniciava-se a Restauração Monárquica.
A República de Cromwell
Carlos II (1660-1685) reinou com apoio da aristocracia e da burguesia → fez um governo voltado para o desenvolvimento do comércio e da indústria → estimulou as ciências e a educação → entretanto, os conflitos continuavam.
Em 1685, assume o trono Jaime II → procurou beneficiar os católicos e se tornou impopular.
Jaime II foi derrubado por um golpe de Estado conhecido como Revolução Gloriosa (1688).
Sem grandes conflitos foi estabelecida uma monarquia parlamentar → o novo rei, Guilherme de Orange, submeteu-se ao Parlamento.
O governo de Carlos II e a Revolução Gloriosa
Entre os séculos XVI e XVII, o Parlamento inglês aprovou as Enclosure Acts, as Leis de Cercamentos, que promoveram a expulsão de milhares de camponeses das terras comunais → os camponeses tornaram-se trabalhadores urbanos ou emigraram para a América.
Os cercamentos
Os cercamentos
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Vista de Littlecote, pintura inglesa do início do século XVIII. Autoria desconhecida.
A combinação de fatores políticos, sociais e econômicos garantiu à Inglaterra as condições fundamentais para a Revolução Industrial: • Políticos → consolidação do Estado burguês em fins
do século XVII. • Sociais → disponibilidade de mão de obra, gerada pelo
processo de cercamento das áreas agrícolas. • Econômicos → existência de capitais disponíveis.
As razões do pioneirismo inglês
Diversas inovações técnicas ao longo do século XVIII prepararam a Revolução Industrial: • Lançadeira volante (1735). • Máquina de fiar spinning jenny (1764). • Tear hidráulico (1769).
Em 1769, James Watt aperfeiçoou a máquina a vapor criada
por Thomas Newcomen → marco fundamental da Revolução Industrial.
As razões do pioneirismo inglês
As máquinas da Revolução Industrial
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Mulher usando uma spinning jenny, gravura feita por volta de 1880. Autoria desconhecida.
As máquinas da Revolução Industrial
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Máquina a vapor de James Watt, c. 1765. Autoria desconhecida. Gravura extraída da obra Physikbuch, de W. Weiler, publicada em 1902.
A indústria nasceu basicamente no setor têxtil → produção de tecidos de lã e algodão. • A lã estava vinculada à produção interna nos campos ingleses. • O algodão era produzido nas colônias inglesas.
A industrialização atingiu também a produção de utilidades
domésticas → alfinetes, vasilhas, facas, tesouras, produtos alimentícios.
No curso da Revolução Industrial desenvolveu-se a indústria de base, representada pela metalurgia e pela siderurgia.
Os transportes foram modificados pela Revolução Industrial com o surgimento da ferrovia, em 1814.
O avanço da indústria
O avanço da indústria
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Locomotiva Rocket de Stephenson, gravura colorida de 1829.
Os operários das primeiras fábricas trabalhavam em condições insalubres, com longas jornadas de trabalho, salários baixos e condições de vida precárias.
Para baratear os custos de produção, os burgueses também utilizavam o trabalho infantil e o feminino.
Os operários perderam o controle sobre o processo de produção e os frutos do seu trabalho → o ritmo passou a ser determinado pelas máquinas.
Não havia nenhum sistema social de proteção aos trabalhadores.
A exploração dos trabalhadores
A exploração dos trabalhadores
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Operária e crianças trabalham na manufatura de lã, gravura de autor desconhecido, c. 1845.
A organização dos trabalhadores
Ludismo
Movimento de destruição das máquinas, consideradas responsáveis pela exploração dos trabalhadores.
O nome é uma referência a Nedd Lud, que, segundo a tradição, teria começado o movimento.
Alastrou-se pelas áreas industriais. Muitos de seus líderes foram presos e enforcados.
Os operários reagiram às péssimas condições a que estavam submetidos organizando suas primeiras formas de luta:
A organização dos trabalhadores
Cartismo
Os operários ingleses buscavam direitos de participação política.
Em 1838 surgiu o movimento cartista, que reivindicava o direito dos operários de participarem das eleições e do Parlamento.
As manifestações fracassaram, e apenas em fins do século XIX as condições de trabalho dos operários começaram a melhorar.
Com o tempo, os operários ingleses criaram métodos mais organizados de luta e perceberam que a conquista de direitos passava também pela conquista de espaços na política:
A Revolução Francesa e o Império Napoleônico
Na França, a rígida organização social do Antigo Regime (clero, nobreza e povo) passou a ser contestada pelos iluministas.
A crítica ao Antigo Regime tinha como alvo principal o poder absolutista.
A crise do absolutismo francês
Na década de 1780, o Antigo Regime entrou em colapso na França pelas seguintes razões principais:
• Econômicas → problemas financeiros do Estado, que gastava mais do que arrecadava; crise da produção manufatureira; crise agrícola.
• Sociais → as aspirações sociais e políticas da burguesia e a crítica aos privilégios do clero e da nobreza.
• Políticas → conflitos entre o rei e o Parlamento, principalmente pela tentativa de reforma fiscal promovida por Luís XVI → submetia todos os proprietários, nobres e burgueses ao pagamento de impostos.
A crise do absolutismo francês
Maio de 1789 → os conflitos entre o rei e o Parlamento obrigaram Luís XVI a convocar os Estados Gerais → assembleia de representantes dos três estados.
O desacordo sobre o processo de votação e a pressão do rei levaram os representantes do Terceiro Estado e alguns dissidentes a formar uma Assembleia Nacional Constituinte.
A população de Paris apoiou o movimento. Em 14 de julho de 1789 tomaram a Bastilha → marco fundamental da Revolução Francesa.
A queda da Bastilha e a Assembleia Nacional Constituinte
Resoluções da Assembleia Nacional Constituinte
Fim dos direitos feudais
Aprovação da Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão
Confisco dos bens da Igreja
Aprovação da Constituição
de 1791
A queda da Bastilha e a Assembleia Nacional Constituinte
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Versão ilustrada da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. O documento, de Jean-Jacques-François Le Barbier, de agosto de 1789, é uma das conquistas mais importantes da Revolução Francesa.
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PARIS
Direitos naturais do homem
A educação é direito de todos
A soberania reside no povo
O povo tem direito à revolta
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
Propriedade
Igualdade
Liberdade
Segurança
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
A queda da monarquia e a Convenção Nacional
O avanço da revolução
Mudanças propostas pela Constituição de 1791 que não agradavam as camadas populares
+ Crise econômica (processo inflacionário)
+ Tentativa de fuga do rei para a Áustria
+ Conflitos contra potências estrangeiras
(“pátria em perigo”)
Queda da Monarquia Constitucional (setembro de 1792)
Instalação do governo republicano: Convenção Nacional
Alta burguesia (girondinos)
Pequena burguesia (jacobinos)
X
Os jacobinos assumiram o poder e, com apoio dos sans-culottes, promoveram:
• A criação do Comitê de Salvação Pública. • O tabelamento de preços. • A educação primária pública. • O sufrágio universal masculino. • O direito à greve.
A Convenção Nacional
Do Terror ao Diretório
Do Terror ao Diretório
Fase do Terror (setembro de 1793–julho de 1794)
Junho de 1793: Robespierre, principal líder
jacobino, assume governo, que
estava à beira do colapso (conflitos
externos e revoltas internas)
O líder opta por um
regime de exceção, que
perseguiu e assassinou
grupos inimigos
O Diretório (1795-1799)
Napoleão Bonaparte assume o
poder: Golpe do
18 de Brumário (novembro de 1799)
Reação Termidoriana:
Robespierre perde apoio de
todos e é executado (junho de
1794)
Alta burguesia +
Forças armadas
Regime que procurou consolidar as conquistas burguesas e enfrentar os
inimigos externos e internos
Nas campanhas externas destacou-se o exército de
Napoleão Bonaparte
O Golpe do 18 de Brumário levou Napoleão Bonaparte ao poder em 1799 → era o fim dos conflitos revolucionários e a consolidação do poder burguês na França.
1802: Bonaparte se tornou cônsul vitalício. 1804: Napoleão se autocoroou imperador da França.
Como governante, Napoleão promoveu a criação do
Código Civil, reformou o sistema tributário e o educacional, estabeleceu acordos com a Igreja Católica e realizou diversas obras públicas.
Na política externa, Napoleão procurou expandir o regime e os domínios franceses pela Europa por meio da guerra (1805-1809).
A consolidação das conquistas burguesas
A sagração de Napoleão I
Sagração do imperador Napoleão e coroamento da imperatriz Josefina na Catedral de Notre Dame. Pintura de Jacques-Louis David, 1806-1807. Nesta pintura, Napoleão está coroando sua esposa Josefina, ajoelhada a seus pés. Ao seu lado, o papa Pio VII assiste ao ato. Apesar de se reaproximar da Igreja, Napoleão mostrava que não iria se subordinar a ela.
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A expansão pelo continente europeu foi bem-sucedida, mas Napoleão perdeu para a Grã-Bretanha a Batalha de Trafalgar (1805).
Impôs então o Bloqueio Continental, embargo econômico às ilhas Britânicas. A medida, porém, não surtiu o efeito desejado, e muitas regiões se rebelaram contra o domínio francês.
A Rússia rompe o Bloqueio → é invadida em 1812 pelo gigantesco exército de Napoleão.
A Rússia resiste ao ataque francês → as tropas francesas são derrotadas.
O Bloqueio Continental
O Bloqueio Continental
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Charge de James Gillray, c. 1809, mostrando o primeiro-ministro inglês William Pitt (à esquerda) e Napoleão Bonaparte dividindo o globo entre as duas nações.
Além da derrota na Rússia, podemos enumerar outros fatores decisivos para a queda de Napoleão Bonaparte:
• Napoleão traiu princípios revolucionários ao instituir a
nobreza imperial. • A tentativa fracassada de estabilizar as regiões dominadas. • Colheitas ruins provocaram escassez de alimentos na França. • As derrotas militares enfraqueceram o mito napoleônico.
Uma aliança liderada pela Grã-Bretanha venceu a França na
Batalha de Leipzig (1813) → Napoleão renunciou, mas voltou em 1815. Governou por mais cem dias e foi definitivamente derrotado na Batalha de Waterloo, na Bélgica.
A queda do Império Napoleônico
Congresso de Viena (1814-1815) → reunião de lideranças das principais potências europeias para redefinir o mapa europeu e reorganizar o poder nos Estados após as Guerras Napoleônicas.
Os líderes de Áustria, Rússia, Prússia e Inglaterra definiram dois princípios básicos para a tomada de decisões:
• Legitimidade → as dinastias reinantes antes da Revolução Francesa deveriam ser reconduzidas ao poder.
• Equilíbrio de poder → as potências vencedoras tinham o direito de manter territórios conquistados na Europa e obter outros fora dela como recompensa pelo esforço de guerra.
O Congresso de Viena e o novo equilíbrio europeu
No congresso, Rússia, Prússia e Áustria formaram a Santa Aliança → pacto conservador → combater os movimentos liberais na Europa.
As medidas tomadas em Viena beneficiaram principalmente a Inglaterra, que passou a exercer a hegemonia mundial de forma incontestável.
O Congresso de Viena e o novo equilíbrio europeu
As pressões inglesas
A Coroa inglesa, em meados do século XVIII, estabeleceu uma política colonial restritiva, impondo medidas de controle comercial às Treze Colônias → a imposição de medidas mercantilistas impulsionou a luta pela independência.
Com a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), a Coroa inglesa expandiu os seus domínios na América do Norte.
O custo da guerra foi alto para os cofres ingleses → a saída
foi aumentar o controle sobre as colônias para recompor o tesouro.
As pressões inglesas
A Coroa inglesa criou leis que aumentavam os impostos nas colônias, além de estabelecer o monopólio sobre a venda de chá:
• 1733 → Molasses Act (Lei do Melaço). • 1764 → Sugar Act (Lei do Açúcar). • 1765 → Stamp Act (Lei do Selo). • 1767 → Novos impostos sobre chá, vidro, papel e chumbo.
Os colonos reagiram contra as novas leis, e a Coroa inglesa
recuou na lei do selo e diminuiu a taxa da lei do açúcar.
• 1773 → Monopólio do comércio de chá concedido à Companhia Inglesa das Índias Orientais.
A reação dos colonos
Influenciados pelas ideias iluministas de liberdade, muitos colonos passaram a defender a independência.
Dezembro de 1773 → os colonos reagiram à Lei do Chá → Festa do Chá de Boston → carregamentos de chá trazidos pela Companhia das Índias Orientais foram jogados ao mar.
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Festa do Chá de Boston, litogravura de N. Currier e J. M. Ives, 1846.
A Declaração de Independência
1774 → o Parlamento inglês aprovou as Leis Intoleráveis em reação ao evento de Boston: impunham novas sanções às Treze Colônias.
Os colonos reagiram promovendo congressos para discutir a questão: • Primeiro Congresso Continental da Filadélfia (setembro
de 1774) → buscou a negociação com o governo inglês. • Segundo Congresso Continental da Filadélfia (julho de
1776) → aprovou a Declaração da Independência.
A Constituição norte-americana
Em 1783, a Inglaterra reconheceu a independência dos Estados Unidos pelo Tratado de Versalhes.
Em 1787 foi aprovada a Constituição dos Estados Unidos, que estabeleceu:
• A organização do Estado como uma república federativa e presidencialista.
• A divisão do Estado em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Houve a garantia das liberdades e direitos dos cidadãos, mas a escravidão foi mantida.
A Constituição dos Estados Unidos
Fonte: VIDAL-NAQUET Pierre; BERTIN, Jacques. Atlas histórico: da Pré-história aos nossos dias. Lisboa: Círculo de leitores, 1990. p. 233.
EXPANSÃO TERRITORIAL DOS ESTADOS UNIDOS
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270 km
O exemplo haitiano
Haiti
Colônia francesa nas Antilhas
Plantation de cana-de-açúcar
Trabalho escravo africano (80% da
população)
Influenciados pelas ideias de liberdade e igualdade
da Revolução Francesa
1791: haitianos
iniciam um movimento de rebeldia, liderados por Toussaint-Louverture
1801: O Haiti se torna província
autônoma da França
1803: Toussaint é preso por Napoleão,
mas a revolta de escravos
cresce
1804: escravos haitianos,
liderados por Jean-Jacques
Dessalines, criam a
república do Haiti
E X E R C Í C I O S D O L I V R O :
P . 318 , N° 1 E 2 . P . 322 , N°5 E 6 . P . 331 , N°1 E 2 .
P . 333 , N°4 . P . 343 , N°1 – 3 .
P .346 , N°6 . P .348 , N°7 . P .349 , N°10 .
P .351 , N°11 , 12 E 13 .
Prof(a): DANIELE RANGEL Disciplina: HISTÓRIA
TURMA: 2001