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A minha turma o networking inicia-se nos colégios e reforça-se ao longo da carreira. Assim se tecem grupos de influência Texto Rosália Amorim uem não se lembra do seu melhor amigo do liceu? Ou da turma que cons- tava sempre no quadro de honra do colégio? As memórias e as amizades dos tempos de escola ficam vivas para sempre. E muitas transformam-se em contactos vitais para a ascensão profissional. O Colégio Mili- tar, o Colégio São João de Brito ou o Liceu Francês Charles Lepierre, entre outros, fo- ram o ponto de contacto para muitos dos gestores que hoje lideram várias grandes empresas em Portugal. Executivos como Carlos Vasconcellos Cruz, Miguel Costa Gomes e Eduardo Netto de Almeida frequentaram o Colé- gio Militar e hoje trabalham na mesma equipa, que lidera a Orizon - uma das empresas do grupo Net Asia, detido por N etto de Almeida. São um exemplo de networking durável, que nasceu entre os livros e a disciplina militar. Netto de Almeida entrou na institui- ção em 1963, com o número 325. Filho de um oficial do Exército, hoje com 54 anos, ainda guarda boas lições dessa época: "O colégio deu-nos disciplina e ambição. E passei a dar mais valor à camaradagem e à palavra. É preciso fazer o que fica com- binado, se não for assim fico impaciente", confessa o actual empresário. Neste colégio, conheceu ainda António José Reffóios, presidente Carlos Vasconcellos Cruz, da Nestlé (entrou em 1963, com o Miguel Costa Gomes e Eduardo número 529), António Damião, Netto de Almeida voltam a actual director-geral da AEG, e reunir-se hoje na administração Manuel Lopes Alves que foi um da Orizon, após um percurso dos fundadores da Accenture em comum no Colégio Militar em Portugal. Mas foi em Carlos MENINOS DA LUZ TORNAM-SE GESTORES António José Reffóios Presidente da Nestlé Tomaz Metello Presidente da EuroAtlantic José Carlos Amaral CEO da Haworth Ricardo Barão Horta Presidente da Cimpor ]oséBarata Director-geral da JLMA

A minha turma

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o networking inicia-se nos colégios e reforça-se ao longo da carreira. Assim se tecem grupos de influênciain Revista Exame

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Page 1: A minha turma

A minha turma o networking inicia-se nos colégios e reforça-se ao longo

da carreira. Assim se tecem grupos de influência Texto Rosália Amorim

uem não se lembra do seu melhor amigo do liceu? Ou da turma que cons­tava sempre no quadro de honra do colégio? As

memórias e as amizades dos tempos de escola ficam vivas para sempre. E muitas transformam-se em contactos vitais para a ascensão profissional. O Colégio Mili­tar, o Colégio São João de Brito ou o Liceu Francês Charles Lepierre, entre outros, fo­ram o ponto de contacto para muitos dos gestores que hoje lideram várias grandes empresas em Portugal.

Executivos como Carlos Vasconcellos Cruz, Miguel Costa Gomes e Eduardo Netto de Almeida frequentaram o Colé­gio Militar e hoje trabalham na mesma equipa, que lidera a Orizon - uma das empresas do grupo Net Asia, detido por Netto de Almeida. São um exemplo de networking durável, que nasceu entre os livros e a disciplina militar.

Netto de Almeida entrou na institui­ção em 1963, com o número 325. Filho de um oficial do Exército, hoje com 54 anos, ainda guarda boas lições dessa época: "O colégio deu-nos disciplina e ambição. E passei a dar mais valor à camaradagem e à palavra. É preciso fazer o que fica com­binado, se não for assim fico impaciente", confessa o actual empresário.

Neste colégio, conheceu ainda António José Reffóios, presidente

Carlos Vasconcellos Cruz, da Nestlé (entrou em 1963, com o Miguel Costa Gomes e Eduardo número 529), António Damião, Netto de Almeida voltam a actual director-geral da AEG, e reunir-se hoje na administração Manuel Lopes Alves que foi um da Orizon, após um percurso dos fundadores da Accenture em comum no Colégio Militar em Portugal. Mas foi em Carlos

MENINOS DA LUZ TORNAM-SE GESTORES

António José Reffóios Presidente da Nestlé

Tomaz Metello Presidente da EuroAtlantic

José Carlos Amaral CEO da Haworth

Ricardo Barão Horta Presidente da Cimpor

]oséBarata Director-geral da JLMA

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e em Miguel que recaiu a escolha para gerir parte do seu património.

O trio juntou-se recen­temente, após a passagem de Carlos Vasconcellos Cruz pela administração da Portugal Telecom, e de Miguel Costa Gomes pela direcção-geral da Edimpre­sa. "É sempre bom trabalhar com gente que passou naquela escola. Não tinha fei­to planos para partilhar a administração de um grupo de empresas com ex-alunos do colégio, mas, quando a oportunidade surgiu, não hesitei", afirma Miguel. Nun­ca tinha trabalhado com Eduardo, s6 com Carlos "através de experiências em clubes de investidores, projectos de consultaria e investimentos em diversas áreas de ne­gócio", revela.

o que eles têm em comum O colégio foi o íman que os uniu. "É

sempre importante ter um sinal que nos permita relacionar aberta e francamente. Quando o interlocutor é um ex-aluno es­se sinal existe, e tudo se desenvolve mais rapidamente", acrescenta Costa Gomes. Apesar de muitos colegas terem seguido a carreira militar, Miguel mantém o con­tacto com outro gestor ex-aluno, Gonçalo Figueiredo de Barros, presidente do con­selho de administração da Gertal.

Carlos VasconceIlos Cruz é do mes­mo curso de Miguel, que data de 1967. Entre os ex-alunos "existe sempre uma relação de lealdade e confiança que é ex­tremamente importante e útil nas relações profissionais". E esclarece: "A grande di-

EXECUTIVOS FORMADOS NO COLÉGIO MILITAR

José Tribolet Presidente do Inesc

Carlos Barbosa Presidente do ACP

Pedro Queiroz Pereira Presidente da Semapa

Luis Gravito Presidente da Boston Consulting G.

Filipe Soares Franco Presidente do Sporting

Duarte Lynce de Faria, administrador do Porto de Sines, guarda lições de disciplina e honra do colégio militar. Partilhou a turma com Mendes de Almeida e Luís Gravito

ferença é que são assumidas as atitudes e Barbosa, presidente do Automóvel Clube tomadas as decisões com grande fronta­ de Portugal. lidade, rigor e ética, dentro dos princípios Também José Carlos Amaral, vice­em que fomos educados". Assegura que o -presidente mundial da Haworth e CEO da colégio foi e é importante para Haworth Portugal estudou

neste colégio, desde 1961, E dá o exemplo: "Cada vez que o networkingde cada ex-aluno.

com o número 584, e prova identifico alguém com a barre­ que, além da lição de "hu­tina na lapela do casaco, que eu mildade e sentido de dever" uso sempre, de imediato o trato que ganhou, lucrou também por 'tu' e estabeleço a relação, com uma rede de ligações que perguntando o ano do curso e vão desde "os arquitectos,

ex-alunos do colégio, com Há outros gestores que quem trabalho hoje através

conhece desde essa data, co­ da Haworth, até à agência mo é o caso de José Luís Al­ de comunicação JLM & As­meida Mota, quadro da PT, sociados Consultores que SGPS; Filipe Durval Ribeiro, escolhi como parceira", na presidente da Associação dos qual o director-geral e res­Pilotos Portugueses de Linha ponsável pelas empresas fi­Aérea; e também de Carlos nanceiras e mercados, José -7

o que faz."

Uma obra útil a

reencontros de ex-alunos

da Luz

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António Horta Osório, presidente do banco Abbey National, garante que os valores e qualidade de ensino do Colégio São João de Brito foram decisivos' na sua formação

-7 Barata, é mais um ex-menino da Luz. Com o número 597, José Barata, 51 anos, entrou no ano de estreia de Vasconcellos Cruz com quem partilhou a primeira tur­ma, em 1967. Agora é o filho, de 16 anos, que estuda no mesmo colégio.

Nem só os descendentes de militares eram ali colocados para estudar, como comprova também Duarte Lynce de Faria, filho de um médico, 49 anos, actual admi­nistrador do Porto de Sines. "Como vivía­mos em Alcácer do Sal, esta era a melhor opção para quem ia estudar sozinho para Lisboa." E lembra: "A primeira coisa que me marcou foi o factor separação. E foi difícil por a farda e ir para longe de casa."

Ultrapassada a separação, incorporou o seu número 446, do Colégio Militar, eutre 1970 a 1976, e acreditou que "só havia duas formas de encarar a disciplina: entendê­-la como facilitador de vida e ver nela uma

mais-valia, ou sucumbir e ter problemas", brinca. O pragmatismo e a força de von­tade também entraram aí no seu ADN. "Era preciso levantar às 6.30 horas e tínha­mos actividades seguidas até às 22. Tentei aproveitar o que o colégio me deu e fazer uma utilização óptima do tempo e, hoje, julgo que isso é o mais importante na ac­tividade familiar e profissional. Aliás, foi no colégio que adquiri o hábito de dormir só quatro horas por noite". Duarte lem­bra ainda que no colégio aprendeu "a ser respousável pelos actos e a ter espirito de corpo, que é o mais importante de tudo". Valores que ainda hoje incorpora e aplica no seu dia-a-dia.

Vasco Mendes de Almeida, empresá­rio recém-falecido em acidente de aviação em Angola, partilhou a turma com Duar­te Lynce de Faria, tal como Jorge Matos e Sá, ex-capitão do Porto de Sines, An­

tónio Maria Fernandes, responsável do contencioso na Caixa Agrícola Central, e Luís Gravito, presidente da Boston Con­sulting Group, que recorda "como uma grande cabeça".

Duarte Lynce de Faria lembra-se tam­bém das ordens dadas por Carlos Vascon­cellos Cruz (que entrou no colégio três anos antes) "que foi o meu comandante de bata­lhão". E de "chamarem o curso dos artistas à minha turma, por ter pessoas como Pedro Aires de Magalhães, músico e mentor do grupo Madredeus, Luís Esparteiro, actor, e o cavaleiro JOão Ribeiro Telles."

Colégio de executivos No Colégio São João de Brito, que da­

ta de 1947, estudaram vários executivos, como António Horta Osório, presidente do banco Abbey National, em Londres; : João Pereira Coutinho, empresário líder do grupo SAG, Francisco van Zeller, pre­sidente da CIP, Pedro Norton de Matos, ex-presidente da Oni e actual empresá- 1

rio, Carlos Melo Ribeiro, presidente da Siemens, Carlos Horta e Costa, ex-presi­dente dos CTT, e António Pires de Lima, presidente da Unicer. ,:

No colégio "aprendi a ser mais exigen­te comigo, a traçar objectivos altos, a ser inconformista e a questionar o mundo, a respeitar e valorizar os outros, a ser dis­ciplinado quase sempre, e a ser rebelde quando é preciso", revela António Pires de Lima. Dos anos em que frequentou es­ta escola, recorda-se dos políticos "Paulo Portas e Nuno Morais Sarmento", e dos gestores "António Horta Osório, Paulo Pereira, executivo da Perella Associates, em Londres, Eduardo Stock da Cunha, ad-

TALENTOS DO LUMIAR CHEGAM A EXECUTIVOS DE TOPO

João Pereira Coutinho Empresário SAG

Francisco van Zeller Presidente da CIP

Carlos Melo Ribeiro Presidente da Siemens

Carlos Horta eCosta Ex-presidente dos CTT

/

Pedro Norton Matos Ex-presidente da Oni

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ministrador do Santander, Pedro Rocha e Mello, vice­presidente da Brisa, e ainda de Guilherme Magalhães, director do gabinete de de­senvolvimento internacional da Brisa Access Electrónica Rodoviária".

Esta escola, dirigida pela Companhia de Jesus, pro­clama educar para servir. Um lema que marcou estes ex-alunos, todos eles em­penhados nas suas carreiras e negócios. Para Horta Osório o colégio foi "decisi­vo, devido à qualidade académica, aos va­lores transmitidos pelo ensino jesuíta e à saudável aposta no desporto". Tudo isso contribuiu para fortalecer os meninos que sao hoje executivos de topo.

o brilho da nova geração Esta escola alfacinha continua a formar

líderes, e alguns começam agora a dar nas vistas. Carlos Sousa, director financeiro da rede imobiliária A. Reis, recorda os colegas, todos hoje com 36 anos, como Manuel Ea­nes, director de marketingda SonaeCom, Acácio Rego, director do Banco Santander com quem tem amizade, Cláudia Goya, directora de negócio da Microsoft Por­tugal (ocupando o cargo desempenhado anteriormente por Carlos Lacerda, actu­alUder da maior Unidade de Negócio da Microsoft -lnformation Worker Division - na Europa Ocidental).

Neste colégio da capital estudaram ainda outros executivos, como é o caso de Raul Lufinha, secretário da Socieda­de ParaRede, e também de Carlos Cae­tano, partner da multinacional Deloitte.

ANTIGOS ALUNOS DO COLÉGIO SÃO JOÃO DE BRITO

Miguel Paes Amaral Ex-pres. da Media Capital

l

Mitf' \ Cláudia Goya Directora da Microsoft

Eduardo S. da Cunha Admi. do Santander

Quando frequentou o Colégio São João de Brito, António Pires de Lima, presidente da Unicer, cruzou-se com políticos e com os gestores Stock da Cunha e Rocha e Mello

"O conceito de educar para servir, mar­ca-nos no sentido pessoal e profissionaL Além disso, havia sempre o incentivo de fazer cada um competir consigo próprio, superando-se, e isso foi muito positivo pa­ra mim", revela Cláudia Goya, 36 anos. E garante que "mais de metade dos amigos é oriunda do colégio, e entre nós debatemos ideias e trocamos experiências".

Foi também no colégio que a executiva conheceu Bernardino Perloiro, actual di­rector e responsável do projecto Phone-lx, nos CTT, com quem casou e teve três fi­lhos. E agora são os descendente que fre­quentam o São João de Brito.

"Conhecemo-nos todos aos 5 e 6 anos e fizemos o colégio até ao fim. Mas quando chegámos ao 10.° ano, apesar de sermos amigos, competíamos realmente pelas me­lhores notas", recorda Carlos Sousa. "To­dos queríamos ser os melhores."

O Liceu Francês Charles Lepierre, com 56 anos e existência, é outro ponto de en­contro de grupos de amigos influentes na sociedade e economia nacional. Por ali passou Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa, que foi colega de turma de Ma­nuel Pinho, actual ministro daEconomia. "Entrei aos 6 anos, em 1961, e saí com 16, e estive sempre com a mesma turma criando um núcleo forte e com relações de amizade de uma década", lembra. "Havia um grau de exigência e responsabilidade, mas não uma competição desenfreada." Garante que o ambiente era mais democrático do que nas escolas públicas.

Clã com sotaque francês Nuno Ribeiro da Silva, 53 anos, cru­

zou-se com colegas mais novos, como foi o caso de Filipe de Botton, empresário e ges­tor da Logoplaste, e Diogo Vaz Guedes, -7

Domingos S. Franco Vice-presidente da JMF

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~ empresário. "Aliás, hoje trabalho com o Diogo, através da Enerpura (empresa de energias renováveis), e já o fizemos antes na administração da Somague."

Filipe, Diogo e Nuno têm em comum "um sentido positivo da vida, sem 'com­plicómetro'. Para além da educação e bom trato, muito ao estilo francês", conside­ra Nuno Ribeiro Silva. A farda era outra imagem de marca do liceu". Habituei-me de tal maneira a ela, até para jogar à bola, que hoje convivo muito facilmente com a gravata", brinca.

De pais para filhos Os contactos e hábitos adquiridos

nas escolas passam de geração em gera­ção. Graça Viterbo, empresária decora­dora, também foi aluna do Liceu Francês e foi lá que colocou os seus três filhos. "A pontualidade, rigor, cultura, espírito de iniciativa e trabalho" foram as lições que retirou desta experiência. A rede de ami­zades permanece e "há sempre uma certa cumplicidade entre pessoas que frequen­taram o liceu, mesmo que o tenham feito em épocas diferentes". Da sua turma re­corda Luís Nunes de Almeida, antigo vice­-presidente do Tribunal Constitucional, e já falecido, e Maria João Avillez, jornalista. E de outras salas, com quem se cruzava no recreio, lembra Patrick Monteiro de Bar­ros, empresário, e Jorge Braga de Macedo, ex-ministro das Finanças.

Também Ferro Rodrigues, ex-ministro e secretário-geral do PS e actual chefe da delegação portuguesa na OCDE (Orga­nização para a Cooperação e Desenvolvi­mento Económico), frequentou este liceu e foi galardoado com um dos prémios ex­

celência. Ali conviveu com os alunos Au­gusto Mateus, ex-ministro da Economia, João Soares, ex-presidente da Câmara de Lisboa, eArons de Carvalho, ex-secretário de Estado da Comunicação Social.

Os cerca de 18 mil ex-alunos têm um novo ponto de encontro, através da comu­nidade virtual do Lycée Français Char­les Lepierre - webanel.com -lançada em Abril numa cerimónia apadrinhada pelo ex-aluno Manuel Pinho, ministro da Eco­nomia e da Inovação.

Grupo católico O Liceu Padre António Vieira (hoje

escola secundária) foi outra referência no ensino, em Lisboa. Milhares de alunos estu­daram ali, entre os quais estão os políticos Pedro Santana Lopes, António Carmona Rodrigues (cujo pai frequentou o Colé­gio Militar, em 1925) e Francisco Lousã.

Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa, foi colega de Manuel Pinho, ministro da Economia, e de Diogo Vaz Guedes, empresário, no Liceu Charles Lepierre

Curiosamente um trio da mesma geração que entrou no liceu em 1966, tendo sido colegas do empresário da Sports Designers, José Carlos Manaças. Em Janeiro último reuniu os ex-alunos no Encontro de Gera­ções do Liceu Padre António Vieira.

Entre os antigos estudantes recorda Ruy Gil Conde, director-geral da Sam- . sung, José Gil Conde, director-geral da ScutVias, Carlos Alemão, administrador da Reebok Portugal, Jaime Mourão-Ferreira, publicitário na W/Portuga], Rui Carape­to, professor universitário e gestor da área de risco no Banif, SGPS, e Jorge Wemans, director de Programas da RTP2.

O rasto nunca se perde. O networking perdura e, por vezes, transforma-se em oportunidades. É essa a principal lição e o grande ganho para quem teve pais com visão e também com capacidade para in­vestir numa boa educação.

úDERES FORMADOS NO LICEU FRANCÊS CHARLES LEPIERRE

Manuel Pinho Ministro da Economia

Filipe de Botton Presidente da Logoplaste

GuyVillax CEO da HoYÍone

Jorge Braga Macedo Ex-ministro das Finanças

Augusto Mateus Ex-ministro da Economia

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