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1
Adriana da Silva Spinelli
A MÍOPE CONCEPÇÃO DO MARKETING PESSOAL
Rio de Janeiro
2003
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
A MÍOPE CONCEPÇÃO DO MARKETING PESSOAL
OBJETIVOS:
Trazer à tona uma nova discussão a respeito de uma filosofia
de Marketing – que é o Marketing Pessoal – tentando
aprimorar os pré-conceitos , onde a pesquisa é tendenciosa,
pois trata-se de um assunto subjetivo, onde os autores não têm
uma dissertação concreta sobre o assunto.
3
AGRADECIMENTOS
À todos os que colaboraram com seus depoimentos e
declarações, em especial meus alunos da disciplina Nutrição e
Marketing da Universidade Santa Úrsula, pela grande e
valorosa contribuição.
4
DEDICATÓRIA
Ao meu marido, Marcus Affonso, e à minha filha, Crystal,
pela eterna compreensão em deixar-me dedicar à este trabalho
em detrimento de atenção à eles.
5
RESUMO
O presente trabalho tem por finalidade analisar o Marketing Pessoal com enfoque
voltado ao posicionamento do indivíduo perante o atual mercado de trabalho em
nosso país.
O tema é um tanto quanto polêmico, já que é abordado por diferentes autores sob
diversos pontos de vista, cada um enfatizando um aspecto que julga ser de maior
importância no contexto abordado.
A metodologia empregada para sua realização baseou-se em leitura e revisão
bibliográfica de alguns autores do assunto, aliados à análise de entrevistas e
depoimentos de profissionais do setor. Este conjunto de informações foi selecionado
para posteriormente gerar este texto.
Os resultados coletados demonstram que uma determinada característica de um
indivíduo pode ser considerada como um ponto positivo ou negativo deste,
dependendo de como ele o aplica em sua atividade.
Podemos dizer que o Marketing Pessoal ainda é uma área do Marketing pouco
explorada, abrindo espaço para discussões futuras.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi a verificação do conceito de Marketing Pessoal no
campo empresarial e no campo universitário, através de abordagens que se fizeram
presentes como texto introdutório desta monografia, onde se pode recolher
impressões importantes para a redação final, imprescindíveis para a avaliação.
Esta avaliação foi explicitada por intermédio de gráficos e transcrições de textos
enviados.
Os principais conceitos para a abordagem do tema foram retirados de textos contidos
em livros de diversos autores ligados ao Marketing.
A proposta final do trabalho é a de que o leitor consiga construir a idéia de quanto o
Marketing Pessoal é capaz de influenciar pessoas em diferentes áreas profissionais.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO 1 10
O MARKETING PESSOAL 10
CAPÍTULO 2 15
CONHECENDO O MARKETING PESSOAL 15
CAPÍTULO 3 22
TECENDO COMENTÁRIOS SOBRE O MARKETING PESSOAL 22
CAPÍTULO 4 26
ANÁLISE E COMENTÁRIOS 26
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA 34
ÍNDICE 35
8
INTRODUÇÃO
O Marketing Pessoal é uma filosofia criada objetivando aprimorar as características
mais fortes de um indivíduo, incentivando-o a se apresentar sob sua melhor forma,
levando-se em consideração sua saúde física e mental, seu aspecto visual e
conteúdo, inseridos em atividades relacionadas com seu respectivo perfil
profissional.
Atualmente o Marketing Pessoal tem sido bastante valorizado no mercado, onde cada
passo bem estruturado é um impulso certeiro para a realização profissional e pessoal,
sempre preocupando-nos com a conduta adotada
Quando se pensa em Marketing Pessoal, imediatamente associa-se a idéia ao alcance
dos objetivos esperados, o que levaria ao ápice da carreira profissional, seu
reconhecimento e seus méritos. Porém, existe uma face negativa não divulgada, onde
o Marketing Pessoal é empregado sem as condutas devidas, transformando-se no
“vilão da improdutividade”, aliado às insatisfações pessoais e consecutivamente
profissionais.
Alguns autores como Philip Kotler, Clemente Nobrega, Sady Bordin entre outros
têm se confrontado na questão do Marketing Pessoal.
Kotler (1999) afirma que “O processo pessoal é semelhante ao usado por empresas e
serviços, necessidades e expectativas”.
Para Nobrega (2002) “A natureza humana é a matéria prima do marketing”.
Bordin (2002) valoriza “A imagem pessoal como importância primordial para todas
as áreas de trabalho”.
9
O presente trabalho se propõe a demonstrar dinamicamente os aspectos positivos e
negativos do Marketing Pessoal, onde o objetivo é o esclarecer os contrastes
utilizados.
As questões de estudo foram avaliadas tendo como base as insatisfações profissionais
e pessoais (diminuição da auto-estima) observadas em grande parte da população
economicamente ativa de nosso país.
Acredita-se que a situação de improdutividade operacional / gerencial é a forma mais
comum de expressar o uso inadequado do Marketing Pessoal.
Espera-se que, após a leitura deste trabalho, as pessoas possam melhor entender suas
necessidades profissionais e pessoais, seus anseios, sendo capazes de desenvolver
atributos próprios para se tornarem decididas e confiantes de si, perante este mercado
obscuro que estamos vivendo, podendo auxiliar, inclusive, a quebrarem seus próprios
paradigmas.
A monografia está portanto organizada da seguinte forma:
O Capítulo 1 aborda o Marketing Pessoal no mercado de trabalho e sua relação com
a produtividade.
O reconhecimento dos aspectos negativos e positivos do Marketing Pessoal, bem
como a maneira correta de dosá-los é o assunto do Capítulo 2.
O Capítulo 3 apresenta o estudo de casos coletados sobre a ótica de empresários do
setor e estudantes.
O Capítulo 4 faz uma síntese dos adjetivos do Marketing Pessoal.
10
CAPÍTULO 1
O Marketing Pessoal
11
1.1 - O peso do Marketing Pessoal no mercado de trabalho
Para iniciar o debate sobre o tema, pode-se recordar o pensamento de Kotler (1999)
onde se diz: “O Motivo (ou impulso) é uma necessidade com tal grau de intensidade
que leva a pessoa a tentar satisfazer-se”. Pergunte a seu íntimo: Você está feliz
fazendo o que faz, ou está simplesmente contando o tempo para pagar suas contas,
sobreviver e esperar uma suposta aposentadoria.? Já parou para pensar o quanto
você foi manipulado para estar onde está? O quanto teve que se submeter à
entrevistas, sendo sabatinado para obterem todo o seu conhecimento. E agora? Você
utiliza–os, se vê realizado? Está auto-motivado a trazer benefícios e soluções
exemplares para a atividade que está ocupando? Ou depois de ler tudo isto descobre
que você é uma farsa, que você foi produzido por um falso conceito de Marketing
Pessoal. Onde ficou sua satisfação?
Esta é a questão central nos dias de hoje onde a economia globalizada avassala
empresas e coloca sob stress os profissionais mais habilitados.
Para Kotler (1999), o Marketing Pessoal é uma “Atividade empreendida para criar,
manter ou alterar as atitudes e comportamentos com relação a determinadas
pessoas”. Este marketing é fundamental, quando utilizado com ética e justiça, sendo
aplicado para o motivo, em prol da satisfação e realização.
O Marketing Pessoal está em todas as situações simples, cotidianas e nas mais
complexas e metódicas. Pode-se afirmar que o Marketing Pessoal não é mero
coadjuvante; ele é a estratégia principal para o equilíbrio pessoal, emocional e
profissional. Utilizando-se das técnicas adequadas desta filosofia, resgata-se o
profissional, lapidando-o de forma eficiente, mostrando que através de cuidados
básicos e pontuais (que são a saúde, visual, currículo, auto-estima, o Eu, a
valorização, planejamento e determinação, conhecimentos técnicos e discernimento,
sempre focados na sua realidade e perfil profissional), obteremos um produto
promissor, e realmente condizente com o perfil e necessidades de ambos. O mercado
encontra-se balizado por um padrão profissional, que é formado pelo mix acima
12
descrito, porém, analizando-se um funcionário (eternamente insatisfeito), descobre-
se que ele é fruto de um meio, consecutivamente, fadado ao insucesso. Na realidade
este personagem não possui adjetivos e responsabilidades suficientes para atuar na
posição em que se encontra, de onde se conclui que este foi obstinadamente criado
sem bases sólidas. As atitudes que foram intencionalmente mudadas não condiziam
com as verdadeiras necessidades do profissional, e da empresa consecutivamente.
Pode-se portanto entender que Marketing Pessoal não pode ser uma simples situação
de auto-ajuda empregabilista, igual para todos os seres humanos
O valor do Marketing Pessoal passa a ser um dos mais altos valores na escala de
produtividade, em conjunto com a empregabilidade, analisada por critérios que
ultrapassam uma mera e simples apresentação e dinâmica de grupos que estão
padronizados e formatados ao insucesso profissional e pessoal.
Portanto, concluímos que o Marketing Pessoal no século XXI é um instrumento com
vasta dimensão, e incalculável poder em arrebanhar pessoas, induzindo-as ao bem
ou ao mal.
13
1.2 - Marketing e Produtividade
O objetivo do Marketing Pessoal é fazer tornar uma “celebridade” uma pessoa
famosa ou não, cujo nome desperte atenção, interesse e ação. Os adjetivos são
pertinentes à uma conduta séria, dotada do verdadeiro profissionalismo e grandes
conteúdos, geradores de estratégias diversas que farão o crescimento pessoal e
profissional. Porém, quando se cria um programa fixo, como uma expressão
matemática sempre com a mesma solução, onde não é entendido ou esquecido que
cada indivíduo despende um tempo apropriado para solucioná-los, e, às vezes nem
solucionadas são. Estamos falando de profissionais / pessoas, que não estão
preparadas para assumirem posição de celebridade, e sim de um profissional
exemplar que precisa ser enquadrado adequadamente ao que se é pertinente. As
etapas não devem ser ultrapassadas fora de seu tempo certo.
Em uma hierarquia de vendas por exemplo, existe o vendedor, supervisor, chefe de
vendas, gerente de vendas, e assim sucessivamente, obedecendo sempre uma
evolução profissional. Se o vendedor é contratado para ser o gestor sem os devidos
conhecimentos e aprimoramentos, teremos um resultado indesejado, por falta de
experiência e treinamentos adequados, gerando na equipe desequilíbrio que serão
traduzidos em baixa produtividade e insegurança gerencial.
Quando a contratação for dotada de métodos de impressão criados para romper a
tortura de um entrevista, chama-se de “Marketing Pessoal da ganância”, criada por
grupos de assessoria e head hunters, onde as respostas são formatadas para
impressionar entrevistadores.
Aliados aos destemperos acima encontram-se arraigados à cultura capitalista a
demasiada valorização paternalista e pessoal sem as devidas competências. Com este
comportamento provinciano, viemos ao longo dos anos sofrendo com resultados de
baixa produtividade.
14
Baseados no comportamento ético, deve-se percorrer as instituições e deparar com
conhecimentos vastos, eficiência e honestidade acima de tudo. Percebe-se pois que a
face oculta do negligente Marketing Pessoal é aviltante, e propositalmente interagida
na sociedade sem suas responsabilidades devidas.
Onde se é observado desrespeito, ganância exarcebada capitalista e debilidade salutar
no âmbito de trabalho, normalmente resulta improdutividade. O principal é a
satisfação dos desejos incidindo na motivação profissional, onde todos se
beneficiam: Os empregadores e empregados. Contudo, deve-se deixar nítido que a
produtividade necessária para os desempenhos profissionais são pertinentes a cada
um, e que a concepção do verdadeiro Marketing Pessoal jamais será realizada pelo
outro. Não existem fórmulas prescritas, formatadas e nem mágicas para absorção do
processo. Estará determinada ao insucesso se não houver ação pessoal e contínua de
cada um. E jamais existirá o sucesso se a base for debilitada e mentirosa.
Pode-se dizer que a escolha da melhor alternativa para as aplicações do Marketing
Pessoal está na atitude de conquistar seu espaço, baseando-se em determinação,
motivação, persistência e conhecimento.
Para efetivar o Marketing Pessoal consciente obtêm-se o conhecimento, aflora a
criatividade, finaliza o planejamento, define e age obtendo o êxito profissional .
No capítulo a seguir consegue-se visualizar com maiores propriedades as
delimitações do Marketing Pessoal, onde procura-se abordar de forma simples as
doses coerentes da utilização do mesmo.
15
CAPÍTULO 2
Conhecendo o Marketing Pessoal
16
2.1 - Qual a dose certa do Marketing Pessoal?
“O processo do marketing pessoal é semelhante ao usado por empresas
de produtos e serviços:
Utiliza os profissionais com cuidadosa pesquisa e análise de mercado
para descobrir as necessidades e expectativas do consumidor e
segmentos de mercado.”
(Kotler,1999)
“No vasto, promissor” e competitivo mercado de trabalho, são essenciais ao
profissional a ética-dignidade, competência e dinamismo, e a não a arrogância e
prepotência.
Para promover o aprimoramento e crescimento do profissional, deve-se lapidá-lo e
complementar o conteúdo e essência já existentes.
O texto abaixo, de autoria de Clemente Nobrega, traduz perfeitamente a dose exata
do Marketing Pessoal:
“Marketing é sobre as escolhas que fazemos. Se entendermos o que
nos motiva a escolher, seremos craques em marketing. Não é fácil,
porque os critérios que usamos são uma misturada danada.
Parte do que escolhemos é fruto de nossa liberdade para fazermos
escolhas - é expressão de nosso desejo. Outra parte, tem origem nas
limitações que a natureza nos impõe - escolhas que nosso destino
biológico nos obriga a fazer. Para ser bom em marketing, você tem de
entender os dois “futuros ” - o do desejo e o do destino, pois são os dois
17
que nos definem. Marketing é sobre a natureza humana - não é sobre
tecnologias.
Ser humano é destino e desejo. Dança da Biologia com a economia.
Do gene com o ambiente. Do DNA com o FMI.”
(Nobrega, 2002)1
O escritor transmite aos leitores que o Marketing é o “querer pessoal”, é a capacidade
de auto-realização interagindo com o desejo e a vontade.
Julga-se que este conceito é muito pertinente, visto que quando somados à ética,
esforço, dinamismo, criatividade e conhecimento, pode-se alcançar o ponto principal
e mais benéfico do Marketing Pessoal.
Nunca poderemos esquecer que o marketing é a ciência que faz com que se compre
algo, o tempo todo e todo o tempo.
Pensa-se em delimitações quando coloca-se o tema – Qual a dose certa do Marketing
Pessoal? Porém, é totalmente ineficiente delimitar, pois o vasto campo a atingir nos
permite divagar e introduzir coerentemente e consequentemente o Marketing Pessoal
em tudo e em todos, delicadamente, sob medida e sem exageros, sem limitações.
Uma das melhores maneiras de ajudar outras pessoas consiste em estimulá-las a
cuidarem melhor de si mesmas. O objetivo pessoal é manter pulsando intensamente
nossas melhores qualidades e satisfações plenas; as responsabilidades são habilidades
que devem ser enxergadas e assumidas com respeito nas suas devidas proporções.
Existem premissas que devem ser adotadas para o equilíbrio do Marketing Pessoal:
1 - Clemente Nobrega - “Antropomarketing ” - Editora Senac - Rio de Janeiro - 2002
18
• Desenvolver seus talentos e habilidades com disciplina e dedicação.
• Acreditar em sua capacidade de realização.
• Manter seu bom humor, a gentileza e a generosidade em todos os
ambientes que você frequentar.
• Cuidar do corpo e mente.
• Sonhar, criar, ser corajoso, ter objetivos, ser feliz.
Os valores abaixo são elos que atados serão transformados no mais puro Marketing
Pessoal:
“Excelência: "Sejamos no mínimo , os melhores".
Motivação: Energia sempre.
Oportunidade: Estar sempre.
Valorização e auto-estima: Confie em você.
Confiança: Acreditar sempre.
Comunicação: Fluir e ouvir.
Clareza: Objetividade.
Criatividade: Idéias sempre.
Solidariedade: Espírito comunitário.
Ética: Sinceridade.
Cidadania: Pró-atividade comunitária.
19
Talento: Aptidões externadas.
Melhoria contínua: Estudar eternamente.
Coerência: Sintonia .
Comprometimento: Comprometimento”2
O puro Marketing Pessoal esta voltado para o querer, para o ser, integrados e
disseminados dentro de uma lógica matematicamente comprovada , o positivo
somado ao positivo sempre será positivo.
Deve-se enxergar o Marketing Pessoal como parte integrante de um individuo,
quando isto ultrapassar este balizador, com certeza estão utilizando-o erradamente,
pois se houver exageros é falso, não é Marketing Pessoal, não é auto-ajuda.
2 - João Roberto Gretz – “A Força do Entusiasmo” – Ed. Especial – Florianópolis - 2001
20
2.2 - Reconhecimento das faces negativas e positivas do Marketing
Pessoal
Os prejuízos contraídos pelo empresariado, onde a premissa baseia-se em
contratações aferidas, pode gerar equívocos. Estes equívocos podem classificar-se
como como “máscaras da contratação”, denominados Marketing Pessoal Negativo.
Geralmente gasta-se muito tempo adaptando-se candidatos às vagas, perdendo-se
tempo e, fatalmente, produzirão profissionais inoperantes, inadequados e não aptos
ao cargo. O custo de contratação torna-se alto e seu refazimento deverá se dar em um
curto espaço de tempo, onde novas baterias de contratação serão efetuadas. A
produtividade das empresas se encontrarão reprimidas, pois o rítimo necessário a ser
impresso não atinge sua totalidade e seus objetivos principais.
Sem os músicos e maestro nos locais corretos de uma orquestra não se obtem a
melodia harmoniosa. .
O resgate da autenticidade é o ponto máximo do Marketing Pessoal, o
profissionalismo, o aperfeiçoamento dos valores, do conhecimento e da cultura
enfocando a educação.
Sabedores das vastas profissões existentes no mercado, poderemos classificar as reais
necessidades para o candidato no aspecto de Marketing Pessoal:
• “…Educação comportamental - O profissional deverá ser observador,
coerente, sem alterações comportamentais;
• Cultura – O profissional deverá ser atualizado e conectado ao mundo
• Conhecimentos técnicos adquiridos – conhecer profundamente sua área de
atuação
• Conhecimentos práticos - Ter capacidade em executar seus conhecimentos
técnicos atuação
• Adaptação ao meio - Ser flexível e ajustar as necessidades do momento
21
• Crescimento técnico profissional e empresarial
• Ética – Valores necessários para elevar a autenticidade dos profissionais -
Verdade e gentileza”3
Benefícios do Marketing Pessoal - É simplificado no resgate da conduta e
dignidade, elevação da auto-estima, resignar-se ao bem.
A essência do Marketing Pessoal é a melhoria contínua e a transformação dos
desejos e anseios em realizações concretas.
3 - Sady Bordin Filho – “Marketing Pessoal – 100 dicas para valorizar a sua imagem” – Ed. Record - 2002
22
CAPÍTULO 3
Tecendo comentários sobre o Marketing Pessoal
23
Durante a elaboração da pesquisa, desenvolveu-se uma metodologia para colher
impressões a respeito do tema – Marketing Pessoal.
Abaixo são apresentados breves relatos sobre estas opiniões.
3.1 - Opinião de empresários e dirigentes
Foram encaminhadas à empresários e dirigentes de diferentes segmentos de atuação
correspondência solicitando que emitissem suas impressões e opiniões sobre o
assunto.
3.1.1 - Chanceler da Universidade Santa Úrsula - Maria de Fátima
Maron Ramos
“ O reconhecimento integra diretamente a alteridade que permite uma dialética do eu
próprio e o outro…”.
“…Somente nós podemos testemunhar, atestar e falar bem de nós mesmos. A auto-
estima não tem por si mesma uma evidência imediata, ela, ao contrário, é o resultado
de um incessante trabalho de interpretação de nossas opções, ideais, projetos e
realizações, de nossos êxitos e fracassos. Jamais ela será suficientemente observável
do exterior, mas é sustentada por nossas convicções íntimas”.
Comentário:
O profissional simplifica a essência do Marketing Pessoal atingindo o ápice com
sutileza e extrema inteligência.
24
3.1.2 - Diretor Nacional de Vendas da Avon Cosméticos do Brasil –
Cesar Lopes
“Sugiro que se alerte os “chefes” (de uma maneira geral) que às vezes existem
pessoas muito boas no que fazem e não sabem fazer o tal “Marketing Pessoal”. Se
dedicam, trabalham muito, sacrificam suas famílias e lazer em benefício do trabalho
e não aparecem, enquanto outras, que não são tão dedicadas, sabem fazê-lo muito
bem, aparecem, são promovidas e depois…”.
Comentário:
Este profissional já foi surpreendido com pessoas que se utilizaram do falso
Marketing Pessoal, onde deturparam a essência, que é a valorização dos pontos
positivos e o tratamento especial para os pontos negativos. Ele não vê o Marketing
Pessoal como positivo.
3.1.3 - Gerente Nacional de Vendas Food Service da Sadia S.A. –
Roberto Denuzzo
“…Como se perde tempo fazendo Marketing Pessoal e não o melhor pela empresa”.
Comentário:
Este profissional não vê positivismo no Marketing Pessoal.
25
3.2 - Opinião de estudantes de graduação em Nutrição –
Universidade Santa Úrsula
Os procedimentos utilizados para colher o parecer junto aos alunos foi discutir o
assunto para o embasamento e distribuir textos para a apreciação e comentários
individuais. Através das dissertações pessoais, obtivemos dados preciosos quanto a
finalidade do Marketing Pessoal.
Os índices e conteúdos dos relatos a seguir representa 20 % dos alunos da graduação
do curso de Nutrição da Universidade Santa Úrsula, cursando segundo, terceiro e
quarto períodos, inscritos na disciplina eletiva “Nutrição e Marketing” no primeiro
semestre do ano de 2003.
Foram escolhidos dois relatos entre todos os recebidos, que melhor expõe a
sensibilidade de análise.
“Marketing Pessoal é o conjunto de idéias, ações, atitudes e comportamento pessoal
que visam mostrar o que o indivíduo apresenta de melhor, de forma a ser possível
alcançar objetivos principalmente profissionais, mas também pessoais”.4
“O primeiro passo no Marketing Pessoal é a competência, ou seja, o profissional
deve dominar a sua área de atuação. Isto será possível se estiver sempre estudando,
reciclando-se para acompanhar a “enxurrada” de informações que são veiculadas
incessantemente”5
Comentário:
Após a avaliação dos textos podemos concluir que o assunto é polêmico e subjetivo,
passível de interpretações e induções diversas.
4 - Comentário colhido da aluna Renata Maia em relatório da aula do dia 28/03/03 5 - Comentário colhido da aluna Leda Moreira Lima em relatório da aula do dia 28/03/03
26
CAPÍTULO 4
Análise e Comentários
27
Na abordagem da proposta realizada pode-se obeservar uma clara indução mediante
a inserção do texto ao grupo, sabendo-se inclusive que os autores também não
reralizam uma abordagem concreta e direta a respeito do Marketing Pessoal.
Subentende-se que o referido assunto pode gerar “metáforas”, já que é um assunto
pouco estudado, porém, largamente empregado pelo público em geral.
4.1 - Aspectos observados
O Marketing Pessoal não é o fim, e sim, o meio de se projetar conscientemente.
- Benefícios
• Auto-estima
• Produtividade / Rendimento
• Auto-avaliação / Conhecimento / Crítica
• Aprimoramento profissional
• Comprometimento
• Aproximação para o sucesso
- Valores
• Auto-ajuda
• Confiança
• Caráter / Ética / Honestidade
• Segurança profissional
- A quem o Marketing Pessoal ajuda ?
• Auto-ajuda
• A Empresa
28
• A Sociedade
- Influência positiva
• O conjunto dos benefícios e valores
- Influência negativa
• Falta de caráter
• Improdutividade
• Baixa auto-estima
• Conflitos pessoais
• Utilização indevida
29
4.2 - Gráficos ilustrativos de correlações
Benefícios e Valores
0% 14%
16%
17%17%
9%
0%
0%
18%
9%
Auto-Estima
Produtividade
Auto-Avaliação
Aprimoramento
Pessoal
Comprometimento
Sucesso
Auto-Ajuda
Confiança
Ética /Carater
Segurança
Profissional
30
Interpretação dos alunos perante o discurso do tema.
36%
27%
37% AutoAjuda
A sociedade
Empresa
Influência Negativa do Marketing Pessoal
8%
32%
28%
8%
24%
Falta de Carater
Improdutividade
Baixa Auto-Estima
Conflitos Pessoais
Utilização Indevida
31
CONCLUSÃO
Quando a necessidade de trabalho e o emprego ofertado são preenchidos pelo
Marketing Pessoal negativo, entraremos em outras áreas do marketing que são
denominadas de “Marketing de Serviços” e “Endomarketing”. Para entendermos um
pouco mais o ponto desta discussão, vamos comentar o que é marketing de serviços.
Marketing de serviços é a prestação desenvolvida para atender as necessidades que
vão além de um produto; são os valores agregados, as necessidades desenvolvidas e
executadas pelo outro. Seu conteúdo é promissor, envolvendo especialistas
mercadológicos, cientistas, projetistas, engenheiros, dentre outros profissionais de
serviço. O endomarketing, tem a capacidade de diferenciar as partes para formar o
todo, desenvolvendo a performance de cada um em prol da empresa, desta forma
simplificada, define-se um pouco do complexo marketing de serviços e
endomarketing.
Porquê improdutividade?
No primeiro momento da contratação o funcionário sente-se aliviado, pois uma das
suas necessidades estará sendo atendida, que é o salário (dinheiro). Ao passar dos
primeiros meses, ele toma ciência de qual será sua função, onde reconhece que não é
verdadeiramente o que se preparou e almejou ao longo dos anos. Se a função a ser
desempenhada for operacional, a produtividade é atingida na íntegra da operação; Se
a função for gerencial, é profundamente desastrosa, e passa a atingir um núcleo
muito maior. Com isto, poderemos classificar os sub-produtos desta crise, mostrando
que se não mudarmos nossa conduta poderemos chegar a extremos, podendo gerar:
• Produtos de baixa qualidade
• Quebra de produção
32
• Mau atendimento ao cliente
• Discrebilidade
• Baixo desempenho nas vendas
• Crise financeira na Empresa
• Falência
Ao entrar em crise poderemos observar que criamos um ciclo, que poderá ser um
grande transtorno, por vezes sem volta. Após a crise, que chamaremos “a crise do
marketing de serviços” poderá agravar-se ainda mais quando no depararmos com a
crise do Endomarketing, que é a entrada no mundo da Psique; a depressão. É
necessitar que a noite não se finde e que o dia que irá amanhecer seja sempre seu dia
de folga; isto vai aumentando gradativamente até que atinja a sua auto-estima.
Este é o “momento vilão na vida dos profissionais”; é a dignidade, a auto-confiança,
conhecimentos profissionais e de vivência, que serão sendo ameaçados, escorrendo
por entre os dedos, como se você jamais tivesse se realizado, estudado e vivido. Você
passa a duvidar das suas capacidades de execução, de controle e conhecimento, como
se houvesse acontecido um abalo sísmico e tivesse roubado tudo de você, sua própria
essência, sua credibilidade, podendo levar a tornar-se uma pessoa agressiva, passível
de causar transtornos entre a equipe de trabalho, tornando-se rejeitado pelo grupo e
rejeitando a si mesmo. Tudo isto traduz-se em uma simples palavra:
improdutividade.
Outro grande fantasma que podemos observar e que assombra os empresários é a
quebra de sigilos, tais como como fórmulas de produtos, detalhes de contratos que
poderão ser retiradas de suas empresas por funcionários em crise; até mesmo
situações de propina, que se misturados à falta de ética acabam se fundindo em um
ciclo vicioso da insatisfação profissional.
Ao término desta pesquisa pode-se analisar as questões de forma clara através dos
números conseguidos e descritos nos gráficos.
33
A grande preocupação do ser humano em 2003 em relação ao Marketing Pessoal é
conseguir se posicionar no mercado na íntegra e com ética, e beneficiar-se com a
auto-ajuda, comprometimento e aprimoramento profissional, evitando as influências
negativas como a utilização indevida do mesmo e a improdutividade.
Com esta pesquisa bibliográfica pode-se interpretar que o tema nos aborda fazendo
uma proposta de momento, que nos conduz à incertezas nas decisões diante dos
subjetismos ofertados.
Cada vez mais surge uma bibliografia específica sobre o tema, mostrando tendências
diversas e indagações. Cabe a nós dar continuidade à pesquisa sobre o Marketing
Pessoal auxiliando na evolução de conceitos em áreas profissionais afins.
34
BIBLIOGRAFIA
NOBREGA, Clemente. “Antropomarketing – Dos Flintstones à era digital:
Marketing e a Natureza Humana”
Editora Senac Rio - 2002
BORDIN FILHO, Sady. “Marketing pessoal – 100 dicas para valorizar a sua
imagem”
Editora Record - 2002
SPENCER JOHNSON, MD. “Um minuto para mim”
Editora Record - 2003
CARVALHO E SILVA, Roberto Flávio. “Estratégia de Negociação”
Editora M.Viana - 1995
POPCORN, Faith . “O Relatório Popcorn”
Editora Campus – 15ª edição - 1993
GRETZ, João Roberto. “A Força do Entusiasmo”
Edição Especial - Florianópolis - 2001
KOTLER, Philip. “Marketing para o século XXI - Como criar, conquistar e dominar
mercados”.
Editora Futura - 2002
KOTLER, Philip. “Princípios de Marketing”
Editora LTC - 7ª edição - 1995
35
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO 1 10
O MARKETING PESSOAL 10
1.1 - O peso do Marketinkg Pessoal no mercado de trabalho 11
1.2 - Marketing e produtividade 13
CAPÍTULO 2 15
CONHECENDO O MARKETING PESSOAL 15
2.1 - Qual a dose certa do Marketing Pessoal? 16 2.2 - Reconhecimento das faces negativa e positiva do Marketing Pessoal 20
CAPÍTULO 3 22
TECENDO COMENTÁRIOS SOBRE O MARKETING PESSOAL 22
3.1 - Opinião de empresários e dirigentes 23 3.1.1 - Chanceler da Universidade Santa Úrsula – Maria de Fátima Maron Ramos 23 3.1.2 - Diretor Nacional de Vendas da Avon Cosméticos do Brasil – Cesar Lopes 24
3.1.3 - Gerente Nacional de Vendas Food Service da Sadia S.A. – Roberto Denuzzo 24
3.2 - Opinião de estudantes de graduação em Nutrição - Universidade Santa Úrsula 25
36
CAPÍTULO 4 26
ANÁLISE E COMENTÁRIOS 26
4.1 - Aspectos observados 27 4.2 - Gráficos ilustrativos de correlações 29
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA 34