A morfometria e a análise Geomorfológica de Bacias Hidrográficas

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Apresentar os principais aspectos da analise morfológica das formas do relevo a partir da interpretação de cartas topográficas. Serão destacados os principais índices morfométricos utilizados na caracterização hidrológica e geomorfológica das bacias hidrográficas. Pretende-se ainda apresentar uma importante metodologia para ensino e pesquisa em geomorfologia continental relacionando as características morfométricas do relevo aos processos geomorfológicos atuantes nas encostas e na rede de drenagem localizados nas bacias hidrográficas.

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    .CEDERJ CENTRO DE EDUCAO SUPERIOR A DISTNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    CURSO: Geografia DISCIPLINA: Geomorfologia Continental CONTEUDISTAS: Otavio Miguez Rocha Leo; Leonardo B. Brum

    Aula 10 A morfometria e a anlise Geomorfolgica de Bacias Hidrogrficas.

    Meta

    Apresentar os principais aspectos da analise morfolgica das formas do relevo a

    partir da interpretao de cartas topogrficas. Sero destacados os principais

    ndices morfomtricos utilizados na caracterizao hidrolgica e geomorfolgica

    das bacias hidrogrficas. Pretende-se ainda apresentar uma importante

    metodologia para ensino e pesquisa em geomorfologia continental relacionando as

    caractersticas morfomtricas do relevo aos processos geomorfolgicos atuantes

    nas encostas e na rede de drenagem localizados nas bacias hidrogrficas.

    Objetivos

    Esperamos que, aps o estudo do contedo desta aula, voc seja capaz de:

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    1. Compreender a importncia da morfometria para o desenvolvimento de

    atividades de ensino e pesquisa em geomorfologia continental.

    2. Reconhecer as formas de relevo a partir da anlise de ndices

    morfomtricos obtidos pela interpretao de cartas topogrficas.

    3. Relacionar os parmetros morfomtricos com as caractersticas

    hidrolgicas e geomorfolgicas das bacias hidrogrficas.

    Introduo

    A anlise morfolgica das formas de relevo das bacias hidrogrficas vem

    sendo amplamente utilizada para caracterizao hidrolgica e geomorfolgica no

    mbito da geomorfologia continental. Essa metodologia permite a obteno de

    ndices morfomtricos que representam o papel da forma do relevo na ao dos

    processos geomorfolgicos responsveis pela dinmica das bacias.

    Muitos processos geomorfolgicos e hidrolgicos (como a eroso, os

    movimentos de massa, o assoreamento de canais e as enchentes) podem ser

    melhor compreendidos a partir da interpretao das caractersticas topogrficas

    das bacias, pois o condicionante morfolgico influencia a tipologia e a intensidade

    do intemperismo, da eroso e da deposio atuantes nessas reas.

    As relaes entre formas de relevo, materiais e processos geomorfolgicos

    muito utilizada na geomorfologia e a contribuio especifica da anlise

    morfomtrica a possibilidade de produo de ndices que refletem as principais

    caractersticas das formas do relevo. Dessa maneira torna-se possvel obter

    informaes muito valiosas para compreender a atuao dos processos a partir da

    interpretao de cartas topogrficas em distintas escalas.

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    No Brasil, a partir dos trabalhos publicados por Antnio Christofoletti nas

    dcadas de 70 e 80 a anlise morfomtrica passou a ser bastante utilizada,

    permitindo a insero de mtodos quantitativos para avaliao das formas do

    relevo. Dos vrios parmetros morfomtricos apontados pela literatura

    geomorfolgica iremos destacar os mais significativos para a compreenso do

    papel exercido pelas formas do relevo nos tipos de processos e na intensidade

    dos mesmos. Inicialmente vamos apresentar os parmetros rea da Bacia,

    Desnivelamento da Bacia e Desnivelamento do Canal Principal, que refletem os

    volumes de precipitao sobre as bacias e a energia gravitacional disponvel para

    o escoamento dos fluxos hidrolgicos. Num segundo momento iremos destacar o

    parmetro Densidade de Drenagem e suas relaes com as caractersticas

    geolgicas e climticas das bacias hidrogrficas.

    Cabe ainda destacar que nessa aula sero apresentadas as principais

    questes tericas da analise morfolgica das bacias com o detalhamento da

    metodologia de obteno de ndices morfomtricos ficando para a Aula 11, onde

    faremos atividade praticas aplicadas a obteno e o clculo de parmetros

    morfomtricos utilizados na anlise morfologica. Portanto as aulas 10 e 11 dessa

    disciplina se constituem em um subconjunto integrado, sendo complementares em

    diversos aspectos e devem ser vistas conjuntamente.

    1. A anlise morfomtrica das bacias hidrogrficas e sua relevncia para o ensino e a pesquisa em geomorfologia

    O papel exercido pela rede de drenagem na enculturao das formas de

    relevo sempre foi considerado fundamental nas principais teorias e modelos

    evolutivos da geomorfologia, como vimos nas aulas 1 e 2 desse curso. Alm disso,

    quando foram introduzidas as abordagens sistmicas na geomorfologia (como

    vimos na aula 3) a funo geomorfolgica dos canais fluviais foi considerada uma

    varivel-chave para a compreenso dos processos geomorfolgicos atuantes nas

    encostas e fundos de vale nas bacias hidrogrficas. Nesse sentido podemos

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    aceitar que as caractersticas da rede de drenagem influenciam de forma decisiva

    os processos de intemperismo, eroso e deposio presentes nas bacias, ao

    mesmo tempo que refletem a ao dos condicionantes geolgicos e climticos

    responsveis pela modelagem do relevo da superfcie terrestre.

    Christofoletti (1980) indica que o trabalho geomorfolgicos dos cursos

    dgua so um dos processos morfogenticos mais atuantes na esculturao da paisagem terrestre e indica que as caractersticas das redes de drenagem refletem

    o arranjo espacial dos canais fluviais. O mesmo autor coloca que as

    caractersticas morfolgicas da rede de canais articulados dentro de uma bacia,

    so influenciadas, dentre outros aspectos, pela natureza e disposio das

    camadas rochosas (condies lito-estruturais), pelo intemperismo e eroso

    diferencial sobre o embasamento, pelas diferenas de gradiente topogrfico e pela

    evoluo geral da prpria paisagem geomorfolgica.

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    Foto 1 Condies lito estruturais relacionadas a zona de contato litolgico. Na foto

    podemos observar um contato entre basaltos e gnaisses que apresentam uma resistncia

    diferencial ao intemperismo e a eroso. (foto dos autores)

    Como vemos so muitas as questes geomorfolgicas que podem ser

    melhor compreendidas a partir da identificao das caractersticas morfolgicas da

    rede de drenagem e da observao da relao entre essas formas e os processos

    operantes nos sistemas fluviais e de encostas das bacias hidrogrficas. Questes

    como tipos e mecanismos de deflagrao de movimentos de massa, processos

    erosivos e deposicionais nas encostas e sistemas fluviais, enchentes nas plancies

    de inundao, intemperismo e formao dos solos nas encostas, podem ser

    relacionadas s caractersticas morfolgicas das bacias. O assunto central dessa

    aula demonstrar como essas caractersticas morfolgicas podem ser reveladas

    pela anlise morfomtrica das bacias hidrogrficas.

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    Para tanto iremos agora apresentar e discutir os principais aspectos da

    anlise morfolgica das bacias, que se constitui numa metodologia de extrao de

    ndices morfomtricos relativos as formas de relevo numa bacia hidrogrfica

    INICIO DO BOX EXPLICATIVO

    PROCESSOS MORFOGENTCOS Referem-se ao conjunto de processos responsveis pela modelagem do relevo da superfcie terrestre.

    De maneira geral esto relacionados aos processos de intemperismo,

    eroso e deposio que so os responsveis pela esculturao das formas

    do relevo.

    1.1. As Caractersticas Morfolgicas das bacias hidrogrficas A primeira varivel morfolgica das bacias hidrogrficas a ser considerada

    nas anlises morfomtrica o Tamanho da Bacia que ser determinado pela sua

    rea total que o espao localizado entre as linhas dos divisores de drenagem.

    Delimitando um permetro que acompanhe o divisor topogrfico que circunda a

    bacia podemos calcular a rea de contribuio para o exutrio do canal principal da bacia.

    O tamanho dessa rea muito importante pois quanto maior a rea de

    contribuio de uma bacia maior ser sua superfcie exposta as precipitaes e,

    consequentemente, maiores sero os ndices de vazo de escoamento fluvial.

    Comparando duas bacias hidrogrficas podemos considerar que, sob condies

    geolgicas e climticas similares, a bacia de maior tamanho (maior rea de

    contribuio) ir apresentar maiores taxas de vazo fluvial em seu canal principal.

    O tamanho da bacia portando uma varivel morfolgica muito importante pois

    determina a quantidade de fluxos hidrolgicos nas encostas, nos aquferos e nos

    rios, possuindo grande significado geomorfolgico para a dinmica das vertentes e

    dos canais fluviais de uma bacia.

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    INICIO DO BOXE EXPLICATIVO

    EXUTORIO DO CANAL PRINCIPAL O termo exutrio refere-se a seo

    transversal de um canal fluvial localizada junto a sua foz, ou seja, no ponto de

    desague em outro rio, lagoa costeira ou o mar. No caso do exutrio do canal

    principal de uma bacia representa o trecho que recebe a vazo fluvial de todos os

    tributrios localizados na bacia e ponto adequado para se medir a vazo da

    mesma.

    FIM DO BOXE EXPLICATIVO

    Foto 2 Bacias hidrogrficas em Ubatuba-SP. A foto revela as cabeceiras das bacias nas

    encostas da Serra do Mar e o exutrio dos canais principais desaguando nas praias do Litoral. (foto

    dos autores)

    Outra varivel morfolgica fundamental das bacias o seu Desnivelamento

    Topogrfico que expressa a diferena altimtrica entre o ponto mais elevado do

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    divisor de drenagem e o ponto do exutrio, que a foz do canal principal da bacia

    em outro sistema hidrolgico (outro rio da qual seja tributrio, sistemas lagunares

    costeiros ou o mar). O valor do desnivelamento fundamental pois condiciona o

    gradiente topogrfico total da bacia, que embora possa apresentar muitas classes

    de declividade distintas no seu interior, tem um peso considervel na

    determinao dos processos hidrolgicos e geomorfolgicos atuantes nas

    encostas e canais fluviais. O desnivelamento topogrfico total da bacia determina

    a quantidade de energia gravitacional potencial que est disponvel para a

    remoo de gua e sedimentos da bacia, influenciando toda a dinmica erosiva e

    deposicional da mesma.

    Outra varivel morfolgica fundamental para a compreenso da dinmica

    hidrolgica e geomorfolgica das bacias a sua Forma. Essa varivel

    fortemente condicionada pelas condies lito-estrurais do embasamento geolgico

    que apresenta, em muitos casos, um controle sobre a dissecao fluvial produzida pela rede de drenagem. A presena de estruturas geolgicas como

    falhamentos e fraturamentos podem confinar o entalhe erosivo promovida pela

    rede de canais e direcionar toda dinmica evolutiva da rede de drenagem. Como a

    ao da dissecao fluvial considerada um processo morfogentico

    fundamental, esse controle lito-estrutural sobre a rede drenagem acaba tambm

    afetando a Forma da bacia.

    INICIO DO BOX EXPLICATIVO

    DISSECAO FLUVIAL refere-se a ao erosiva dos canais fluviais que atravs da inciso vertical no leito e do espraiamento lateral nas margens do canal

    promove o entalhamento da rede de drenagem, modificando os nveis de base

    locais e controlando o processo de modelagem do relevo.

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    Foto 3 bacia hidrogrfica do Rio Maca, Nova Friburgo-RJ. Pela fotografia podemos

    perceber o grande desnivelamento topogrfico entre os divisores de drenagem (crista montanhosa

    ao fundo) e o canal principal da bacia. (fotos dos autores)

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    Foto 4 Bacia do Rio Maca em Nova Friburgo-RJ. Os altos desnivelamentos topogrficos

    entre os divisores de drenagem e o canal principal da bacia influenciam as caractersticas

    geomorfolgicas das vertentes e dos canais fluviais. (fotos dos autores)

    FIM DO BOX EXPLICATIVO

    A Forma da bacia (circular ou alongada) reflete, portanto, as interaes

    entre o regime pluviomtrico, condicionado pela condies climticas regionais, e

    as caractersticas geolgicas da bacia. Os formatos mais circulares so

    considerados menos efetivos na rapidez do escoamento fluvial das precipitaes

    sobre as bacias pois os rios principais e seus tributrio tem geralmente maiores

    extenses. Ao contrrio, as bacias com Formas mais alongadas apresentam maior

    rapidez de escoamento fluvial, com os fluxos hidrolgicos atravessando extenses

    menores para sarem pelo exutrio da bacia. Como vemos, essas caractersticas

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    morfolgicas distintas se relacionam com a dinmica hidrologia das bacias,

    afetando as variaes de vazo nos canais e o tempo de resposta dos mesmos as entradas de chuvas.

    Se associarmos as caractersticas morfolgicas descritas acima (Tamanho,

    Desnivelamento Topogrfico e Forma) teremos um bom ponto de partida para

    entender as caractersticas geomorfolgicas e a dinmica hidrolgica das bacias.

    Iremos agora apresentar alguns parmetros morfomtricos utilizados para

    quantificar essas variveis morfolgicas, servindo de base para realizao da

    caracterizao morfomtrica das bacias hidrogrficas e para o entendimento dos

    processos geomorfolgicos observados no interior das mesmas.

    INICIO DO BOXE EXPLICATIVO TEMPO DE RESPOSTA O tempo de resposta de um canal fluvial as

    entradas de chuva refere-se ao intervalo de tempo decorrido entre o inicio da

    precipitao e as modificaes na vazo fluvial. Dependendo das caractersticas

    das bacias esse tempo pode ser longo, quando a gua fica retida na encosta

    antes de chegar aos canais, ou rpido, quando as caractersticas do escoamento

    nas vertentes direcionam diretamente os fluxos para os canais fluviais.

    FIM DO BOX EXPLICATIVO Atividade 1 Atende os Objetivos da Unidade 1 Agora que j vimos as principais caractersticas morfolgicas das bacias e

    alguns parmetros morfomtricos leia as afirmativas abaixo e indique se so

    verdadeiras ou falsas:

    1) O Tamanho da Bacia pouco importa para sua dinmica hidrolgica. ( )

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    2) O Tamanho da Bacia fundamental para sua dinmica hidrolgica pois

    determina a rea de contribuio de fluxos hidrolgicos para o exutrio

    do canal principal. ( )

    3) O Desnivelamento Topogrfico e a Extenso de uma bacia hidrogrfica

    determinam a Energia Gravitacional disponvel para o escoamento de

    gua e sedimentos da bacia. ( )

    4) O Desnivelamento Topogrfico que a diferena altimtrica entre o

    ponto mais alto do divisor e a cota do exutrio do canal principal no

    afeta o Gradiente da Bacia. ( )

    5) A Forma da Bacia afeta a eficincia do escoamento, sendo que as

    bacias mais circulares tendem a escoar as guas com maior rapidez. ( )

    RESPOSTA COMENTADA

    1) Falso O tamanho da bacia fundamental para a dinmica hidrolgica,

    pois determina a rea de contribuio de fluxos hidrolgicos para o

    canal principal

    2) Verdadeiro

    3) Verdadeiro

    4) Falso O Gradiente da bacia estabelecido pela relao entre

    Desnivelamento topogrfico e extenso da bacia.

    5) Falso As bacias com Forma circular tendem a promover o escoamento

    mais lento dos fluxos fluviais.

    2. Os ndices morfomtricos e a avaliao de condicionantes geomorfolgicos

    2.1. rea da Bacia

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    Define o tamanho da bacia e determinado pela rea localizada dentro do

    permetro da mesma. Esse parmetro define a rea de contribuio de drenagem

    para o exutrio do canal principal. Nas encostas localizadas na rea de

    contribuio ocorrem os fluxos de escoamento pluvial (gua proveniente da chuva)

    como vimos na Aula 8. A gua precipitada nas encostas tende a se direcionar para

    os canais, com exceo da parcela da chuva que sofre evapotranspirao. Esse

    escoamento se d por diferentes rotas hidrolgicas nas encostas que podem

    envolver fluxos superficiais, sub-superficiais e subterrneos.

    Portanto, quanto maior for a rea de contribuio da bacia maior ser a

    magnitude dos fluxos de gua em seu interior e maior ser a complexidade da

    dinmica hidrolgica nas encostas e nos canais localizados na bacia. Importante

    lembrar, como vimos na Aula 8, que a dinmica hidrolgica das bacias envolve as

    condies de infiltrao, armazenamento e escoamento de gua das chuvas na

    superfcie do terreno, na zona no saturada dos solos e na zona de saturao.

    Ainda retomando a Aula 8 podemos perceber que os Fluxos de Base e os Fluxos

    de Chuva observados nos canais fluviais tero caractersticas bastante

    influenciadas pelo tamanho da rea de contribuio da sua bacia.

    Outro aspecto relevante do tamanho da rea de contribuio, para as

    caractersticas geomorfolgicas da bacia a sua influencia no tempo de resposta

    da vazo aos eventos pluviomtricos. Bacias de menor tamanho (menor rea)

    costumam apresentar uma resposta mais rpida as entradas de chuva, com o

    aumento de vazo no canal sendo sentida durante ou imediatamente aps o

    evento de chuva. J nas bacias maiores esse tempo de resposta pode ser bem

    maior.

    2.2. Gradiente da Bacia

    O gradiente da bacia reflete a energia gravitacional disponvel para

    mobilizar gua e sedimentos ao longo das encostas e da rede de drenagem

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    localizadas dentro da bacia hidrogrfica. Quanto maior for o gradiente topogrfico

    da bacia maior ser a velocidade dos fluxos hidrolgicos nas encostas e canais, e

    consequentemente mais intensa ser sua dinmica hidro erosiva. O gradiente total

    da bacia obtido a partir da determinao do desnivelamento topogrfico e da

    extenso longitudinal da bacia.

    As Bacias Hidrogrficas com grande desnivelamento topogrfico e pequena

    extenso apresentam os maiores gradientes topogrficos e possuem

    caractersticas morfolgicas que favorecem um rpido escoamento das aguas

    precipitadas nas encostas. Ao contrrio, bacias com baixo desnivelamento e/ou

    grande extenso apresentam menores gradientes e uma maior capacidade de

    reter os fluxos hidrolgicos originados nas entradas pluviomtricas.

    O gradiente da bacia tem importante significado geomorfolgico, pois afeta

    a dinmica hidrolgica das encostas e as relaes entre as entradas de chuva e

    as respostas de vazo nos canais fluviais. Processos como infiltrao e

    percolao da gua no solo, o escoamento superficial e subsuperficial nas

    encostas e o armazenamento e o fluxo de gua subterrnea na Zona de

    Saturao recebem grande influncia do gradiente da bacia.

    2.3. Gradiente do Canal Principal O gradiente do canal principal revela as caractersticas de declividade do

    canal principal da bacia estando diretamente relacionado sua dinmica erosiva e

    deposicional, bem como suas respostas de aumento de vazo aos eventos

    pluviomtricos na bacia. Canais com o gradiente elevado tendem a promover um

    rpido escoamento fluvial, intensificando a capacidade de transporte de

    sedimentos pelo fluxo fluvial. Nessas condies o rpido escoamento pode

    intensificar tambm os processos de eroso fluvial promovendo um incremento

    ainda maior no transporte de sedimentos.

    Por outro lado, os valores baixos de gradiente do canal principal revelam

    sistemas fluviais com menos energia gravitacional disponvel, implicando em

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    menor capacidade de eroso e transporte de sedimentos e no predomnio dos

    processos deposicionais.

    O gradiente do canal principal obtido pela relao entre o desnivelamento

    e a extenso do mesmo e reflete as caractersticas gerais do perfil longitudinal do

    canal. Cabe destacar que mesmo em canais com elevado gradiente podem existir

    trechos com menor gradiente de declividade, afetando a dinmica hidrolgica,

    erosiva e deposicional do fluxo fluvial, que se modifica de acordo com essas

    variaes na declividade do canal. Portanto para termos uma avaliao da

    dinmica erosiva e deposicional num determinado sistema fluvial temos que

    considerar tambm as caractersticas de seu perfil longitudinal que revela as

    variaes de declividade do leito fluvial ao longo de toda a sua extenso.

    Foto 5 Trecho do Canal Principal do Rio Maca em Nova Friburgo-RJ. Na foto podemos

    perceber um trecho de menor declividade no leito, favorecendo os processos deposicionais. Foto

    dos autores.

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    Foto 6 Canal principal da Bacia do rio Maca, Nova Friburgo-RJ. Nesse trecho do canal o

    aumento na declividade promove um fluxo mais turbulento aumentando a capacidade de transporte

    e eroso e inibindo os processos deposicionais. (foto dos autores)

  • 17

    Foto 7 Pequenas variaes de declividade em um trecho do canal principal do Rio

    Maca, Nova Friburgo-RJ. Pode-se perceber pelas variaes na turbulncia do fluxo a influncia

    desse parmetro na dinmica erosiva e deposicional dos canais fluviais. (foto dos autores)

    2.4. Densidade de Drenagem

    A densidade de drenagem um dos parmetros mais utilizados na anlise

    morfomtrica do relevo, pois reflete as interaes entre as caractersticas do

    embasamento geolgico com a dinmica climtica da bacia, possuindo um grande

    significado geomorfolgico. A densidade de drenagem expressa a relao entre a

    rea da bacia e a extenso total da rede de canais e demonstra as caractersticas

    da dissecao fluvial em um determinado trecho da superfcie terrestre. Como vimos nas aulas 1 e 2 dessa disciplina os principais modelos evolutivos e teorias

    geomorfolgicas buscam correlacionar os processos de dissecao fluvial ao

    modelado do relevo.

  • 18

    A extenso total da rede de canais da bacia representa o somatrio da

    extenso (cumprimento do canal medido entre a nascente e a foz) de todos os

    canais tributrios e do canal principal da bacia. A extenso total da rede de

    drenagem reflete o numero de rios localizados no interior de uma bacia e a

    sinuosidade e a extenso dos mesmos. Quanto maior a extenso da rede de

    canais maior ser o valor de densidade de drenagem e mais eficiente ser a

    exportao de gua e sedimentos para fora da Bacia. A extenso dos rios tambm

    reflete as caractersticas do gradiente dos canais, pois os trechos de maior

    declividade geralmente apresentam menor sinuosidade. Outro aspecto que afeta a

    extenso da rede so os controle lito-estruturais que podem confinar e orientar os

    canais segundo a rede de fraturas e outras estruturas geolgicas do

    embasamento.

    Inicio do Box Explicativo

    DISSECAO FLUVIAL Conjunto de processos fluviais que promovem o entalhamento da rede de drenagem e promovem o rebaixamento dos nveis de

    base locais, controlando toda dinmica evolutiva das encostas em uma bacia

    hidrogrfica. Envolve os processos de inciso linear, eroso fluvial e transporte de

    sedimentos que ocorrem no interior dos canais fluviais.

    Fim do Boxe Explicativo Atividade 2 Atende aos objetivos da unidade 2 Agora que j vimos os ndices morfomtricos mais utilizados para o

    entendimento das caractersticas morfolgicas das bacias e as suas relaes com

    os processos geomorfolgicos responda as questes abaixo:

    a) Como podemos determinar o gradiente de uma bacia e qual sua

    importncia para o entendimento dos processos geomorfolgicos?

  • 19

    b) Como podemos relacionar os processos erosivos e deposicionais no

    sistema fluvial com o gradiente do canal principal?

    c) Porque a densidade de drenagem se constitui num importante

    parmetro morfomtrico para avaliao hidrolgica das bacias de

    drenagem?

    Resposta Comentada

    a) O gradiente de uma bacia determinado pela relao entre o seu

    desnivelamento total, expresso pela diferena altimtrica (distancia

    vertical) entre o ponto de maior cota do divisor de drenagem e a cota do

    ponto do exutrio, e sua extenso, expressa pela distncia entre o ponto

    mais afastado da sua foz e trecho do canal onde se localiza o exutrio

    (distancia horizontal). Ambos os valores so expressos em metros e

    dividindo o valor de desnivelamento pelo valor da extenso teremos o

    valor do gradiente da bacia. A importncia desse parmetros que ele

    determina a energia gravitacional disponvel para mobilizar gua e

    sedimentos pelas encostas e canais, afetando os processos de

    intemperismo, eroso e deposio dentro da bacia.

    b) O gradiente do canal principal expressa a declividade mdia do leito

    fluvial de um canal e se relaciona aos processos de eroso, transporte

    de sedimentos e deposio ao longo do rio principal de uma bacia

    hidrogrfica. Para estabelecer uma relao entre esses processos e o

    gradiente do canal principal precisamos considerar que existem

    diferenas de declividade ao longo da extenso do canal que controlam

    sua dinmica erosiva e deposicional. Nos trechos de maior declividade

  • 20

    temos predomnio da eroso e nos de menor declividade temos o

    predomnio da deposio. Portanto, para caracterizao da dinmica

    erosiva e deposicional de um rio, precisamos articular o gradiente total

    (energia gravitacional total disponvel) com seu perfil longitudinal que

    apresenta as variaes de declividade ao longo de sua extenso entre a

    nascente e a sua foz (exutrio).

    c) A densidade de drenagem em uma bacia hidrogrfica revela a relao

    entre a extenso da rede de canais (principal e tributrios) e a rea total

    da bacia. Quanto maior a densidade de drenagem maior a facilidade de

    escoamento de gua e sedimentos da bacia, promovendo uma resposta

    mais rpida as entradas de chuva. J nas bacias com menor densidade

    de drenagem, a gua da chuva permanece um maior tempo nas

    encostas, retardando as respostas de vazo nos canais fluviais e

    afetando a dinmica hidrolgica. As variaes de vazo no canal

    principal vo estar portanto relacionadas a densidade de drenagem, que

    pode acelerar ou retardar a chegada dos fluxos fluviais ao exutrio da

    bacia.

    3. Reconhecendo as formas de Relevo a partir da Interpretao das

    cartas topogrficas.

    J foram apresentadas em aulas anteriores inseridas no curso de

    Geomorfologia Geral e tambm nessa disciplina de Geomorfologia

    Continental os procedimentos para interpretao de curvas de nvel que

    representam graficamente as formas do relevo (formas cncavas e

    convexas das encostas e perfis longitudinais dos canais fluviais). Na anlise

    morfomtrica so priorizadas as caractersticas morfolgicas das bacias

    hidrogrficas que tambm podem ser extradas das cartas topogrficas.

  • 21

    A interpretao do traado das curvas de nvel fundamental pois

    indica as linhas que representam os Divisores de Drenagem, que por sua

    vez, so utilizados para delimitao do permetro das bacias e ou sub-

    bacias de um sistema hidrogrfico. Ou seja, para iniciarmos os

    procedimentos metodolgicos para anlise morfomtrica temos que

    delimitar as bacias para, posteriormente, determinarmos suas

    caractersticas morfolgicas descritas no capitulo 1 dessa aula.

    Quando analisamos as bacias hidrogrficas percebemos que as

    mesmas so compostas por inmeras sub-bacias pois cada canal tributrio

    de um canal principal possui sua rea especifica de contribuio de

    drenagem. Essa rea representa a poro da bacia que drena fluxos de

    gua e sedimentos para um determinado canal tributrio, e pode ser

    delimitada pelos mesmos princpios que norteiam a delimitao da bacia do

    canal principal.

    Devemos portanto localizar todos os canais tributrios e delimitar sua

    sub-bacia especifica a partir da identificao dos divisores internos

    (interflvios) localizados na bacia hidrogrfica. Na pratica ao delimitarmos

    todas as sub-bacias tributrias de um canal principal (inclusive a do canal

    principal antes da articulao com o primeiro tributrio) delimitamos a

    prpria bacia hidrogrfica do canal principal.

    Como o nmero de canais tributrios de uma bacia pode ser

    bastante elevado costuma-se utilizar um sistema que possa hierarquizar os

    canais em diferentes ordens, para formar um nmero menor de sub-bacias

    e possibilitar sua caracterizao morfolgica. Pra tanto costuma-se utilizar o

    mtodo de Stralher (1952) para definio de Hierarquia da rede de

    drenagem.

    3.1. A Hierarquia da Rede de Drenagem e a Delimitao das Bacias hidrogrficas.

  • 22

    Segundo Stralher (1952) a Hierarquia da rede drenagem obtida a partir da

    interpretao da posio de cada canal em relao a rede de drenagem da bacia.

    Partindo das nascentes em direo a foz do exutrio do canal principal de uma

    bacia percebemos que inicialmente os canais no possuem afluentes e so ento

    denominados de canais de primeira ordem. A partir de um determinado ponto,

    determinado pelo desenho da rede de drenagem na carta topogrfica, dois canais

    se encontram, cada qual com sua sub-bacia e rea de contribuio especifica e

    so integrados num mesmo sistema fluvial. Desse trecho em diante os canais so

    considerados de segunda ordem, pois so formados por dois canais distintos e,

    logicamente, possuem uma maior rea de contribuio, afetando suas

    caractersticas hidrolgicas e geomorfolgicas.

    Quando esse canal de segunda ordem encontra outro afluente (canal

    tributrio) s muda de ordem, indo para terceira ordem, se o referido afluente

    tambm j for de segunda ordem. Caso a canal seja de ordem inferior (no caso

    primeira ordem) no h mudana de nvel hierrquico. Portanto para termos um

    canal de terceira ordem necessrio que ocorra a juno de dois canais de

    segunda ordem. Pelo mtodo de Stralher quando um canal de ordem superior

    recebe a contribuio de um canal de ordem inferior NO H MUDANA DE

    NVEL HIERRQUICO.

    Aps a delimitao da bacia do canal principal e da identificao de todos

    os seus canais tributrios podemos determinar a hierarquia da rede, identificando

    os canais de primeira, segunda, terceira ordem (e quantas mais forem necessrias

    para se chegar a ordem do canal no seu exutrio). Podemos ento entender que

    na maioria das vezes quanto maior for o tamanho da bacia maior ser seu nvel

    hierrquico.

  • 23

    Figura 1 Desenho esquemtico de uma bacia hidrogrfica com a

    hierarquia de sua rede de drenagem segundo Strahaller (1952)

    Temos ainda que abordar a questo da escala da carta topogrfica

    utilizada, pois dependendo do grau de detalhamento da superfcie do terreno iro

    aparecer um nmero diferente de canais e isso vai afetar sua classificao em

    termos de ordem hierrquica. As escalas mais detalhadas (1:10000 e 1:5000)

    revelam basicamente todos os canais fluviais presentes numa bacia, mas quando

    utilizamos escalas menos detalhadas (1:50000 e 1:100000) alguns trechos da

    rede podem no ser revelados pela carta. Escalas menores que 1:100000 no

    devem ser utilizadas na anlise morfomtrica, pois ocorre naturalmente uma

    simplificao das feies representadas, afetando a capacidade de se extrair

    informaes sobre a rede de drenagem com o nvel de detalhamento requisitado

    por essa metodologia de anlise morfolgica de bacias e sub-bacias.

    3.2. Escolhendo a Escala Cartogrfica utilizada na Anlise Morfomtrica

  • 24

    Como vimos a escolha da escala do material cartogrfico utilizado para

    delimitao da bacia, hierarquizao da drenagem e analise morfomtrica

    fundamental. A escolha vai refletir basicamente o tamanho da rea analisada e da

    disponibilidade de material cartogrfico. Embora as escalas de maior detalhe

    sejam as mais indicadas, nem sempre so disponveis para a bacia focalizada.

    Alm disso dependendo do tamanho da bacia essas escalas so descartadas pois

    geram a necessidade de interpretao de vrias cartas topogrficas, pois para

    cobrir toda a rea da bacia, nesse grau de detalhamento, so necessrias muitas

    cartas, inviabilizando a utilizao das mesmas.

    As escalas de semi-detalhe (1:50000 e 1:100000) so geralmente as mais

    utilizadas, pois fornecem um detalhamento da rede de drenagem batante razovel

    para os objetivos da anlise morfomtricas e cobrem reas maiores com um

    nmero menor de cartas.

    Como o nmero de canais representados em uma carta se modifica com

    mudanas na escala, a definio da hierarquia deve levar em considerao a

    escala em que foram extradas as informaes da carta topogrfica. De uma

    maneira geral quando se utilizam cartas em escala 1:50000 so priorizadas as

    caractersticas morfolgicas das sub-bacias de segunda ordem, que so utilizadas

    para obteno dos parmetros morfomtricos descritos no capitulo 1 dessa aula.

    J nas cartas de escala 1:100000 so utilizadas as bacias de terceira ordem para

    os mesmos objetivos.

    Atividade 3 atende aos objetivos da Unidade 3 Agora que identificamos a importncia das caractersticas do material

    cartogrfico para a anlise morfomtrica assinale verdadeiro ou falso para as

    afirmativas abaixo:

  • 25

    1) Na anlise morfomtrica podemos extrair informaes das cartas

    independentemente de suas escalas pois sempre estaro presentes os

    rios que formam a rede de drenagem. ( )

    2) A determinao da hierarquia da rede de drenagem fundamental para

    a delimitao das sub-bacias na anlise morfomtrica ( )

    3) Os canais de primeira ordem so aqueles que possuem apenas um

    afluente. ( )

    4) Os canais de terceira ordem so aqueles formados a partir da juno de

    dois canais de segunda ordem numa rede hidrogrfica. ( )

    5) As escalas mais utilizadas na anlise morfomtrica so as de 1:50000 e

    1:100000. ( )

    RESPOSTA COMENTADA 1) Falso. Dependendo da escala utilizada o detalhamento da rede de

    drenagem se modifica, alterando o processo de hierarquizao da rede

    de drenagem.

    2) Verdadeiro

    3) Falso os canais de primeira ordem so aqueles que no possuem

    nenhum afluente (canal tributrio). Quando um canal recebe as aguas

    de seu primeiro afluente passa a ser classificado de canal de segunda

    ordem.

    4) Verdadeiro

    5) Verdadeiro

    FIM DA ATIVIDADE

  • 26

    4. Concluso Aps a apresentao das caractersticas mais fundamentais da anlise

    morfolgica das bacias hidrogrficas podemos concluir que a mesma se constitui

    em uma importante ferramenta para compreenso de diversos fenmenos de

    interesse para a geomorfologia. Os parmetros morfolgicos, que podem ser

    mensurados a partir da interpretao de cartas topogrficas, se constituem em

    elementos fundamentais para a dinmica hidrolgica e geomorfolgica das bacias,

    regulando os processos de escoamento de gua e sedimentos e afetando os

    processos de intemperismo, eroso e deposio.

    Nesse sentido foi desenvolvida ao longo do tempo uma metodologia para

    anlise morfomtrica do relevo que permite a quantificao de uma srie de

    parmetros considerados fundamentais para o entendimento da dinmica

    geomorfolgica. A partir da adoo de ndices morfomtricos a geomorfologia

    passou a relacionar as caractersticas morfolgicas do terreno aos processos

    geomorfolgicos observados. Com a delimitao das vrias sub-bacias que

    compem um sistema hidrogrfico, realizada a partir da hierarquizao da rede de

    drenagem e da identificao dos divisores de drenagem, podemos quantificar sua

    rea, gradiente e densidade de drenagem, dentre outros parmetros, e entender

    melhor a dinmica geomorfolgica da bacia como um todo.

    5. Resumo Nessa aula podemos identificar a importncia da analise morfolgica para o

    entendimento da dinmica geomorfolgica das bacias hidrogrficas. Inicialmente

    vimos como o Tamanho da Bacia, seu desnivelamento Topogrfico e sua Forma

    so importantes condicionantes para os processos geomorfolgicos atuantes.

  • 27

    Vimos como essas variveis so importantes para identificao da dinmica

    erosiva e deposicional nas bacias hidrogrficas.

    Num segundo momento abordamos os principais parmetros

    morfomtricos utilizados, destacando a rea da bacia, o gradiente da bacia, o

    gradiente do canal principal e a densidade de drenagem. Podemos ento observar

    a relevncia de cada um desses aspectos para a geomorfologia.

    Finalmente apresentamos as caractersticas dos materiais cartogrficos

    utilizados, j que os mesmos so a base de toda a anlise morfomtrica. Foi dada

    especial ateno ao procedimento de hierarquizao da rede de drenagem que

    serve de base para delimitao de sub-bacias que formam uma bacia hidrogrfica.

    Foi ainda destacada as escalas utilizadas pela morfometria destacando a

    importncia de escalas cartogrficas apropriadas para extrao de parmetros

    morfomtricos em cartas topogrficas.

    6. Informaes para a prxima aula

    Na prxima aula iremos desenvolver atividades prticas relacionadas a

    extrao de parmetros morfomtricos obtidos em cartas topogrficas.

    Pretendemos realizar exerccios para delimitao de bacias hidrogrficas e clculo

    de ndices morfomtricos para demonstrar como a anlise morfomtrica pode

    gerar subsdios ao entendimento da dinmica hidrolgica e geomorfolgica das

    bacias hidrogrficas.

    7. Referncias Bibliogrficas

    - CHIRISTOFOLETTI, A. (1980) A anlise de bacias hidrogrficas (cap. 4 p. 102 - 121) in GEOMORFOLOGIA. Editora Blucher.

    - STRAHLER, A. N. Hipsometric (rea-altitude) anlisis of erosinal topography.

    Geological Society of America Bulletin, New York, v.63, p.1117-1142, 1952.

  • 28

    .CEDERJ CENTRO DE EDUCAO SUPERIOR A DISTNCIADO ESTADO DO RIO DE JANEIROMeta