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A MÚSICA DA PANEURITMIA
O texto a seguir foi extraído do livro
“Paneuritmia – Sabedoria, Filosofia, Revelação”,
de Georgui Stoichev
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TOM, TONALIDADE, COR
Se pudermos fazer a análise tonal ou pesquisar a escala em cada um dos exercícios, com certeza chegaremos à seguinte conclusão, de acordo com o nome e tipo: maior ou menor. O nome da tonalidade vai dar a cor e a luminosidade do exercício.
O Mestre ensina: “A força da canção depende da cor que se apresenta após ela. E muito mais: o movimento das ondas etéreas da luz é Paneuritmia. Os raios da luz nas cores vermelho, amarelo, laranja e outras têm seu movimento e sua própria música”.
A respeito do tipo da tonalidade – maior ou menor, o Mestre ensina: “Os motivos espirituais normalmente são nas escalas maiores. Na Música da Natureza não há escalas menores. Estas são criadas pelo homem como resultado de suas experiências tristes, dolorosas e infelizes. As escalas menores são do Mundo físico e as escalas maiores do Espiritual.”
Cada um dos exercícios da TONALIDADE MAIOR nos conecta com a luz do Mundo Espiritual, dando como força o polo ascendente do pensamento, sentimento e alegria; e paralelamente como processo a evolução.
TONALIDADE MAIOR
A LUZ DO MUNDO ESPIRITUAL
FORÇA PROCESSO
ALEGRIA + O POLO ASCENDENTE DO
PENSAMENTO E DO SENTIMENTO
EVOLUÇÃO
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Cada um dos exercícios da escala menor nos conecta com o campo físico, dando como força o polo descendente do pensamento, sentimento e tristeza; e paralelamente como processo a involução.
TONALIDADE MENOR
O CAMPO FÍSICO
FORÇA PROCESSO
TRISTEZA + O POLO DESCENDENTE DO PENSAMENTO E DO
SENTIMENTO
INVOLUÇÃO
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TONALIDADES DOS EXERCÍCIOS
As tonalidades nos primeiros 10 exercícios são:
1. Despertar – Lá menor
2. Reconciliação – Lá menor
3. Doar – Lá menor
4. Ascensão – Lá maior
5. Elevação – Lá maior
6. Abertura – Ré maior
7. Liberação – Ré maior
8. Bater palmas – Ré maior
9. Purificação – Lá menor
10. Voar – Lá menor
Os primeiros cinco exercícios estão na escala de Lá maior e Lá menor, iluminado pelas cores azul escuro e azul índigo. Esta cor vibra com tal intensidade e frequência que a consciência humana dificilmente poderá compreender. Nos primeiros 10 exercícios, o Amor, através da cor azul escuro, age no mundo material denso, influindo sobre a consciência humana.
No poderoso impulso espiritual desta cor, por mais inconsciente que o ser humano possa ser, ele sentirá a impulsão ascendente.
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O primeiro dia da Primavera (os 10 primeiros exercícios)
1. Despertar
O número 1 é o começo. Quem criou o Mundo? “O Criador”. O exercício Despertar soa na escala de Lá menor. O tom Lá traz forte impulso espiritual. As vibrações são muito intensas. Como a tonalidade é menor, ela se revela no campo físico.
A Paneuritmia começa na tonalidade menor, o que não é casual. Na Terra, a consciência se transporta da matéria para o Espírito, ou seja, de menor para maior.
O tom Lá, que dá o nome da tonalidade, é ligado à cor azul escuro e índigo com o Amor, como perspicácia e intuição. A única força que consegue tirar a matéria da sonolência é o Amor. Desta forma, começa a surgir o Homem Novo.
2. Reconciliação
O número 2 é ligado com o princípio do Amor. O Amor reconcilia e une os pólos antagônicos da vida.
O Mestre ensina sobre o número 2: “Você pode se reconciliar com os outros.”
Por isso, “Reconciliação”, que é o segundo exercício, tem o significado, de acordo com o Mestre, de Paz e Silêncio.
A escala deste exercício é Lá menor.
O Amor aspira a busca do coração humano.
Aqui, a cor azul escuro é perspicaz e afinada. Ela vibra no nível onde se alcança a beleza como princípio geral. A intuição, inspirada pela cor azul escuro, traz a percepção da busca de reconciliação do coração humano.
3. Doar
O número 3 é ligado com o princípio de abundância e generosidade. A ideia é aprendermos a nos doar, como um primeiro pequeno passo, porém importante no caminho de nossa evolução. A escala é Lá menor, que nos liga ao campo físico. Aqui, a cor azul escuro é a trilha que nos leva ao caminho amplo do Amor Onipotente.
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4. Ascensão
O número 4 é ligado à dificuldade e ao sofrimento que nós suplantamos através da humildade e da paciência. Aqui, a tonalidade Lá maior está ligada a um impulso espiritual luminoso, que se expande com a cor azul escuro. Esta cor, com seu polo maior, traz clarividência. Pela intuição e impulso espiritual, somos ajudados a sair do mundo denso da matéria na busca de um grau mais elevado da consciência espiritual.
5. Elevação
O número 5 é o número dos ligamentos, por isso exige do Homem a revelação do Amor. As linhas paralelas desenhadas com nossas mãos ensinam o caminho do crescimento. Este exercício está na escala de Lá maior, iluminada pela cor azul escuro.
6. Abertura
O número 6 é o número da evolução segundo o Mestre. A escala é de Ré maior, pela qual nossa natureza espiritual é posta em movimentação permanente. Com o forte impulso criativo da cor laranja, nós conseguimos oscilar entre um dinamismo extremo e uma introspecção passiva.
7. Liberação
O número 7 é a Lei da Evolução e da absoluta obediência, conforme ensinado pelo Mestre. A semana é o número da Sabedoria. Ele nos conecta com posições equivocadas do Amor incompreendido. O Amor na Terra se revela perante um pensamento correto. Este exercício está na escala de Ré maior, que nos põe em contato com o mundo espiritual dos Seres Elevados. O tom Ré revela processos ativos e dinâmicos, trazendo inspiração e impulso criativo. Estimula a individualidade humana.
8. Bater Palmas
O número 8 lida com a humildade e resignação. Leva o homem a refletir sobre seu comportamento no passado.
A forma dos movimentos deste exercício direciona as energias para o Alto. Ele está na tonalidade de Ré maior e condiz com a realidade humana.
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A pincelada laranja nos banha com a luz solar, agitando as forças e energias da alma humana e revelando o caminho que nos conduzirá ao mundo da verdade.
Este exercício é um pequeno intervalo. Ele nos eleva a um mundo pleno de alegrias e beleza, nos afastando das preocupações da vida cotidiana.
9. Purificação
“O número 9 revela o Sublime. Todos os espíritos elevados que vieram à Terra sofreram e trabalham”, nos ensina o Mestre. O sofrimento e o trabalho estão intrinsecamente ligados com o trabalho de purificação interior. “Só os puros de coração verão Deus”.
Este exercício é um método de trabalho individual. Ele é trabalhado na tonalidade Lá menor, que aponta o processo que age no corpo físico, etéreo e astral, direcionado à vida no campo físico.
O tom Lá sente a influência do planeta Vênus. Vênus, pelo impulso do Amor, facilita o processo de purificação da alma. A intuição e a clarividência portam a cor azul escuro e criam uma condição agradável para que o processo de purificação abranja os níveis mais elevados de nossa consciência.
Assim purificados e preparados, teremos condições de voar para um mundo fabuloso e sublime.
10. Voar
“O número 10 é milagre”, segundo o Mestre. Cada processo que foge ao nosso entendimento e consciência consideramos um pequeno milagre. Este exercício é em Lá menor e soa na cor azul escura. Esta cor está ligada com o princípio do Amor, que traz clarividência espiritual. Ela é ligada ao planeta Vênus que facilita esses processos por meio dos impulsos inspiradores.
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Os próximos exercícios (de 11 a 28)
11. Everá
O Mestre ensina: “O número 11 possui dois algarismos idênticos e significa a luta eterna no Mundo entre a paciência permanente e o que tenta desestabilizá-lo. Pelo fato de serem idênticos, um jamais conseguirá sobrepujar o outro”.
Do ponto de vista espiritual, o número 11 revela a condição do Homem perante o Novo Testamento.
Este exercício nos prepara para os próximos dez que virão, com movimentos iguais ou semelhantes.
O termo Everá significa Nascido do Sol. Portanto, leva em si a natureza do próprio Sol.
A vida proposta no Novo Testamento surge com a presença do Sol em nossa existência, uma vez que um não existiria sem a outra.
O encontro do Homem com o Sol Nascente é uma prática espiritual que o acompanha desde a antiguidade até a chegada dos primeiros cristãos e até nós no presente século.
O Mestre ensina: “O etéreo penetra no ar. A tensão etérica provoca a multiplicidade do Sol que, por sua vez, forma o centro da energia etérica”.
No encontro entre o homem e o Sol Nascente se realiza a conexão entre ele e os seres elevados que nutrem a esfera solar, revitalizando-a.
Para melhor entendimento do exercício Everá, o Mestre nos apresenta um triângulo envolto por um círculo com duas linhas se encontrando em seu ápice, uma levando o Amor e a outra convergindo com a Sabedoria, daí a revelação da Verdade satisfazendo a ânsia da alma humana na busca de Deus.
As mãos se movimentam para o alto, acima da linha do horizonte, num ângulo de 45º, sendo este ângulo evolutivo.
O ângulo é ligado com os pontos nos quais flui a energia vital do Gênesis.
Everá está na escala de Fá maior.
Nós imergimos na cor verde que é o Centro do Espectro. Esta cor é intermediária com as cores vermelho e violeta.
A cor verde induz à harmonia e paz do silêncio, propiciando as energias do crescimento humano.
No mundo espiritual, o homem se apoia na fé para buscar a esperança.
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A cor verde é ligada ao chakra “Anahata” (na região do coração) cujo princípio é baseado no equilíbrio absoluto.
Gráfico: O triângulo ABC que ensina a relação entre o Amor (AB) e Sabedoria (CB), se encontrando no ponto da Verdade (B), cria o equilíbrio do nosso mundo interior.
12. Saltar
12 é o número da Sabedoria.
Ele é praticado na tonalidade de Dó maior e a cor é o vermelho. Tal cor ativa e dinamiza nossos esforços e nos conecta com a vida da Natureza e sua inalcançável e fabulosa beleza. Assim nos transformamos em transmissores das forças que fluem entre o Sol e o Centro da Terra.
13. Tecer
O Mestre ensina: “Se nos livrarmos de todos os sofrimentos, nos aproximaremos de Deus”.
Neste exercício os pares trocam seus lugares sete vezes.
Isto tem a ver com a evolução da Terra e do Homem.
O número 7 tem relação com o ritmo. A lei rítmica nos ensina que, ao se apresentar sete vezes o mesmo movimento, acabamos alterando a polaridade.
A C
B
VERDADE
AMOR MATURIDADE
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Ao entrecruzar os dois polos da vida no objetivo de alcançar o equilíbrio absoluto da força criativa do homem dentro de sua Natureza indivisível, busca-se o coração consciente, segundo o Mestre.
O exercício “Tecer” está na tonalidade de Ré menor, por meio da qual entramos em contato com o campo astral. A cor é laranja.
O tom Ré e a cor laranja apontam que, no campo material, nós nos exultamos entre os sentimentos vermelhos afogueados e os pensamentos refletidos da cor amarela.
Como uma lançadeira no tear, se alternando para a direita e para a esquerda entre os pontos do tecido, o homem se movimenta numa luta incessante, buscando o equilíbrio da força criativa de sua alma.
O número 13 revela que este caminho será alcançado por meio da fé em si mesmo e deve ser cumprido na Terra.
PENSAR - AUM - O SOL NASCENTE
Este três exercícios são o centro irradiador da Paneuritmia, o coração onde está projetado o pensamento do todo aquele mesmo coração no qual Deus ditou a Sua Lei a Moisés no alto do Sinai. No caminho da vida, deve-se aprender a pensar de modo correto para que se possa entrar em conexão com a alma e, consequentemente, fazer nascer o Sol na nossa vida.
14. Pensar
Pensar do Martírio
Somente o sábio pode pensar e se oferecer para o sacrifício. O exercício “Pensar” é composto pela tonalidade de Ré maior.
A escala maior nos conecta com o mundo espiritual e a cor que envolve a Música é a laranja. Os tons agudos desta escala laranja nos trazem Inspiração, Revelação e o Despertar da alma, promovendo o conhecimento do mundo espiritual pelo homem
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15. Aum
Segundo o Mestre, o número quinze significa Ajuda. Através do termo Aum alcançamos a ajuda do Mundo Espiritual e da Hierarquia dos Anjos.
O termo Aum se repete três vezes, de modo que a sílaba Aum soa nos tons Dó – Mi – Sol, ou seja, Amor, Verdade e Sabedoria, o acordo principal da vida.
A vibração primordial que criou a estrutura cósmica do Mundo e o termo Om ou Um, desde o átomo até milhares de galáxias, é compreendido no termo Um ou Om. O Mestre ensina que este termo vem do sânscrito e a vibração primordial tem seu “Gênesis” num princípio Superior, a partir do qual o Mundo é criado e, pelo fato de ser desconhecido pelo homem, ele próprio não percebe a qualidade superior do ser humano e da natureza.
A vogal “O” que os hindus chamam de Prana é a força do Mundo que abrange todo o espaço. Quando a vogal “O” se cruza com a consoante “M” (que é a matéria primordial), as formas começam a serem criadas.
Aum é o termo do Espírito e a vogal “A”, sendo criativa, é a Vida e a lei do movimento, segundo o Mestre.
Ela sozinha não cria, mas é o princípio criativo, a semente que tem condições de germinar. O “A” é a letra mais forte, é o princípio de tudo, ou seja, o fundamento do Amor, o calor que possibilitou o Gênesis.
O termo Um é o princípio da Sabedoria e, dessa forma, estamos alcançando naturalmente a escada da realidade, como o Mestre nos ensinou:
Pensamento, Amor e Espírito.
O terceiro termo, Aumen, significa a consciência divina superior que se revela em toda sua plenitude.
O exercício Aum está na tonalidade de Dó maior. O tom Dó, neste caso, é ligado com a escala mais aguda da cor vermelha, que promove o impulso do Amor e desperta os sonhos superiores da alma.
A energia cósmica se transmuta através da cor Vermelha, penetrando em nosso organismo como energia física. Por isso, os últimos exercícios da Paneuritmia são praticados na escala Dó maior.
A cor vermelha é impulsionadora de uma vida nova e mais ativa. Aum é o mantra.
O Mestre ensina: “É um momento excepcional o fato de vocês perceberem a inteligência superior que congrega todas as criaturas dentro dos limites do Cosmo que nós denominamos Aum, Amem ou Aumen, como chamam os hindus”.
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16. O Sol Nascente
O Mestre ensina: “O numero 16 é o numero da submissão.”
Só no homem submisso a energia espiritual fluirá sem tropeços.
Este exercício inclui três movimentos principais no texto cantado:
“Veja o sol nascer,
brilhante em sua luz,
trazendo a alegria e mais prazer.”
Por meio de absoluta simplicidade do tom e palavra é criada a fabulosa imagem do Sol Nascente.
Na música oculta existe uma perfeita sintonia entre tom e palavra. Neste sentido, a frase é um excelente exemplo.
A próxima frase cantada é:
“Flui poder e brota nova vida.”
A ação da água emergindo do solo e espargindo por sobre a terra explica a liberdade da alma humana.
Para poder cantar este verso, devemos entrar em sintonia com a Natureza Divina.
No terceiro movimento, nós cantamos o texto:
“Zum Mezum, Zum Mezum, Binom tu meto.”
O Mestre ensina que na Música oculta os termos Zum Mezum regulam as forças paralelas em sua ação.
A frase expressa uma meta. O termo Tu Meto, pelo seu significado, expressa uma das mais belas vibrações.
O movimento das mãos é idêntico ao praticado durante o exercício “Doar”.
Assim Zum Mezum, Zum Mezum, Binom Tu Meto aparece como o próximo “Doar”.
A tonalidade é de Sol maior.
O tom Sol é ligado ao princípio da Sabedoria que se revela através do pensamento humano.
A cor é azul claro. Esta cor traz a fé e nos eleva aos campos mais altos do pensamento no mundo mental. Ela nutre os anseios da alma e se conecta com o Cosmo e com o Espírito.
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Nossa percepção é de que nós somos pequenos e nos reverenciamos perante a eternidade.
Assim a alma desabrocha como as primeiras flores da Primavera, se transformando em fonte de alegria e Amor.
17. Quadrado
Segundo o Mestre, o número 17 significa misericórdia.
Este exercício está ligado com os obstáculos e dificuldades que ocorrem em nossa existência em decorrência das provações a que nós estamos sujeitos.
O Céu está testando a nossa capacidade de aceitação do sofrimento para ver até que ponto o nosso equilíbrio interior será mantido.
Os movimentos desse exercício estão relacionados com os reflexos que alcançam a simbologia da Cruz.
Quando os braços estão distendidos lateralmente e nós estamos eretos o corpo forma uma cruz.
No exercício “Quadrado”, é representado um quadrilátero formado pelos parceiros onde a posição dos movimentos é trocada quatro vezes num ângulo de 90º.
O Mestre ensina: “O quadrado está ligado com os quatro mundos, nos quais passa a alma humana”.
Mundos esses que são ligados com os quatro estados da matéria:
O mundo Físico - com a matéria bruta
O mundo Astral - com a matéria líquida
O mundo Mental - com a matéria etérica
O mundo Causal - com a matéria da luz
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Deste modo, apontamos as quatro revelações: o coração, a alma, a mente e o Espírito.
O Mestre ainda nos fala: “O Quadrado é o campo onde se encontram as forças contraditórias umas descendo, outras subindo”.
Os pontos do quadrado são tangenciados por essas forças. Duas são do bem e as outras duas do mal.
Esse exercício aponta o caminho onde se realiza uma ideia.
O movimento começa na linha da mente, onde nasce a ideia.
No momento em que a linha da mente toca na linha do Espírito, a consciência muda a direção do movimento num ângulo de 90º à esquerda.
Naturalmente, sem “As Graças do Céu”, as ideias humanas não floresceriam.
Depois, a consciência toca na linha do coração, onde novamente muda a direção em um ângulo de 90º. Assim, com a benção do Espírito Divino, a idéia é realizada no campo físico cujo símbolo é o coração humano.
A ideia se aloja na alma, onde se transforma para sempre em nossa Natureza espiritual.
Quando a inspiração de uma ideia se materializar, estaremos num dos momentos mais belos, ou seja, o da transformação da esperança em felicidade.
O próximo exercício é “Beleza”.
Os movimentos do exercício “Quadrado” incluem duas coreografias; a primeira é executada no próprio local:
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Enquanto os braços se movimentam paralelamente flexionando-se, os pés se movimentam alternadamente em paralelo.
A 2ª coreografia é executada em movimento. Enquanto os pés dão quatro passos à frente, as mãos simultaneamente, com as palmas voltadas para frente, passam diante do rosto, descrevendo linhas semicirculares.
Esses movimentos podem ser descritos em dois planos: horizontal e vertical.
Os pés se movimentam no plano horizontal, que é ligado com o campo físico.
As mãos movimentam-se em dois planos: horizontal e vertical.
Coreografia nº 1
De acordo com o gráfico, os movimentos desenvolvem-se no plano horizontal, ou seja, As e Des.
O plano horizontal nos conecta com o princípio da inércia.
Quando caímos no polo inercial da vida, devemos parar e refletir para reconstruir nossos mundos interiores.
Coreografia nº 2
O movimento com os pés para frente representa o nosso trabalho para Deus.
O movimento das mãos no plano vertical representa o nosso trabalho interior, no qual construímos a estrutura energética da nossa alma.
O plano vertical nos conecta com as forças do Espírito, que nos traz o impulso criativo.
Nós recebemos as novas ideias inspiradas pelo Espírito Divino que passam pela nossa mente, coração e alma.
Assim o movimento na palavra vertical fica em sintonia com o circuito da vida.
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Este exercício é praticado na escala de Mi menor.
O tom Mi ressoa na cor amarela. Essa cor está relacionada com a mente e o intelecto.
Todas as contradições devem ser resolvidas através da mente que nos dá o autocontrole. O exercício 9, “Pensar”, é projetado no exercício “Quadrado”.
A luz de cor amarela nos traz otimismo, nos iluminando com a cor amarela do arco-íris.
18. Beleza
O número 18 é o número da Justiça e da Verdade.
A justiça é o instrumento usado para busca suprema da Verdade. Os movimentos são realizados com muita luz e beleza. As linhas retas dos movimentos dos braços estão relacionadas com o princípio masculino.
O “Quadrado” é gerador do material que nos possibilita alcançar a Beleza.
19. Mobilidade
O Mestre nos ensina que neste exercício estamos transformando a força do “Quadrado” através do coração.
Nos movimentos circulares, voltamos alternadamente para o centro, no qual buscamos as mensagens do Espírito, tanto quanto para a periferia, levando a nossa preocupação aos nossos semelhantes.
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Os exercícios “Beleza” e “Mobilidade” são praticados com a mesma Música. A tonalidade é Si menor. O tom Si é o último tom da escala e a cor violeta é também a última cor do espectro do arco-íris.
A tonalidade Si menor, o tom Si e a cor violeta são a ponte pela qual atravessamos de uma oitava para outra e de um mundo para outro.
Na sequência, observamos um novo nível de revelação da consciência, uma nova oitava com sete tons e, respectivamente, sete cores.
20. Vencer
Segundo o Mestre, o número 20 significa o Amor.
A única força que pode vencer o homem é o Amor. Por este motivo, o nome deste exercício é Vencer.
A tonalidade deste exercício é o Sol maior e a cor é azul claro. Isso nos faz vencer a Fé eliminando a dúvida e conquistando o equilíbrio e a harmonia, derrotando o Caos.
A cor azul favorece o impulso espiritual e nos traz a paz interior, revelando a real visão da alma.
A Tonalidade Maior nos conecta com os mundos espirituais e hierarquias de seres elevados. Com esse contato, a alma desabrocha como as primeiras flores da primavera antes que a neve derreta.
21. Alegria da Terra
Neste exercício observamos o número 2 como princípio criativo do Amor e o número 1 como subalterno, revelando a individualidade.
A tonalidade é de Sol maior. O tom Sol soa na cor azul claro.
A consciência se aprofunda na cor azul claro do céu, do mundo das estrelas, onde encontramos o equilíbrio, a harmonia e paz.
Assim aprendemos a ciência da vida e da alma.
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22. Conhecendo-se
O número 22 nos ensina a equilibrar as duas forças da vida, os dois polos da revelação do Amor, razão pela qual o nome deste exercício é “Conhecendo-se”.
A tonalidade é de Fá maior. O tom Fá soa na cor verde e tem relação com o mundo da verdade.
O verde está no centro das sete cores do espectro, ficando equidistante do vermelho e do violeta. Ela nos traz a esperança, tranquilidade e claridade e é ligada com o processo de crescimento.
Quando os dois princípios, Sabedoria e Amor, estão em equilíbrio, quando a mente e o coração estão unidos, estamos vivendo no mundo da verdade e equilíbrio das forças.
23. Um belo dia
O número 23 reúne os algarismos 2 e 3, que somando resulta em 5. Ou seja, o homem deve amar sempre.
A tonalidade é Dó maior. O tom Dó nos leva à cor vermelha. Essa cor revitaliza, estimula e ativa os centros energéticos do nosso corpo, nos levando a um processo de crescimento espiritual.
24. Como estamos felizes
Este número é ligado ao coração; 2+4 = 6. O número 6 concentra todas as forças do campo astral superior; o céu repleto com suas cores beleza e arte.
A fórmula do compasso é 7/16, ou seja, dois algarismos de 7, um em cima e outro em baixo. O número 7 é o número do ritmo, através do qual se revela a Sabedoria do Criador, tanto no céu como na Terra.
O Mestre revelou este exercício em duas tonalidades: Dó maior e Sol maior
A Dó maior, com a sua cor vermelha, é o mais próximo de caráter dinâmico da dança, se comparando com a cor azul claro da tonalidade de Sol maior, um pouco fria e refletiva.
Por outro lado, é melhor não quebrar o procedimento da cor vermelha, que é dominante nos últimos exercícios da Paneuritmia.
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O propósito é dinamizar as forças da alma para poder alcançar o próximo passo de sua finalidade.
25. Passo-a-passo
O Mestre ensina: “O número 25 é a verdadeira vida, a vida divina; 2+5 = 7”.
O número 7 é o algarismo que revela o princípio da Sabedoria.
Neste exercício estamos desenhando duas quadraturas: uma com o pé direito, e a outra com o pé esquerdo.
Dessa maneira, estamos dando solução com o pé direito, das contradições entre o princípio Divino e a personalidade humana; e com o pé esquerdo, entre a alma e a sua atuação na vida social.
Assim, dentro da alma, onde se cruzam os dois eixos, estamos achando a solução para todas as proposituras.
A alma é o lugar onde se realiza nossa escolha: servir a Deus ou a si próprio.
O campo tonal é um pouco sofisticado, no que diz respeito ao caminho no qual a energia se alterna, ora para cima ora para baixo, e dessa maneira ela se realiza fluindo e transbordando.
Existem quatro partes:
A primeira é na tonalidade de Dó maior, onde atua a cor vermelha e se revela o espírito humano.
A segunda parte é na tonalidade relativa – Lá menor, que atua na cor azul escuro e revela a alma humana e a subconsciência.
I Parte Espírito
Tonalidade de Dó maior
Alma
Tonalidade de Lá menor
Cor azul escuro II Parte
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Assim, a relação entre as tonalidades Dó maior e Lá menor, na 1ª e 2ª partes, sugere a percepção do Espírito e da alma humana como forças relativas, atuando em polos opostos de um mesmo eixo natural.
A terceira parte é na tonalidade de Fá maior, que soa na cor verde ligada à revelação de nossa consciência no campo físico.
Não é por acaso que a Terra é envolvida completamente com a cor verde.
A quarta parte é na tonalidade relativa de Fá maior - Ré menor.
O Ré menor atua na cor laranja, que é ligada com o princípio da autoconsciência. É uma tonalidade de criação e individualização da consciência.
Assim, a relação entre as tonalidades Fá maior e Ré menor na 3ª e 4ª partes sugerem a percepção da autoconsciência e da consciência como forças relativas que atuam nos dois polos de um mesmo eixo horizontal.
III Parte
Autoconsciência
Fá maior
Cor vermelha
IV Parte
Consciência
Ré menor
Cor laranja
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A descrição do exercício “Passo-a-passo” o revela como o próximo grau do exercício “Quadrado”, ou seja, uma evolução natural do mesmo.
I Parte: Espírito
IV Parte: Consciência
II Parte: Alma
III Parte: Autoconsciência
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26. O Amanhecer
O Mestre ensina que o número 26 representa o Mundo em que vivemos.
Se nós pudéssemos apresentar este exercício astrologicamente, o representaríamos da seguinte maneira:
Coreografia nº 1
O pé direito e o esquerdo descrevem um semicírculo. Os movimentos são interiorizados para a alma.
Gráfico 1
Gráfico 1: O ponto de partida do pé direito se situa no 1º grau da 1ª casa e termina no 1º grau da 9ª casa. Por meio deste movimento, interiorizamos o trabalho para o aperfeiçoamento de nossas capacidades no campo da filosofia, ciência, religião e direito.
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Gráfico 2
Gráfico 2: O ponto de partida do pé esquerdo se situa no 1º grau da 7ª casa e termina no 1º grau da 11ª casa. Por meio deste movimento, aprendemos a disponibilizar nossos talentos a serviço do bem comum. O pensamento é direcionado à subconsciência, sistema nervoso simpático ou à alma.
Coreografia nº 2
Os parceiros se dão as mãos.
A mão direita do homem envolve a mão esquerda da mulher, ambos com os braços distendidos lateralmente, ligeiramente dobrados pelo cotovelo para cima. Deste modo estaremos direcionando nossa mente para o entendimento da Consciência Cósmica.
Em seguida damos quatro passos à frente na sequência, de modo pendular, balançamos nossos braços quatro vezes.
Os pés em movimentos alternados, ora se apoiando nos calcanhares e ora se apoiando na ponta dos pés.
Neste exercício, o dorso se mantém ereto, enquanto o braço externo se apoia na cintura de forma angular.
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O sentido deste movimento nos leva à compreensão de que, quando apoiamos nossos pés nos calcanhares, estamos nos comunicando com o mundo físico e, quando nos colocamos nas pontas dos pés, com o mundo Divino.
As mãos de modo pendular se movimentam entre o 1º grau da 10ª casa onde habita a subconsciência e o 1º grau da 5ª casa, onde o coração humano se situa. O impulso criativo desce ao coração do homem. Há uma sintonia total entre os movimentos dos pés e das mãos, tanto ao se apoiarem nos calcanhares como ao movimentar dos braços pendularmente.
Assim, as duas energias, física e espiritual, ficam em correspondência.
Coreografia nº 3
O movimento é múltiplo, tanto das mãos como dos pés paralelamente, semelhantes ao exercício ”Passo a Passo”.
Esse desempenho das mãos e dos pés revela a conquista das energias físicas e astrais. O exercício está na tonalidade Dó maior e atua na cor vermelha.
Essa cor ativa o impulso espiritual, inspirando novos anseios e ideias.
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27. Respiração
O exercício número 27 é “Respiração”.
O algarismo 2 é do Espírito, e o 7 é a Lei, através do qual o Espírito se revela em todos os universos materiais.
Por meio da respiração entramos em contato com a Verdade, O Amor e a Sabedoria do Criador.
Neste exercício, estamos na posição inicial com as mãos em frente ao peito sobre o chakra cardíaco.
O exercício é na tonalidade de Sol maior. O tom Sol atua na cor azul claro, que nos conecta com a Fé.
A Fé é a porta de entrada no mundo Espiritual.
A alma alcança a Sabedoria Divina na medida da vivência de cada pessoa.
No primeiro movimento, abrindo os braços horizontalmente, começamos a cantar a vogal “a” suavemente, na escala de Sol maior ascendente, por meio da qual iremos nos conectar com o Espírito de Cristo. No segundo movimento, voltando lentamente as mãos à posição inicial, cantando a escala descendente nos preparando para receber o Amor Divino como Justiça.
No Amor, a alma está preparada para descer e se sacrificar por seus semelhantes.
Por meio do terceiro movimento no qual nós cantamos a frase melódica de maneira fluida, estaremos prontos para receber a Sabedoria Divina que nos dá a Luz da Vida.
28. A Providência
O algarismo 2 é o número do Espírito, e o 8 é a revelação das condições materiais do número 2 em Gênesis.
Este exercício nos conecta com o princípio da Sabedoria.
Durante o exercício é proclamada a fórmula: “Que se estabeleça a Paz Divina agora e para sempre... E que a Alegria Divina e o Encantamento Divino alvoreçam em nossos corações”.
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Na posição inicial, as mãos se elevam acima da cabeça, tocando-se os dedos e proclamando:...“Que se estabeleça a Paz Divina agora e para sempre...”.
O Mestre ensina: “O Amor e a Sabedoria, quando se encontram, formam as mais belas e fabulosas vibrações”.
Na sequência, as mãos descem banhando suavemente a cabeça e proclamando: “E que a Alegria Divina e o Encantamento Divino...”.
O homem que consegue elevar a sua vida conhece a alegria onde não há tristeza, a Alegria Divina.
Continuando a sua descendência, as mãos irão parar sobre o chakra cardíaco, proclamando a última frase da prece: “... alvoreçam em nossos corações...” Quando o homem entregar o seu coração a Deus, receberá a Alegria e o Amor Divino. Deus alegrará o coração humano no qual escreverá a sua Lei Divina.
A fórmula se repete três vezes.
O número 3 é Lei.
Tudo que fazemos deverá ocorrer em três circunstâncias: em pensamentos, sentimentos e ações, ou seja, no Mundo Divino, Espiritual e físico. “Que se estabeleça a Paz Divina agora e para sempre...” é o oferecimento da energia elevada a Deus, afirmando o princípio masculino.
“... e que a Alegria Divina e Encantamento Divino alvoreçam em nossos corações.” é o oferecimento da energia descendente a Deus, afirmando o princípio feminino.
Raios de Sol
O “Raios de Sol” trata do Renascer do Homem. O fundamento dos exercícios da dança é exatamente essa magnífica ideia do nascimento de uma nova e bela vida na Terra.
A Música, a letra e os movimentos da dança são penetrados por ela, como um fio condutor que passa do começo até o fim.
Na execução da dança, umas partes dos praticantes formam doze raios dirigidos para o centro.
Os outros se dispõem em um círculo exterior ao redor deles.
Primeiro, as pessoas nos raios movimentam-se pelo próprio raio, em direção ao centro e de volta, enquanto os participantes externos seguem no círculo, em sentido anti-horário.
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Em seguida, os parceiros de cada par dão as mãos e cantam: “Você, mamãe, me deu a luz como um belo ser humano”. Segue-se o bater de palmas, o movimento que faz lembrar o desabrochar de uma flor e, finalmente, o voo.
A seguir falaremos um pouco sobre o círculo e de cada um desses movimentos.
O Mestre ensina: “Os seres do mundo Divino tem forma circular e moram no centro do mesmo”.
Cada círculo é a projeção e a revelação da consciência cósmica.
Cada círculo, independentemente do grau de consciência revelado, é projetado no espaço no mesmo momento e têm seus quatro pontos ligados com quatro matérias, quatro direções etc.
Assim são marcados os quatro mundos no qual se realiza a evolução.
Cada mundo, por seu lado, se divide em três setores ligados aos três princípios: Verdade, Amor e Sabedoria, ou seja, a força de vontade, o coração e a mente. Os movimentos dos Raios de Sol são baseados nestes três princípios.
O movimento para frente é feito sempre no terceiro passo, que emana do Amor e Sabedoria através da força de vontade, enquanto os primeiros dois passos permanecerem no mesmo lugar.
O Mestre revela: “Só Deus pode trabalhar o número 3”.
Quando nos referimos às três repetições, sempre consideramos os três movimentos a revelação dos seres de hierarquias superiores do Espírito nos três mundos.
Cada quarta parte do círculo é separada por três setores. Desse modo, o círculo passa a ter doze setores que são fluxo de forças e energias, atuando no espaço e dentro do homem.
Além disso, cada um deles, com sua característica própria representa o signo zodiacal no espaço e, na Terra, as casas solares.
Os anjos trabalham sobre a consciência humana por meio do raio do círculo. Através desses doze raios dos campos magnéticos, os anjos penetram no centro da Gênesis chegando, dessa forma, no interior do Sistema Solar, da Terra e da alma do Homem.
O movimento dos doze raios, projetando-se três vezes para o centro e três vezes para a periferia, é o resultado dessa pulsação.
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O sentido de nossa vida é explicado pela busca incessante do Homem para se inserir nesse ritmo.
Existem reflexos e analogias desse processo em todas as esferas da vida.
O Mestre compara os movimentos direcionados, respectivamente, para o centro de periferia do círculo com as duas correntes sanguíneas. A primeira flui do centro para a periferia e transporta sangue puro, ou seja, a circulação arterial.
Já a segunda vai da periferia para o centro, onde o sangue venoso será purificado para reiniciar o ciclo vital.
Esse processo cósmico se reflete também no Sistema Solar. A órbita da Terra representa o circulo externo. O movimento dos doze raios, então, lembra as correntes eletromagnéticas do Sol para a terra e vice-versa.
O primeiro fluxo, do Sol para a Terra, poderia ser chamado de “arterial“. Ele carrega as energias eletromagnéticas solares.
O segundo poderíamos chamar de “venoso”. Ele é portador das energias eletromagnéticas que perderam seu ritmo na Terra. Estas energias passam pelo centro terrestre e voltam para o Sol, readquirindo o ritmo original.
O sangue arterial leva até nós a força, energia e pureza necessárias de todos os seres vivos que habitam esse círculo.
O movimento do sangue venoso é direcionado para o centro, ou seja, Deus, onde se transformará, purificando a consciência dos pensamentos e sentimentos negativos acumulados.
“Raios de Sol” ressoa nas tonalidades de Ré menor e Sol menor.
A tonalidade de Ré menor, nos conectando com a cor laranja, ensina aos fiéis como alcançar o domínio e autocontrole da consciência, a busca da riqueza anímica, da energia interior e do impulso criativo.
A tonalidade de Sol menor, nos conectando com a cor azul claro no seu polo superior, leva o homem a compreender a Revelação da Sabedoria Universal.
A tonalidade menor aponta aos fiéis que devem trabalhar com a matéria densa e dominá-la.
No “Raios de Sol” encontramos o larghetto na mesma tonalidade de Sol menor no canto a capella: “Você, mamãe, me deu à luz como um belo ser humano”.
Eis a culminação do processo no qual o homem renasce da “água e do Espírito”, do Amor e Sabedoria descobrindo sentido de sua vida terrena.
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O renascimento do Homem ocorre em sua alma despertando nele a vontade de ser discípulo dos ensinamentos do Criador.
Pentagrama
O Pentagrama representa o caminho do ser humano rumo à perfeição.
A figura simboliza o Homem Cósmico.
O vértice superior é a cabeça, os laterais são as mãos, e os dois inferiores, os pés.
Os pares formando os doze raios do círculo do Pentagrama são cinco.
Cinco é o número do homem.
A Sabedoria do Criador ensina que só o homem íntegro pode possuir as cinco virtudes principais: Verdade, Justiça, Amor, Sabedoria e Bondade.
O princípio masculino se localiza na parte frontal em oposição da companheira levando a ideia dessas cinco virtudes, enquanto o princípio feminino se materializa e os transforma.
Assim, os participantes dividem-se em grupos de dez pessoas formando os doze raios do círculo.
Cada raio é composto de duas fileiras de cinco pessoas, simbolizando a pluralidade das duas forças: criativa e executiva que promovem a evolução.
Respondendo a uma pergunta de um discípulo, o Mestre explicou: “O sentido menor do Pentagrama, a saber, tem cinco virtudes que dizem respeito à alma”.
Do mesmo modo, no sentido maior, abordamos os cinco impulsos, os cinco princípios do Espírito, como correntes cósmicas que sustentam todo o Universo.
Eles penetram no espaço como Vida, Luz e Gravitação, se integrando nos níveis micro e macro.
O resultado dessa integração leva a transformação desses cinco impulsos do Espírito em cinco qualidades da alma.
Cada um dos participantes percorre conscientemente os cinco raios do Pentagrama percebendo nesse momento a total integração entre Passado, Presente e Futuro.
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Gráfico 1
Gráfico 1: Os pares no ciclo de Paneuritmia e Raios de Sol são situados no eixo horizontal – um próximo do outro.
O eixo horizontal é ligado às energias do coração e da mente, que são ferramentas do Espírito e da alma no campo físico.
Assim, por meio da mente e coração, nós preparamos os materiais criativos de nossos corpos espirituais.
Gráfico 2
Gráfico 2: Os pares são situados no eixo vertical, um após o outro. O eixo vertical é ligado com as energias do Espírito e da alma. Assim, por meio deles, nós criamos nossos corpos espirituais, transformando dessa maneira as qualidades materiais de nossa mente e coração, espiritualizando-as.
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O ciclo maior grande
1. Paneuritmia (28 exercícios) – menos o pequeno ciclo
2. Raios de Sol
3. Pentagrama
No Pentagrama, trabalhamos com o eixo vertical que revela a ligação entre o Sol e o centro da Terra. Por isso, o Mestre exige que nossa coluna vertebral esteja sempre ereta.
Se pudéssemos descrever a música do Pentagrama do ponto de vista profissional, deveríamos destacar três partes:
A primeira parte está na tonalidade de Dó maior;
A segunda parte na tonalidade de Dó menor;
A terceira parte, que é repetição da primeira, retorna para a tonalidade Dó maior.
Nos movimentos também podemos destacar três pontos principais ligados diretamente com a troca de modo das tonalidades: maior, menor, maior.
1º ponto principal:
Preparativo – Desdobramento do Pentagrama – tonalidade Dó maior.
2º ponto principal:
Autêntico – O movimento, pelo raio próprio do Pentagrama – tonalidade Dó menor.
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Gráfico 3
Gráfico 3: No gráfico acima, se aplica a posição inicial dos pares antes da execução da música. Aponta em qual raio irá se movimentar o par no segundo ponto principal, enquanto soa a tonalidade menor. Aponta também qual é a cor correspondente de cada uma das virtudes.
Gráfico 4
Gráfico 4: No fim do 2º ponto principal, onde soa a tonalidade menor, o Pentagrama volta sua posição inicial, pois os pares já terão os seus lugares trocados, como podemos reparar no esquema 4. 3º ponto principal: Marcha para frente – volta à tonalidade de Dó maior.
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Assim as tonalidades e as cores se transformam em chaves importantes dando a possibilidade de entrarmos no Mundo do Pentagrama.
A tonalidade maior está ligada com os impulsos do Espírito, com o Sol e com o princípio masculino.
O Mestre disse: “Os motivos espirituais normalmente estão nas escalas maiores. As escalas menores são criadas pelo homem, como resultado das suas dolorosas e tristes experiências”.
No 1º ponto principal, recebemos as cinco virtudes do Espírito como energia cósmica universal.
No 2º ponto principal, movimentando-se pelo raio correspondente, transportamos o movimento para o campo físico.
Isso significa que cada par cria, pelo seu movimento, o corpo da correspondente virtude.
Por que estamos usando o termo corpo?
Porque o corpo, como estrutura física, é o último degrau da materialização das virtudes espirituais. Amor, Sabedoria, Verdade, Justiça e Bondade precisam ressuscitar o mundo interior do homem, transformando a nossa Natureza Espiritual.
Voltando ao assunto do campo tonal do “Pentagrama” encontramos:
Dó maior – Dó menor – Dó maior
Na música, a tonalidade de Dó maior prevalece sobre a tonalidade Dó menor.
Durante a execução da tonalidade maior, os pares se movimentam juntos em sintonia.
Já na execução da tonalidade menor, cada participante se direciona individualmente para o raio correspondente.
O Mestre observa que o sofrimento dificilmente é partilhado ao passo que na alegria até já se divide com os outros.
Na repetição da tonalidade maior ao começar, as mãos mudam sua direção para um plano vertical.
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Quando o movimento das mãos ocorre no plano horizontal, superamos o sofrimento, no vertical delineamos os círculos de Luz. Nesse momento o círculo da Paneuritmia se transforma em Sol que dá ideia de Fraternidade e União de toda a humanidade. Assim, nos tornamos Servos do Espírito Divino.
A cor vermelha das tonalidades Dó maior e Dó menor nos conecta com a Suprema Revelação: o Amor a Deus.
Nos próximos capítulos, poderemos discutir sobre Paneuritmia e Cura, além da explicação dos movimentos corporais, onde ponderamos que a Paneuritmia não é balé nem simples exercícios, e sim a busca de beleza e da expressão objetivada, levando em conta a ligação intrínseca entre Arte e Ciência – dois pilares nos quais é inspirada sua dança sagrada,
(Tradução de búlgaro para português por Violeta Lazarova e Fernando Loreto)
(Composição gráfica por Eduardo Burszlaff)
