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A MÚSICA DE CINEMA COMO APOIO PARA O APRENDIZADO DE INGLÊS

Autor: Sergio Tadeu Giavarina1

Orientadora: Célia Regina Capellini Petreche2

RESUMO

A música, tendo sua própria linguagem que é universal, quando associada ao ensino de Inglês, torna-se um instrumento de suma importância para se aprender vocabulário, compreender ou falar a língua inglesa. Quando se fala em música de cinema, fala-se de emoção em dose dupla. Para nosso projeto, desenvolvido no Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes, em Jataizinho, elaboramos um trabalho em parceria com duas professoras de língua inglesa, com temas musicais de filmes como O mágico de Oz, com a canção Over the Rainbow, com Judy Garland, e do filme Bom Dia Vietnã, What a Wonderful World, com Louis Armstrong. Antes do aparecimento do videocassete, DVD ou blue ray, o que havia para recordar determinado filme eram os velhos “long playing”, os antigos discos de vinil, muitos com a trilha sonora integral do filme. Com o advento da Internet e o desenvolvimento da informática, a criação do “youtube” e outras ferramentas, tornou-se possível o acesso a uma grande quantidade de músicas e filmes, facilitando, destarte, o uso de canções em sala de aula. Portanto, nosso objetivo nesta pesquisa é levar para a sala de aula um pouco da emoção que une entretenimento e aprendizagem. A nosso ver, o projeto pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem em um contexto específico de trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: música; cinema; aprendizagem; emoção.

ABSTRACT

1 Pós-graduação em Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), graduação em Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Londrina UEL, professor de Inglês do Colégio Estadual Profª. Adélia Antunes Lopes, no município de Jataizinho, Paraná2 Mestre em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina UEL, professora de língua inglesa da Educação Básica do Estado do Paraná e professora de língua inglesa da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).

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The music, having its own language, which is universal, and the lyrics of a song is sometimes a mere complement. When associated to the English language, it becomes a very important instrument to learn vocabulary, to understand or to speak the English language. When we talk about music of the movies, we are talking about emotions in double. To our project, developed at our school, Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes, in Jataizinho, we elaborated an assignment with two teachers English with movie themes from the movie The Wizard of Oz, the song Over the Rainbow, with Judy Garland; and from the movie Good Morning Vietnam, the song What a Wonderful World, with Louis Armstrong. Before the arrival of the videocassette, DVD or even blue ray, what we had to reminisce certain motion pictures was the old long playing, the old vinyl records, many of them with the whole soundtrack of the film. With the advent of the Internet and the development of computers, the coming of the “you-tube” and others tools, it became possible the access to an enormous amount of music and movies, making easier the use of songs in the classroom. Therefore, our aim in this research is to bring to the classroom a little bit of the emotion, which joins amusement to the act of learning. In our point of view, the project matches the upgrade of the process of teaching and learning in a specific context of work.

KEY WORDS: music; movies; learning; emotion.

1. Introdução

Tendo em vista o fato de a Língua Inglesa estar, de certa forma, como

todas as línguas, em constante evolução e mudanças, acreditamos que seja

válido o uso da música de cinema no ensino de inglês para que haja uma maior

aproximação entre o educador e o educando, já que ela pode trazer situações

do dia a dia, fazendo com que o inglês esteja mais próximo da realidade dos

alunos.

Nosso projeto desenvolveu-se no Colégio Estadual Profª Adélia Antunes

Lopes, em Jataizinho, Paraná, em turmas do Ensino Fundamental, com o

objetivo maior de fornecer um recurso que contribua para tornar as aulas de

inglês mais interessantes para os alunos e os profesores. Duas professoras

colaboram para a aplicação de um material didático elaborado com músicas de

filmes como principal apoio, fazendo com que os alunos buscassem

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compreender o significado da letra das músicas, ora por meio de dicionários,

ora através da Internet, no laboratório da escola.

Ao iniciramos este estudo, debruçamo-nos sobre a literatura existente a

respeito do uso da música na socialização da criança e sua influência na aula

de Língua Inglesa. A seguir apresentamos algumas reflexões sobre conceitos

adotados por nós.

2. Fundamentação teórica

2.1 A música e a socialização da criança

A música é uma arte que retrata a vida social e cultural, tendo o poder

de influenciar os aspectos emocionais, mentais e sociais. Estudos realizados

por demonstram a importância da musicoterapia nos processos de relaxamento

e bem-estar físico. Dentre as artes, pode-se considerar a música como a mais

acessível e inclusiva, por estar ao alcance de qualquer pessoa. Para

Hentschke (2006, p.124), “Provavelmente a música é a manifestação artística

que mais se faz presente na vida das pessoas”.

Dessa forma, ela influencia na formação mental, física e social das

crianças. De acordo com Cunha e Mendes (2001, p.27)

É fundamental que crianças coexistam com essa arte desde a mais tenra idade, e que ela seja inserida no plano de ensino. Desse modo, a música passa a servir como instrumento de apoio a outras áreas do conhecimento, assim como as demais expressões artísticas.

Para o autor, música e dança podem desenvolver a coordenação motora

e a percepção auditiva. Além disso, ela pode ajudar na aprendizagem ou na

fixação de conteúdos de outras disciplinas, assim como no desenvolvimento da

atenção e da concentração.

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Dessa forma, pode-se dizer que a música tem importante relação social

na vida das crianças e, como arte, consiste em ferramenta que pode contribuir

para o desenvolvimento humano.

Ao se referir ao efeito do som no ser humano, Swanwick (2003, p.46),

afirma que:

as notas tornam-se melodias por meio de um processo psicológico pelo qual tendemos a agrupar sons isolados em linhas e frases, ouvindo-os como gestos que fazem algum significado na mente, ou seja, quando se ouve uma música, automaticamente sente-se vontade de cantarolar mesmo não conhecendo na íntegra, ou quando se ouve algum determinado som, o som de palmas por exemplo, logo se segue o instinto e se batem palmas.

Destarte, a música tem um papel relevante de contribuição para a

aprendizagem dos alunos, bem como no seu desenvolvimento efetivo, sem

contar o grande papel socializador e disciplinador. Quando o aluno se envolve

com a música, percebe-se facilmente a sua transformação, pois, sem querer,

ele segue o ritmo da música das mais variadas formas: pés, mãos, cabeça,

corpo, enfim cada qual a sua maneira.

2.2 A relação entre música e aprendizagem

Quando fazemos uma referência sobre a relação da música com a

aprendizagem, estamos nos referindo aos meios, métodos e técnicas de como

será desenvolvido o trabalho em questão.

Como bem explica Joly (2003, p.27) “é possível estimular a interação

social por meio de atividades musicais, e um bom relacionamento social

possibilita a criança sair de um possível isolamento”. De fato, a música

possibilita uma mudança de comportamento, gerando na criança a

necessidade de se relacionar com outras crianças. Nogueira (2003, p. 34), ao

comparar o bom funcionamento de um cérebro ativo de um músico com o de

um não músico, afirma que “os do primeiro grupo apresentam maior quantidade

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de massa cinzenta, particularmente nas regiões responsáveis pela audição,

visão e controle motor”.

Para Nogueira (2003, p.38), “outro benefício desenvolvido pelo cérebro

através da musicalização infantil é a utilização de outra linha de raciocínio

(lógico-matemático)”. Segundo Schaw, Irvine e Rauscher (apud Cavalcante,

2004, 89) pesquisadores da universidade de Wisconsin, “alunos que receberam

aulas de música apresentaram resultados de 15 a 41% superiores em testes de

proporções e frações do que outras crianças”.

Portanto, tais estudos comprovam a eficácia da musicalização no

desenvolvimento cognitivo e social das crianças. A música na vida do ser

humano é tão importante quanto real e concreta por ser um elemento que

auxilia no bem-estar das pessoas. No contexto escolar, a música tem a

finalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem do educando em todos os

sentidos, pois ensina o indivíduo a ouvir e a escutar de maneira ativa e

reflexiva.

Como se pode observar, a música é considerada uma forma de

comunicação muito ampla, levando todos a um estado de sentimento variado,

sem contar que nos transporta para um mundo mágico de inspiração, trazendo

recordações que nos fazem refletir sobre o estado de espírito no qual nos

encontramos.

Nesse contexto, professores de língua estrangeira moderna (LEM)

podem usar a música em suas aulas, uma vez que se trata de uma forma

eficiente de ensino.

Para os alunos, aprender com a música pode proporcionar a ativação de

processos cognitivos, físicos e emocionais. Já para os professores, o uso da

música pode tornar o ensino mais fácil, principalmente quando se busca a

construção de conhecimentos de forma significativa.

De acordo com a teoria de Krashen (1987), segundo a qual o filtro

afetivo é o primeiro obstáculo à aprendizagem, “a motivação do aprendiz ao

aprender uma língua é que regula e seleciona os modelos de língua a serem

aprendidos, bem como a ordem de prioridade e a velocidade na aquisição do

idioma”. Vygotsky (2000, p.57) também enfatiza que “os nossos pensamentos

são frutos da motivação”. Portanto, percebemos que a afetividade é a mola

propulsora da aprendizagem. Com isso, pode-se afirmar que a música utilizada

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como instrumento de aprendizagem está muito ligada à motivação e à

autoconfiança.

2.3 A importância da língua estrangeira nas escolas

No contexto escolar, o ensino da língua estrangeira (LE) vem

proporcionar o acesso a outras culturas, isto é, a novas realidades sociais

regidas por normas que provavelmente serão diferentes daquelas do grupo

social do qual fazemos parte. Assim, quando ensinamos uma nova língua, não

é somente para conseguir o domínio funcional de um novo código linguístico,

mas também para darmos aos alunos condições de interpretar e relacionar-se

com uma realidade sociocultural diferente.

Dessa forma, cabe aqui ressaltar que, ao facilitar a compreensão de

aspectos culturais da língua-alvo, o aluno terá condições de realizar atividades

que o levarão a refletir sobre as semelhanças e as diferenças da sua realidade

e sobre o contexto da LE.

Riley (1996, p. 98) aponta a cultura como:

um saber que se desenvolve em três dimensões: saber o quê – conhecimentos políticos ou religiosos, educação, história, geografia, etc.; saber sobre os sucessos, acontecimentos e preocupações dessa sociedade; saber como atua essa sociedade (como chama ao telefone, como dança.) e fala (como agradece, cumprimenta, conta uma história, se comunica com seus superiores).

Sob esse ponto de vista, pode-se dizer que cabe ao professor colocar o

aluno diante de diferentes formas de aprendizagem. No entanto, é muito

importante informar o aluno sobre a riqueza cultural da língua e, no caso da LE,

sobre as diferenças linguísticas, culturais e sociais que são compartilhadas por

indivíduos pertencentes a diferentes nacionalidades e culturas.

De acordo com algumas pesquisas, conteúdos socioculturais, quando

inseridos nas propostas de atividades, proporcionam uma aprendizagem que

vai além dos aspectos linguísticos. Quando a cultura está presente nos textos,

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nas músicas, nas vinhetas ou mesmo em palavras isoladas, pode servir como

um referente sociocultural significativo no momento da aprendizagem da LE.

Richard e Rogers (1986, p.96) afirmam que “a pessoa que adquirir

conhecimento em relação à formalidade ou informalidade da língua,

adequabilidade de expressões, propriedade em relação a um contexto e

percepção sobre algo que foi dito, pode ser chamada de competente”. E este é

também um objetivo que perpassa nossa proposta de intervenção pedagógica.

2.4 A música e a compreensão oral

Conforme aponta Savignon (1987), o professor de LEM é o facilitador do

processo da compreensão oral e deve proporcionar situações de aprendizagem

que promovam a autonomia dos alunos, através de uma abordagem dinâmica

e da seleção de bons materiais.

Nesse sentido, percebe-se que o uso da música como instrumento

facilitador da aprendizagem pode ser muito positivo, pois, além de ser material

autêntico, a música é um incentivador da autonomia do aluno, que terá

condições de acesso a esse tipo de apoio fora do ambiente de sala de aula,

proporcionando a si mesmo atividades de compreensão oral extensiva, ainda

que inconscientemente. A música pode ser também um excelente meio de

internalizar e compreender a língua, pois o processo mental que pertence à

compreensão oral depende de atenção ativa, manipulação de contexto,

entendimento, interpretação e participação.

Conforme nos mostra Eken (1996, p.82)

considerando que professores usam a música em sala de aula de LE com uma variedade de razões, pode-se apontar as mais comuns: apresentar um tópico gramatical novo, um ponto linguístico, praticar vocabulário específico, encorajar os alunos à compreensão oral extensiva e intensiva, focalizar erros específicos, estimulá-los à discussão de atitudes e sentimentos encorajando-os a usar a imaginação e criatividade, desenvolvendo um ambiente relaxante e divertido e, portanto, motivador da aprendizagem.

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Nesse sentido, pode-se dizer que as atividades de compreensão oral

devem ser adaptadas de maneira que desenvolvam a compreensão

comunicativa, com propósitos específicos de maneira que o aluno seja capaz

de compreender a autenticidade dos materiais e sua real aplicabilidade,

cabendo ao professor também a tarefa de motivar os alunos.

Por isso, as atividades devem ser apresentadas de acordo com o nível

dos alunos, facilitando a interação de todos, originando uma aprendizagem

mais efetiva. E, nesse caso, se o professor proporcionar um ambiente

desafiador com atividades estimulantes, os alunos estarão mais interessados e

os resultados serão mais perceptíveis.

2.5 O adolescente e a sua forma de comunicação

Ao fazer referência à adolescência, nota-se que é um período de procura

de identidade num espaço próprio no mundo. É um período em que o

crescimento psicológico, físico e afetivo acontece de modo mais singular. Já o

equilíbrio psicoafetivo, que tinha sido mantido até o período de latência, é

transformado e o indivíduo entra num período de tumulto que se reflete na vida

pessoal, na relação consigo próprio, com o seu corpo e também na relação

familiar. Portanto, observa-se que as características do pensamento do

adolescente são o pensamento mágico, o questionamento da autoridade, a

criatividade, a conformidade com o grupo, a insegurança e necessidade de

apoio e sensibilidade à autoestima.

O professor, quando trabalha com adolescentes, necessita de uma

compreensão da linguagem e do ritmo do grupo, uma vez que o adolescente

também se comunica muito por meio de uma linguagem implícita, própria do

seu modo de ser e, por isso, nem sempre compreendida.

Nesse contexto, é muito importante que se tenha em mente que o

comportamento do adolescente ocorre, quase sempre, em relação direta ao

comportamento do grupo. No ensino de LEM, tanto o aluno quanto o professor

estão expostos a uma aquisição de conhecimento que ultrapassa a barreira

linguística. Pode-se fazer muita coisa com o conhecimento gramatical,

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estrutural, fonético, mas a comunicação mais completa ocorre fora da sala de

aula quando o aluno enfrenta um ambiente real. Os diferentes contextos

interacionais podem ser mais receptivos ou mais hostis, dependendo das

variantes culturais, sociais, históricas, econômicas, políticas ou outras.

Apesar de compartilhar a mesma língua para interagir, professores e

alunos adolescentes parecem falar idiomas diferentes, fazendo com que os

resultados nem sempre venham ao encontro das expectativas das partes

envolvidas.

Do encontro das diferenças surgem os problemas que vão convocar as

habilidades e inteligências dos alunos e dos professores.

2.6 Gêneros textuais na sala de aula de LE

Todos os textos surgem na sociedade e pertencem a gêneros textuais

que se relacionam com atividades sociais específicas, portanto eles devem ser

produzidos e utilizados para atingir um objetivo almejado.

Muitos dos gêneros textuais são rotulados quanto à sua estrutura e

organização, ganhando assim uma significação. O trabalho com gêneros e

tipos textuais faz compreendermos as características estruturais de um texto e

também as condições sociais que levam ao funcionamento e ao bom êxito de

seu uso, por outro lado não podemos nos esquecer de que a criatividade é uma

ferramenta que deve ser levada em consideração. É claro que contamos com

uma imensidade de gêneros textuais na sociedade e que, conforme as

necessidades da sociedade, novos gêneros surgem e antigos desaparecem de

acordo com suas funções linguísticas e sociais, no qual o mercado de trabalho

está inserido no contexto histórico-social.

Segundo Bakhtin (1997), os gêneros são tipos relativamente estáveis de

enunciados, elaborados pelas mais diversas esferas da atividade humana. Por

essa relatividade a que se refere o autor, pode-se entender que o gênero

permite certa flexibilidade quanto à sua composição, favorecendo uma

categorização no próprio gênero, isto é, a criação de um subgênero.

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Para o autor, quando um indivíduo utiliza a língua, sempre o faz por meio

de um tipo de texto, ainda que possa não ter consciência disso, ou seja, a

escolha de um tipo é um dos passos, se não o primeiro, a ser seguido no

processo de comunicação. Por isso, os gêneros textuais podem ser uma

ferramenta que está à disposição do falante, sendo por ele escolhidos da

maneira que melhor lhe convém para, no processo de comunicação, auxiliá-lo

na sua expressão linguística.

Tomar um gênero textual como uma estrutura básica, normalmente usada

em uma determinada situação, o torna uma valiosa “ferramenta” que o falante

procura, guia e controla para poder expressar a função maior da linguagem,

que é atingir uma comunicação, em maior ou menor grau argumentativo, ou

seja, uma comunicação cujo objetivo é efetivamente alcançado e concretizado;

portanto se diz que a argumentação está inscrita no uso da língua.

Concluímos que todo texto é um meio de comunicação e que os gêneros

e tipos textuais diferem de acordo com sua funcionalidade, que é flexível no

processo de relacionamento social.

Cristóvão e Nascimento (2006) relatam que os gêneros são como

modelos, ou seja, são tipos de referência e de restrição. Apesar de os gêneros

poderem ser identificados e classificados quanto às suas características

linguísticas. As autoras acrescentam em seu artigo que

o domínio dos gêneros se constitui como instrumento que possibilita aos agentes produtores e leitores uma melhor relação com textos, pois compreender como utilizar um texto pertencente a um determinado gênero pressupõe que esses agentes poderão agir com a linguagem de forma mais eficaz, mesmo diante de textos pertencentes a gêneros até então desconhecidos.

Vendramini (2006) afirma que a maior dificuldade encontrada pelos professores

em sala de aula é a “falta de motivação dos alunos”, uma vez que eles

demonstram um total desinteresse pela aula de Inglês. A autora acredita que é

imprescindível fazer com que o desejo de aprender parta do aluno. Para isso é

preciso despertar o interesse, não deixando que a aula de Inglês seja apenas

uma brincadeira, mas que os alunos aprendam de forma divertida, sem deixar

de lado o conteúdo.

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Quando se trabalha com os gêneros textuais, pode-se estar despertando

o interesse nos alunos e fazendo com que o período de atenção deles fique

cada vez maior. O professor pode abranger tanto a linguagem oral quanto a

escrita, ou até mesmo a leitura, dependendo da faixa etária em que o aluno

está inserido.

Sob essa perspectiva, Vilaça (2006, p.84) assegura que:

trabalhar com o lúdico é um complemento para a busca do conhecimento, nesse caso a autora utiliza as letras de músicas como instrumentos de motivação para os alunos, pois apresenta em sua estrutura conteúdos que podem ajudar na fala, na entonação, na gramática, no ouvir, no prestar atenção e principalmente no ato de pronunciar.

O que se pode definir com a postura desses autores é que a letra de

música também faz parte da vivência dos alunos, pois ela está presente nas

rádios, na televisão, nas festas, na Internet, em todo lugar. É notável a

aceitabilidade que se tem ao falar de música, é dessa forma que este autor

afirma que “a letra de música pode ajudar na memorização, permitindo que o

que foi ensinado permaneça por um período maior na memória dos alunos”.

De acordo com Grenough (2003, apud VILAÇA, 2006, p. 179) “as

músicas ativam a aprendizagem em ambos os hemisférios do cérebro”. A

música pode “desenvolver habilidades de audição e leitura de maneira divertida

e interativa”. A letra de uma música faz com que ao alunos conheçam culturas

diferentes e aprimorem cada vez mais os sentidos de ouvir e falar”.

Aprender a LE por meio do gênero letra de música é diferente de apenas

ouvir sua música favorita, pois os alunos precisam ter conhecimento de que

não adianta apenas ouvir, é preciso prestar atenção, escutar com cuidado,

analisar a estrutura do gênero, cada frase, cada expressão, analisar

criticamente o assunto de que se trata. O professor precisa fazer com que seus

alunos adquiram essas ações, para que haja sucesso no aprendizado.

Dessa forma, o que se pode dizer é que a música instiga a imaginação

dos alunos e, para ensinar uma língua estrangeira, o professor precisa

trabalhar a maior parte do tempo com a oralidade, questões de pronúncia, de

fluência, e nada melhor que o gênero canção para facilitar o aprendizado.

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Além disso, a utilização de músicas para ensinar a LE promove a prática

do vocabulário ativo, aquele que é adquirido por meio da fala. Os alunos de LE

desenvolvem com muita rapidez o vocabulário passivo, o que é resultado de

muitas atividades de ouvir e escrever, mas o vocabulário ativo, dependendo da

metodologia utilizada, é deixado de lado.

No entanto, para ajudar o aluno a adquirir as quatro habilidades de uma

língua (ouvir, falar, ler e escrever), é necessário elaborar atividades com

músicas, no intuito de incentivar o desenvolvimento tanto destas habilidades

quanto a aquisição de vocabulário.

3. Aplicação do material didático

Para a aplicação do nosso projeto, as professoras colaboradoras se

utilizaram da TV multimídia, de pendrive, da sala de informática para

pesquisas, de fôlderes com a letra da música e atividades aplicadas aos

alunos, em anexo, às quais nos deteremos a partir de agora.

As atividades foram divididas em módulos para facilitar a organização

didática bem como sua aplicação.

No módulo 1, apresentamos a canção “Smile” (Sorria), que é um tema

instrumental de Charles Chaplin, de seu filme de 1936, Modern Times (Tempos

Modernos), que ganhou letra de John Turner e Geoffrey Parsons. No ano de

1945, eles deram o título para a canção de uma letra otimista, que fala de

superação de obstáculos através de um sorriso. Estas informações foram

passadas aos alunos antes da exibição do filme e, durante a exibição, a

professora chamou a atenção da sala no momento em que o tema musical de

Chaplin apareceu.

Foram apresentadas aos alunos as versões de Nat King Cole e de

Michael Jackson da canção Smile para que eles elegessem aquela da qual

mais gostassem. As atividades, conforme mostramos no anexo, foram

aplicadas primeiramente com o “listening and comprehension” da letra da

música omitindo palavras já trabalhadas previamente.

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Na aula subsequente, foi pedido aos alunos que fizessem uma versão

para o português da canção de Chaplin, obedecendo à idéia original.

Consequentemente eles apresentariam suas versões para os colegas.

A canção “Over the Rainbow” (Sobre o arco-íris), tema do filme The

Wizard of Oz (O Mágico de Oz), seguiria o mesmo procedimento de “Smile”

com a professora alertando os alunos para o fato de a canção aparecer logo no

início do filme. A letra da canção também seria passada aos alunos, omitindo-

se algumas palavras para o “listening and comprehension”, que viria na

sequência. Sugerimos à professora que pedisse aos alunos que recontassem a

história de O Mágico de Oz, mas com a liberdade de mudar o prisma, como por

exemplo, o Homem de Lata contaria a história, ou mesmo o Leão Covarde.

A canção “What a Wondeful World”, do filme Good Morning Vietnam

(Bom Dia, Vietnã) também foi incluída em nossa unidade, para que as

professoras tivessem uma opção a mais para aplicar aos alunos, o que

realmente ocorreu. Cremos que o fato de ser um filme mais recente e com

tema para lá de atual facilitou para que esse filme e essa canção fossem

escolhidos e apresentados aos alunos.

4. Análise dos resultados

Após a aplicação do material, as professoras colaboradoras fizeram um

relato do desenvolvimento das atividades.Segundo o relatório da professora A,

que apresentou a música “Over the Rainbow”, do filme O Mágico de Oz, aos

alunos da 5ª série B, o filme foi exibido na íntegra em duas aulas através na TV

multimídia. Para tal atividade, a professora usou quatro aulas, pelo fato de as

aulas serem geminadas. O filme foi apresentado em duas aulas, e as

atividades relativas ao filme e música nas outras duas.

Antes da exibição do filme, a professora fez um breve relato sobre o

conteúdo do filme e sua importância para o cinema em si, uma vez que se trata

de um filme clássico de 1939 e, segundo ela, a ausência de recursos

tecnológicos não impediu que o filme se tornasse “datado”, que se trata de um

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filme sempre atual. Ela explicou a eles o que significa um filme “datado”, o que

não é o caso de O Mágico de Oz.

A professora A, em seu relato, conta que trabalhou palavras-chave,

como rainbow, clouds, birds, stars, com imagens que representam essas

palavras. Aos alunos cabia identificá-las como um tipo de “warm-up” antes de

trabalhar com a canção. Over the Rainbow, com Judy Garland, foi trabalhada

em partes, por meio de tarefas como “fill in the blanks”, omitindo algumas

palavras-chave.

Segundo a professora, os alunos se mostraram interessados e lhes foi

sugerido que tentassem fazer uma versão para o português, que seria cantada

na frente pelas equipes em aulas subsequentes. Segundo a professora, o

resultado foi satisfatório.

A professora B trabalhou o filme Bom Dia, Vietnã e a canção do filme,

por sua opção pessoal e a canção “What a Wonderful World”, também em duas

aulas geminadas, ou seja, em quatro aulas.

Em uma primeira etapa, foi apresentado o filme na íntegra, em duas

aulas, conforme havia sido sugerido. Como se trata de um filme que vai além

de comédia, drama com toques de musical e com elevado fundo moral, os

alunos da 8ª A se envolveram emocionalmente com a trama do filme Boa Dia,

Vietnã.

A canção tema do filme, What a Wonderful World, com Louis Armstrong,

foi reapresentada depois da exibição do filme, com as atividades de “listening

and comprehension”.

A professora B também confeccionou cartazes com figuras que

aparecem na letra da canção, como rainbow, sky, friends shaking hands, trees,

bem como as cores citadas na canção. Atividades de completar com palavras-

chave omitidas também foram pedidas. Os alunos, em sua maioria, gostaram

das atividades e demonstraram interesse em sua realização.

Foi apresentado um clipe com a canção onde aparecem imagens de

destruição e guerra e, aos alunos, foi solicitado um trabalho escrito (em

português) descrevendo o que eles sentiram durante a exibição do clipe. A

professora B se revelou surpreendida com o alto grau de observação de alguns

alunos.

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5. Conclusão

Após a análise dos relatos das professoras colaboradoras, acreditamos

que ainda há muito que percorrer e explorar a respeito do tema música ou

música de cinema e sua relação com o ensino-aprendizado de Língua Inglesa.

É preciso que se estimule o interesse dos alunos para que haja uma

maior integração com o objetivo da aula. Por outro lado, é necessário ter

paciência e perseverança para que bons frutos sejam colhidos. Percebemos

certa rebeldia e aversão ao material que é imposto aos alunos, mas não há

outra maneira de fazer com que filmes musicais como “Amor Sublime Amor”,

“Oliver” ou “A Noviça Rebelde” cheguem ao conhecimento de nossos alunos.

Pelo relatório das professoras A e B, sentimos que há toda uma questão

cultural, pois a maioria dos alunos nunca teve acesso a filmes com canções

cujo conteúdo traz significados que possam fazer parte de seu dia a dia.

O desinteresse não ocorre, como podemos observar, em comentários de

colegas, mas somente em relação à disciplina de Língua Inglesa.

As professoras perceberam que a compreensão da letra foi mais

proveitosa do que em outras situações de trabalho com a língua. Os exercícios

de leitura mostraram-se mais ao alcance do aluno e o papel do professor foi

imprescindível para que o aluno adquirisse confiança, tornando o Inglês mais

acessível para ele.

Se juntássemos as forças, poderíamos atingir melhores resultados. Uma

integração interdisciplinar pode, em longo prazo, transformar nosso sonho em

realidade, pois, estando fora de sala devido à readaptação, procuramos levar

um pouco de experiência adquirida durante o período em que estivemos em

sala, quando priorizávamos o aspecto oral da língua nas aulas.

Segundo as professoras colaboradoras, o projeto foi “criativo, havendo

total interação por parte dos alunos”. As professoras também afirmam que

continuarão a utilizar esse recurso em suas aulas de LEM, o que reforça nossa

intenção primeira de trazer contribuições ao nosso contexto de trabalho em

relação ao ensino da oralidade e da construção de sentidos por meio da Língua

Inglesa no contexto público.

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Por fim, concluímos que este projeto de intervenção atingiu os objetivos

inicialmente propostos em relação aos alunos e em relação ao apoio

pedagógico às professoras de Língua Inglesa da escola.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Michael. Os gêneros do discurso. In: Estética da Criação Verbal. 2ª. ed. São Paulo: Martins fonte, 1997. Disponível em: <http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/cd/port/84.pdf> Acesso em: 01 dez. 2008.

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SAVIGNON, S. What’s What in Communicative Language Teaching. English Teaching Forum. Vol. 25 No. 4. October, 1987.

SWANWICK, K. Ensinando música musicalmente. .São Paulo: Moderna, 2003.

VENDRAMINI, R.A.S. Analisando a falta de interesse nas aulas de Inglês. In: GIMENEZ, T.; CRISTOVÃO, V. L. L. (orgs). Teaching English in context: Contextualizando o ensino de Inglês. Londrina: UEL, 2006.

VILAÇA, J.L. Música: Instrumento de motivação e estratégia de aprendizagem no ensino de língua inglesa. In: GIMENEZ, T.; CRISTOVÃO, V. L. L. (orgs). Teaching English in context: Contextualizando o ensino de Inglês. Londrina: UEL, 2006.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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ANEXO 1 – Unidade didática aplicada em sala

UNIDADE DIDÁTICA: SMILE

MÓDULO 1

CONTEXTUALIZING

A canção “Smile” (sorria) é baseada em um tema instrumental da

trilha sonora do filme de Charlie Chaplin de 1936, Tempos Modernos (Modern

Times). Chaplin costumava dirigir e atuar em seus filmes, além de compor e

reger os temas musicais. O tema de Chaplin ganhou letra de John Turner e

Geoffrey Parsons 1954. Eles também deram o título à canção. Uma letra

otimista que sugere que o ouvinte “sorria”. A letra fala de superação dos

obstáculos com um sorriso.

1. Ouça este trecho da canção e grife palavras que se relacionam ao tema.

Smile though your heart is aching

Smile even though it's breaking

When there are clouds in the sky, you'll get by

If you smile through your fear and sorrow

Smile and maybe tomorrow

You'll see the sun come shining through for you

Light up your face with gladness

Hide every trace of sadness….

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

2. Agora assista a um trecho do filme Tempos Modernos, em que o tema de

“Smile” é apresentado.

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3. Ouça também trechos das versões de Nat “King” Cole e de Michael Jackson

disponíveis no ”Youtube”. Comente as semelhanças e diferenças na

interpretação da canção. Qual você prefere? Justifique.

(As versões podem ser encontradas nos seguintes endereços eletrônicos:

<http://www.youtube.com/watch?v=8tBWikXJ6ng>; < http://www.youtube.com/watch?v=2HsJ7CgmIVM>)

LISTENING AND SOCIALIZING

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

1. Ouça a canção na íntegra e complete os espaços em branco com as

palavras do quadro.

clouds, face, fear, heart, life, sorrow, tomorrow, worthwhile

Smile

(Música de Charles Chaplin e letras de John Turner e Geoffrey Parsons)

Smile, though your _______is aching

Smile, even though it's breaking

When there are ______in the sky

You'll get by...

If you smile

With your ________and ________

Smile and maybe ___________

You'll find that _________is still ____________

If you just._________.

Light up your face with

Hide every trace of sadness

Although a tear may be ever so near

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That's the time you must keep on trying

Smile, what's the use of crying?

You'll find that life is still worthwhile

If you just smile.

2. Nesta atividade, o professor será seu mediador. Primeiro, responda às

questões em Inglês. Em seguida, faça estas perguntas a um colega e anote as

respostas dele. a) Have you already smiled today?

b) How many times do you smile a day? Or are you a sad and depressive person? Why?

c) Do you have the habit to smile to your friends?

d) Do you think to smile is better to build relationship to the others? Why?

e) What about smiling to each other now? _______ _____________________________________________________________

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

LOOKING UP WORDS

1. Escolha quatro sentenças que tenham causado dificuldade de compreensão.

Copie-as e traduza-as com o auxílio do dicionário.

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2. Agora, escolha a parte da canção de que mais gostou e cole imagens que a

representem. (Pesquisar no laboratório com o suporte do professor)

PERSONAL ANSWERS

Observe a mensagem da canção e responda:

a) Você acha que existem muitas razões para sorrir? Cite cinco.

b) Você viu o filme e conhece o personagem Carlitos. Você acha que ele é

uma pessoa alegre ou triste? Justifique.

c) O que você entende com as frases da música? “Ilumine seu rosto com

felicidade”; “Esconda qualquer sombra de tristeza”.

d) Você acha que a vida ainda vale a pena se você sorrir? Justifique.

MÓDULO 2

CONTEXTUALIZING

Canção OVER THE RAINBOW (Sobre o arco-íris) do filme “O

Mágico de Oz” (The Wizard of Oz), dirigido por Victor Fleming em 1939. Com

Judy Garland no papel de Dorothy Gale, que interpreta a canção “Over the

Rainbow”) de Harold Arlen e versos de autoria de E.Y. Harburg.

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

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Nota: Antes de exibir o filme “O Mágico de Oz”, alertar

aos alunos que a canção “Over the Rainbow” aparece

logo no início. Eles devem prestar atenção na parte

em que a canção aparece.

LISTENING AND SOCIALIZING

Ouça a canção na íntegra e complete os espaços em branco com as palavras

do quadro.

OVER THE RAINBOW

(Harold Arlen e de E.Y. Harburg)

Somewhere over the …

……, way up high

There's a land that I heard of, once in a ……………….

Somewhere over the rainbow, skies are ……….

And the dreams that you dare to dream, really do come true

Someday I'll wish upon a …………….

And wake up where the ………….. are far behind me

Where troubles melt like lemon drops away above the ……… tops

That's where you'll find me

Somewhere over the rainbow, ……….. fly

Birds fly over the rainbow, why then, oh why can't I?

Somewhere over the rainbow, …….birds fly

……… fly over the rainbow, why then, oh why can't I?

If happy little bluebirds fly beyond the rainbow

why, oh why can't I?

Rainbow, lullaby, blue), stars, clouds, chimney, birds(2),

LOOKING UP WORDS

1. Escolha quatro sentenças que tenham causado dificuldade de compreensão.

Copie-as e traduza-as com o auxílio do dicionário.

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2. Agora, escolha a parte da canção de que mais gostou e cole imagens que a

representem. (Pesquisar no laboratório com o suporte do professor)

PERSONAL ANSWERS (oraly)

1. Com base na mensagem passada pela canção, responda:

a) Copie palavras da canção que se relacionam a coisas boas e alegres.

b) O que você entende com as frases da música:

“Ilumine seu rosto com felicidade”.

“Esconda qualquer sombra de tristeza”.

c) Escreva uma frase que resuma a ideia apresentada nesta canção.

LET’S BUILD CARTOONS

1. Escreva frases da música em Inglês ou, se preferir, escreva outras frases

que desejar referentes a coisas alegres, como o exemplo no balão abaixo.

Desenhe uma tirinha que as represente e escreva as falas em Inglês.

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

2. Observe a mensagem da canção e responda: (written answers)

a) Os sonhos que você se atrever a sonhar se realizarão? Por quê?

b) Você acha que existe um lugar onde os problemas se derretam como

pastilhas de limão?

c) Cite ao menos uma semelhança entre as canções “Over the Rainbow” e

a canção “Smile”.

THINKING

Look at this image and choose the best answer for you:

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Why don’t you smile every day? Life is beautiful…!!!

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

1-Do you believe that at end of rainbow…

a) you’ll find a river?

b) you’ll find a pot of gold?

c) you’ll find a book?

d) you’ll find a pot of mud?

Justify your answer.

2. Do you know someone that has already gone at end of a rainbow? Is it

possible?

3. Do you feed your dreams and have some fantasy?

4. Do you believe it is important to dream? And can dreams become true?

5. Have you ever observed a rainbow on a rainy day?

6. Do you believe in goblins?

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

ABOUT THE LANGUAGE

nohow this phenomenon happens? PERGUNTA REPETIDA

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Nem sempre devemos traduzir as palavras em Inglês para o português ao pé da

letra.

Por exemplo: “wish upon a star”, como a canção tema do filme de Walt Disney,

Pinocchio, “When You Wish Upon a Star”, canção que se tornou um prefixo para

os filmes da Disney.

To wish- desejar,

Upon a star- sobre uma estrela.

Some day I’ll wish upon a star = “algum dia eu farei um desejo a uma estrela”

Uma tradução literal deixaria a frase sem sentido, “desejar sobre uma estrela”.Para tal frase, não há em nosso idioma nada semelhante, pois a frase se refere ao fato de que, quando alguém visse uma estrela cadente e fizesse um desejo, estaria “wishing upon a star”.

1. Agora, veja estas expressões e tente interpretá-las.

a) Seize the Day.

b) One more for the Road.

c) Running amok.

d) Watch you language.

e) Yellow smile.

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

Disponível em: www.google.com.br Acesso em 19-09-11.

3. Um mini-teatro poderia ser encenado com os alunos trajados de espantalho,

homem de lata, leão covarde e Dorothy. As fantasias (costumes) serão feitas

de papelão e cartolina. Seria uma interdisciplinaridade com a matéria de Arte.

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