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AnarcocomunismoOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Ir para:
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Portal da Anarquia(editar)
Anarco-comunismo a vertente do comunismo adotada pela tradio
terica de alguns autoes anarquistas. Num regime comunista
libertrio, a propriedade privada e o Estadoseriam abolidos e a
sociedade seria organizada atravs de federaes de trabalhadoresque
gerenciariam a produo e todas as esferas de deciso por meio da
democracia direta. O dinheiro seria abolido, e valeria a mxima de
"cada um de acordo com suas capacidades, a cada um de acordo com
suas necessidades".ndice
1 Origem do nome
2 Tentativas histricas de implantar o Comunismo Libertrio 2.1
Revoluo Ucraniana 2.2 Revoluo Espanhola 3 Referncias
bibliogrficas
Origem do nome
A denominao foi criada aps a ciso da primeira Associao
Internacional de Trabalhad(AIT) entre socialistas autoritrios,
tendncia encabeada por Karl Marx, e socialistas libertrios, cujo
maior expoente era Bakunin. No entanto, ambas as denominaes foram
inventadas pelo grupo de Bakunin, sem que os marxistas jamais
aceitassem o rtulo de "autoritrios".
O comunismo libertrio foi inicialmente formulado pela seo
italiana da Associao Intacional dos Trabalhadores, por Carlo
Cafiero, Errico Malatesta, Andrea Costa e outros ex-republicanos
Mazzinistas. Em respeito a Mikhail Bakunin, eles no revelaram
explicitamente sua discordncia com o anarquismo mutualista de
Pierre-Joseph Proudhon at a morte de Bakunin. Enquanto Proudhon era
a favor da propriedade individual sobre o produto do prprio
trabalho, salrios e um mercado de trocas, os comunistas libertrios
se opuseram propriedade individual do produto do trabalho e se
colocaram a favor da abolio dos salrios e do valor de troca.
Cafiero explica em Anarchie et Communisme que a propriedade privada
derivada do trabalho leva acumulao desigual do capital, e portanto
a condies sociais distintas, o que seria indesejvel. J
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oseph Djacque criticou Proudhon diretamente, afirmando que "no
ao produto do seu trabalho que a/o trabalhador(a) tem direito, mas
satisfao de suas necessidades, sejam de que natureza forem." Em
1876, na Conferncia da Federao Italiana da AIT em Florena (que na
verdade foi realizada numa floresta fora da cidade, por causa da
represso policial), eles declararam os princpios do comunismo
libertrio, comeando com:
"A Federao Italiana considera a propriedade coletiva dos
produtos do trabalhocomo o complemento necessrio ao programa
coletivista, o auxlio de todos para a satisfao das necessidades de
cada um sendo a nica regra de produo e consumo, o que cosponde ao
princpio da solidariedade."
Piotr Kropotkin, durante esta poca, mudou o foco da propaganda
anarquista, que atento era primordialmente a crtica ao sistema
capitalista, e passou a escrever sobre a possvel sociedade futura
em mais detalhe do que o anteriormente feito por Proudhon e
Bakunin. Ele adotou ento o termo "comunismo libertrio" para
referir-se a essa sociedade, onde a propriedade privada estaria
abolida, e o Estado seria substitudo por associaes livres de
trabalhadores.Tentativas histricas de implantar o Comunismo
LibertrioRevoluo Ucraniana
A primeira tentativa de implantao do Comunismo Libertrio deu-se
durante a Revoluo sa de 1917-1921, na regio onde atualmente
localiza-se a Ucrnia. O movimento iniciou-se no vilarejo de
Gulai-Pol, sob a influncia de Nestor Makhno, e se alastrou pelas
regies vizinhas de Aleksandrovsk at alcanar Kiev. A guerrilha
Makhnovista estimu
lou a realizao de congressos campesinos para a tomada de decises
sobre a comunidade, e dividiu as terras dos grandes latifundirios
entre os camponeses pobres. Entretanto, o estado constante de
guerra civil e as vrias invases por exrcitos estrangeiros e/ou de
outras faces polticas foram o maior revs imposto ao movimento,
desde suformao em Agosto de 1917 at sua eliminao em Novembro de
1920.Revoluo Espanhola
O comunismo libertrio foi praticado durante a Guerra Civil
Espanhola (1936-1939),nas regies dominadas pela Repblica Espanhola,
em especial na Catalunha e em Arago,que eram redutos anarquistas.
Apenas em Arago, havia mais de 400 coletividades autogeridas, que
abarcavam campos, aldeias e vilas.
Nesses territrios emancipados foi adotado o uso comum dos meios
de produo, de troca
e de consumo, com regulamentaes de tipo colectivista para os
produtos escassos, edistribuies de tipo comunista libertrio para os
de maior quantidade. Criaram-se rgregionais, para o armazenamento
de excedentes e promoo da solidariedade com outras regies e com os
combatentes que no podiam trabalhar. Havia tambm servios de
estatica e contabilidade, para inventariar os recursos.
Em alguns lugares aboliu-se o dinheiro, substituindo-o pelo
carto de produtor e consumidor, com nfase nas trocas e compensaes.
Havia tambm espao reservado aos campses individualistas, desde que
no tivessem ao seu servio mo-de-obra assalariada, (considerando-se
que o tempo da escravido do salrio tinha acabado) e desde que no
aamarcassem mais terras do que podiam cultivar. Os individualistas,
contudo, no desagregaram nem atomizaram as coletividades; pelo
contrrio, foram as coletividades que ajudaram e integraram, gradual
e voluntariamente, os camponeses individualist
as. conhecido o caso de um notrio, latifundirio, que exclamava
que antes era donodas suas terras apenas, mas, a partir da
colectivizao, tudo lhe pertencia. Aps o fim da Guerra Civil
Espanhola, Francisco Franco mandou fuzil-lo.
