A Natureza Humana Compasssiva Em Darwin

Conforme Paul Ekman

Há várias entidades na história cuja atuação no mundo cienetífico é relevante, mas das quais apenas se conta o que importaria a quem estava no poder ou a quem gosta de controlar. Darwin é um caso! Terá exposto o tema da compaixão entre a humanidade, mas apenas se conhece dele a visão competitiva, cruel e egoísta da natureza humana.

Em 1871, onze anos antes de sua morte, no livro “A Descendência do Homem e Seleção em Relação a Sexo” foi exposta a origem do que ele chamou simpatia, que descreve como os humanos e outros animais vêm em socorro de outros que estão em perigo. Trata-se da empatia, do altrismo ou compaixão!

“Há vários anos, um tratador do Jardim Zoológico mostrou algumas feridas profundas e mal curadas em sua nunca, causadas por um babuíno feroz, enquanto ele estava ajoelhado no chão.

O macaco americano, que morava no mesmo espaço, ficou extremamente assustado com o babuíno, no entanto, assim que ele viu o amigo em perigo, correu a socorrê-lo, e, entre gritos e mordidas, conseguiu distrair o babuíno para que o homem fosse capaz de escapar, depois... de correr um grande risco de vida.”

De acordo com Darwin, a probabilidade de tais ações é maior quando quem ajuda tem alguma relação com a pessoa que

necessita de ajuda. Claramente que esta afinidade é mais real com quem está mais próximo, mas ocorre com outros seres, sempre que a vida está em perigo.

Darwin apresentou uma explicação da orihem da compaixão: quando a dor ou o sofrimento é testemunhado involuntariamente, quem assitiste experimenta o sofrimento e reage para diminuir o sofrimento de ambos, com base na empatia.

A preocupação com o bem-estar de todos os seres vivos não é encontrada nas religiões abraâmicas (Judaísmo, Cristianismo, Islamismo), que concentram-se na preocupação com todos os seres humanos. A preocupação com os outros animais existe no hinduísmo, mas somente de maneira limitada. Dentre as principais religiões do mundo, a que considera a compaixão para com todos os seres vivos é o budismo - todos os seres sencientes. Pode ser que Darwin tenha considerado o Budismo nos seus escritos.

Os pensamentos de Darwin sobre a compaixão, o altruísmo e a moralidade, certamente mostram um lado diferente das preocupações deste investigador, frequentemente retratado pela famosa frase “a sobrevivência do mais apto” (uma citação que nem sua é, mas de Spencer).

Mesmo alguns cientistas desconhecem o compromisso de Darwin com a harmonia da humanidade e o seu grande interesse em princípios morais e no bem-estar humano e animal.

Veja o vídeo de Paul Ekman: