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A ORIGEM DA VIDA - filosofiadasorigens.org.brfilosofiadasorigens.org.br/fo/palestras/sfo0015/08-XVSFO-Tarcisio... · A ORIGEM DA VIDA Parte II Análise Química de Alguns Modelos

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A ORIGEM DA VIDAParte II

Análise Química de Alguns Modelos Propostos

Prof. Tarcisio Vieira

“Estudos em Ciência e Religião”

Campo Grande/MS

22 a 24 de Novembro de 2013

SUMÁRIO

1. Relembrando

2. O Experimento de Miller

3. Adsorção de Biomoléculas

4. O Mundo de RNA e suas Limitações

5. Asteróides e a Origem da Vida

6. Considerações Finais

7. Referências Bibliográficas

Somos acusados de rejeitar o conhecimento científico

em detrimento de nossas crenças;

A velocidade de uma reação química é dirigida pela

energia de ativação da reação. Quanto maior esta

energia, mais lenta será a reação química;

Enzimas fornecem um caminho reacional alternativo de

menor energia de ativação, fazendo com que as reações

químicas sejam úteis aos seres vivos;

Não basta apenas ter os ingredientes, é preciso que

existam condições favoráveis.

RELEMBRANDOO que é mesmo que aprendemos na aula passada?

O Experimento de Miller

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

Miller S. L. Production of amino acids under possible primitive earth

conditions, Science ,117, 1953, 528-531

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

Stanley Miller

Compostos Inorgânicos

Miller S. L. Production of amino acids under possible primitive earth conditions, Science ,117, 1953, 528-531

Compostos Orgânicos

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

Miller S. L. Production of amino acids under possible primitive earth conditions, Science ,117, 1953, 528-531

CH4, NH3, H2, H2OCompostos Inorgânicos

Ácidos carboxílicos

AminoácidosCompostos Orgânicos

Miller S. L. Production of amino acids under possible primitive earth conditions. Science ,117, 1953, 528-531, 1953.

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

“A formação de aminoácidos nas condições

do experimento de Miller seria uma evidência

da possibilidade de formação de enzimas,

além de outras proteínas, no suposto

mundo pré-biótico”.

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

O que são enzimas e como

elas são formadas?

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado? As cadeias laterais dos

resíduos de

aminoácidos estão

sujeitas a sofrer uma

grande diversidade de

reações químicas!

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

A síntese de peptídeos em

laboratório é um

verdadeiro desafio

intelectual!

Carey, F. A. Organic Chemistry. 4th Edition, 1076p. New York: Mc Graw Hill, 2000.

Carey, F. A. Organic Chemistry. 4th Edition, 1077p. New York: Mc Graw Hill, 2000.

Han, S. Y.; Kim, Y. A. Recent development of peptide coupling reagents in organic synthesis. Tetrahedron, 60, 2447-2467, 2004.

O EXPERIMENTO DE MILLERQual o seu real significado?

O clássico Experimento de Miller nos

mostra apenas que aminoácidos

podem ser obtidos a partir de

substâncias inorgânicas, e nada mais!

Não basta apenas ter os

ingredientes, é preciso que existam

condições favoráveis!

ADSORÇÃO DE BIOMOLÉCULASQual a importância desse mecanismo para a origem da vida?

Adsorção de Biomoléculas na

Superfície de Areias

Bernal, J. D.; The Physical Basis of Life, Routledge and Kegan Paul Ltd.: London, 1951.

ADSORÇÃO DE BIOMOLÉCULASQual a importância desse mecanismo para a origem da vida?

ADSORÇÃO DE BIOMOLÉCULASQual a importância desse mecanismo para a origem da vida?

Zaia et al. Adsorption of the L-amino Acids in Sea Sand J. Braz. Chem. Soc., 13, 679- 681, 2002.

Zaia, D. A. M.; Zaia, C.T.B.V. Adsorção de Aminoácidos sobre Minerais e a Origem da Vida Quim. Nova, 29, 786-789, 2006.

ROH

NH2

O+ ou -

ADSORÇÃO DE BIOMOLÉCULASQual a importância desse mecanismo para a origem da vida?

Zaia et al. Adsorption of the L-amino Acids in Sea Sand J. Braz. Chem. Soc., 13, 679- 681, 2002.

Zaia, D. A. M.; Zaia, C.T.B.V. Adsorção de Aminoácidos sobre Minerais e a Origem da Vida Quim. Nova, 29, 786-789, 2006.

Klapper, M. H.; Biochem. Biophys. Res. Commum. 78, 1018, 1977

ROH

NH2

O

ROH

NH2

O

ROH

NH2

O+ -

13,8% 11,7% 74,5%

ADSORÇÃO DE BIOMOLÉCULASQual a importância desse mecanismo para a origem da vida?

ROH

NH2

O+ ou -

ADSORÇÃO DE BIOMOLÉCULASQual a importância desse mecanismo para a origem da vida?

Zaia et al. Adsorption of the L-amino Acids in Sea Sand J. Braz. Chem. Soc., 13, 679- 681, 2002.

Zaia, D. A. M.; Zaia, C.T.B.V. Adsorção de Aminoácidos sobre Minerais e a Origem da Vida Quim. Nova, 29, 786-789, 2006.

XADSORÇÃO DE BIOMOLÉCULASQual a importância desse mecanismo para a origem da vida?

Zaia et al. Adsorption of the L-amino Acids in Sea Sand J. Braz. Chem. Soc., 13, 679- 681, 2002.

Zaia, D. A. M.; Zaia, C.T.B.V. Adsorção de Aminoácidos sobre Minerais e a Origem da Vida Quim. Nova, 29, 786-789, 2006.

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

ALTMAN, S. Ribonuclease P: an enzyme with a catalytic RNA subunit Adv. Enzymol. Relat. Areas Mol. Biol. 62, 1-36, 1989

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

A ORIGEM ESPONTANEA DA VIDAO Mundo de RNA

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

Ribose + Base + Fosfato

Nucleotídeo

FERRIS, J. P. Prebiotic synthesis on minerals: Bridging prebiotic and RNA world. Bio. Bull., 196, 311-314, 1999.

SIMONOV, A. M. et. al. Possible prebiotic synthesis of monosaccharides from formaldehyde in presence of phosphates. Advanced in Space Research, 40, 1634-1640, 2007.

Obtenção dos constituintes do RNA sob

supostas condições pré-bióticas

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

ENERGIA

PROGRESSO DA REAÇÃO

RiboseBase

FosfatoER

EP

∆G < 0(espontâneo) Nucleotídeo

Ribose + Base + Fosfato

Nucleotídeo

∆G‡ Extremamente lenta!

Os constituintes do RNA deveriam

ter uma estabilidade muito grande

nas supostas condições

pré-bióticas!

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

 BASE NITROGENADA

Meia-Vida (T1/2)

100°C 0°C

Adenina 1 ano ≥ 106 anos

Guanina 1 ano ≥ 106 anos

Uracila 12 anos ≥ 106 anos

Citosina 19 dias 17.000 anos

MILLER, S. L.; LEVY, M. The stability of the RNA base: Implication for the origin of life. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 95, 7933-7938, 1998.

A escala de tempo evolutiva é da ordem de milhões de anos!

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

“Frente a estes resultados,

concluímos que adenina,

guanina, uracila e citosina

não poderiam ter sido

utilizadas no inicio da vida

na Terra”.

MILLER, S. L.; LEVY, M. The stability of the RNA base: Implication for the origin of life. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 95, 7933-7938, 1998.

X

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

LARRALDE, R.; ROBERTSON, M. P.; MILLER, S. L. Rates of decomposition of ribose and other sugars: Implications for chemical evolution. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 92, 8158-8160, 1995.

73 minutos!

A INVIABILIDADE DO MUNDO DE RNAAnalisando a ideia de uma perspectiva química

“É difícil compreender

como a ribose poderia ter

desempenhado algum

papel na origem da vida”.

LARRALDE, R.; ROBERTSON, M. P.; MILLER, S. L. Rates of decomposition of ribose and other sugars: Implications for chemical evolution. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 92, 8158-8160, 1995.

XX

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

Mesmo entre os geólogos evolucionistas é

consenso que ácido fosfórico não era uma

substância abundante na Terra primitiva!

SCHWARTZ, A. W. Phosphorus in prebiotic chemistry. Phil. Trans. R. Soc. B, 361, 1743-1749, 2006.

XX

X

O MUNDO DE RNA E SUAS LIMITAÇÕESO nascimento de uma ideia

ASTERÓIDES E A ORIGEM DA VIDAUma outra fonte de biomoléculas

Síntese de Biomoléculas por

Impactos de Corpos Celestes (Impact-Shock Synthesis)

Chyba, C.; Sagan, C.; Endogenous production, exogenous delivery and impact-shock synthesis of organic molecules: an inventory for the origins of life. Nature, 355, 125-132, 1992.

ASTERÓIDES E A ORIGEM DA VIDAMais da relação ingredientes x condições favoráveis

Fragmentos do meteorito que caiu na Rússia em 02/2013

ASTERÓIDES E A ORIGEM DA VIDAMais da relação ingredientes x condições favoráveis

ASTERÓIDES E A ORIGEM DA VIDAMais da relação ingredientes x condições favoráveis

As elevadas temperaturas e pressões alcançadas em impactos de corpos celestes com a Terra, teriam proporcionado a formação de moléculas orgânicas!

ASTERÓIDES E A ORIGEM DA VIDAMais da relação ingredientes x condições favoráveis

ASTERÓIDES E A ORIGEM DA VIDAMais da relação ingredientes x condições favoráveis

A QUÍMICA DA VIDACaracterísticas dos seres vivos

Não basta apenas ter os

ingredientes, é preciso que

existam

condições favoráveis!

ASTERÓIDES E A ORIGEM DA VIDAMais da relação ingredientes x condições favoráveis

A origem da vida é abordada

de forma a não permitir o

desenvolvimento do

pensamento crítico nos

estudantes;

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Afirmar que a vida surgiu

espontaneamente e ao acaso

não está em acordo com o

conhecimento científico

[químico], sendo, na verdade,

crença e superstição!

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não basta apenas ter os

ingredientes, é preciso

que existam as

condições favoráveis!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNAL, J. D. The physical basis of life. Routledge and Kegan Paul Ltd.: London, 1951.

CAIRNS-SMITH, A. G. Genetic takeover and the mineral origin of life. Cambridge University Press, UK, 1982.

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DAMINELI, D. S. C., DAMINELI, A. Origens da Vida. Estudos Avançados, 59, 263-284, 2007.

FERRIS, J. P. Prebiotic synthesis on minerals: Bridging prebiotic and RNA world. Bio. Bull., 196, 311-314, 1999.

HAYES, J. M. The earliest memories of life on Earth. Nature, 384, 21-22, 1996.

JOHNSTON, W. K. et al., RNA-catalized RNA polymerization: accurate and general RNA-templated primer extension. Science, 292, 1319-1325, 2001.

KASTING, J. F.; HOWARD, M. T. Atmospheric composition and climate on the earlier Earth. Phil. Trans. R. Soc. B, 361, 1733-1742, 2006.

KLAPPER, M, H. The independent distribution of amino acid near neighbor pairs into polypeptides. Biochem. Biophys. Res. Commum., 78, 1018-1024, 1977.

LARRALDE, R.; ROBERTSON, M. P.; MILLER, S. L. Rates of decomposition of ribose and other sugars: Implications for chemical evolution. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 92, 8158-8160, 1995.

MANNING, C. E. et al. Geology, age and origin of supracrustal rocks at Akilia, West Greenland. Am.

J. Sci., 306, 303-366, 2006.

MILER, S. L. Production of amino acids under possible primitive earth conditions. Science, 117, 528-531, 1953.

MILLER, S. L.; LEVY, M. The stability of the RNA base: Implication for the origin of life. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 95, 7933-7938, 1998.

MORATO, M. A. et al. Representação visual de estruturas biológicas em materiais de ensino. Hist. Cienc. saude-Manguinhos, 5, 415-433, 1998.

PENNY, D. An Interpretative review of the origin of life research. Biology and Philosophy, 20, 633-671, 2005.

POWNER, M. W. et. al. Synthesis of activated pyrimidine ribonucleotides in prebiotically plausible conditions. Nature, 459, 239-242, 2009.

SALADINO, R.; Crestini, C.; Costanzo, G.; Negri, R.; Di MAURO, E. A possible prebiotic synthesis of purine, adenine, cytosine, and 4(3H)-pyrimidinone from formaldeide: Implications for the origin life. Bioorg. Med. Chem., 9, 1249-1253, 2001.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCHOPF, J. W. et al. Laser-Raman Imagery of Earth´s Earliest Fossils. Nature, 416, 73-76, 2002.

SCHWARTZ, A. W. Phosphorus in prebiotic chemistry. Phil. Trans. R. Soc. B, 361, 1743-1749, 2006.

SIMONOV, A. M. et. al. Possible prebiotic synthesis of monosaccharides from formaldehyde in presence of phosphates. Advanced in Space Research, 40, 1634-1640, 2007.

WÄCHTERSHÄUSER, G. Before enzymes and templates: theory of surface metabolism. Microbiol. Rev., 52, 452, 1988.

WALTER, G. The RNA world. Nature, 319, 618, 1986.

ZAIA, D. A. M., ZAIA, C. T. B. V. Algumas controvérsias sobre a origem da vida. Química Nova, 31, 1599-1602, 2008.

ZAIA, D. A. M.; ZAIA, C. T. B. V. Adsorção de aminoácidos sobre minerais e a origem da vida. Quim. Nova, 29, 786-789, 2006.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRIGADO!

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