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http://livrosgospel.net http://livrosevangelicos.org Livros gospel e estudos bíblicos grátis, livros de utilidades gerais e produtos diversos A Parábola do Filho Pródigo por Dr. David Martin Lloyd-Jones E disse: Um certo homem tinha dois filhos. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu

A Parábola Do Filho Pródigo - D.M. Lloyd - Jones

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A Parábola Do Filho Pródigo - D.M. Lloyd - Jones

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    Livros gospel e estudos bblicos grtis, livros de utilidades

    gerais e produtos diversos

    A Parbola do Filho Prdigopor

    Dr. David Martin Lloyd-Jones

    E disse: Um certo homem tinha dois filhos. E omais moo deles disse ao pai: Pai, d-me a parte dafazenda que me pertence. E ele repartiu por eles afazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo,ajuntando tudo, partiu para uma terra longnqua e

    ali desperdiou a sua fazenda, vivendodissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve

    naquela terra uma grande fome, e comeou apadecer necessidades. E foi e chegou-se a um doscidados daquela terra, o qual o mandou para osseus campos a apascentar porcos. E desejavaencher o seu estmago com as bolotas que osporcos comiam, e ningum lhe dava nada. E,

    caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu

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    pai tm abundncia de po, e eu aqui pereo defome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dirlhe-

    ei: Pai, pequei contra o cu e perante ti. J nosou digno de ser chamado teu filho; faze-me comoum dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foipara seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o

    seu pai, e se moveu de ntima compaixo, e,correndo, lanou-se-lhe ao pescoo, e o beijou. E ofilho lhe disse: Pai, pequei contra o cu e perante tie j no sou digno de ser chamado teu filho. Mas opai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhorroupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mo esandlias nos ps, e trazei o bezerro cevado, e

    matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque estemeu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido efoi achado. E comearam a alegrar-se. E o seu filho

    mais velho estava no campo; e, quando veio echegou perto de casa, ouviu a msica e as danas.E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que eraaquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmo; e teu paimatou o bezerro cevado, porque o recebeu so esalvo. Mas ele se indignou e no queria entrar. E,saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendoele, disse ao pai: Eis que te sirvo h tantos anos,

    sem nunca transgredir o teu mandamento, e nuncame deste um cabrito para alegrar-me com os meus

    amigos. Vindo, porm, este teu filho, quedesperdiou a tua fazenda com as meretrizes,

    mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho,A Parbola do Filho Prdigo - Dr. David Martin Lloyd-Jones Pgina 1 de 14

    http://www.monergismo.com/textos/sermoes/filho_prodigo_lloyd.htm 22/12/2006tu sempre ests comigo, e todas as minhas coisas

    so tuas. Mas era justo alegrarmo-nos eregozijarmo-nos, porque este teu irmo estava

    morto e reviveu; tinha-se perdido e foiachado (Lucas 15:11-32).

    No h parbola ou discurso de nosso Senhor que seja toconhecido e to popular como a parbola do filho prdigo.Nenhuma outra parbola citada com mais freqncia emdiscusses religiosas, ou mais usada para apoiar vriasteorias ou controvrsias em relao a este assunto. E

    verdadeiramente espantoso e admirvel quando observamosas inumerveis formas em que ela usada, e a infinita

    variedade de concluses a que afirmam que ela leva. Todas as

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    escolas de pensamentos parecem ter uma reivindicao sobrea mesma: ela usada para provar toda espcie de teorias eidias opostas, que combatem umas s outras e que seexcluem mutuamente. bastante claro, portanto, que a

    parbola pode facilmente ser manipulada ou malinterpretada. Como podemos evitar esse perigo? Quais os

    princpios que devem nos orientar quando a interpretamos?Pessoalmente creio que h dois principais fundamentais quedevem ser observados, e que se observados, garantiro uma

    interpretao correta.O primeiro principio que sempre devemos nos precaver doperigo de interpretar qualquer passagem das Escrituras de

    uma forma que entre em conflito com o ensino geral da Bblia.O Novo Testamento deve ser examinado como um todo.

    uma revelao completa e integral, dada por Deus atravs dosSeus servos - uma revelao que foi dada em partes que,unidas, formam uma unidade completa. Portanto, no hcontradies entre essas vrias partes, no h conflito nempassagens ou declaraes irreconciliveis. Isso no significaque podemos entender cada uma de suas declaraes. O queestou dizendo que no h contradio nas Escrituras esugerir que os ensinos de Jesus Cristo e de Paulo, ou os

    ensinos de Paulo e dos demais apstolos no concordam entresi contrrio a todas as reivindicaes do Novo testamentoem si, e as reivindicaes da Igreja atravs dos sculos, at olevantamento da chamada escola da alta crtica, h cerca decem anos atrs. No preciso abordar a questo aqui. Bastadizer que so apenas os crticos mais superficiais, os que

    agora esto ultrapassando em muitos anos, que ainda tentamdefender uma anttese entre o que chamam de a religio de

    Jesus e a f do apstolo Paulo. Escrituras devem sercomparadas com Escrituras. Cada teoria que desenvolvemosdeve ser testada pelo conjunto geral de doutrinas e dogmas daBblia toda, e que foi definido pela Igreja. Se esta regra fosselembrada e observada, a maioria das heresias jamais teria

    surgido.

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    O segundo principio um pouco mais especfico: sempredevemos evitar o perigo de chegar a concluso negativas arespeito dos ensinos de uma parbola. Isso no se aplicasomente a esta parbola em particular, mas a toda as

    parbolas. Uma parbola nunca tem o propsito de ser umesboo completo da verdade. Seu objetivo comunicar uma

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    grande lio, ou apresentar um grande aspecto de umaverdade positiva. Sendo esse o seu objetivo e propsito, nada mais tolo do que chegar a concluses negativas a respeito deuma parbola. A omisso de certas coisas numa parbola no

    tem qualquer significado particular. Uma parbola importante e significativa por causa daquilo que ela diz, e nodevido s coisas que no diz. O seu valor exclusivamentepositivo, e de forma alguma negativo. Ora, digo a vocs que adesconsiderao desta simples regra tem sido responsvelpela maioria das estranhas e fantsticas teorias e idias

    supostamente desenvolvidas a partir desta parbola do filhoprdigo. impressionante que tal coisa tenha sido possvel,

    pois se aquele que fizeram isso to-somente tivessemexaminado as outras duas parbolas que encontramos nestemesmo captulo, teriam compreendido imediatamente at queponto seus mtodos foram injustificveis. Porque ento, notiraram delas tambm concluses negativas? E igualmente

    com todas as outras parbolas?Mas, parte disso, como ridculo e ilgico, basear e

    estabelecer nosso sistema de doutrina sobre algo que no dito! por demais desonesto! Desonesto, porque ignora todaa autoridade, deixando-nos sem quaisquer padres excetonossos prprios preconceitos, desejos e imaginaes. E isso,repito, o que tem sido feito com esta parbola com tantafreqncia. Quero ilustrar isso, lembrando-lhes de algumasdas falsas concluses tiradas desta parbola. No seria estaparbola a qual se referem constantemente quando tentamprovar que idias de justia, juzo e ira so completamenteestranhas natureza de Deus e aos ensinos de Jesus a

    respeito dEle? No vemos nada aqui, dizem, acerca da irado pai, nem qualquer exigncia de certos atos por parte dofilho somente amor, puro amor, nada seno amor. Este um exemplo tpico de uma concluso negativa tirada destaparbola. S porque ela no apresenta um ensino declarado

    sobre a justia e ira de Deus, presumem que taiscaractersticas no fazem parte da natureza de Deus. O fatode Jesus Cristo enfatizar essas caractersticas em outros

    textos completamente ignorado. Outro exemplo o ensinode que esta parbola elimina a absoluta necessidade de

    arrependimento. Ouvi falar de um pregador que tentou provarque o prdigo era um farsante, mesmo quando voltou paracasa, que ele decidiu dizer algo que soasse bem, ainda que

    realmente no viesse do seu corao, apenas paraimpressionar o pai, e que a repetio exata de suas palavrasprovava isso. O ponto crucial era que, apesar de tudo isso,

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    apesar da repetio hipcrita das palavras, ainda assim o paio perdoou. O argumento final desse pregador era que o pai

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    no disse uma palavra concernente ao arrependimento.Portanto, uma vez que ele nada disse a respeito, no

    importante; uma vez que o arrependimento no ensinadonem enfatizado pelo pai, isso significa que arrependimento

    diante de Deus no importa!Mas talvez a mais sria de todas as concluses falsas aquelaque declara que no h necessidade de um mediador entreDeus e o homem e que a idia de expiao estranha aoevangelho a qual deve ser atribuda mente legalista dePaulo. A parbola no faz qualquer meno, dizem, de

    algum entre o pai e o filho. Nenhuma referncia feita sobreoutra pessoa pagando um resgate, ou fazendo uma expiao;

    vemos apenas uma interao direta entre o pai e o filho,resultante apenas da volta do filho daquela terra distante.

    Desde que tais coisas no so mencionadas ou enfatizadas deforma especfica na parbola, essas pessoas concordam queelas no so realmente importantes ou imprescindveis. Comose o objetivo de nosso Senhor nesta parbola fosse apresentarum esboo completo de toda a verdade crist, e no apenas

    ensinar um aspecto dessa verdade. Certamente deve ser bviopara voc que, se um processo semelhante fosse aplicado a

    todas as parbolas, teramos um completo caos, eenfrentaramos uma multido de contradio!

    O propsito de uma parbola, ento, nos apresentar eensinar uma grande verdade positiva. E se h um caso emque isso deve ser claro e evidente, no caso desta parbola.

    No por acaso que ela parte de uma srie de trsparbolas. Nosso Senhor parece ter feito um esforo especialpara nos proteger do perigo ao qual estou referindo. Contudo,mesmo parte disso, a chave de tudo nos oferecida nos doisprimeiros versculos do captulo, que nos fornecem o contextoessencial. E chegavam-se a ele os publicamos para o ouvir. Eos fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: este recebepecadores, e come com eles. Ento se seguem estas trs

    parbolas, obviamente com o objetivo de tratar dessa situaoespecfica, e responder s objees dos escribas e fariseus. E,como se desejasse acrescentar uma nfase especial, nossoSenhor apresenta uma certa moral ou concluso ao trminode cada parbola. O elemento principal, certamente, que hesperana para todos que o amor de Deus alcana, at mesmo

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    publicanos e pecadores. A gloriosa verdade que brilha nestaparbola, e que o Senhor quer gravar em ns, o maravilhoso

    amor de Deus, seu escopo e sua extenso; e isso feitoespecialmente em contraste com as idias dos fariseus e dos

    escribas sobre o assunto.As primeiras duas parbolas tm o propsito de nos mostrar o

    amor de Deus expresso numa busca ativa do pecador,esforando-se por encontr-lo resgat-lo; e elas nos mostrama alegria de Deus e de todas as hostes celestiais quando umanica alma salva. E ento chegamos a esta parbola do filho

    prdigo. Por que ela foi acrescentada? Por que essa

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    elaborao suplementar? Por que um homem, em vez de umaovelha ou moeda perdida? Certamente pode haver uma

    resposta. As primeiras duas parbolas enfatizam unicamentea atividade de Deus sem nos dizer coisa alguma a respeito dasaes, reaes ou condies do pecador; porm esta parbola

    apresentada para realar esse aspecto e esse lado daquesto, para que ningum seja tolo ao ponto de pensar quetodos seremos salvos automaticamente pelo amor de Deus,assim como a ovelha e a moeda foram encontradas. O pontofundamental ainda o mesmo, mas sua aplicao aqui se

    torna mais direta e mais pessoal. Qual, ento o ensino destaparbola, qual a sua mensagem para ns hoje? Vamos

    examin-la luz dos seguintes parmetros.A primeira verdade que ela proclama a possibilidade de umnovo comeo, a possibilidade de um novo incio, uma nova

    oportunidade, uma nova chance. O prprio contexto e cenrioda parbola, como j mencionei, demonstra isso com

    perfeio. Foi porque eles sentiram e viram isso em Seusensinos que os publicanos e pecadores chegavam-se a elepara ouvir pois sentiam que havia uma oportunidade atmesmo para eles e que nos ensinos desse homem havia umanova e viva esperana. E at mesmo os fariseus e os escribasviram exatamente a mesma coisa. O que irritava era que o

    Senhor tivesse qualquer tipo de associao com os publicanose pecadores. Eles sempre tinham considerado tais pessoascomo irrecuperveis, sem qualquer esperana de redeno.

    Essa era a opinio ortodoxa de tais pessoas. Eramconsideradas to irremediveis que eram totalmente

    ignoradas. A religio era para pessoas boas e nada tinha a vercom os que eram maus, e certamente nada tinha a lhes dar,nem aconselhava que boas pessoas se misturassem com os

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    maus, tratando-os com bondade e oferecendo-lhes novaspossibilidades. Ento os ensinos de Senhor irritavam osfariseus e os escribas. Para eles qualquer um que visse

    possibilidade ou esperanas para um publicano ou pecadordevia ser um blasfemo, e estava totalmente errado.

    Exatamente o mesmo ponto surge na parbola, nas diferentesatitudes do pai e do irmo mais velho para com o prdigo no como ele devia ser recebido de volta, mas se ele devia ser

    recebido de volta, ou se merecia alguma coisa.Isso, ento o que se salienta imediatamente. Existe a

    possibilidade de um novo comeo, e isso para todos, mesmopara aqueles que parecem estar alm de toda esperana. Nopodia haver caso pior do que o do filho prdigo. Todavia atmesmo ele pode comear de novo. Ele chegara ao fim de simesmo, tinha tocado os limites mximos da degradao,

    caindo tanto que no podia descer mais! No h quadro maisdesesperador do que o desse jovem, num pas distante, em

    meio aos porcos, sem dinheiro e sem amigos, desesperanadoe miservel, abandonado e desalentado. Mas at mesmo eletem a oportunidade de um novo incio; at mesmo ele podecomear outra vez. H um ponto decisivo que pode resultar

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    em xito e felicidade, at mesmo para ele. Que evangelhoabenoado, especialmente num mundo como o nosso! Quediferena a vida de Jesus Cristo operou! Ele trouxe nova

    esperana para a humanidade. Nada demonstra e prova maiso fato de que o evangelho de Jesus Cristo realmente a nica

    filosofia de vida otimista oferecida ao homem, do quepublicanos e pecadores se chegarem a Ele para ouvi-lO. E a

    mensagem que ouviram, como nesta parbola do filhoprdigo, era algo inteiramente novo.

    Mas quero que observem que isso no s era novo para osjudeus e os seus lderes, mas tambm para o mundo todo. A

    esperana estendida pelo evangelho aos mais vis edesesperados no s contrariava o miservel sistema dos

    judeus, mas tambm a filosofia dos gregos. Aqueles grandeshomens tinham desenvolvido suas teorias e filosofias; todavia

    nenhum deles tinha algo a oferecer aos derrotados eliquidados. Todos exigiam um certo nvel de inteligncia,integridade moral e pureza. Todos requeriam muito danatureza humana qual se dirigiam. Tambm no eram

    realistas. Escreviam e falavam de forma altamente intelectuale fascinante a respeito de suas utopias e suas sociedades

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    ideais, mas deixavam a humanidade exatamente na mesmasituao. Eram totalmente alienados vida diria do homemcomum. As nicas pessoas que podiam tentar colocar em

    prtica seus mtodos idealistas e humansticos para resolveros problemas da vida eram os ricos e os desocupados, e

    mesmo estes invariavelmente descobriam que esses mtodosno funcionavam. No havia, como nunca houvera antes,

    qualquer esperana para os desesperados do mundo antes davinda de Jesus Cristo. Ele foi o nico que proclamou a

    possibilidade de um novo comeo.Ora, esse ensino no era novo apenas naquela poca, duranteos Seus dias aqui na terra; ainda novo hoje em dia. Ainda

    surpreendente e assombroso, e ainda espanta o mundomoderno tanto quanto espantou o mundo antigo h quasedois mil anos atrs. O mundo continua sem esperana e afilosofia que o controla ainda profundamente pessimista. Eisso talvez possa ser percebido com maior clareza quando ele

    tenta ser otimista, pois vemos que quando tenta nosconfortar, ele sempre aponta para o futuro com suas

    possibilidades desconhecidas, e nos diz que no novo ano ascoisas certamente sero melhores ou que de qualquer formano podem piorar! E argumenta que a depresso j duroutanto que certamente uma mudana da mar deve seriminente! Alegra-se que um ano terminou e outro vai

    comear. Qual o segredo de um novo ano? Seu grandesegredo est no fato de que nada sabemos a seu respeito!Tudo que sabemos ruim; da tentarmos nos consolar

    contemplando o que nos desconhecido, imaginando que vaiser muito melhor. Ouam tambm as suas idias e seus

    planos para melhorar a humanidade. Tudo o que pode dizer que est tentando tornar o mundo melhor para seus filhos,

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    tentando edificar algo para o futuro e para a posteridade.Sempre no futuro! Nada tem a oferecer no presente; sua nicaesperana tornar as coisas melhores para aqueles que aindano nasceram. E quanto mais proclama isso e tenta coloc-lo

    em pratica, mais hesitante se torna. Como prova, bastacompararmos a linguagem de 1875 com a de 1935 ou mesmo

    a de 1905 com a de 1935.Pois bem, se essa a situao em relao sociedade emgeral, quanto mais desesperada e irremedivel ela quandoconsiderada num sentido mais individual e pessoal! Que

    soluo o mundo tem a oferecer para os problemas que nos

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    afligem? A resposta a essa pergunta pode ser vista nosesforos frenticos de homens e mulheres para tentarem

    resolver seus problemas. E, no entanto, nada mais evidentedo que o fato que seus esforos so inteis e sempre

    fracassam. Ano aps ano homens e mulheres fazem novasrevolues. Compreendem que, acima de tudo, o que

    precisam de um novo comeo. Decidem voltar as costas aopassado e virar uma nova pgina ou, s vezes, comeamum novo livro! Esse o seu desejo, essa sua firme deciso einteno. Querem desvincular-se do passado, e por algum

    tempo fazem o possvel para isso, mas nunca permanecem nointento. Ao poucos, inevitavelmente, voltam sua velhaposio e sua antiga situao. E depois de algumas

    experincias assim, acabam desistindo de tentar outra vez, econcluem que tudo intil. Lutam e se esforam por algumtempo, mas finalmente a fadiga e o cansao os vencem, apresso e a fora do mundo e suas filosofias parecem estartotalmente do outro lado, e eles entregam os pontos. Aposio parece ser inteiramente sem esperana. Eu me

    pergunto: quantos, at mesmo aqui neste culto hoje, sentemque esto nessa situao, de uma forma ou outra? Meuamigo, voc sente que perdeu o mundo, que se desviou?

    Sente-se constantemente assediado pelo que podia ter sido?Sente que est em tal situao, ou em tal posio, que no

    tem nenhuma esperana de sair dela e endireitar-senovamente? Sente que esta to longe daquilo que devia ser edo que gostaria de ser, que no pode mais alcan-lo? Vocsente que no tem mais esperana por causa de alguma

    situao que est enfrentando, ou devido alguma complicaoem que se envolveu, um pecado que o domina, o qual noconsegue vencer? Voc j disse a si mesmo: Que adiantatentar outra vez? J tentei tantas vezes antes, e semprefracassei; tentar outra vez s pode produzir o mesmoresultado. Minha vida uma confuso; perdi minha

    oportunidade e da para frente devo me contentar em fazer omelhor que posso na situao em que estou. So estes osseus sentimentos e pensamentos? J est convencido que

    perdeu sua oportunidade na vida, que o que passou passou, eque se voc tivesse outra oportunidade tudo seria diferente,todavia isso impossvel? essa a sua posio? Coitado!Quantos esto em tal situao? Como infeliz e sem

    esperana a vida da maioria dos homens e das mulheres!

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    Como triste! Ora, a primeira palavra do evangelho para osque esto nessa situao que eles devem erguer suas

    cabeas, que nem tudo est perdido, que ainda h esperana,ainda h esperana de um novo comeo, aqui e agora, neste

    momento, sem qualquer relao com algo imaginrio epertencente a um futuro desconhecido; mas algo que se

    baseia num fato que se passou h quase dois mil anos atrs,o qual ainda to poderoso hoje como era ento. At mesmo oprdigo tem esperana. H um ponto de retorno no caminhomais tenebroso e irremedivel. H um novo comeo oferecido

    at mesmo aos publicanos e pecadores.Contudo, quero enfatizar em detalhes o que j mencionei depassagem: esta mensagem do evangelho no algo geral evago como a mensagem do mundo, mas algo que contmcondies muito definidas. E aqui que vemos com maiorclareza porque nosso Senhor proferiu essa parbola em

    acrscimo s outras duas. Para que possamos tirar proveitodesse novo comeo oferecido pelo evangelho, precisamos

    observar os seguintes pontos. Ouam amigos, permitam queeu enfatize a importncia de fazermos isso! Se vocs

    simplesmente ficarem sentados, ouvindo e permitindo que oquadro brilhante do evangelho os emocione, voltaro para

    casa exatamente como chegaram aqui. Todavia, seobservarem cada ponto com cuidado, e o colocarem emprtica, voltaro para casa como pessoas totalmente

    diferentes. Se esto ansiosos por tirarem proveito da novaesperana e do novo comeo oferecido pelo evangelho, entodevem seguir suas instrues e seus mtodos. Pois bem,

    quais so eles?O primeiro que devemos enfrentar nossa situao com

    franqueza e honestidade. uma coisa estar numa posio me difcil, outra coisa completamente diferente enfrent-lacom sinceridade. Este filho prdigo estava numa situaopssima por muito tempo antes de chegar ao ponto derealmente compreender isso. Uma pessoa no cai

    subitamente na situao descrita aqui. Aquilo aconteceu aospoucos, quase sem que ele percebesse. E mesmo depois queaconteceu, ele levou algum tempo para perceb-lo. O processo

    to sutil e to insidioso que a pessoa mal percebe. Elacontempla seu rosto no espelho todas as manhs e no notaas mudanas que esto acontecendo. Somente algum queno a v com freqncia pode notar os efeitos com mais

    clareza. E muitas vezes, quando comeamos a sentir terrvelrealidade da nossa situao, deliberadamente evitamos

    pensar a respeito. Colocamos tais pensamentos de lado e nos

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    ocupamos com outras coisas comentando: Que adiantapensar a respeito disso? Essa a situao, acabou! Ora, oprimeiro passo no caminho da volta, enfrentar a situao

    com honestidade e franqueza. Lemos que esse jovem caiu emsi. Foi exatamente o que ele fez! Ele enfrentou a situao, e ofez com sinceridade. Compreendeu que seus problemas eramresultado exclusivo de sua prprias aes, que ele fora um

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    tolo, que no devia ter abandonado a casa de seu pai, ecertamente no devia t-lo tratado da maneira que fizera. Eleolhou para si mesmo e mal conseguiu acreditar no que viu!Olhou para os porcos e as bolotas sua volta. Encarou a

    situao de frente!Meu amigo, voc j fez isso? J olhou para si mesmo? Jpensou se todas as suas aes durante o ano que passou

    fossem colocadas no papel? E se tivesse mantido um registrode todos os seus pensamentos e desejos, suas ambies eimaginaes? Voc permitiria que isso fosse publicado sob

    seu nome? O que voc hoje em comparao com o que foi nopassado? Olhe para suas mos esto limpas? E os seus

    lbios so puros? Olhe para seus ps onde eles pisaram,que caminho percorreram? Olhe para si mesmo! realmentevoc? E ento olhe sua volta, para a sua posio e os seu

    ambiente. No fuja! Seja honesto! Do que voc est sealimentando? Comida ou bolotas lanadas aos porcos? Emque voc tem gastado seu dinheiro? Para que fins voc usoudinheiro que talvez devesse ser usado para alimentar sua

    esposa e filhos, ou vesti-los? Do que voc tem se alimentado?Olhe! alimento prprio para ser humano? Avalie o que vocgosta. Enfrente-o com calma. algo digno de uma criaturacriada por Deus, com inteligncia e sabedoria? coisa quepelo menos honra o ser humano quanto mais a Deus? alimento de porcos, ou prprio para ser consumido por umseu humano? No basta que voc apenas lamente a sua sorte

    ou se sinta miservel. Como acabou em tal estado ousituao? Olhe para os porcos e as bolotas, e compreenda que tudo devido voc ter abandonado a casa do seu pai, agindo

    deliberadamente contra os ditames da sua prpriaconscincia, deliberadamente zombando da religio e de todosos seus mandamentos e princpios; tudo resultado exclusivode suas prprias decises. A situao em que se encontra hoje conseqncia de suas prprias escolhas, e de sua prpriasaes. Enfrente isso e admita-o. Esse o primeiro passo

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    essencial no caminho da volta.O passo seguinte compreender que h somente Um a quevoc pode recorrer, e somente uma coisa a fazer. No precisoelaborar esse ponto em detalhes, no que se refere ao filhoprdigo, pois bastante claro. Ningum lhe dava nada.Tentara de tudo, esgotara todos os seus recursos e seusesforos, bem como os esforos de outras pessoas. Tudo

    acabara para ele e ningum podia ajud-lo exceto um. Opai! A ltima, a nica esperana. O evangelho sempre insisteque cheguemos a esse ponto. Enquanto lhe resta um centavoque seja, o evangelho no o ajudara. Enquanto tiver amigos,ou entidades s quais pode recorrer em busca de ajuda,

    crendo que lhe daro assistncia, o evangelho nada tem a lhedar. Naturalmente, enquanto o homem achar que pode se

    manter recorrendo a qualquer um desses outros mtodos, elecontinuar tentando fazer isso. E em nossa estimativa, omundo ainda est longe da falncia. Ele ainda cr em seus

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    mtodos e em suas prprias idias. E de que forma patticanos agarramos a ele! Confiamos em nossa fora de vontade eem nosso prprio esforo. Recorremos aos anos novos do

    nosso calendrio com se ele pudessem fazer qualquerdiferena em nossa situao! Buscamos a ajuda de amigos e

    companheiros, de parentes e queridos. Ah, vocs estofamiliarizados com o processo, no s em seus esforos deacertar a sua prpria vida, mas tambm nos esforos deendireitar a vida de outros a respeito de quem esto

    preocupados ou ansiosos. E assim continuamos at termosesgotados os recursos. Como o prdigo, continuamos at nostornarmos frenticos, e at ao ponto em que ningum nos dnada Somente ento que nos voltamos para Deus. Oh queinsensatez! Permitam que eu estoure essa falcia aqui, e

    agora. Enfrentem-na com franqueza. Compreendam que todosos seus reforos vo falhar, como sempre falharam at aqui.

    Entendam que a melhora ser meramente transitria etemporria. Parem de se enganar a si mesmos. Compreendam

    como desesperada a sua situao. E compreendam queexiste somente um poder que pode colocar suas vidas nocaminho certo o Poder do Deus Todo-poderoso. Voc

    podem continuar confiando em si mesmos e nos outros, e seesforando ao mximo. Mas daqui a um ano a sua situaono s ser a mesma, e sim muito pior. Somente Deus pode

    salv-los.

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    No entanto, ao se voltarem para Deus, vocs precisamcompreender tambm que nada podem pleitear diante dEle,exceto a Sua misericrdia e compaixo. Quando o prdigo

    abandonou o lar, sua exigncia foi: D-me! Ele exigiu seusdireitos. Estava cheio de auto-confiana e at mesmo

    presuno, sentindo que no estava recebendo tudo a quetinha direito. D-me! Mas quando voltou para casa, o seu

    vocabulrio mudou e o que ele diz agora : Faz-me.Anteriormente ele sentira que era algum e que estava naposio de exigir direitos inerentes e dignos de uma pessoacomo ele. Agora ele sente-se reduzido a nada e ningum, ecompreende que sua maior necessidade que algo seja feitode sua vida. Faz-me!. Amigo, se voc acha que tem qualquerdireito de exigir perdo de Deus, posso lhe assegurar que est

    perdido e condenado. Se sente que Deus tem o dever e aobrigao de perdo-lo, voc certamente no ser perdoado.Se sente que Deus severo e que est contra voc, ento culpado do maior de todos os pecados. Se ainda sente que

    algum e que tem direito de dizer d-me, voc nadareceber alm de misria e contnua desolao. Todavia, secompreender que pecou contra Deus e O indignou, se senteque no passa de um verme, ou menos que isso, indigno atde ser considerado um ser homem quanto mais indigno deDeus! se sente que nada , em vista da forma como seafastou dEle e Lhe voltou as costas, ingnorando-O ezombando dEle, se se lanar diante dEle e da sua

    misericrdia implorando-Lhe que na sua infinita bondade eamor, Ele faa algo da sua vida, ento tudo ser diferente.

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    Nunca foi a vontade de Deus que voc acabasse na situaoem que esta. Foi contra a vontade dEle que voc se afastou. Adeciso foi toda sua. Diga-lhe isso, e confesse tambm que oque mais o preocupa e aflige no apenas a misria que

    trouxe sua prpria vida, porm o fato de ter desobedecido aEle, insultando-O e ofendendo-O.

    Ento, tendo compreendido tudo isso, ponha-o em prtica!Abandone a terra distante. Sua presena neste culto significa

    que voc se levantou dentre os porcos e as bolotas. Masafasta-te dessa terra longnqua. Faa-o! Volte-se para Deus,

    busque a reconciliao com Ele! Tome uma deciso.Entregue-se a Ele! Ouse confiar nEle! Como teria sido ridculose o filho prdigo tivesse limitado a pensar aquilo tudo, semcoloc-lo em prtica! Teria continuado na terra longnqua.

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    Mas ele agiu. Ps em pratica a sua deciso. Cumpriu suaresoluo. Voltou para o pai e entregou-se sua misericrdiae compaixo, e voc precisa fazer o mesmo, da forma como j

    indiquei.E se fizer isso, descobrir que no seu caso, como no caso dofilho prdigo, haver um novo comeo para a sua vida, um

    novo princpio firme e slido. O impossvel acontecer, e vocficar assombrado e maravilhado com o que descobrir. Novou me deter na alegria e no gozo e na emoo disso tudo

    hoje, para que possa enfatizar a realidade desse novo comeoque o evangelho nos d. No algo etreo ou trivial. No

    uma simples questo de sentimentos ou emoes. No umaanestesia ou um sedativo que amortece nossos sentidos,

    levando-nos a sonhar com um mundo brilhante e feliz. real, verdadeiro. Em Jesus Cristo, um novo comeo, real egenuno, possvel. E possvel somente atravs dele! Agrandeza do amor do pai nesta parbola no expressadatanto em sua atitude como no que ele fez. Amor no ummero sentimento vago, ou uma disposio geral. O amor

    algo ativo! a atividade mais dinmica do mundo, etransforma tudo. por isso que tambm aqui somente o amorde Deus pode realmente nos dar um novo comeo, uma novaoportunidade. O amor de Deus no se limita a falar sobre umnovo comeo: Porque Deus amou o mundo de tal maneiraque deu.... O pai fez certas coisas pelo seu filho prdigo; esomente Deus pode fazer por ns e para ns aquilo que nos

    levantar outra vez. Observemos como Ele o faz. Oh, amaravilha do amor de Deus, que realmente faz novas todas as

    coisas, o nico que realmente pode fazer isso!Observem como o pai oblitera o passado. Ele vai ao encontrodo filho como se nada tivesse acontecido, ele o abraa e beijacomo se sempre tivesse sido zeloso e exemplar em toda suaconduta! E com que rapidez ordena aos servos que removamos farrapos e andrajos da terra longnqua, e com eles todos ostraos e vestgios do seu passado pecaminoso. Com todasessas aes ele apaga o passado de uma forma que maisningum poderia fazer. Somente ele podia perdoar de fato,

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    somente ele podia apagar o que o filho fizera contra ele econtra a famlia; e ele o fez. Removeu todos os traos dopassado. E essa sempre a primeira coisa que acontecequando um pecador se volta para Deus da forma como

    estamos descrevendo. Voltamo-nos para Ele esperando to

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    pouco quanto o prdigo, cuja expectativa era que fosse feitoum servo. Quo infinitamente Deus transcende todas asnossas maiores expectativas quando Ele comea a tratarconosco! Tudo que pedimos alguma forma de comearaoutra vez. Deus nos maravilha e surpreende com Sua

    primeira ao obliterando todo o nosso passado! E isso,enfim, o que almejamos acima de tudo. Como podemos serfelizes e livres em vista do nosso passado? Mesmo que no

    cometamos mais certas aes ou um certo pecado, o passadoest presente e sempre temos diante de ns o que fizemos.

    Esse o problema. Quem pode nos libertar do nossopassado? Quem pode apagar do livro da nossa vida aquilo que

    j fizemos? H somente Um! E Ele pode faz-lo! O mundotenta me persuadir que no importa, que posso voltar as

    costas ao passado e esquec-lo. Mas eu no posso esquecer ele sempre me volta lembrana. E me lana em misria e

    desespero. Posso tentar de tudo, porm meu passadopermanece um fato slido, terrvel, medonho. H algumaforma de me livrar dele? Algum modo de apag-lo? H

    somente um que pode remov-lo dos meus ombros. Eu sposso ter certeza que meus farrapos e andrajos se foram

    quando os vejo na Pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus,que os tomou sobre Si e Se fez maldio em meu lugar. O Paimandou que Ele tirasse de sobre mim os meus farrapos, e Eleo fez. Ele levou minha iniqidade, e Se vestiu e cobriu com

    meu pecado. Ele o tirou, lanando-o no mar do esquecimentode Deus. E quando eu compreendo e creio que Deus emCristo no s perdoou meu passado, mas tambm oesqueceu, quem sou eu para procurar por ele e tentar

    encontr-lo? Minha nica consolao, quando considero opassado, lembrar que Deus o apagou. Ningum mais podiafazer isso. Mas Ele o fez. E este o primeiro passo essencialpara um novo comeo. O passado precisa ser apagado; e ele

    apagado em Cristo e em Sua morte expiatria.Todavia, para ter um comeo realmente novo, mais uma coisa necessria. No basta que todos os traos do meu passadosejam removidos. Preciso de algo no presente. Preciso ser

    vestido, necessito de algo que me cubra. Preciso de confianapara comear outra vez e para enfrentar a vida, as pessoas eos problemas que fazem parte dela. Embora o pai tenha

    corrido ao encontro do filho e o beijado, isso por si s no lheteria dado segurana. Ele saberia que todos veriam os

    andrajos e a lama. Por essa razo, o pai no se limitou a isso.Ele vestiu o rapaz com roupas dignas de um filho, com todasas provas externas dessa posio. Anunciou a todos que seu

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    filho retornou, e o vestiu de forma que o rapaz no se sentisseenvergonhado diante dos outros. Ningum mais alm do paipodia fazer isso. Outros podiam ter ajudado o rapaz, mas

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    somente o pai podia restaur-lo sua posio de filho eprover tudo o que estava associado a ela.

    Exatamente o mesmo acontece quando nos voltamos paraDeus. Ele no s nos perdoa e apaga nosso passado, mastambm nos torna filhos. Ele nos d uma nova vida e novopoder. E Ele lhe dar tal certeza do Seu amor, meu amigo,

    que voc poder olhar para os outros sem qualquersentimento de vergonha. Ele o vestir com o manto da justia

    de Cristo, e no s lhe dir que o v como filho, mas naverdade far com que sinta que realmente o . Quando olharpara si mesmo, voc nem sequer se reconhecer! Olhar parao seu corpo e ver esse manto de valor inestimvel, olharpara os seus ps e os ver calados de sandlias novas,

    olhar para sua mo e ver o anel, o selo do amor de Deus. Equando fizer isso, sentir que pode enfrentar o mundo todo decabea erguida, sim, e poder enfrentar o diabo e todos os

    poderes que o enganaram no passado e que arruinaram a suavida. Sem essa posio e confiana, um novo comeo nopassa de um produto da imaginao. P mundo tenta limpar

    suas velhas vestes, buscando dar-lhes uma aparnciarespeitvel. Somente Deus, em Cristo pode nos vestir com ummanto novo, e realmente nos tornar fortes. Que o mundo

    tente apontar o dedo para ns, querendo trazer tona o nossopassado! Que tente lanar seus piores estrategemas contra

    ns! Basta que olhemos para o manto, as sandlias e o anel, esaberemos que tudo est bem.

    E se voc ainda requer uma prova clara da realidade de tudoisso, ela pode ser encontrada no fato que at mesmo o mundotem de reconhecer que verdade. Oua as palavras do servo,falando com o irmo mais velho. O que ele diz? Um homemde aparncia estranha, em andrajos, apareceu aqui hoje?

    No! Veio o teu irmo. Como ele soube que era o irmo? Ah,ele vira as aes do pai e ouvira suas palavras! Ele jamais

    teria reconhecido o filho, porm o pai o reconheceu, mesmo distancia. O pai o reconheceu! E Deus reconhece voc, e

    quando voc se volta para Ele e permite que Ele o vista, todosficaro sabendo. At mesmo o irmo mais velho ficou

    sabendo. Era a ltima coisa que ele queria saber, mas oscnticos e os sons de jbilo e alegria no deixavam dvidas

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    quanto concluso inevitvel. Ele estava por demais aviltadopara dizer meu irmo, no entanto, at mesmo ele teve quedizer: Este teu filho. No passou prometer que todos o

    amaro, que falaro bem a seu respeito se entregar sua vida aDeus em Cristo. Muitos certamente o odiaro, e o perseguirozombando de voc e fazer muitas outras coisas contra voc,mas, ao fazerem isso, estaro na verdade testemunhando queeles tambm perceberam que voc uma nova pessoa, quesua vida foi renovada e recebeu a oportunidade de um novo

    comeo.O que mais voc requer?

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    Aqui est a oportunidade para um comeo realmente novo. o nico meio. O prprio Deus o tornou possvel, enviando Seu

    Filho unignito a este mundo, para viver, morrer, eressuscitar. No importa o que voc tenha sido no passado,nem o que no momento. Basta que se volte para Seus,

    confessandp seu pecado contra Ele, lanando-se sobre Suamisericrdia em Cristo Jesus, reconhecendo que somente Ele

    pode salvar e guardar voc, e descobrir que.O passado ser esquecidoGozo dado no presente,

    Graa futura prometida E uma coroa de glria no cu.

    Venha! Amm.* Sermo pregado em 06 de janeiro de 1935.

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