A Percepção Do Tempo Em Husserl

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    A PERCEPO DO TEMPO EM HUSSERL

    Afedo PERERA JNOR*

    RESUMO Apresenamos uma breve reconso as uas primeiras sees eoenungen zu Pnoenoogie de inneen eitewutein e Emun Husse emue analsamos maneir pela ual ele esenvolve uma eoa ranscenenal o empo

    razeno para o campo e seu moo fnomenolco A pair e uma reavaliao oicao e ercepo o empo ele oferece cos ue nosso ve seam capazes edar con e um as cracersicas mais iscuias o empo su assime ouuniirecionalae Discuimos ambm s pncais culaes enfrenaas por eseojeo

    UNITERMOS Tempo percepo fenomenoloa conscincia

    1 CRICA A BNANO

    Hue empeende na Lies ua anie ategoia da oninia do epouscando a foa aoua aav da qua a oncinia onstitui o tepo intenionaoeivo. Neste poeto ee se difeencia tanto do antiso ao etoma uma conceponatua noenaista da peepo quanto da psicoogia epica a qua no faz avida diine onceituai esenciais paa ua adequada ompeeno datempoaidade; esta aatetica da Lies faze o que egundo Gane (1 p1522) ta oa eboa eita eca de ua dcada ante da Ideen manifeste uaconepo aaduecida do todo fenoenogico.

    A pieia eo da Lies expe a teoia de Bentno a epeito da natueza de noaonepe do epo e a ua ica a esta teoia . Paa Benano a iaginao a one

    Depataento de Educao Instituto de Biocincias UNESP 18610Botucatu SP; doutoando Filosofia na UNICP.

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    nica a temporalidade. Cada dado perceptivo sensorial dplicado pela iaginao emma srie de representaes, na qal cada repesentao repodz o cotedo daprecedente (2, p. 20). Cada srie assoiada sensao coespondente, ao qe Betanocham de "associaes originrias". O ter de teoaidade, de se assado o f,consistiria em aleraes das repesentaes (2, p. 224).

    A teoia de Brentano o leva a extair as olses seintes. Em pieio la, no osse ae eceo a ao eora, oe o assado e o fo soepresenaes imaginrias, e no poss{vl qe estas sejam dadas sensorialmente; mesmo qe fosse possvel haver perepo do passado o do ftro, estas ocoeam no instantepesente, o qe geraria ma contradio (algo seia simltaneamente presente e passado,ou presente e fto). Em segndo lga, apenas o pesente seia real, ao passo qe o

    p'ssado e o ftro - tomandose por base a deno kantiana de "realidade" - no seiareais, pois, objetos da iaginao, no estariam spotados, no pesente, por algcontedo sensvel.

    Hsserl recsa qe a gnese da temporalidade esteja na imaginao; ele petende qehaja, em m nvel mais fndamental qe o da imagnao, a "peceo do teo" naqal se constitam as noes de "passado" e "ftro". Ento, pimeiaente seia pecisodistingir entrepercepo e imaginao do tempo (2, p. 256)

    Uma segnda distino a ser feita ente o de preenso do tempo, conedo do atoe objeo apreendido (2, p. 278) Brentano apresento ma teoria psicolgca, poqe estbaseada em propriedades do contedo (2, p. 25) mas tal concepo do tepo condzra sria difcldade pois para constitirmos uma ordem temporal pecisaremos lidar comuma multido de imagens "fantasmas" ou ento com signos temporais (2, p. 279), o qeseia insuciente paa constitui uma noo de passado.

    Para Husserl, a compreenso da temporalidade reqer uma anlise dos atos daconscincia e de ses obetos (intencionais) . As propriedades da forma de tempo residem,para ele, na subetividade no podendo se derivadas dos contedos apreendidos, comoprops a corrente relacionalista na losoa do tempo. Se as caractersticas temporais no

    repousam no contedo, ento possvel evitar a contradio acia, e, por otro lado,tambm se torna possvel falar de ma percepo do passado, o qe evitaia consideloirreal de todo.

    2 O OJETO TEMP IMETE

    psicologia de Brentano , para Hsserl, herdeira da tradio qe remonta a HebartCf p. ), segndo a qal o conecimento de ma scesso tempoal reqeiria aconscincia simltnea dos momentos qe a compem. Hssel pefere segr a sgestode Stern (2, p. 4), de qe a percepo de m objeto temporal compota ela mesma atemporalidade (2, p. 6). Mas este objeto no pode ser redzido aos ontedos empicos,pois estes esto sbmetidos instantaneidade da sensao: qando os gos sensoriais

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    ssm de se estmuldos, o contedo empco se desvnece. Um objeto temporl pssel um objeto ntenconl, ue consttudo omo umconinuun de um to que nclulbrans, percepo emprca nstntne e expecttvs. Em outrs plvs, o objeto

    tpol o coelto deste to, enqunto temtdo pel conscnc. No gnde istnc de Hussel Knt to pequen quanto o dstnc ente a "conscnca"sslna e o "entendimento" kntno; ms, tatandose d compeenso do tempo, quen dstnc se tnsfoma em um gnde dfeen enqunto o tempo kntanot pobea de uma fom po concebda de modo especutvo, o tempo usselanostnt que de um fom gualmente po , ms descobert trvs d expenctul.

    o "objeto tempol mnente" de Hussel ento o obeto tempo ta como apaece

    r conscnca, nos een aos s u obeo enonco, despo de os asnsdees tnscendentes (2, p. 37 . conscnc do objeto temporl pocessse em contnudde d e desde um nstnte ncl, ogndo po um pecepornr, t o nstnte pesente. O objeto ( unidade vsdo mntm su dentdders deste processo (, p 60) o que se modc so smdalidade de fse, ou o modo pece d unidade 2, p. 39).

    O modo de precer de qulque undde temporl obedece ento um form po detemn s "condes de possbldde de um conscnc d tempoalddejtv" (2, p. 25) Est fo epresentd po Hussel no segunte dgm (2, p. 43)

    ig 1 p E

    E

    O segmno OE denot a si d potos brangidos sucessimente pe percep,nsttundo o preente ou noo de "gor" Fenomenologicmente, prceponcebid em seu sentido ordnro, de lnhagem empst d orgem s impreen (2, p. 434, as qus podem se entendds como s mpesses poduds pelostedos emprcos, ms no estes cotedos mesmos. se do pesente est bet irt.

    O pesente nstnneo, ssm sendo no podemos, evdentemente, dentcr lnha prsnte com um nstnte pesente peenso de um segmento dest ln eque ocrso d reteno ou lembn prmr, que duo, constntemnte enovd,

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    g c H u coninuum ntr da pro t t qu Hu cop rtno co aud de um 45 t di peranentnte mprso originria no i d ted, i dicndo odidd do qu tt Dt i ittent tn d P do gnto P qu e e, ttu coninuum d fe td por , u e tnoa 2 p )

    PERCEPO ODIN RCO DO TMO

    d tante prente onttu ogariaent via undd tepor u idtdde prnece nvarint nas t Hu odr esr po qu toda reteno ea p rdinr 2, p 48 conqentente stabeece ua prcptiv rtenconai f tencion distinguse ntre s qu unae revva pea concnc

    A od trv das odidades do to no qua o oetot oi Hur no expicit ua concepo da odalidade, mast tur qu trt d u ditino d "modos" de u utnc no

    t on d tpo pinoziana no de modalidade kantianasC og pr no id com odalidades do ato de conscincia, mas trata oqu u r d evnt de esmotu no t oo etbelecer a lei acima qu td t prdid po u prcepo sendo ai, ela admite que d u oto pos prcdr prcepo deste 2, p 48 Desta gu gudo Huerl, coprd dqudente onstituio o

    t rnto a tr d Hu o oncni do tempo

    u b ir u n d age s d prpr etovd uio qu erdo praramente no dado ncncia t a n moe e po- se fosse dado n modadde de prente

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    corrspond ao momnto prst, como tambm um "alo" tncional composto por umasri d tns ( protnss dstas rtns, como vrmos adiant). O objttmporal tm uma durao, o su aparcimnto conscincia tm a foma d umconinuum. Ento, Hussrl cama d "prcpo", m um significado ampado, "conscincia qu s rporta ao objto tmporal m sua undad", qu a "prcpoadquada do objto tmporal" (2 p 54) . Nst novo sigicado, "prco" nclu no sa prcpo ordiria como tambm uma sri d rtns uma protso diand s pois oposta rtno (2, p. 58) .

    Nst ponto sria covint qustionarmonos s Hussrl no staria incorrndo mma confuso trminolgica, fruto d uma mistura, ainda no dpurada, do paradigmaracionalista kantiano com o paradigma mpirista da psicologia cintca. Granl (1, p

    8992) cga a lvatar a ipts d qu o fato d a prcpo ao msmo tmpo sr oposta rtno cotla sria sial um hgliaismo d Hussrl as isto m parc srma tmpstad m copo dgua; mais plausvl a ipts d qu o studo datmporalidad ftivamt conduiu Hussrl a laborar uma concpo mais satisatriada prcpo qu dv sr distnguida claramt da cocpo qu camamos d"ordinria" (o qu, crto, Hussrl muitas vs s squc far) Fa art d suabiograa intlctual tr l concbido apercepo ampliada no cotto d uma losoada conscincia, d sabor kantiano, mas lcito psar qu o dsnvolvimto postrior dlosoa d Hussrl no sntido do "mudo da vida" crtamt utorimaitrprto

    oraioalista da "prcpo do tmpo".

    4. COSCICI O EMPO

    undad da conscincia do tmpo inclui, alm da "prcpo do tmpo", duas novascatgorias: a rlmbrana a protnso

    od ocorrr qu a conscicia s rport a um coninuun tmporal qu no cotmnenhuma imprsso originria no prsnt Tal objto tmporal aparc ao sujito como

    lembrana secnda ou relembrana d um coninun qu stv outrora prcbido. Almbana uma sri paalla prco, disjta oposta prcpo (2, p 502)Como s distigu a rlmbraa da prcpo tmporal? Hussrl afirma q narcpo o objto itncioal dado "m pssoa", quato a rlmbrana umarprsntao do objto produida pla imagiao (2, p 57; 62/3 82) Como podmosnotar, paa caractriar a rlmbraa Hussrl rcorr catgoria da imaginao, quhavia cusado para a caractriao da lmbrana primria .

    consncia do tmpo p m jogo no apnas os objtos tmporaispercebidos (nosntido mpliado o tmo) como tambm os objtos represenados pla magiao. Os

    objtos imaginados so "dicados atamnt como cada o constitutivo do tmpo" (2,p 70), , quando so traidos conscincia m um momnto qualqr, torams lsmsmos ovos objtos tmporais imats d sguda ordm Isto possvl dvido a

    r

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    uma nova intencionalidade , que uma rplica da intencionalidade que constitui o tempo

    (2, p. 70). O fluxo temporal ento um processo complexo de percepo e representao,

    que pode estender-se indefinidamente, atravs de novas impresses originrias ou (de

    maneira especulativa) via reprodues sucessivas das mesmas impresses originrias

    j

    dadas (produo de rplicas das rplicas), sendo que cada uma destas reprodues se torna

    ela mesma um novo objeto intencional, na modalidade de representao de ensima ordem.

    Para

    tornar o processo ainda mais complexo, preciso introduzir nele as protenses.

    \

    Husserl entende que o elemento de futuro no gerado atravs de uma nova reproduo

    de imagens oriundas das impresses originrias, mas sim unia mera modificao projetiva

    das lembranas (primrias ou secundrias) (2, p. 73). Possumos uma nica protenso, sem

    contedo prprio, que afeta os objetos temporais e os direciona no sentido das realizaes

    possveis, gerando assim o sentido de futuro . A espera uma reteno em sentido inverso

    (2, p. 74) e s se distingue dela no seu modo de aparecer

    (2,

    p. 75).

    Um diagrama, completo, da forma da conscincia temporal, seria o seguinte:

    Fig.2

    F

    O segmento FEDCA expressa a srie de percepes ordinrias, que constituem as

    impresses originrias. O segmento AI2 expressa o objeto temporal percebido, e o

    segmento F E , o objeto temporal representado. A conscincia temporal no instante A a

    unio dos dois ltimos segmentos, modificados pela protenso

    B.

    Observemos que, na

    verdade, tal diagrama ainda no est completo, pois

    l h ~ l t m

    as

    r e s e n t e s

    de

    representaes, as quais seriam copiadas no do segmento FE, mas de F E (sua expresso

    no diagrama exigiria maiores recursos grficos). Alm disso, trata-se de um corte esttico

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    e simlicado, de um ao de conscincia no insane A, que no cara a dinmica daconscincia aravs das ercees sucessivas ao lono da linha do resene

    MT TM

    1 A Pmera Ameta

    Parece ser evidene, ara usserl, qe ereeos o (e teos conscincia do teocomo assimrico, eora ele no re siseicene dese io Em nvel derceo do eo, h ua assieria enre eno resene e assdo reencional

    em nvel da unidae da conscincia do eo, h a assimeria enre erceo do oeemoral (rieira inenionalidde e lerana do obeo emoral (seundainencionalidade Se dvia, ua desas assierias, ou ambas connaene, conereuma unidirecionaliade ora asola do eo, o sea, esa ora tem a roriedadede aer com qe o xo eorl da conscincia enha uma ordem esria Nosso oeivoaqui ser reconsruir o ensameno de Husserl sore a assimetria temoral

    Anes de inroduir a caeoria da relerna, usserl aseava a assiera enreresene e assado nas modlidades de ario do oeto temoral, mais reciamenena lei que ara qe oda reeno reeia or ua erceo (orinria O

    cotu ormado ela erceo (ordinria resene e sua caa de reenes uasrie e ordenda, endo coo rineiro eleeno 2 49: esa srie sere e urieiro elemeno a reeno da rieira erceo, e coo io eleeno erceo resene Os nos desa srie obedecem a ua relao de orde ca naureano bem exliciada or usserl; suas indicaes mais relevanes a ese reseio eso n 4, onde ele arma que o couu de modalidades de ases no con das vees oesmo modo de ase, qe os insanes eorais so nicos (disinos ns dos oros, e noodem ocorrer duas vees e qe as ases do cotuu eorl eso em crescienoconnuo, a arir das iresses oriinris, orno o degad reencionl

    A relao emoral que ordena os insnes (a qal areviareos or ave esseer carer quaniaivo, da seuine neir dirs qe se nerior a orse (x y) se e soene se houver qnide ior de ses enre x e o insne doresene qe enre y e o insne do resene ads a iresso riinria e a leranada iresso oriinria A (qe denoos or A, eno seese d rieira assieriaq (A ) o se

    PEEO (A )

    Imediaamene noamos as diculdes e esa inerreao de acarrea: ara qe

    dssemos ordenar o uxo eoral da conscincia, em toda a sa exenso, com esa, seria reciso que odas as iresses oriinrias ossem reias; ora, iso iossvel,ois, como noa sserl 2 456 o ca emoral erceivo liio, e e sere

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    a mema eteno - que muito menor que a eteno da concincia do tempo em uaunidae incluindo a relembraa e protene) Logo neceariamente uma parcela

    coniderel do objeto unidade) perde progreiamente ua intenidade retencionaltomba o azio equecida deitiamente ou eentualmente relembrada Portanto talinterpretao de R T ale apena para ordenar a ae dapercepo do tempo (obiamenteetamo lidando agora com a percepo no entido ampliado) e memo nete conteopdemo no quetionar e a no da miterioa "modalidade" huerliaa noetabelecimento de uma ordem temporal etrita pode eetiamente er reduida a umarelao uantitatia ou e no requeriria uma concepo qualitatia ligada ao coceito de"intenidade" Porm no iremo no enoler neta dicuo tomita

    mbora a primeira aimetria tenha um alcance limitado ela que para uerl da

    o entido de "paado" 2, p 58 " apena na lembraa primria qe eienciamo opaado apena nela que e contiti o paado "

    2 A enda Ameta

    A introduo da categoria da relembrana permite a uerl etabelecer bae parauma noa aimetria temporal a qual e no a mai undamental a mai abrageteA ua bae et na opoio entre percepo em entido ampliado) e relembrana Nareteno perceptia a impree originria "e renoam em cear" 2, p 55) orevvda, ao pao que na relembrana a concincia no lida com o obeto memo eteno lhe dado em i memo ma apena eu "antama" (imagen copiada) reproduidopela maginao (para a ditino huerliaa etre reteno e relembrana 2, p 57 a 69) a relembrana a imaginao tambm [produz um "agora" ma ete e ditigue do"agora" preente porque o ltimo contm dado da percepo ordinria

    A repreentao de um obeto unidade) a repetio de uma ceo origiria aqual trazida liremente concincia 2, p 59) Se tiermo originaiamete uma uceo(A RT B), podemo repreentla como uma (RT B) o aptroo iica que e trata

    de objeto imaginado e noo mbolo RT aqi ubtitui o mbolo " - " uado por erl) que uma uceo relembrada 2, p 5960) A cada e qe a concincia retoa memauceo (A T B), por ela reconhecida como um obeto temporal que matm aidentidade inariante atra da operae da concincia 2, p 966 e 82, ela ditieentre o objeto de enima ordem e o eu predeceor de n + 1 ordem o ue erldenota por intermdio do nmero de aptroo:

    (A RT B), (A RT B) , (A RT B),

    A aimetria entre lembrana primria perceptia) e ecundria imaginada) no

    permte ainda etabelecer:(A RT B) RT(A RT B)', onde RT a relao que expressaa segnda assimetria.

    Cmo T aimtrica podemo deduzir:

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    1 (B RT A) da primira assimtria e1 [A RT B RT A T B], da sgda assimtria.

    to parec sicite para ordenar o o tmporal da conscicia m ma ordmetrta (uidircioal) Mas h um ovo tipo de cas qe pode trar complicaes

    A RT B' RT A RT B

    uma relao d ordm tre dois objtos imagiados. Este caso ocorrr smpre qa conscincia qira rprodir a scsso d eu prprios estados. Ela pod tambmreprodir a rprodo d ss estados da sgit maira

    [A RT B R A RT B

    Hsserl trata dsts casos s pgs. 61 a 65 caracteriado o timo da sgit mairaeu tnho coscicia d tr etado rptidamt ma aps a otra ma rptio porrepresentao. Q itrprtao podramos dar eto para R T qado esta ordarepreentaes de sima e (n + 1) ordm?

    H uma dicldade para com tal iterprtao de, a sabr parece qe o acesso daconcincia s impresse originria aps uma re de represetae da mema teriaque percorrer cada ma das rpresetaes itermdirias at atigir o primeiro elementoda rie cao contrrio ela poderia violar a ordm do o tempora e ocaliar talmpreo origiria em ma posio rrada com relao s dmas percp origirias .

    Por eemplo as pessoas idosas mitas vs tm maior facilidade de se lmbrar do passadormoto qe do passado recete to parc qe s elas o recostitrem toda a sriede represtas rativas a ma imprsso origiria q est em se passado rmotopodero por mplo jgar qe m ao d sa icia ao qal tm acesso imdiaoocorre ate qe m fato ocorrido m ms atrs (do mometo m qe a a rprodo)cujo acesso para ea itrmdiado por ma cadia d rprstas.

    nto e tal objo vlida as pessoas teriam qe ereemrar de tudo para podrmestabelcer ma ordem asimtrica transitiva e conea do seu lo temporal a

    conscicia.Huer o aceita qe o acesso s impresses originria dva passar pelo ato de

    cocincia ntermedirio do ujito; pgia 77 ele escarece est poto diedo quma asero como e me lembro do tatro ilmiado o iica eu m lmbro de trprcebido o teatro imiado em e me lembro d ter percebido q prcbi o tatroilmnado. Isto implica q a locao tmporal de uma impresso origria rlembradano depde do nmero de rcurse do ato do sjeito ao se relmbrar de ta imprsso.

    Uma primeira soluo para esta dcldade rssaltar qe no rciso e as pessoas

    estejam sempre em condis de rconstruir ntgralmnte a ordem tmporal d se xode concncia. Ma a validade da toria temporal de Her dpnde de qe de certamaera a pesoa empre poam falo. Se das mprese originrias puderem er

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    dentvaente ncoparveis para o sujeito, ento a assieria da ordem temporal nopodera se gaantda

    uponaos que, e certo oento de eu presente, eu reprodua, lado a lado, uapesso orgnria ocorrda no passado reoto e ua representao cuja pressoogina e ocalia no passado recente Coparando abas as representaes,constatae que a segunda de aor ordinaldade que a prera (te pelo enos uastf a as) , e tendee a concluir que a ipresso orginria que a gera ocorreu antesda peo que gera a rea, ou seja :

    '

    B

    RT B

    ue oedento se podera toar para evitar o engano? parenteente e B soncoarves porque no t nenhu eleento e cou as, devido concepouseana da percepo do tepo (os insantes da durao do objeto temporal formamu coninuun) e preira assietria (os instantes esto ordenados) , A necessaramenecopave co B, da segunte aneira: percorrendo a lina do presene, encontraremosu tevao tal que ( RT ) e (X RT B), o que plca, por transiividade (sobre esa e Husserl, ve p 93, ( RT B

    aa que possaos obter ( RT B), tereos que proceder seguinte operao:e ote ( RT ) e (X RT B) Sejax o prero eleento de X ex o ltmo ParaHuser a elebrana de u objeto temporal no altea suas propriedades essenciaisaeteos, ento, que a erana de ua sucesso no altere a sua orde Se eu conseguirgea a conscncia ( RTx)' e (x RT B)' , ento posso nferi ( RT B)

    usse se pergunta (2, 91 a respeito da possldade de se estabelecer u tempoetv nco, co ua de a, a part das das ases que ofeeceu para a assietriatea e responde: colocando e "concdnca contnua" os capos temporais

    (eceptvos), podeo etaeece ua orde nea (ve tamb 2, p 1019. Oacnio ujacente tave possa ser epressado da segunte anera: se podeosaa teporaente, atravs da prieira assetra, cada segento do flo teporalque abarcado por cada percepo, eno podeos coparar pontos destes segmentosente s, oue a tansio entre cada segento ocorre contnuaene Coo aboeos coparar ente s todas as epresentaes relativas a u eso ojeto, entoeos estaeecer construtvaente ua orde tepoal asstrica de qualquer parte uo teoral total, e, da, estabelece a orde e todo o o Co este ltocrt, copletase nossa anlise da assietra temporal na fenomenologia usserliana

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    AGADCIMNTS

    gradeo Professora Lvia Guimaes (Dept Filsoa UFG) o fornecimento de

    usdios para este trabahoPRIR JNIOR, A - Husserls time perception Trans/Form/o, o Pal,

    13: 3 - 83, 990

    S C A bref recotcto of th rt two cto of Edmud Hue'Vorensungen zur Phanomenooe des nneren Zeitewusstseins doe howg howkg ue of the pheomeolocal metho the uthor develop h tcedetal theoof tme. A revluto of t meg of ercpto of tme" low hm to etab the bawhch are our perpectv ble to ve ccout of o of the mot debatabe queto

    bout tme t mme or udrctol. We heore dcu he m dcutetht ec uerl th pjct.

    KY-WOS me; percepo; pheomenolo; cocec.

    FNIS BIBLIGCAS

    1 GRANL, G Le e du temp t de la percepto chez Hurl. Paris, Gallimad,968

    2 HURL, Lo pour u phomoloe de la cocece tme du temp. TradHenri Dssort Paris, Presses Universitaires de France, 964

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