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EBSPMA 2008/09 ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA PADRE MANUEL ÁLVARES A PRINCESA E A ERVILHA (Parágrafos Desordenados) Então, sim, chegaram à conclusão de que ela era mesmo uma princesa verdadeira porque tinha sentido a ervilha através dos vinte colchões e dos vinte edredões. Só uma princesa de verdade poderia ser assim tão sensível! Pronto, aqui têm uma história verdadeira! Na manhã seguinte, perguntou-lhe como é que ele tinha dormido. Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa verdadeira. Assim, deu a volta ao mundo inteiro à procura de uma; porém, qualquer coisa estava errada: encontrou imensas, mas não conseguia ter a certeza se elas eram princesas de verdade. Havia sempre um pormenor que não batia certo. Regressou a casa muito triste, porque desejava imenso casar com uma princesa verdadeira. O príncipe casou com ela, pois finalmente sabia que tinha encontrado uma princesa autêntica, e a ervilha ficou exposta num museu onde ainda hoje a poderão ver, se ninguém a tiver tirado. Hans Christian Andersen nasceu a 2 de Abril de 1805 em Odense, na Dinamarca. Lança a Em 1827, passa a dedicar-se exclusivamente à literatura e a 8 de Maio de 1835 A partir dessa data as obras-primas sucedem-se umas às outras: A Princesa e a Ervilha; As Flores da Pequena Ida; O Rouxinol; O Patinho Feio; O Abeto; A Rapariguinha dos Aliada a este gosto pela escrita, existe uma grande vontade de conhecer outras terras e outras gentes. Deixou interessantes relatos das suas viagens, tendo a estada em Portugal originado Uma Visita a Portugal em 1866. Nos

A Princesa e a Ervilha

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Page 1: A Princesa e a Ervilha

EBSPMA 2008/09

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA PADRE MANUEL ÁLVARES

A PRINCESA E A ERVILHA(Parágrafos Desordenados)

Então, sim, chegaram à conclusão de que ela era mesmo uma princesa verdadeira porque tinha sentido a ervilha através dos vinte colchões e dos vinte edredões. Só uma princesa de verdade poderia ser assim tão sensível!

Pronto, aqui têm uma história verdadeira!

Na manhã seguinte, perguntou-lhe como é que ele tinha dormido.

Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa verdadeira. Assim, deu a volta ao mundo inteiro à procura de uma; porém, qualquer coisa estava errada: encontrou imensas, mas não conseguia ter a certeza se elas eram princesas de verdade. Havia sempre um pormenor que não batia certo. Regressou a casa muito triste, porque desejava imenso casar com uma princesa verdadeira.

O príncipe casou com ela, pois finalmente sabia que tinha encontrado uma princesa autêntica, e a ervilha ficou exposta num museu onde ainda hoje a poderão ver, se ninguém a tiver tirado.

Uma noite, houve um temporal terrível, com trovões, relâmpagos e chuva torrencial. Era mesmo medonho!

“Bem”, pensou a velha rainha, “em breve saberemos isso!”. No entanto, nada disse e dirigiu-se ao quarto. Uma vez ali, tirou todas as roupas da cama e pôs uma ervilha em cima da armação. Em seguida, pegou em vinte colchões e colocou-os em cima da ervilha, e depois pôs vinte fofos edredões por cima dos colchões. Era ali que a princesa iria passar a noite.

Do lado de fora encontrava-se uma princesa, mas, coitada, em que estado lastimável ela estava com a chuva e o terrível temporal! A água escorria do seu cabelo e das suas roupas, entrando pela biqueira dos sapatos e saindo de novo pelos calcanhares. Mas afirmava que era uma princesa de verdade!

Hans Christian Andersen nasceu a 2 de Abril de 1805 em Odense, na Dinamarca. Lança a sua primeira colectânea de contos.

Em 1827, passa a dedicar-se exclusivamente à literatura e a 8 de Maio de 1835 A partir dessa data as obras-primas sucedem-se umas às outras: A Princesa e a Ervilha; As Flores daPequena Ida; O Rouxinol; O Patinho Feio; O Abeto; A Rapariguinha dos Fósforos; A Rainha da Neve; Os Cisnes Bravos; O Valente Soldadinho de Chumbo,… Escreve também romances e peças dramáticas.

Aliada a este gosto pela escrita, existe uma grande vontade de conhecer outras terras e outras gentes. Deixou interessantes relatos das suas viagens, tendo a estada em Portugal originado Uma Visita a Portugal em 1866. Nos últimos anos da sua vida, este grande escritor dinamarquês recebeu as maiores homenagens, títulos e altas condecorações. Veio a falecer a 4 de Agosto de 1875.

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- Oh, muito mal! – respondeu a princesa. – Praticamente não preguei olho em toda a noite! Deus sabe o que é que a minha cama tinha! Estive deitada sobre uma coisa tão dura que fiquei toda pisada. Foi horrível!

Alguém bateu ao imponente portão e o velho rei foi abrir.

ANDERSEN, Hans Christian, CONTOS DE ANDERSEN, Edições Edinter.

ActividadeDepois de leres o texto com atenção, resolve a ficha de trabalho respondendo no teu

caderno diário.

1. 0 Conto apresenta-se de forma desordenada à espera que tu o ordenes.

1.1 Numera os dez parágrafos do texto e ordena-os correctamente.

1.1.1. Copia os parágrafos ordenados para o teu caderno diário.

1.2. O parágrafo que, após a ordenação, aparece em primeiro lugar, quantos períodos tem?

1.3. Transcreve um dos parágrafos que tenha apenas um período.

2.QuaI era o desejo que o príncipe deste conto tinha?

3.Porque razão é que o príncipe (mesmo depois de dar a volta ao mundo inteiro) não conseguia arranjar uma princesa de verdade?

4.Certo dia o príncipe encontrou uma princesa de verdade. Descreve como estava a ser esse dia, copiando algumas expressões do texto.

5. 0 que é que a velha rainha fez para descobrir se aquela era uma princesa de verdade?

6.QuaI era a principal qualidade desta princesa?

7.Reconta (conta por palavras tuas), agora, qual o final deste conto.

8-Este é um texto narrativo. Uma vez que o leste atentamente, diz-nos se o narrador é participante ou não participante. Justifica a tua resposta.

9.Quem é o autor do texto que acabaste de ler?

10.Qual o nome da obra de onde foi retirado este texto?

11.Qual a editora que publicou o livro de onde se extraiu este texto?

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