a princesa e a ervilha

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  • Princesa e a Ervilha

    PROFESSORGUI

    O DO

    Explorao de contedos Preparao da visitaCaderno do professor

  • 2Era uma vezuma Princesa sensvel. Enquadramento Curricular Preparao da visita

    Para preparar a sua visita, com acompanhamento do nosso servio educativo, contacte-nos previamente atravs do email [email protected] tera a sexta (sbados e domingos aps confirmao), realizam-se visitas acompanhadas gratuitas para educadores, professores ou tcnicos.

    A ttulo de sugesto, indicam-se 5 pontos a considerar na preparao da visita:

    1. Selecione as exposies / mdulos que melhor se adequam aos objetivos que pretende atingir e faixa etria do grupo.Todas as exposies so acessveis a todas as faixas etrias, devendo ser feita uma abordagem adaptada s idades do grupo.

    2. Consulte as imagens e a descrio dos mdulos em Exposies.

    3. Elabore um guio de visita e organize grupos de trabalho. Poder encontrar algumas sugestes em Materiais de Apoio.

    4. O sucesso de uma visita depende tambm do envolvimento dos alunos com o espao que esto a visitar. Por isso, informe sempre os seus alunos sobre o que vo visitar e quais os objetivos da visita.

    5. Para que a visita de todos os que se encontram no Pavilho seja o mais agradvel possvel, informe os alunos sobre as normas de funcionamento do Pavilho e distribua o plano de visita.

    1Ciclo descoberta do ambiente natural

    2 CicloCincias da Natureza Transmisso de vida: reproduo nas plantas

    3 CicloCincias Naturais Ecossistemas Diversidade a partir da unidade nveis de organizao hierrquica

  • 3H quem afirme que esta histria foi mesmo verdadeira.

    Era uma vez um prncipe que se queria casar com uma princesa, mas uma princesa de verdade, de sangue real, a srio! Viajou pelo mundo inteiro, procura da princesa dos seus sonhos, mas todas as que encontrava tinham sempre algum defeito. No que faltassem princesas, havia de sobra, mas a dificuldade era saber se realmente eram de sangue real. E o prncipe retornou ao seu castelo, muito triste e desiludido, pois queria muito casar com uma princesa de verdade.

    Uma noite caiu uma tempestade medonha. Chovia desalmadamente, com trovoadas, raios, relmpagos. Um espetculo aterrador! De repente bateram porta do castelo, e o rei em pessoa foi atender, pois os criados estavam ocupados secando as salas cujas janelas foram abertas pela tempestade. Era uma moa, que dizia ser uma princesa. Mas estava encharcada de tal maneira, os cabelos escorrendo, as roupas coladas ao corpo, os sapatos quase desalinhados que era difcil acreditar que fosse realmente uma princesa real. A moa tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa forma de provar se o que ela dizia era verdade. Ordenou que sua criada de confiana empilhasse vinte colches no quarto de hspedes e colocou sob eles uma ervilha. Aquela seria a cama da princesa.

    A moa estranhou a altura da cama, mas conseguiu, com a ajuda de uma escada, deitar-se. No dia seguinte, a rainha perguntou como ela tinha dormido. A moa respondeu que no tinha conseguido dormir muito bem, uma vez que havia algo duro na cama. Foi to mau que at deixou manchas roxas no corpo. O rei, a rainha e o prprio prncipe puderam deste modo comprovar que se tratava de uma verdadeira princesa. S mesmo uma princesa verdadeira teria a pele to sensvel para sentir um gro de ervilha sob vinte colches!

    O prncipe casou com a princesa e a ervilha foi enviada para um museu. Ainda deve estar por l...

    Mas por que razo ter ido a ervilha para um museu?

    - Uma ervilha num museu?

    - Sim, deve ser muito valiosa

    - E porque que muito valiosa?

    - Porque a ervilha e porque est no museu, claro!

    A nossa perceo do valor de um objeto depende de muitos fatores: quanto mais nico, mais raro, mais atraente, ou mais til, normalmente mais valioso esse objeto. Uma obra de arte nica e tambm por isso valiosa, e para quanto mais pessoas for atraente ,maior o seu valor. Um metal precioso s o enquanto for raro: se de repente se encontrasse ouro na mesma quantidade que ferro, o ouro passaria a valer tanto como o ferro... ou at menos, j que possivelmente seria menos til. Um exemplo histrico o alumnio: era to til e to difcil de obter, antes de a sua extrao por mtodos eletrolticos se tornar comum no sc. XIX, que chegou a ser mais caro que o ouro!

    A nossa noo de valor muito relativa e aquilo que pode ser valioso para uns pode no o ser para outros. Uma ervilha um objeto muito comum; no entanto, se essa ervilha for de algum modo tornada especial, torna-se um exemplar nico e, por isso, valioso. Esta ervilha que aqui mostramos to preciosa que desenvolvemos um mtodo de segurana especial: as pessoas podem apenas v-la, mas no conseguem toc-la.

    Pela parte lateral possvel perceber qual o truque: dentro deste cofre esto um espelho grande e uma ervilha. O espelho (que cncavo como uma colher), projeta a imagem da ervilha pela abertura frontal do cofre, criando a iluso de que a consegues tocar.

    Era uma vezuma Princesa sensvel.

  • 4Ser que tu tambm tens sensibilidade de princesa? Testa!

    Ser que s uma princesa de verdade consegue sentir uma ervilha entre os colches? Neste mdulo podes testar a tua sensibilidade, memria e astcia.

    Ser capaz de detetar uma ervilha, como a princesa da histria fez, talvez um exagero, mas o nosso sentido do tacto pode ser bem apurado. Chamamos tacto a uma srie de sensaes transmitidas ao crebro por recetores (clulas nervosas especializadas) distribudos por todo o corpo, atravs dos quais sentimos presso, dor e temperatura. Estas informaes so processadas (muitas vezes de forma inconsciente) para nos permitir uma interao correta com o mundo que nos rodeia.

    Por exemplo, j pensaste que a presso nos teus ps essencial para te equilibrares enquanto fazes esta atividade?

    Os recetores no esto igualmente distribudos no nosso corpo, e assim h zonas com maior densidade de recetores que so muito mais sensveis. Para

    visualizar melhor como a distribuio de recetores varia consoante os locais do corpo, criou-se uma princesa homnculo. Imagina uma princesa com um aspeto um pouco estranho porque tem zonas aumentadas, como as pontas dos dedos ou lbios, que variam em proporo com o seu grau de sensibilidade. Zonas mais sensveis podem ter cerca de 100 recetores de presso por cm2 e reas menos sensveis podem ter apenas 10.

    A densidade de recetores est tambm relacionada com a distncia mnima entre dois objetos de modo a que os consigas distinguir (resoluo tctil). Esta depende de pessoa para pessoa e da zona do corpo: cerca de 0,5 mm nos lbios e 0,9 mm na ponta dos dedos.

    De facto, somos mesmo muito sensveis, mas detetar a ervilha como a princesa detetou... Histrias!

    As machas negras no corpo tero sido da ervilha ou foram provocadas pelos habitantes do colcho?

    No queremos tirar-te o sono mas... No, de facto no h monstros debaixo da cama h mesmo dentro da cama!

    Era uma vezuma Princesa sensvel.

  • 5V coM quEM dorMES TodoS oS diAS

    E quE ouTroS HAbiTAnTES ocASionAiS PodEM PArTilHAr o TEu Sono.

    caros do p

    Vrias espcies; exemplo: D e r m a t o p h a g o i d e s pteronyssinus

    Pulgas

    A espcie que prefere os seres humanos a Pulex irritans

    Percevejos

    Cimex lectularius

    o que so? Minsculos artrpodes da classe Arachnida (a mesma classe das aranhas), com cerca de 0,25 mm de comprimento.

    Insetos com cerca de 1,5 a 3 mm de comprimento. No tm asas (no voam) mas so capazes de saltar longas distncias, at cerca de 30 cm!

    Insetos com asas vestigiais, com 4 a 5 mm de comprimento.

    o que comem? Partculas orgnicas muito pequenas, como clulas da pele mortas

    Sangue de mamferos. Preferem o sangue de seres humanos, ces, gatos, ratos e outros roedores.

    Sangue humano! Tm preferncia por picar em reas de pele expostas, como sejam braos pescoo e face.

    onde vivem? Por toda a casa, especialmente em zonas com muito alimento (pele morta): colches, sofs, alcatifas. Chegam a existir cerca de 500 caros por grama de p.

    muito difcil eliminar os caros dos colches podes consider-los companhia habitual!

    Vivem nos animais de que se alimentam, ou perto deles, desde que possam saltar para a comida sempre que tiverem fome... Podem por isso ser encontradas em lenis, calas, sapatos.

    Em condies normais, so raras, e quando aparecem podem ser exterminadas.

    Durante a noite, que quando se alimentam vm para as camas onde as suas vtimas podem ser encontradas a dormir. Durante o dia escondem-se perto, em fendas do soalho ou outros stios escuros.

    Em condies normais, so raros, e quando aparecem podem ser exterminadas.

    Perigosos? Normalmente no, mas podem ser causadores de rinite alrgica, asma, eczemas e outras patologias alrgicas.

    As suas picadelas causam irritaes como comicho; podem causar alergias e transmitir doenas.

    A picada irritante e deixa marcas durante dias. Podem causar alergias, mas no se conhecem doenas transmitidas por percevejos.

    Era uma vezuma Princesa sensvel.

  • 6Caderno do professor

    Aps uma semana, observem os frascos e registem as vossas concluses.

    Questes: Quais so os fatores que interferem no crescimento das ervilhas? Experimenta fazer o mesmo com outras sementes.

    DE REGRESSO SALA DE AULA...

    descobrir a biodiversidade do Solo

    ATIVIDADE PRTICA

    A tarefa pretende explorar os diferentes seres vivos que habitam no solo.

    Vais precisar de: Pinas, tabuleiros brancos, cmara fotogrfica, amostras de solo, lupa binocular, placas de Petri.

    Procedimento: Faz uma recolha de solo no ptio da tua escola ou traz uma amostra de solo da tua rea de residncia. Coloca um pedao de solo na caixa de Petri e observa-o lupa binocular. Aps teres uma viso geral sobre a biodiversidade existente na caixa, utiliza a pina para colocares no tabuleiro alguns dos seres vivos que fores encontrando.

    Questes: Que tipos de seres vivos encontraste na amostra de solo? De todas as amostras que usaste, qual a mais rica em biodiversidade? Consegues enquadr-los por classes do filo Arthropoda? Qual a diferena entre insetos e aracndeos?

    Nota: Podes usar a mquina fotogrfica para fazeres um registo das espcies que encontradas.

    Artrpodes

    PESQUISA

    Esta pesquisa poder ser efetuada individualmente ou em grupo. No estudo dos invertebrados, o filo Arthropoda merece ateno especial por ter o maior nmero de espcies do reino animal, reunindo mais de 800 mil exemplares, habitando as mais diversas regies do planeta Terra.Questo: Por que se tornou este Filo o mais diversificado no reino animal? Escreve um texto sobre este assunto onde indiques as razes deste sucesso.

    AntES DA viSitA

    o que ser?

    ATIVIDADE PRTICA

    Atividade simples para testar um dos nossos sentidos: o Tacto.

    Vais precisar: Luvas de latex, milho, feijes, arroz, lentilhas, farinha, acar, amido de milho, etc.

    Procedimento: Encher as luvas com estes ingredientes, disfarar os cheiros (se houver) e pedir aos alunos que tateiem as luvas para descobri o que est no seu interior. Para tornar esta atividade mais competitiva, podero formar equipas e fazer um registo dos resultados no quadro.

    Nota: Para turmas do 1 ciclo, o professor poder introduzir palavras como crocante, suave, granulado, granular, instvel, spero, rugoso, duro, macio, resistente, etc.

    Pisum sativum

    ATIVIDADE PRTICA

    Quais sero os fatores que interferem no crescimento das ervilhas? A turma poder ser dividida em 4 grupos e cada um elabora um pequeno pargrafo sobre o que pensa sobre este assunto.

    Vais precisar de: 16 ervilhas, 4 frascos de vidro numerados, algodo, tampa e gua.

    Procedimento: Cada grupo fica responsvel por uma tarefa.

    1 Colocar 4 ervilhas no frasco com algodo e coloc-lo junto da janela. Frasco com ervilhas, ar, calor e luz. No tem humidade.

    2 Colocar 4 ervilhas no frasco com algodo embebido em gua. Tapar o frasco com tampa e coloca-lo junto da janela. Frasco com ervilhas, luz, calor e humidade. No tem ar.

    3 Colocar 4 ervilhas com algodo embebido em gua e coloc-lo no armrio. Frasco com ervilha, ar, calor e humidade. No tem luz.

    4 Colocar 4 ervilhas com algodo embebido em gua. Coloc-lo junto da janela. Frasco com ervilhas, humidade, ar, calor e luz.

    As vossas previses: O que pensam que vai acontecer em cada um dos frascos? As ervilhas germinam ou no germinam? Para ajudar nesta tarefa podem fazer um quadro para ajudar a registar as vossas previses.