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"A professora não pode só ensinar. Ela deve ver dentro da alma, para ajudar a criança na sua cura. Ela deve formar a personalidade, não pelo ensino, mas falando à sua alma, ao seu espírito, a sua inteligência, com compreensão, humildade e respeito."
Maria Montessori
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Meu eterno agradecimento aos meus pais e minha irmã
pelo apoio nos estudos, e a meus queridos alunos que
são a luz da minha vida.
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RESUMO
A Psicopedagogia é uma importante ferramenta
nos processos de aprendizado quando o estudante
apresenta algum tipo de dificuldade para desenvolver a
leitura e a escrita. Existem muitos fatores a considerar,
como problemas familiares, emocionais, um acidente que
deixou sequelas temporárias ou permanentes, além de
inúmeras doenças e síndromes já conhecidas, como a
dislexia, um transtorno do aprendizado que afeta 7% dos
alunos em idade escolar segundo dados a ABD
(Associação Brasileira de Dislexia).
Entre os adultos, a procura por um psicopedagogo clínico
inclui fatores distintos e que exigem grande atenção,
como vergonha de aprender a ler na fase adulta, falta de
tempo por trabalhar demais e, em casos mais
avançados, encontramos os chamados transtornos da
idade, que abrangem estudantes idosos, acima de 60
anos, que podem apresentar perda de memória, falta de
coordenação motora na escrita, lentidão no raciocínio ou
até mesmo o mal de Alzheimer.
4
Em todos esses casos, a intervenção de um
psicopedagogo clínico como auxilio a pessoa em fase de
aprendizado, colabora de forma excepcional na melhora
e rapidez do processo, dando ao estudante mais
segurança, tanto na parte de estrutura das lições, quanto
no acompanhamento emocional e motivacional.
Esse trabalho apresenta ao longo de seus
capítulos exemplos de atuação do profissional clínico na
sua práxis, levando o leitor a uma reflexão que
possibilitará uma análise das formas de intervenção
ativa, com recursos variados, valendose de materiais
simples que apoiarão o docente no exercício de sua
profissão.
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ABSTRACT
The Psychopedagogy is an important tool in the process
of learning when the student has some type of difficulty in
developing reading and writing. There are many factors to
consider, such as familiar and emotional problems, an
accident that left temporary or permanent sequelae , in
addition to numerous diseases and syndromes already
known , such as dyslexia , a disorder of learning that
affects 7 % of school age according to data ABD
(Brazilian Dyslexia Association ) .
Among adults , the demand for psychopedagogists
includes distinct clinical factors and require great attention
as ashamed of learning to read in adulthood , lack of time
for other work , and in more advanced cases , we find the
socalled disorders of age who cover older students, over
60, who may have memory loss , lack of motor
coordination in writing, slowness in thinking or even
Alzheimer's disease .
In all these cases , the intervention of a clinical and
educational psychologist aid the person in the learning
phase , collaborates in an exceptional manner and
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improves the speed of the process , giving the student
more security , both in the structure of the lessons , as the
emotional support and motivational .
This paper presents throughout its chapters examples of
performance of clinical professional in their praxis, taking
the reader to reflect that enable an analysis of the forms of
active intervention , with varying capabilities , making use
of simple materials that support the teaching in the
exercise of their profession .
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO: DO ADVENTO DA NOVA EDUCAÇÃO............... 9
1.1 AS NOVAS TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ……………... 13
1.2 O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO COMO PÓSAULA E A
PROBLEMÁTICA DAS HORAS NO ATENDIMENTO ................ 16
1.3 TIPOS DE SERVIÇO.......................................................... 17
2.1 REFORMAS E MUDANÇAS As transformações na cidade de
São Paulo .............................................................................. 20
2.2 MUDANÇA DA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PARA
A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO .................................. 24
3.1 ATENDIMENTO AO ALUNO. O PÚBLICO ATENDIDO PELO
PSICOPEDAGOGO COMO CLIENTE. ..................................... 28
3.2 ETAPAS DE PLANEJAMENTO .......................................... 29
4. INSTALAÇÕES E CAPACIDADE DE ATENDIMENTO .......... 34
4.1 GRADE HORÁRIA ............................................................. 38
5. METODOLOGIA .................................................................. 40
5.1 REFLEXÕES INDISPENSÁVEIS ........................................ 42
6.1 ELABORAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES................... 44
6.2 CONTROLES .................................................................... 45
6.3 ELABORAÇÃO DO MATERIAL DIÁRIO .............................. 51
7. O ATELIÊ .......................................................................... 54
8. A FORMA COMO A EMPRESA ATELIÊ FAZ A LIGAÇÃO
ENTRE ARTE E IDIOMAS DENTRO DE SUA PROPOSTA
PSICOPEDAGÓGICA .............................................................58
9. CONCLUSÃO ..................................................................... 62
8
INTRODUÇÃO
DO ADVENTO DA NOVA EDUCAÇÃO
O relato de diversos profissionais que trabalham
na coordenação pedagógica mostranos as dificuldades
encontradas para a realização de um trabalho coletivo
que, leve em consideração a dificuldade individual, tanto
dos professores, quanto dos alunos por eles assistidos
em atividades que buscam solucionar as dificuldades de
aprendizado.
Ficanos clara, a importância primeira de motivar
os professores, para que, ao entrar na escola, sintam o
ambiente leve e acolhedor. As diversas pressões
sofridas por esses profissionais, quer no âmbito familiar,
quer no profissional, desestruturamnos físico e
emocionalmente.
Ao citar as diversas mudanças educacionais
ocorridas no Brasil, principalmente na década de
noventa, somos impelidos a refletir sobre algo novo,
próprio do professor moderno, e pouco averiguado.
Durante as reuniões com professores antes do
9
atendimento psicopedagógico, deparamonos com a
frustração dos professores ao tentarem ensinar utilizando
as concepções da nova pedagogia, que não é bancária,
nem, enciclopédica, com alunos hiperativos, falantes em
demasia ou taciturnos; Portadores de Necessidades
Especiais ainda pouco estudadas.
Nos tempos idos, o professor ensinava e seu
maior prazer era oriundo do saber exposto pelos alunos
que, apesar de impositivo e puramente decorativo,
permanecia na mente da pessoa por longos anos, se não
por toda vida como no caso da gramática. Porém,
acreditase no senso comum que não se importava com
o aluno, tampouco com seus sentimentos, mas isso não
averigua como real frente aos dados encontrados nas
monografias e teses das universidades em todo o
mundo, desta forma, tanto a Nova Educação como a
Antiga, mostramse eficazes quando o amor norteia o
trabalho, a preocupação com o aluno e sua felicidade ao
estudar são atenciosamente cuidadas e apoiadas pelo
tripé da Educação: Família, Escola e Sociedade.
O professor moderno, luta para não ser um
déspota que impunemente obriga os alunos a decorarem
10
textos e palavras, mas, deparase com o terrível cenário
que se encontra à mostra, como que a ironizar as
infrutíferas investidas dos mestres sobre a educação
tradicional. Faltanos, penetrar o cerne da problemática.
Talvez, o toque final, e quiçá o “golpe de misericórdia”
sobre a temível barreira, seja tão somente, verse no
aluno, ao invés de tentar ser apenas motivador, atrativo,
emocionante e não impositivo. É preciso mais que isso.
Não há necessidade de duelar cruelmente com a
educação. Ainda menos, tentar ser como o aluno. Seja
ele e você ao mesmo tempo. Quem sabe o segredo não
esteja escondido na aula ao pé da árvore (Paulo Freire)?
Podemos leválos até a árvore, e não querer apenas
dominar o assunto e querer silêncio, isso demonstra claro
descaso para com o jovem aprendiz, e esse, percebe
clara ou inconscientemente essa falta de preparo e
divaga em outros pensamentos afastandose da
proposta. E, apesar do objetivo de conseguir silêncio ser
alcançado, o objetivo maior que era o aluno aprender, foi
perdido.
Não é sem razão que devemos considerar o
emocional do mestre como forte potencializador no
11
rendimento do educando, assim, fazse mister,
proporcionar ao educador uma vida feliz e repleta de
realizações; não esquecendo de formálo
permanentemente. Uma parceria entre a escola e o
psicopedagogo pode ajudar não apenas um aluno, mas
seu professor quando o trabalho é feito em parceria, e o
raio de ação é muito maior, pois, o professor feliz com
seus resultados frente a um aluno com dificuldades que
se transforma e modelo, o faz querer o mesmo para com
os outros alunos, e a práxis do psicopedagogo
possibilitou tal equilíbrio no pequeno grupo social da sala
de aula, extrapolando os limites de um consultório ou sala
de atendimento do psicopedagogo clínico, pelo simples
fato de que um diálogo frequente com a escola possibilita
ao psicopedagogo mesmo distante em sua sala de
atendimento, muitas vezes em outro bairro, conseguir
fazer um excelente trabalho.
12
1.1 AS NOVAS TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
No mundo moderno os alunos tem acesso a
equipamentos sofisticados que até cem anos atrás não
conseguiríamos imaginar existirem um dia, no entanto,
hoje, em quase qualquer lugar é possível ver as crianças
operando celulares e tablets. Mas, como entender o fato
de alunos que dominam essas NTIs Novas Tecnologias
da Informação, não conseguirem ler e escrever
corretamente? O que ocorre nos limites da sala de aula
para que esse processo seja interrompido, ou mesmo
nem iniciado? A visão externa de um profissional
paciente e observador pode auxiliar tanto docentes como
discentes nesse trabalho coletivo que visa o aprendizado.
A diferença no universo vivenciado por alunos de
alguns grupos sociais com acesso a tecnologia,
apresentam questões interessantes para reflexão sobre
ensino e aprendizagem, como o fato de alunos
inteligentes para usar a Internet e Smartphones não
responderem questões simples de matemática ou
história. É preciso auxiliar além da sala de atendimento
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psicopedagógico, visitas a escola atendido, conversas
ao telefone com seu professor, podem auxiliar muito no
atendimento.
Para que o aluno não seja visto como incapaz, é
útil fazer uma análise junto com o professor para que,
além das informações da rotina diária do assistido, ele
consiga discutir sobre seu real potencial, vendo além do
aparente, mas é difícil para muitos profissionais da área
da educação atuantes no setor, perceberem esse
potencial, pois, muitos professores ainda não conseguem
operar os equipamentos que os alunos usam
frequentemente, como computadores, tablets e celulares
smartphones, e não veem o quão rápidos e ágeis eles
são frente a esses instrumentos tecnológicos.
Essa barreira frente o uso desses instrumentos acaba
sendo ainda maior quando vemos que um computador
lançado no mercado hoje, tornase obsoleto em poucos
meses, decorrente isso, da crescente evolução no
mercado. É preciso criar medidas que visem a
capacitação dos profissionais para que estes
acompanhem o raciocínio dos alunos frente as NTIs.
Contudo, o surgimento das redes sociais tem mostrado
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