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A professora não pode só ensinar. Ela deve ver dentro · apresentam questões interessantes para reflexão sobre ensino e aprendizagem, como o fato de alunos inteligentes para usar

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Meu eterno agradecimento aos meus pais e minha irmã

pelo apoio nos estudos, e a meus queridos alunos que

são a luz da minha vida.

3

RESUMO

A Psicopedagogia é uma importante ferramenta

nos processos de aprendizado quando o estudante

apresenta algum tipo de dificuldade para desenvolver a

leitura e a escrita. Existem muitos fatores a considerar,

como problemas familiares, emocionais, um acidente que

deixou sequelas temporárias ou permanentes, além de

inúmeras doenças e síndromes já conhecidas, como a

dislexia, um transtorno do aprendizado que afeta 7% dos

alunos em idade escolar ­ segundo dados a ABD

(Associação Brasileira de Dislexia).

Entre os adultos, a procura por um psicopedagogo clínico

inclui fatores distintos e que exigem grande atenção,

como vergonha de aprender a ler na fase adulta, falta de

tempo por trabalhar demais e, em casos mais

avançados, encontramos os chamados transtornos da

idade, que abrangem estudantes idosos, acima de 60

anos, que podem apresentar perda de memória, falta de

coordenação motora na escrita, lentidão no raciocínio ou

até mesmo o mal de Alzheimer.

4

Em todos esses casos, a intervenção de um

psicopedagogo clínico como auxilio a pessoa em fase de

aprendizado, colabora de forma excepcional na melhora

e rapidez do processo, dando ao estudante mais

segurança, tanto na parte de estrutura das lições, quanto

no acompanhamento emocional e motivacional.

Esse trabalho apresenta ao longo de seus

capítulos exemplos de atuação do profissional clínico na

sua práxis, levando o leitor a uma reflexão que

possibilitará uma análise das formas de intervenção

ativa, com recursos variados, valendo­se de materiais

simples que apoiarão o docente no exercício de sua

profissão.

5

ABSTRACT

The Psychopedagogy is an important tool in the process

of learning when the student has some type of difficulty in

developing reading and writing. There are many factors to

consider, such as familiar and emotional problems, an

accident that left temporary or permanent sequelae , in

addition to numerous diseases and syndromes already

known , such as dyslexia , a disorder of learning that

affects 7 % of school age ­ according to data ABD

(Brazilian Dyslexia Association ) .

Among adults , the demand for psychopedagogists

includes distinct clinical factors and require great attention

as ashamed of learning to read in adulthood , lack of time

for other work , and in more advanced cases , we find the

so­called disorders of age who cover older students, over

60, who may have memory loss , lack of motor

coordination in writing, slowness in thinking or even

Alzheimer's disease .

In all these cases , the intervention of a clinical and

educational psychologist aid the person in the learning

phase , collaborates in an exceptional manner and

6

improves the speed of the process , giving the student

more security , both in the structure of the lessons , as the

emotional support and motivational .

This paper presents throughout its chapters examples of

performance of clinical professional in their praxis, taking

the reader to reflect that enable an analysis of the forms of

active intervention , with varying capabilities , making use

of simple materials that support the teaching in the

exercise of their profession .

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO: DO ADVENTO DA NOVA EDUCAÇÃO............... 9

1.1 AS NOVAS TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ……………... 13

1.2 O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO COMO PÓS­AULA E A

PROBLEMÁTI­CA DAS HORAS NO ATENDIMENTO ................ 16

1.3 TIPOS DE SERVIÇO.......................................................... 17

2.1 REFORMAS E MUDANÇAS­ As transformações na cidade de

São Paulo .............................................................................. 20

2.2 MUDANÇA DA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PARA

A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO .................................. 24

3.1 ATENDIMENTO AO ALUNO. O PÚBLICO ATENDIDO PELO

PSICOPEDAGOGO COMO CLIENTE. ..................................... 28

3.2 ETAPAS DE PLANEJAMENTO .......................................... 29

4. INSTALAÇÕES E CAPACIDADE DE ATENDIMENTO .......... 34

4.1 GRADE HORÁRIA ............................................................. 38

5. METODOLOGIA .................................................................. 40

5.1 REFLEXÕES INDISPENSÁVEIS ........................................ 42

6.1 ELABORAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES................... 44

6.2 CONTROLES .................................................................... 45

6.3 ELABORAÇÃO DO MATERIAL DIÁRIO .............................. 51

7. O ATELIÊ .......................................................................... 54

8. A FORMA COMO A EMPRESA ATELIÊ FAZ A LIGAÇÃO

ENTRE ARTE E IDIOMAS DENTRO DE SUA PROPOSTA

PSICOPEDAGÓGICA .............................................................58

9. CONCLUSÃO ..................................................................... 62

8

INTRODUÇÃO

DO ADVENTO DA NOVA EDUCAÇÃO

O relato de diversos profissionais que trabalham

na coordenação pedagógica mostra­nos as dificuldades

encontradas para a realização de um trabalho coletivo

que, leve em consideração a dificuldade individual, tanto

dos professores, quanto dos alunos por eles assistidos

em atividades que buscam solucionar as dificuldades de

aprendizado.

Fica­nos clara, a importância primeira de motivar

os professores, para que, ao entrar na escola, sintam o

ambiente leve e acolhedor. As diversas pressões

sofridas por esses profissionais, quer no âmbito familiar,

quer no profissional, desestruturam­nos físico e

emocionalmente.

Ao citar as diversas mudanças educacionais

ocorridas no Brasil, principalmente na década de

noventa, somos impelidos a refletir sobre algo novo,

próprio do professor moderno, e pouco averiguado.

Durante as reuniões com professores antes do

9

atendimento psicopedagógico, deparamo­nos com a

frustração dos professores ao tentarem ensinar utilizando

as concepções da nova pedagogia, que não é bancária,

nem, enciclopédica, com alunos hiperativos, falantes em

demasia ou taciturnos; Portadores de Necessidades

Especiais ainda pouco estudadas.

Nos tempos idos, o professor ensinava e seu

maior prazer era oriundo do saber exposto pelos alunos

que, apesar de impositivo e puramente decorativo,

permanecia na mente da pessoa por longos anos, se não

por toda vida como no caso da gramática. Porém,

acredita­se no senso comum que não se importava com

o aluno, tampouco com seus sentimentos, mas isso não

averigua como real frente aos dados encontrados nas

monografias e teses das universidades em todo o

mundo, desta forma, tanto a Nova Educação como a

Antiga, mostram­se eficazes quando o amor norteia o

trabalho, a preocupação com o aluno e sua felicidade ao

estudar são atenciosamente cuidadas e apoiadas pelo

tripé da Educação: Família, Escola e Sociedade.

O professor moderno, luta para não ser um

déspota que impunemente obriga os alunos a decorarem

10

textos e palavras, mas, depara­se com o terrível cenário

que se encontra à mostra, como que a ironizar as

infrutíferas investidas dos mestres sobre a educação

tradicional. Falta­nos, penetrar o cerne da problemática.

Talvez, o toque final, e quiçá o “golpe de misericórdia”

sobre a temível barreira, seja tão somente, ver­se no

aluno, ao invés de tentar ser apenas motivador, atrativo,

emocionante e não impositivo. É preciso mais que isso.

Não há necessidade de duelar cruelmente com a

educação. Ainda menos, tentar ser como o aluno. Seja

ele e você ao mesmo tempo. Quem sabe o segredo não

esteja escondido na aula ao pé da árvore (Paulo Freire)?

Podemos levá­los até a árvore, e não querer apenas

dominar o assunto e querer silêncio, isso demonstra claro

descaso para com o jovem aprendiz, e esse, percebe

clara ou inconscientemente essa falta de preparo e

divaga em outros pensamentos afastando­se da

proposta. E, apesar do objetivo de conseguir silêncio ser

alcançado, o objetivo maior que era o aluno aprender, foi

perdido.

Não é sem razão que devemos considerar o

emocional do mestre como forte potencializador no

11

rendimento do educando, assim, faz­se mister,

proporcionar ao educador uma vida feliz e repleta de

realizações; não esquecendo de formá­lo

permanentemente. Uma parceria entre a escola e o

psicopedagogo pode ajudar não apenas um aluno, mas

seu professor quando o trabalho é feito em parceria, e o

raio de ação é muito maior, pois, o professor feliz com

seus resultados frente a um aluno com dificuldades que

se transforma e modelo, o faz querer o mesmo para com

os outros alunos, e a práxis do psicopedagogo

possibilitou tal equilíbrio no pequeno grupo social da sala

de aula, extrapolando os limites de um consultório ou sala

de atendimento do psicopedagogo clínico, pelo simples

fato de que um diálogo frequente com a escola possibilita

ao psicopedagogo mesmo distante em sua sala de

atendimento, muitas vezes em outro bairro, conseguir

fazer um excelente trabalho.

12

1.1 AS NOVAS TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

No mundo moderno os alunos tem acesso a

equipamentos sofisticados que até cem anos atrás não

conseguiríamos imaginar existirem um dia, no entanto,

hoje, em quase qualquer lugar é possível ver as crianças

operando celulares e tablets. Mas, como entender o fato

de alunos que dominam essas NTIs ­ Novas Tecnologias

da Informação, não conseguirem ler e escrever

corretamente? O que ocorre nos limites da sala de aula

para que esse processo seja interrompido, ou mesmo

nem iniciado? A visão externa de um profissional

paciente e observador pode auxiliar tanto docentes como

discentes nesse trabalho coletivo que visa o aprendizado.

A diferença no universo vivenciado por alunos de

alguns grupos sociais com acesso a tecnologia,

apresentam questões interessantes para reflexão sobre

ensino e aprendizagem, como o fato de alunos

inteligentes para usar a Internet e Smartphones não

responderem questões simples de matemática ou

história. É preciso auxiliar além da sala de atendimento

13

psicopedagógico, visitas a escola atendido, conversas

ao telefone com seu professor, podem auxiliar muito no

atendimento.

Para que o aluno não seja visto como incapaz, é

útil fazer uma análise junto com o professor para que,

além das informações da rotina diária do assistido, ele

consiga discutir sobre seu real potencial, vendo além do

aparente, mas é difícil para muitos profissionais da área

da educação atuantes no setor, perceberem esse

potencial, pois, muitos professores ainda não conseguem

operar os equipamentos que os alunos usam

frequentemente, como computadores, tablets e celulares

smartphones, e não veem o quão rápidos e ágeis eles

são frente a esses instrumentos tecnológicos.

Essa barreira frente o uso desses instrumentos acaba

sendo ainda maior quando vemos que um computador

lançado no mercado hoje, torna­se obsoleto em poucos

meses, decorrente isso, da crescente evolução no

mercado. É preciso criar medidas que visem a

capacitação dos profissionais para que estes

acompanhem o raciocínio dos alunos frente as NTIs.

Contudo, o surgimento das redes sociais tem mostrado

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